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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

REDUÇÃO DA EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA NO


SUBSETOR GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
RELATÓRIO 1

Yara Borges Lima Ramos


NUSP 9838101
Introdução a Engenharia (PNV3100)
Turma 02 (no Júpiterweb)
Turma 07 (na prática)
Professor Hernani Luiz Brinati

SÃO PAULO
2018
Sumário
1. Introdução

2. Entendendo os gases do efeito estufa

3. Definição do problema e identificação da importância da redução de GEE

3.1. Consequências do efeito estufa (e porque ele precisa ser


reduzido): O Aquecimento Global

3.2. Emissões de GEE na geração de energia elétrica

4. Estabelecimento de uma meta de redução

5. Apresentação dos requisitos para as propostas de soluções e os fatores

limitantes

6. Conclusão

7. Referencias
1. Introdução

Os gases do efeito estufa são compostos capazes de absorver radiação na


frequência do infravermelho. Consequentemente, esses gases irradiam o calor
de volta para a superfície da Terra. A princípio, o efeito estufa é natural e
necessário, pois mantem a temperatura em uma faixa que permite a existência
de vida na Terra.
Porém, as atividades humanas modernas emitem quantidades muito grandes de
gases do efeito estufa, que na atmosfera acabam provocando a retenção de mais
calor do que seria ideal. Esse efeito estufa exagerado, por sua vez, provoca o
aumento da temperatura terrestre, ou seja, causa o aquecimento global.
2. Entendendo os gases do efeito estufa

Os principais gases do efeito estufa, também denominados GEE são dióxido de


carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). Mais de um bilhão de
toneladas de CO2eq (GWP) são emitidas por ano apenas no Brasil. Esse valor
se deve essencialmente a Mudança do Uso da Terra, Energia e Agropecuária,
como mostra o gráfico abaixo. [3]

Figura 1: Dados retirados do Sistema de registro nacional de emissões (SIRENE): Dados de


2015

A unidade utilizada aqui é CO2 equivalente (abreviada CO2e ou CO2eq), que é


uma medida internacionalmente aceita e expressa a quantidade de algum gás
do efeito estufa em termos equivalentes da quantidade de CO2. A abordagem
GWP (Global Warming Potential), que é a mais comum, considera a influência
dos GEE na alteração do balanço energético da Terra. A outra abordagem é a
GTP (Global Temperature Change Potential), que considera a influência no
aumento de temperatura. Ambos são medidos para um prazo de 100 anos. [3]
Por exemplo, 1 tonelada de metano (CH4) corresponde a 21 toneladas de
carbono equivalente (CO2e) GWP-100 ou 5 toneladas de CO2e GTP.

As emissões de gases de efeito estufa ocorrem praticamente em todas as


atividades humanas e setores da economia: na agricultura, por meio da
preparação da terra para plantio e aplicação de fertilizantes; na pecuária, por
meio do tratamento de dejetos animais e pela fermentação entérica do gado; no
transporte, pelo uso de combustíveis fósseis, como gasolina e gás natural; no
tratamento dos resíduos sólidos, pela forma como o lixo é tratado e disposto; nas
florestas, pelo desmatamento e degradação de florestas; e nas indústrias, pelos
processos de produção.
Dessa forma, o estudo da emissão de GEE pode ser dividido em setores. São
eles: Mudança do uso da Terra, Energia, Tratamento de resíduos, Agropecuária
e Processos Industriais. Como o tema indicado foi o de “Redução da geração de
GEE no subsetor Geração de Eletricidade”, o setor em foco será o de Energia.

Para esse setor, pode-se observar, em dados de 2015:

Figura 2: Emissões do Setor de Energia até 2015 (Dados retirados do Sistema de registro
nacional de emissões (SIRENE): Dados de 2015)
I. O dióxido de carbono (CO2) é o mais comum e é emitido como resultado
de atividades humanas como o uso de combustíveis fósseis (petróleo,
carvão e gás natural) e também com a mudança no uso da terra. A
concentração de CO2 na atmosfera aumentou 35% desde a era industrial,
e este aumento deve-se essencialmente à queima de combustíveis
fósseis e ao desmatamento. [11]

II. O gás metano (CH4) é produzido pela decomposição da matéria orgânica,


e é encontrado em aterros sanitários, lixões e reservatórios de
hidrelétricas, e pastos de criação de gado e cultivo de arroz. Possui poder
de aquecimento global 21 vezes maior que o dióxido de carbono. [11]

III. O óxido nitroso (N2O) é emitido a partir do tratamento de dejetos animais,


do uso de fertilizantes, da queima de combustíveis fósseis e de alguns
processos industriais. Possui poder de aquecimento global 310 vezes
maior que o CO2. [11]
3. Definição do problema e identificação da importância da
redução de GEE

3.1. Consequências do efeito estufa (e porque ele precisa ser


reduzido): O Aquecimento Global

O aquecimento global consiste no aumento da temperatura dos oceanos e da


atmosfera da Terra, acarretando o derretimento de geleiras e o aumento do nível
do mar. Ocorre devido a intensificação do efeito estufa.
Esse aumento de temperatura acarreta em muitos prejuízos para a vida na Terra,
levando até mesmo a extinção de espécies, pondo em risco inclusive a existência
humana.
Dado esse problema é estritamente necessário que ações sejam tomadas para
reduzir a emissão de GEE.
Dado o subsetor indicado o foco do trabalho será encontrar soluções para a
diminuição da emissão de gases do efeito estufa na geração de energia elétrica.
A análise desse problema consiste da comparação dos diversos modais
energéticos presentes no Brasil e sua viabilidade.
Das emissões de GEE devido ao setor Energia, a geração de eletricidade é
responsável por apenas 15% do total. Isso se deve a forte presença da
hidroeletricidade no sistema elétrico brasileiro, enquanto no mundo carvão e
petróleo são as matrizes dominantes. [9]

Figura 3: Dados retirados do documento de análise Evolução das emissões de gases de efeito
estufa no Brasil (1990-2013).
3.2. Emissões de GEE na Geração de Energia Elétrica

O segmento industrial é atualmente o responsável pela maior parte do consumo


de eletricidade, e com o crescimento desse segmento a demanda por
eletricidade também cresce. As hidrelétricas ainda são em maior parte as
responsáveis pelo atendimento da demanda, entretanto, desde 2000 as
termelétricas têm aumentado significativamente sua participação (o que mostra
os gráficos abaixo). [8]

Figura 4: Dados retirados do documento de análise Evolução das emissões de gases de efeito
estufa no Brasil (1990-2013).
O aumento no uso de gás natural, petróleo e carvão mineral tem sérias
consequências na emissão de gases do efeito estufa, aumentando esses
índices. As emissões aumentaram mais de sete vezes entre 1990 e 2013. [9]
O gás natural é o maior responsável pelas emissões, correspondendo as 49%,
em segundo lugar o petróleo, com 27%, e por fim o carvão mineral com 23%. [3]
Em comparação ao resto do mundo, as emissões do setor elétrico brasileiro são
baixas, mas já configuram um cenário digno de preocupação devido as
perspectivas de aumento da matriz termoelétrica e consequente aumento de
emissões. Desse modo, é importante que uma solução viável para a redução
seja implementada. [8]
4. Estabelecimento de uma meta de redução

De acordo com as cartilhas lançadas pelo governo, a meta de redução geral de


emissões é de 43% até 2030, isso tomando como base as emissões de 2005.
Em relação as metas dentro setor Energia, e mais especificamente, em relação
a geração de eletricidade, foram estabelecidos objetivos para as matrizes
energéticas. [5]
O governo não estabeleceu metas para a redução da emissão absoluta de gases
do efeito estufa pois entende que existirá um aumento no consumo de energia
devido a um crescimento médio de 4% a 5% da economia. Portanto, para que o
aumento da geração de energia elétrica não acarrete diretamente no aumento
das emissões é necessário investir em fontes que emitam poucos GEE.
O objetivo definido é o de assegurar ao menos 45% de fontes renováveis
(incluindo matriz hidráulica) na produção de eletricidade até 2030. [1]
Também de acordo com o planejamento do governo o compromisso de redução
da emissão do setor Energia será de 27% em 2020. Essa meta é estabelecida
conforme uma projeção baseada em emissões atuais do setor Energia, o que
mostra a figura 5. [7]

Figura 5: retirado do documento de estimativas anuais de emissões de gases do efeito estufa


no Brasil
5. Apresentação dos requisitos para as propostas de
soluções e os fatores limitantes

Como visto anteriormente, o uso de fontes renováveis configura a solução geral


para o problema de emissão de gases do efeito estufa na geração de
eletricidade. Nesse tópico será feita uma breve análise sobre as principais fontes
renováveis e suas vantagens e desvantagens, de modo a guiar a formulação de
soluções, assunto do próximo relatório.
I. Energia Hidráulica
Constitui o aproveitamento da energia cinética proveniente do fluxo
de massas de água. A força da água move pás das turbinas da
usina, o que gerará energia, posteriormente convertida em
eletricidade.
Sua vantagem é que é uma fonte renovável e limpa, mas as usinas
são caras para serem construídas e geram grande impacto
ambiental e social devido aos alagamentos. [2]

II. Energia de Biomassa


Constitui a energia produzida a partir de processos de combustão
de material orgânico, ou seja, permite o reaproveitamento de
resíduos, o que é vantajoso.
Apesar do método de combustão da massa emitir CO2, é uma
energia barata e renovável. [6]

III. Energia Solar


É obtida através o uso de painéis fotovoltaicos que convertem a
energia luminosa em energia elétrica.
É renovável e limpa, porém possui custo de instalação bastante
alto, além de ser inviável em regiões com fraca incidência solar. [4]

IV. Energia Eólica


Produzida a partir da força dos ventos e gerada por meio de
aerogeradores, onde a força do vento é captada por hélices ligadas
a uma turbina, gerando assim a eletricidade.
Como as outras citadas, é renovável e limpa. Possui impacto
ambiental ao causar a morte de pássaros, que se chocam com as
pás, além de ser inviável em locais com ventos fracos. [10]
As soluções definidas deverão levar em conta as limitações impostas acima,
tendo em mente que todas as formas de se gerar energia elétrica possuem
vantagens e desvantagens e são viáveis em dadas condições específicas que
dependem do local de instalação, dos recursos disponíveis e da demanda.
6. Conclusão

Com o encaminhamento obtido nessa primeira etapa, através do que foi dito nos
itens anteriores, será possível formular soluções para os problemas e
estabelecer critérios para avaliação dessas soluções, comparando as
alternativas através de aspectos técnicos, econômicos, sociais e ambientais, o
que é tarefa do segundo relatório.
7. Referências

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a-reducao-de-emissoes-e-o-
setor-eletrico,10000005327 [1]
http://www2.aneel.gov.br/arquivos/pdf/atlas_par2_cap3.pdf [2]
http://seeg.eco.br/wp-content/uploads/2017/10/RelatoriosSeeg2017-
Sintese_final.pdf [3]
https://www.ecycle.com.br/2890-energia-solar [4]
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-01/pais-cumprira-meta-de-
reducao-de-gases-de-efeito-estufa-ate-2025-diz [5]
https://www.portal-energia.com/o-que-e-energia-biomassa/ [6]
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4256573/mod_resource/content/1/Estim
ativas%202ed.pdf [7]
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4256592/mod_resource/content/1/2012
0822123924998922a.pdf [8]
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4256590/mod_resource/content/1/ener
gia_industria_2015.pdf [9]
http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/06-energia_eolica(3).pdf [10]
http://www.mma.gov.br/informma/item/195-efeito-estufa-e-aquecimento-global
[11]

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