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Resumo
Este trabalho apresenta uma visão geral e análise do funcionamento do órgão (ou função) de
PCP dentro de uma empresa de mineração e produção de ferroligas, com a finalidade de
verificar quais as técnicas utilizadas por este, bem como as funções desempenhadas.
Palavras-chave: Planejamento Controle da Produção, PCP.
1. Introdução e objetivos
Atualmente, analisando a dinâmica e evolução dos sistemas de produção, percebemos que
custo e qualidade se tornaram premissas básicas de quaisquer sistemas produtivos. A busca
pela competitividade e excelência organizacional forçou as empresas a reafirmar fatores antes
subjugados a repensar sua estrutura produtiva. Atividades de planejamento estratégico e
ajustamentos operacionais tornaram-se fundamentais para ganhos de produtividade e
competitividade, e hoje são diferenciais nas empresas que se posicionam satisfatoriamente no
mercado. Assim, a função produção vem assumindo um papel cada vez mais estratégico na
determinação do grau de competitividade das empresas.
Nesse quadro, o processo de Planejamento e Controle da Produção (PCP) passa a cumprir um
papel fundamental na empresas, à medida que o mesmo tem um forte impacto no desempenho
da função produção. E é nesse contexto que o presente trabalho está inserido.
Este artigo tem como objetivo apresentar uma visão geral e análise do funcionamento do
órgão (ou função) de PCP dentro de uma empresa do ramo de mineração e ferroligas, com a
finalidade de verificar quais as técnicas utilizadas por esta, bem como as funções
desempenhadas.
1.1. Limitações do trabalho
Salienta-se que em função da utilização de questionários, como meio de levantamento de
dados na empresa, as informações coletadas refletem a percepção que os respondentes
possuem dos sistemas implementados nas suas empresas.
2. Planejamento e Controle da Produção
Em um sistema produtivo, toda vez que são formulados objetivos, é necessário formular
planos de como atingi-los, organizar recursos humanos e físicos necessários para a ação,
dirigir a ação dos recursos humanos sobre os recursos físicos e controlar esta ação para a
correção de eventuais desvios. No âmbito da administração da produção, este processo é
realizado pela função de Planejamento e Controle da Produção. Segundo Tubino (2000), o
PCP é responsável pela coordenação e aplicação dos recursos produtivos de forma a atender
da melhor maneira possível aos planos estabelecidos em níveis estratégico, tático e
operacional.
Para atingir estes objetivos o PCP reúne informações vindas de diversas áreas do sistema
produtivo, tendo sempre em vista o objetivo de conciliar o Planejamento Estratégico com as
Departamento de Engenharia de Produção, Administração e Economia – Escola de Minas – UFOP
utilizada. Ainda em relação a identificação das causas dos desvios, caso estas diferenças
estejam relacionadas ao setor produtivo, é convocada reunião com o setor de produção
(podendo envolver setor de manutenção e matérias-primas) para busca de solução.
Em relação ao acompanhamento e controle da produção, são gerados gráficos de produção
com horizonte diário, mensal e anual. São usados indicadores de manutenção, disponibilidade
física e utilização da capacidade produtiva. O rendimento do ciclo de produção é também
acompanhado, permitindo ajustar o sistema produtivo e os processos. Esses dados, oferecem
completo embasamento ao setor de manutenção, que pode criar seus planos de manutenção
preventiva com maior eficiência.
A qualidade da produção é constantemente avaliada. Todo o sistema é controlado por
Controle Estatístico do Processo (CEP). Em relação a gestão de recursos humanos, a
organização oferece a seus funcionários treinamentos de aperfeiçoamento e capacitação, de
maneira constante. A empresa possui metas específicas de treinamento para cada área da
atuação.
4. Conclusões
A partir do estudo e análise de dados da empresa, pode-se perceber a importância do PCP na
manutenção da excelência competitiva de uma indústria no setor de mineração e siderurgia.
Nesse estudo identificamos um setor de Planejamento e Controle da Produção coeso e que
realmente reflete as políticas estratégicas de produção adotadas pela organização. O PCP atua
no sistema de produção, interferindo-o de maneira satisfatória e agregando mais valor aos
produtos e processos, o que se torna uma vantagem estratégica o que certamente reflete no
posicionamento competitivo dessa empresa.
4.1. Pontos fortes do PCP
Têm-se como pontos fortes do PCP analisado a excelente relação dessa área com as demais,
fator determinante para o sucesso de qualquer planejamento e estratégia. Observa-se também
uma visão estratégica, tática e operacional que se interagem de maneira a fortificar o
pensamento organizacional. Outro fator determinante é o ótimo conhecimento da engenharia
do sistema produtivo (produtos e processos) e todas as complexidades do ciclo de produção.
A centralização de informações reduz erros e integraliza as demais áreas do setor de
produção.
4.2. Pontos Fracos do PCP
Como existe a interação de vários setores e a grande exposição, o PCP tende a absorver vários
problemas, podendo às vezes desviar o foco do trabalho específico. Entende-se como ponto
fraco, o pouco uso de tecnologia e sistemas de informação para gerir o processo de produção.
5. Bibliografia
TUBINO, Davio Ferrari. Manual de planejamento e controle da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
DIRENE, Jordana Reseck. Análise dos sistemas de planejamento e Controle da produção em empresas do
Ramo industrial. Projeto de Monografia de Graduação Em Engenharia de Produção da Universidade Federal de
Ouro Preto, 2003.
FORMOSO, Carlos T. Planejamento e controle de produção em empresas de construção. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, 2001.
SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da produção. 2.ed. São Paulo:
Atlas, 2002
BARCIA, Ricardo Miranda. Novas tecnologias e sistemas de administração da produção - análise do grau
de integração e informatização nas empresas catarinenses. Dissertação submetida à Universidade Federal de
Santa Catarina para a obtenção do grau de mestre em engenharia. Florianópolis, 1996.