Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Texto de Discussão Nº 7
Reforma Trabalhista e Financiamento da Previdência Social:
simulação dos impactos da pejotização e da formalização
1ª VERSÃO
EQUIPE RESPONSÁVEL
Arthur Welle
Flávio Arantes
Guilherme Mello
Juliana Moreira
Pedro Rossi
RESUMO EXECUTIVO
2
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
3
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
5
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
6
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados,
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b)
a receita ou o faturamento; c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência
social de que trata o art. 201;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.”
7
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
Por fim, nas demais receitas do Orçamento da Seguridade Social estão uma
série de taxas e receitas de serviços, receitas imobiliárias como a de aluguéis e
cessão de uso de imóveis públicos, receitas de remunerações de depósitos,
aplicações e retornos de operações, juros e encargos financeiros, multas de
8
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
9
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
10
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Nota-se pelo Gráfico 1 que, além da receita previdenciária ser a principal fonte
de arrecadação para a seguridade social, ela é a que mais ganha em participação
relativa desde o início da série. O volume arrecadado com a previdência passa de
uma participação de pouco mais 37% do total de arrecadação para a seguridade em
2005 para uma contribuição em torno de 50% do total em 2014 e 2015, mesmo sem
as compensações que não foram completamente repassadas. A COFINS, que é a
segunda maior fonte de receita para a Seguridade Social tem a participação no total
arrecadado relativamente estável, em torno de 30%. Por sua vez, a CSLL aumentou
a participação até 2008, chegando a pouco mais de 11% do total e, de 2009 em
diante, perdeu participação, caindo para 8,6% em 2015. O PIS/PASEP, à exceção
do máximo de 8,8% do total das contribuições para a seguridade social atingido em
2010, mantém a média de 7,9% para os anos da série.
pode ou
Empregado no setor privado sem carteira de trab. assinada
não
pode ou
Trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada
não
Empregador X X X X
pode ou pode ou pode ou pode ou
Conta-própria
não não não não
pode ou
Trabalhador familiar auxiliar
não
MEI X
SIMPLES Nacional X X X X
Elaboração própria.
12
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
13
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
trabalho. No caso dos trabalhadores conta própria, para o próprio consumo e para o
próprio uso a contribuição vai depender da condição que ele se coloca: pessoa
jurídica optante pelo SIMPLES Nacional; Microempreendedor Individual (MEI),
facultativo, especial, individual ou trabalhador informal2.
A CSLL incide sobre as pessoas jurídicas e as pessoas físicas a elas
equiparadas domiciliadas no país. A alíquota é de 9% para as pessoas jurídicas em
geral e de 15% no caso das instituições financeiras, seguros privados e de
capitalização. A apuração da CSLL deve acompanhar a forma de tributação do lucro
adotada para o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ).
As contribuições para PIS/PASEP e COFINS possuem regras bastante
similares, variando conforme seus contribuintes – se pessoas jurídicas de direito
privado, pessoas jurídicas de direito público ou contribuintes especiais. No caso do
PIS/PASEP, a base de incidência é a receita (faturamento) da pessoa jurídica de
direito privado no geral e a folha de salários (remuneração paga, devida ou creditada
a empregados), excetuando-se as entidades especificadas em lei3. No caso da
COFINS, a base de incidência também é o faturamento da pessoa jurídica de direito
privado, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. O Anexo
2 apresenta o detalhamento das contribuições, suas bases de incidência e a
legislação que a elas dá suporte.
2 “Para o contribuinte individual que trabalha por conta própria, a alíquota de contribuição é de 20%
sobre a remuneração percebida. Para o contribuinte individual que presta serviços a uma ou mais
empresas, a alíquota de contribuição é de 11% sobre a remuneração percebida, descontada e
recolhida pela empresa contratante. Se o valor pago ao contribuinte individual for inferior ao salário
mínimo, este está obrigado a complementar a contribuição. Nesta hipótese, o percentual incidente
sobre a diferença é de 20%. Para o segurado facultativo, o salário-de-contribuição é o valor por ele
declarado e a alíquota de contribuição é de 20%. A Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de
2006, instituiu, a partir de abril de 2007, o Plano Simplificado de Previdência Social, reduzindo de 20%
para 11% a alíquota de contribuição para contribuinte individual que trabalha por conta própria, sem
relação de trabalho com empresa ou equiparada e contribuintes facultativos, para salário-de-
contribuição igual a salário mínimo” (AEPS, 2015, p. 617).
3 De acordo com o artigo 9º do DECRETO Nº 4.524, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2002, essas entidades
são templos de qualquer culto, partidos políticos, instituições de educação e de assistência social que
preencham as condições e requisitos do art. 12 da Lei nº 9.532, de 1997; instituições de caráter
filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações, que preencham as condições e requisitos
do art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997; sindicatos, federações e confederações; serviços sociais
autônomos, criados ou autorizados por lei; conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;
fundações de direito privado; condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as organizações estaduais de cooperativas
previstas no art. 105 e seu § 1º da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971.
14
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
15
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
16
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
RECEITAS CORRENTES................................................................................ 161.788,9 181.368,7 213.216,8 246.839,1 275.775,3 299.835,0 321.235,7 328.607,2
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES.................................................................. 157.264,2 177.412,2 210.266,5 242.270,8 268.877,8 292.675,8 312.740,4 319.674,7
- Contribuição de Empresas.......................................................... 63.380,9 70.656,0 82.229,3 95.442,5 103.256,1 104.023,0 106.688,1 110.087,7
- Contribuição de Segurados - Assalariados............................. 31.923,5 36.050,7 42.327,8 47.908,0 53.163,6 55.545,6 60.706,1 60.238,2
- SIMPLES........................................................................................... 10.467,5 11.768,8 17.654,6 20.039,6 22.701,8 26.075,1 29.527,1 32.015,8
- Contrib.Prev.dos Órgãos do Poder Público............................. 13.848,6 16.107,3 18.103,3 20.450,7 22.421,9 27.313,3 28.080,1 31.408,5
- Contrib.Prev. Retida sobre Nota Fiscal Subrogação.............. 13.038,9 14.197,8 16.845,0 19.856,4 22.988,4 24.995,6 23.596,6 22.058,4
- Contrib. Prev. Das Coop. Trab. Desc. Cooperado.................... 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 18.163,0
- Contribuição Seguro Acidente do Trabalho Urbano.............. 7.417,1 8.042,6 12.825,5 13.591,4 14.510,2 14.742,3 15.386,6 17.815,3
- Contribuição Individual de Segurados..................................... 2.661,6 2.883,2 3.175,5 4.573,1 5.227,1 6.209,0 6.987,8 7.499,5
- Contribuição sobre Produção Rural......................................... 2.480,3 2.629,2 2.604,4 2.948,2 3.067,4 3.250,1 3.560,0 3.814,4
- Contribuição em Regime de Parcelamento/Débito................. 1.990,0 2.157,3 3.595,7 5.475,9 5.485,6 5.878,7 6.588,5 3.773,6
- Contrib.Prev.das Entidades Filantrópicas............................... 1.577,2 1.775,3 1.944,0 2.139,2 2.412,2 2.692,0 3.054,1 3.261,0
- Reclamatória Trabalhista........................................................... 1.522,4 1.578,5 1.741,6 2.004,0 2.429,0 2.493,3 2.520,2 2.526,3
- Contrib.Previd. do Seg. Obrig.- Emp. Doméstico...................... 1.832,1 2.033,3 2.263,1 2.376,5 2.550,7 2.775,9 2.986,4 2.360,6
- Contrib.Prev.na Forma de Dep.Jud.Rec.Custas........................ 1.423,5 3.573,9 1.970,6 2.232,0 2.395,7 2.368,8 2.179,9 2.278,9
- Contrib.Prev.do Segurado Facultativo...................................... 640,9 664,5 728,6 1.000,3 1.207,1 1.410,1 1.549,5 1.641,3
- Prog.Recup.Fis/Parcel.Esp.Emp/Trab.Seg.Seg.Soc.................. 2.979,5 3.036,3 1.636,0 1.698,5 1.485,5 1.117,9 677,7 578,3
- Contribuição Empresas-Espetáculos Esportivos.................... 43,1 50,2 55,4 100,7 123,3 117,5 118,9 145,5
- Contrib.Previd. do Segurado Especial....................................... 5,7 6,3 6,9 7,2 7,5 8,1 7,4 7,7
- Outras Contribuições................................................................... 672,3 765,0 559,2 426,4 3.444,8 11.659,2 18.525,4 0,9
RECEITA PATRIMONIAL............................................................................ 424,8 271,5 123,9 313,8 453,0 421,7 470,4 998,1
RECEITA DE SERVIÇOS.............................................................................. 431,3 76,6 29,8 37,2 55,2 59,9 37,7 28,4
OUTRAS RECEITAS CORRENTES............................................................... 3.668,6 3.608,4 2.796,6 4.217,2 6.389,3 6.677,6 7.987,2 7.906,1
RECEITAS DE CAPITAL................................................................................. 11,6 70,2 43,3 184,5 113,7 35,1 67,4 38,4
RECEITAS CORRENTES INTRA-ORÇAMENTÁRIAS................................... 0,0 0,0 0,0 0,0 1.790,0 9.019,7 18.052,0 25.407,0
REPASSE DA UNIÃO.................................................................................... 57.330,3 62.831,4 73.343,0 72.418,4 86.088,0 79.184,1 157.729,4 237.836,7
- Contribuição para FINSOCIAL....................................................... 43.717,0 49.062,3 47.332,8 49.996,6 39.307,9 22.135,8 17.310,1 80.712,6
- Remuneração das Disponibilidades do Tesouro..................... 0,0 0,0 0,0 5.040,0 41,3 9.242,1 2.243,5 80.645,6
- Contribuição sobre Lucro de Empresas...................................... 10.442,2 7.421,3 13.900,8 11.022,3 11.712,4 7.670,7 556,3 8.465,2
- Contribuição Patronal para Plano de Seg Social..................... 89,1 722,6 640,4 0,0 0,0 1.861,9 0,0 2.228,2
- Recursos Ordinários...................................................................... 2.402,4 4.956,9 3.478,9 2.562,5 3.811,6 1.528,4 17.542,1 1.680,2
- Cont. Conc. Prog. - Cota de Previd (Seg. Social)........................ 86,4 95,3 230,1 281,9 463,4 388,9 8,3 672,6
- OUTROS REPASSES 593,2 572,9 7.760,0 3.515,0 30.751,5 36.356,3 118.127,8 63.432,3
DEDUÇÕES DA RECEITA (RESTITUIÇÕES).................................................. -641,0 -563,9 -789,8 -1.129,5 -1.090,7 -1.305,8 -1.463,0 -1.815,8
17
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
Para a análise proposta nesse estudo, a parcela que mais nos demanda
atenção é a receita advinda das contribuições previdenciárias. O Gráfico 2 abaixo
mostra a totalidade das receitas de contribuições para a previdência e destaca
que, historicamente, a principal fonte de receita são as contribuições relacionadas
ao mercado formal de trabalho, principalmente àquelas que advêm das
contribuições das empresas, seguida da contribuição dos próprios segurados
(trabalhadores assalariados). A contribuição das empresas apresenta trajetória de
aumentos nominais em todo o período, atingindo R$ 110,1 bilhões em 2015. Já a
contribuição recolhida dos salários dos segurados tem aumento nominal até 2014,
quando atinge o máximo de R$ 60,7 bilhões e cai em 2015, para R$ 60,2 bilhões.
18
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Empresas Assalariados
SIMPLES Individual, Facultativa, Especial
Contribuição sobre Produção Rural Órgãos do Poder Público
Nota Fiscal Subrogação Entidades Filantrópicas e Cooperativas
Contribuição Seguro Acidente do Trabalho Urbano Recuperação de Débitos e Jud. Custas
Outras Contribuições Empregador Doméstico
4 Lembrando que a rubrica do SIMPLES nas contas da Previdência Social engloba os valores
recolhidos da contribuição patronal (que incide sobre o faturamento da empresa) e os valores
recolhidos dos empregados das empresas optantes pelo SIMPLES.
19
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
SIMPLES cai de 40,3% do total das receitas em 2008 para 34,4% em 2015. De
acordo com estimativas da ANFIP (2016a) as renúncias tributárias decorrentes da
adesão ao SIMPLES em 2015 foram da ordem de R$ 22,4 bilhões contra R$ 8,1
bilhões em 20085.
5Lembrando que a mudança para o SIMPLES também afeta a arrecadação das demais contribuições
sociais.
20
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
2015, contribuíram com 2,6 vezes a mais do que em 2008, chegando a pouco
mais de R$ 1,6 bilhões.
Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência (Mil pessoas) - Brasil
Ano
Posição na ocupação
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015
Total 79.709 80.775 85.246 87.695 89.637 90.855 93.420 93.784 94.763 96.100 96.659 99.448 95.380
Empregado 43.233 43.906 46.969 48.209 50.102 51.984 54.721 54.914 57.728 59.403 59.901 60.651 57.565
Trabalhador doméstico 6.171 6.203 6.515 6.694 6.795 6.723 6.688 7.295 6.742 6.511 6.474 6.491 6.309
Empregador 3.380 3.385 3.500 3.705 3.983 3.403 4.190 4.035 3.223 3.620 3.623 3.729 3.551
Conta própria 17.747 18.058 18.740 18.980 19.018 19.256 18.912 19.209 19.917 19.832 19.924 21.171 21.823
Trab. na constr para o próprio uso 150 118 100 123 136 144 108 104 110 78 106 122 105
Trab. na prod. para o próprio consumo 3.156 3.386 3.436 3.954 4.098 3.946 4.112 3.832 3.804 3.744 4.236 4.427 3.742
Não remunerado 5.869 5.720 5.986 6.030 5.505 5.399 4.690 4.395 3.240 2.912 2.395 2.856 2.287
Sem declaração 3 - - - - ... ... ... ... ... ... ... ...
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
21
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
22
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
remunerações de outras formas que não salário; por fim, pela queda na contribuição patronal, dado o
incentivo que o empregador tem em não contratar via carteira assinada e deixar de contribuir.
Tampouco consideramos o fenômeno da terceirização que, historicamente, mostra que os salários
dos terceirizados são bem menores do que os não terceirizados para a mesma função (DIEESE,
2017a). Por fim, vale mencionar o fato de que, com as possíveis mudanças no mercado de trabalho,
outras contribuições sociais podem ser prejudicadas também, como as da COFINS, CSLL, PIS etc.,
podendo impactar negativamente a arrecadação da Seguridade Social como um todo.
7
Como veremos em detalhes, a RAIS nos trará dados sobre o mercado formal de trabalho, em especial
referentes aos celetistas do regime geral e dos vinculados ao regime SIMPLES. Com as rendas
médias declaradas por trabalhador podemos encontrar a contribuição por trabalhador e decompor de
forma precisa o total da contribuição de todos os assalariados formais em diferentes faixas. Por outro
lado, a formalização parte do mercado de trabalho informal cujos dados estão presentes na PNAD,
uma pesquisa somente amostral. Ademais enquanto a RAIS capta todos os vínculos no ano base a
PNAD é como uma foto do momento da pesquisa. Esta pesquisa nos traz informações sobre a
quantidade e renda dos trabalhadores por conta-própria e assalariados sem carteira em 2015.
23
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
número de meses trabalhados e pela alíquota da faixa na qual ele se encontra (ou
pelo valor aplicado ao teto de contribuição se a renda ultrapassar o teto).
Fonte: Cálculos próprios com base nos dados da RAIS 2015 e do Anuário Estatístico da Previdência Social.
24
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
25
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
12 Este é o valor destinado somente à Previdência. Na realidade os valores a serem pagos devem
variar um pouco de acordo com os diferentes Anexos do sistema SIMPLES no qual a empresa se
encaixaria.
13 Supomos que os vínculos de MEI seguem a mesma dinâmica dos vínculos com carteira, tendo em
média menos do que 12 meses de contribuição no ano (devido a entradas e saídas). Utilizamos como
base 10 meses de contribuição, seguindo o que foi encontrado na RAIS para os vínculos formais em
2015.
26
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
Deste modo, para cada trabalhador que sai de um emprego com carteira
assinada e passa do regime geral para o SIMPLES/MEI a Previdência Social perde,
em média, R$3.727,06 de contribuição à previdência anualmente. Se considerarmos
que esse fenômeno ocorre com 1% do total da força de trabalho celetista do setor
privado teremos uma perda de arrecadação da ordem de R$1,5 bilhões, como mostra
a Tabela 7.
27
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
28
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
% dos Arrecadação
trabalhadores
conta própria
Ganho de arrecadação com a formalização de
um trabalhador representativo R$ 441,14
2,4% R$ 56,40
Entrando
no
SIMPLES
97,6% R$ 384,73
Entrado
no MEI
Fonte: elaboração própria
29
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
16Total de optantes pelo MEI em setembro de 2015, para se equiparar aos dados da PNAD Anual
realizada no mesmo mês.
30
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
Cenário 2 pejotização (10%) + formalização (10% conta própria e 10% dos sem carteira)
Cenário 3 pejotização tímida (5%) + formalização intensa (20% conta própria e 20% dos sem
carteira)
31
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
6. Considerações finais
17 Na verdade, se 13% dos contribuintes com carteira assinada migrarem para MEI/SIMPLES e se
100% dos conta-própria e 100% dos sem carteira que não contribuem para a previdência se tornassem
formalizados nas formas aqui consideradas, ainda assim o resultado seria negativo para a
arrecadação.
32
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
Referências bibliográficas
33
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
34
CESIT/IE/UNICAMP Financiamento da Previdência e Reforma Trabalhista
35