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Cálculo de risco

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Cálculo de risco pode ser definido como a tentativa de se medir o grau de incerteza na obtenção do retorno
esperado em uma determinada aplicação financeira ou investimento realizado. Dessa forma, os investimentos
podem ser classificados como de baixo, médio e alto risco. Geralmente, investimentos de baixo risco
apresentam um maior nível de segurança ao investidor, mas em contrapartida costumam ter um retorno menor.
Investimentos de alto risco, por outro lado, podem trazer um retorno mais alto, mas com um grau muito maior
de incerteza, podendo até mesmo trazer prejuízos aos investidores.

Índice
1 Tipos de risco
2 Grau de alavancagem operacional (GAO)
3 O risco financeiro e o grau de alavancagem financeira
4 O grau de alavancagem combinada
5 O efeito de alavanca financeira na análise do risco financeiro
6 Ver também
7 Ligações externas

Tipos de risco
Risco, em geral, pode ser definido como a probabilidade de ocorrência de alguns acontecimentos desfavoráveis

O risco do investimento está relacionado com a probabilidade da obtenção de um retorno menor que o retorno
esperado – quanto maior for a probabilidade da obtenção de retornos baixos ou negativos, maior risco terá o
investimento

A taxa de retorno esperada de um investimento é o valor esperado da distribuição de probabilidade dos


possíveis retornos;

Investidores racionais detêm portfolios de ativos com risco, mas estão mais preocupados com o risco da carteira
do que com o risco de cada um dos ativos.

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Risco sistêmico ou de mercado é um tipo de risco que afeta todas as empresas em geral e não é passível de ser
reduzido pela diversificação. Diz respeito à incerteza da inflação, da política monetária e orçamental, às
mudanças conjunturais. Como é um risco que não pode ser combatido pela estratégia da diversificação, o
acionista para fazer aplicações na empresa, em alternativa aos títulos do tesouro (taxa sem risco), vai exigir
uma remuneração adicional pelo risco de mercado que incorre. É de fácil entendimento pois está relacionado
com a variação do valor dos ativos. É o risco de ganhar ou perder montantes financeiros pela simples mudança
dos preços dos ativos no mercado financeiro. Para exemplificar, considere um investidor que adquiriu 1000
ações preferenciais da Petrobrás ao preço unitário de R$ 45,00, desembolsando portanto R$ 45.000,00. Quanto
esta carteira valerá ao final do dia de amanhã, dada a variação no valor desta ação? Como o valor dos ativos
negociados é determinado pelo mercado, a incerteza em relação ao valor futuro (que pode representar perdas ou
ganhos) do ativo é o que caracteriza então o risco de mercado.
O risco de mercado decorre da interferência de uma série de fatores, tais como:

Alteração na taxa de juros;


Divulgação de indicadores econômicos: inflação, crescimento, poupança, confiança do consumidor;
Crises políticas, escândalos, denuncias;
Crises financeiras ou bancárias, nacionais ou internacionais;
Guerras, revolução, atentados terroristas;
Grande oscilações nos mercados internacionais;
Mudanças de ordem política, alteração de ministérios importantes;
Alteração nas alíquotas de imposto pelo governo;
Aceitação pelo mercado de colocação de títulos públicos;
Classificação do risco do país pelos organismos internacionais;
Resultados de pesquisas de intenção de votos em períodos eleitorais.

O risco do capital próprio investido na empresa reflecte o risco sistêmico ou de mercado, que, por sua vez, pode
ser decomposto em:

- Risco do negócio, ligado à gestão de exploração da empresa

- Risco financeiro, associado à estrutura financeira

O risco específico de um ativo, que é medido pelo desvio padrão dos retornos, só é relevante para os ativos
quando detidos isoladamente. Quando os ativos são agrupados numa carteira, o risco relevante é o risco de
mercado, isto é, a contribuição do ativo para o risco da carteira.

O risco específico de um ativo pode ser medido

- pela variância dos retornos


- pelo seu desvio padrão, ou ainda
- pelo coeficiente de variação, sendo esta a medida mais utilizada para comparar o risco de ativos diferentes

A taxa de retorno esperada de uma carteira é a média ponderada dos retornos esperados dos activos da carteira,
mas o desvio-padrão da carteira não é a média ponderada dos desvios-padrão dos activos da carteira;

Se os ativos que constituem a carteira não estiverem positivamente correlacionados, o agrupamento de ativos
numa carteira, em geral, reduz o risco.

O risco de um ativo tem dois componentes: o risco específico, que pode ser eliminado atrás da diversificação, e
o risco de mercado, que não pode ser eliminado por diversificação;

Uma carteira eficiente é aquela que oferece um maior retorno para um determinado nível de risco ou, o menor
risco, para um dado retorno.

Risco específico ou não sistêmico é aquele que envolve uma empresa específica e, eventualmente, os seus
concorrentes mais directos. Este é um tipo de risco que pode ser reduzido através de uma carteira diversificada.
Uma empresa que siga uma estratégia de diversificação vai eliminando aos poucos o risco específico dos seus
negócios, ficando, em última análise, sujeita apenas ao risco de mercado. Esta estratégia empresarial não cria
valor para o accionista; cria sim valor para outros grupos sociais tais como gestores, trabalhadores e credores
pois diminui-lhes o risco específico para o qual não tinham protecção antes da diversificação. A única forma de
criação de valor para o accionista é investir em projectos com rendibilidade superior ao custo de oportunidade
do capital.

A carteira óptima para um investidor é definida pela tangente entre as carteiras eficientes e a curva de
indiferença do investidor.
Risco de crédito pode referir-se à possível incapacidade de uma instituição financeira responsável pela emissão
de títulos de valores mobiliários de honrar os compromissos assumidos com investidores. O default pode ser
causado por problemas financeiros oriundos de má gestão, dificuldades com planos econômicos, obrigações
contratuais que não foram cumpridas pela contraparte, etc.

Já avaliação do risco nos financiamentos bancários para empresas baseia-se em indicadores de quantitativos e
qualitativos para avaliar o risco de crédito das empresas. Os indicadores quantitativos centram-se na avaliação
da empresa no período de referência, considerando seu desempenho passado e sua solidez financeira. Os
indicadores qualitativos têm cada vez maior peso no resultado final da análise. Numa economia globalizada e
em permanente mudança, o sucesso obtido no passado não garante o sucesso de projectos futuros. Assim, os
indicadores de ordem qualitativa incluem a expectativa do banco sobre o sucesso da empresa no futuro
próximo, considerando a qualidade de gestão, a capacidade dos gerentes de enfrentar desafios, a capacidade de
inovação tecnológica, a formação profissional dos seus colaboradores ou mesmo a riqueza dos accionistas da
empresa.

Risco de negócio pode ser definido como a incerteza inerente às projecções do resultado operacional, ou seja, o
resultado antes de impostos e encargos financeiros (resultado económico de exploração). O risco de negócio
varia de empresa para empresa e varia ao longo do tempo, a depender de vários factores, como sejam:

1. Instabilidade da procura: quanto maior for a estabilidade da procura menor será o risco do negócio;

2. Volatilidade do preço: quanto maior for a variabilidade do preço maior será o risco;

3. Volatilidade dos custos dos fatores: quanto mais incerta for a previsão da evolução dos preços de aquisição
dos insumos e da mão de obra, tanto mais arriscado é o negócio;

4. Repercussão dos aumentos dos custos nos preços de venda: em uma conjuntura inflacionária, este item é da
maior importância. Quanto mais difícil for prever a repercussão das variações dos custos dos factores no preço
de venda, maior será o risco de negócio;

5. Dimensão dos custos fixos: quanto maior for o peso dos custos fixos, maior será o risco do negócio, na
medida em que a queda da procura tem um impacto mais que proporcional no resultado operacional.

Algumas decisões podem ser tomadas nas empresas para reduzir o risco do negócio, como, por exemplo:

a) A política de marketing pode ser utilizada para reduzir a variabilidade da demanda e a volatilidade dos
preços;

b) As negociações de contratos com os fornecedores e com os clientes, as pressões sobre o governo ou ainda, a
utilização do mercado de futuros podem ajudar a estabilizar os preços de venda e de compra.

Grau de alavancagem operacional (GAO)


O grau de alavancagem operacional é um indicador utilizado para medir o risco do negócio da empresa. Quanto
maior for o GAO, tanto maior será o risco do negócio. Por outras palavras, um alto grau de alavancagem
operacional para uma empresa significa que uma pequena variação do seu volume de vendas ocasionará uma
grande alteração dos seus resultados operacionais.

Sendo:

Q = quantidade vendida e produzida


p = preço unitário de venda
V = valor das vendas = Q x p
c = custo variável unitário
CV = custo variável total = Q x c
CF = custo fixo total
MB = margem bruta de contribuição = V – CV
Ro = resultado operacional = V - CV – CF
Δ = variação

em que

Ro = V - CV - CF sendo

MB = V - CV (1)
e
Ro = Qp - Qc - CF (2)

Como, por definição, o grau de alavancagem operacional GAO é a variação percentual dos resultados
operacionais, face a uma variação do volume de actividade, tem-se:

GAO = Δ % Ro : Δ % Q =

GAO = Δ Ro : Ro (3)

ΔQ : Q

E como

Δ Ro = ΔQ ( p - c ) (4)

substituindo (2) e (4) em (3), vem

GAO = Δ Q ( p - c) : ( Qp - Qc - CF )

ΔQ:Q

Qual a utilidade do conhecimento do grau de alavancagem operacional para o gestor financeiro? A resposta é
simples: o gestor financeiro tem toda a vantagem em conhecer, à partida, qual o impacto de uma potencial
mudança nas vendas sobre os resultados operacionais. Algumas vezes, em consequência deste conhecimento, a
empresa pode operar algumas alterações na sua política de preços ou na estrutura dos seus custos.

Em geral, as empresas não apreciam trabalhar com altos graus de alavancagem operacional, pois, facilmente,
uma pequena variação nas vendas pode provocar resultados operacionais negativos. Observe-se que o grau de
avalancagem operacional é tanto mais elevado quanto mais próximo se encontrar o volume de vendas da
empresa do seu ponto morto económico ou ponto crítico das vendas. Daí que, alguns autores, para analisarem o
risco de negócio, prefiram trabalhar com a noção de ponto crítico (valor de vendas para o qual a empresa tem
resultado nulo) e de margem de segurança (percentagem de queda das vendas que faz a empresa entrar no ponto
crítico).

O risco financeiro e o grau de alavancagem financeira


O risco financeiro é o risco adicional que os accionistas correm, derivado da utilização de endividamento. Se o
grau de alavancagem operacional indica a variação percentual dos resultados operacionais em face da variação
percentual das vendas, o grau de alavancagem financeira indica a variação percentual dos resultados líquidos
por acção (resultados disponíveis para o accionista) face à variação percentual dos resultados operacionais.

O grau de alavancagem financeira (GAF) é obtido por decisão, por escolha de uma de entre várias alternativas
de financiamento possíveis, enquanto que, na maior parte das vezes, o GAO é inerente ao negócio.

Seja
Ro = resultados operacionais
Rl = resultados líquidos
N = número de acções
t = taxa de imposto sobre os lucros (IRC)
RPA = resultado líquido por acção
CV = custo variável total
CF = custo fixo total
V = proveitos totais
Ef = custos financeiros
Δ = variação

GAF = Δ % RPA:Δ % Ro GAF = Δ RPA : RPA / Δ Ro : Ro

RPA = Rl / N = [ ( Ro - Ef ) . ( 1 - t ) ] / N

Sendo, Ef constante,

ΔRPA = [ΔRo ( 1 - t ) ÷ N ]

Δ % RPA = ΔRo ( 1 - t ) / N

( Ro - Ef ) . ( 1 - t ) / N

Δ % RPA = Δ Ro / ( Ro - Ef )

Ou seja:

GAF = Δ Ro / ( Ro - Ef )

Δ Ro / Ro

o que, simplificando, vem

GAF = Ro / (Ro - Ef)

ou seja,

GAF = V - CV - CF

V - CV - CF - Ef
O ponto de indiferença entre duas alternativas de financiamento pode ser determinado, matematicamente, da
seguinte forma:

( Ro (1,2) – Ef (1) ) . ( 1 – t ) – Dp =

N1

= ( Ro (1,2) – Ef (2) ) . ( 1 – t ) – Dp2

N2

sendo,

Ro (1,2) = o ponto de indiferença dos resultados operacionais; Ef (1) , Ef (2) = os juros pagos, anualmente, em
cada uma das hipóteses de financiamento; Dp (1), Dp (2) = os dividendos preferenciais liquidados em cada uma
das hipóteses de financiamento; t = a taxa de imposto sobre os lucros; N1, N2 = número de acções comuns
emitidas em cada uma das alternativas.

O risco financeiro envolve, não só a possível insolvência, mas também a variabilidade dos resultados por acção
que é induzida pelo uso da alavancagem financeira; à medida que aumenta a dimensão dos custos fixos do
financiamento na estrutura de custos, aumenta a probabilidade de falência, pois a variabilidade dos resultados
operacionais é ampliada ao nível dos resultados por acção. O risco financeiro envolve também a dispersão dos
resultados por acção.

O grau de alavancagem combinada


É possível medir o efeito combinado das duas alavancas anteriormente apresentadas. O grau de alavancagem
combinada (GAC) pode ser definido como a capacidade da empresa em usar custos fixos, tanto operacionais
como financeiros, para aumentar o efeito de variação das vendas, nos resultados por acção. Mede, assim, a
sensibilidade dos resultados por acção às variações do volume de vendas.

Forma de cálculo:

= x

Ou seja:

= x

o que, simplificando, dá:

ou seja:

=
Esta é uma importante medida do risco global da empresa, incluindo, naturalmente o risco específico, que o
accionista pode eliminar através da diversificação.

A alavancagem operacional e a alavancagem financeira podem ser combinadas de diferentes formas de modo a
obter um grau de alavancagem combinada ou total desejável e, portanto, um apropriado nível de risco total da
empresa; alto risco de negócio pode ser suportado por um baixo risco financeiro e vice-versa.

O efeito de alavanca financeira na análise do risco financeiro


A rendibilidade dos capitais próprios é afectada pela estrutura de capital utilizada e pelo grau de alavanca
financeira. Por grau de alavanca financeira entende-se o efeito das políticas financeiras sobre a rendibilidade
dos capitais próprios. O efeito de alavanca financeira pode ser determinado pelo produto do efeito dos encargos
financeiros com o múltiplo da estrutura financeira.

× >1

Efeito dos Encargo Financeiros

Múltiplo da Estrutura Financeira

Sendo que:

RC - Resultado Corrente

CP - Capitais Próprios

AE - Activo Económico

Conclui-se que o endividamento é favorável desde que da conjugação daqueles rácios resulte um efeito de
alavanca superior a 1.

Face ao exposto sobre o risco financeiro é possível concluir que:

o recurso ao endividamento aumenta normalmente a expectativa de rendibilidade dos capitais próprios,


desde que a rendibiliade do activo se preveja superior ao custo do capital alheio;
o desvio padrão da rendibilidade do activo é uma medida do risco do negócio enquanto que o desvio
padrão da rendibilidade do capital próprio é uma medida de risco assumida pelos accionistas;
o desvio padrão da rendibilidade do capital próprio será sempre maior ou igual ao desvio padrão da
rendibilidade do activo, sendo que se a empresa não recorrer ao endividamento será igual.
o risco resultante da politica financeira pode ser calculado pela diferença entre o desvio padrão da
rendibilidade do capital próprio e o desvio padrão e o desvio padrão da rendibilidade do activo.

O desvio padrão da rendibilidade dos capitais próprios representa o risco total em que os accionistas incorrem
ao investirem na empresa, sendo no entanto possível diminuir este risco através da diversificação. No entanto
qualquer decisão no sentido de aumentar o efeito de alavanca aumenta o o desvio padrão da rendibilidade dos
capitais próprios.

Ver também
Risco (administração)
Incerteza
Análise de risco
Fundos de investimento
Risco-país

Ligações externas
The Risk Management Guide - A to Z and FAQ Reference [en]

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