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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA

VANUSA ADRIANA GRIPA DE CARLI ROCHA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS DO


ENSINO FUNDAMENTAL

TUTORA: Jenilza Spinassé Morellato

Aracruz – ES

2018
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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA

VANUSA ADRIANA GRIPA DE CARLI ROCHA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS DO


ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso


Competências Básicas do
Programa Formação pela Escola
oferecido pelo FNDE.

TUTORA: Jenilza Spinassé Morellato

Aracruz-ES

2018
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RESUMO

Muitos alunos chegam ao Ensino Fundamental sem que tenham desenvolvido


o processo de leitura e escrita. A partir daí, observam-se dificuldades de
aprendizagem que podem comprometer o processo de ensino e prejudicar o
desenvolvimento social atrelado ao processo de conhecimento.

Perceber as dificuldades de aprendizagem e atuar de forma apropriada sobre


elas, é uma forma de fazer acontecer a aprendizagem significativa. Fazer com
que o aluno consiga superar esse problema, muitas vezes causados por
déficits cognitivos, físicos e, ou afetivo, representa a investigação, a finalidade,
de muitos dos profissionais que acreditam no construir, nas superações que o
processo educativo pode proporcionar.

No contexto do município de Aracruz, o Pacto Nacional pela Alfabetização na


Idade Certa (PNAIC) vem atuando no sentido de superar as dificuldades de
aprendizagem dos alunos e assegurar que todas as crianças estejam
alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino
fundamental.

Portanto, o presente trabalho tem como objetivo analisar essas dificuldades,


detectar as causas e fatores que contribuem para a mesma, principalmente no
que diz respeito às lacunas de apropriação no âmbito da leitura e da escrita

Palavras-chave: Apropriação do conhecimento; Leitura; Escrita; Ensino e


Aprendizagem; Leitura; Escrita; Dificuldades de aprendizagem.
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................05

2. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS.....................07

2.1 CONCEITO DE APRENDIZAGEM.............................................................07

2.2 DIFICULDADES NA LEITURA E ESCRITA NAS SÉRIES INICIAIS DO

ENSINO FUNDAMENTAL.................................................................................08

2.3 O PNAIC NO CONTEXTO DO MUNICÍPIO DE ARACRUZ........................10

3. CONCLUSÃO.............................................................................................. 13

4. REFERÊNCIAS.............................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO

A dificuldade de aprendizagem vem sendo um problema bastante debatido e


preocupante, suas causas podem estar relacionadas a fatores exteriores ao
indivíduo ou inerentes a ele, decorrendo de situações adversas à
aprendizagem como o déficit sensorial, abandono escolar, baixa condição
socioeconômica, problemas cognitivos e neurológicos. Esses são problemas
enfrentados pelos professores e alunos do ensino fundamental de muitas
escolas.

Ao ingressar na escola, o aluno depare-se com uma diversidade de objetos


culturais com os quais, muitas vezes não está acostumado, pois fazem parte
de práticas sociais diversas daquelas que o grupo familiar cultiva. É função da
escola promover situações de comunicação diferentes daquelas que ela
habitualmente encontra. Ampliar o universo cultural e letrado dos alunos é
dever de todo professor, pois é a partir da ampliação da visão de mundo que
podemos mentalizá-los para que construam novas possibilidades de
comunicação. “O objetivo da educação intelectual não é saber repetir verdades
acabadas, é aprender por si próprio [...]” (Piaget, 1995, p. 69).

É preciso, portanto, criar situação que propiciem o desenvolvimento das


capacidades de falar, escutar, ler e escrever de acordo com os diferentes usos
dos contextos. Por exemplo, proporcionar aos alunos as oportunidades de
participar adequadamente de conversas formais ou informais; de visitar lugares
públicos portando-se segundo as regras sociais desses espaços coletivos; de
ler e de escrever para poder se relacionar melhor com o mundo que os cerca.
Essas ações que possibilitam a apropriação do saber letrado e a inserção no
mundo de maneira mais eficiente.

A escrita é um meio de comunicação criado e desenvolvido nas sociedades


humanas, significa uma ferramenta de adaptação ao ambiente. Notadamente,
fica evidenciado que sobreviver dentro do contexto atual significa acima de
qualquer coisa se comunicar, logo, a escrita é uma das formas de comunicação
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extremamente importante. Segundo Ferreiro (2010), a importância da escrita é


devido ao papel que ela desempenha nas relações construídas no cotidiano.

O conceito de leitura tem uma relação com o processo de letramento, que tem
como pressuposto o processo se ensino aprendizagem do uso da tecnologia da
língua escrita. A leitura é uma porta aberta para o mundo, através dela o leitor
constrói o seu conhecimento tornando-se um ser crítico capaz de atuar na
sociedade em que vive e modifica-a. Diante do que foi exposto, a criança
poderá usar o recurso da língua escrita em momentos de fala, mesmo antes de
ser alfabetizada. Afirma os Parâmetros Currículos Nacionais “A leitura é um
processo no qual leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e
interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o
assunto, sobre o autor de tudo que sabe a linguagem” (BRASIL.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1998 p. 69).

Falar sobre leitura é algo complexo, e muito dessa complexidade está nos
professores que ainda tem uma atuação tradicional em sua prática em sala de
aula. O professor leva o aluno a ser depende dele, não os levando a terem sua
própria autonomia ao lerem um texto, onde também permitem refletir sobre o
sistema alfabético de escrita. Para Silva (APUD LEAL, 2004, p. 36) “a criança
precisa não só se apropriar do sistema de escrita, mas, também, desenvolver
as habilidades de leitura e produção de textos orais e escritos”. Discutir sobre a
leitura e a escrita na alfabetização tem se tornado, cada vez, mais uma
atividade arriscada, porém necessária para a tomada de decisão e mudança de
postura docente em prol de uma aprendizagem significativa.

Assim, o objetivo desse trabalho é identificar, apresentar e analisar os motivos


e as implicações que levam esses alunos a sentirem dificuldades em assimilar
os conteúdos trabalhados em sala de aula, em especialmente, as dificuldades
de aprendizagem na leitura e na escrita.

Para tal, buscou-se informações disponibilizadas no site do FNDE e da


legislação sobre o PNAIC, além das diretrizes nacionais que tratam do
processo de ensino e aprendizagem nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
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2. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS

2.1 CONCEITO DE APRENDIZAGEM

A aprendizagem pode ser definida como uma modificação do comportamento


do indivíduo em função da experiência. E pode ser caracterizada pelo estilo
sistemático e intencional e pela organização das atividades que a
desencadeiam, atividades que se implantam em um quadro de finalidades e
exigências determinadas pela instituição escolar (ALVES, 2007).

Para Piaget (1998) a aprendizagem provém de “equilibração progressiva, uma


passagem contínua de um estado de menos equilíbrio para um estado de
equilíbrio superior”.

Os problemas relacionados à dificuldades de aprendizagem escolar dos


alunos, é uma situação preocupante para os professores que atuam nas séries
iniciais do Ensino Fundamental. Para Antunes (1997) essas dificuldades podem
ser percebidas nas crianças que não tem um bom rendimento escolar em uma
ou mais áreas, mostrando problemas na: expressão oral, compreensão oral,
expressão escrita com ortografia apropriada, desenvoltura básica de leitura,
compreensão da leitura, cálculo matemático.

“Dificuldade de Aprendizagem (D.A.) é um problema que está


relacionado a uma série de fatores e podem se manifestar de
diversas formas como: transtornos, dificuldades significativas na
compreensão e uso da escuta, na forma de falar, ler, escrever,
raciocinar e desenvolver habilidades matemáticas. Esses transtornos
são inerentes ao indivíduo, podendo ser resultantes da disfunção do
sistema nervoso central, e podem acontecer ao longo do período
vital. Podem estar também associados a essas dificuldades de
aprendizagem, problemas relacionados as condutas do indivíduo,
percepção social e interação social, mas não estabelecem, por si
próprias, um problema de aprendizagem. (GARCÍA, 1998, p. 31-32)”.

As dificuldades de aprendizagem estão ligadas a diversos fatores, que se


manifestam de forma diferenciada em cada criança. Estas dificuldades podem
ter relação com aspectos orgânicos, cognitivos, emocionais, familiares, sociais,
pedagógicos, falta de material e estímulos, baixa autoestima, problemas
patológicos, entre outros. Cada aspecto tem sua particularidade, porém
interligados podem levar a criança ao fracasso escolar.
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2.2 DIFICULDADES NA LEITURA E ESCRITA NAS SÉRIES INICIAIS DO


ENSINO FUNDAMENTAL

Segundo Fonseca, (1984), a linguagem conta com uma estrutura que abrange:
fonologia, léxico, morfologia, semântica e sintaxe. Para Cruz (2009) a leitura é
composta por dois elementos: a descodificação e a compreensão. A
descodificação acontece através do reconhecimento e identificação das
palavras, e a compreensão é um processo voltado para assimilação da
informação escrita.

Na descodificação destacam-se não só as formas de diferenciação e


identificação das letras e palavras, como também a junção dos símbolos
gráficos com os sons. As dificuldades que podem surgir neste processo são: os
erros na leitura de letras, erros na leitura de sílabas e palavras, leitura lenta e
vacilações e repetições. Na compreensão da leitura, o que interessa é assimilar
a mensagem grafada em um texto, a compreensão ocorre por meio dos
processos de extração e organização da linguagem escrita (CRUZ , 2009).

Citoler (1996) menciona que as dificuldades de aprendizagem na leitura podem


ser resultantes de: problemas na descodificação; pobreza de vocabulário; falta
de conhecimentos anteriores; problemas na memória; falta de táticas de
captação; e confusão nas exigências da tarefa ou desinteresse.

Lyon (2003) aponta quatro variáveis que podem interferir na aprendizagem da


leitura, designadamente: déficits na consciência fonética e na forma de
desenvolver o princípio alfabético; déficits na obtenção de estratégias de
compreender a leitura e sua aplicação; déficits em desenvolver e manter a
motivação para a leitura; e falta de preparação dos professores.

As dificuldades na leitura ocorrem geralmente no reconhecimento e na


compreensão da palavra escrita, o reconhecimento é o mais básico de todos os
processos, ele é anterior à compreensão da palavra, portanto, esse transtorno
pode ser apresentado por uma leitura oral lenta, com omissões, distorções e
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substituições de palavras, com interrupções, correções e bloqueios


(DOCKRELL; MCSHANE, 1997).

Há crianças que sentem dificuldades apenas no reconhecimento das palavras,


e conseguem compreender uma explicação falada. Existem também crianças
que sabem ler as palavras, mas sentem dificuldades para compreender o que
foi lido. E em casos extremos existem crianças que leem mal as palavras e
sentem dificuldades tanto na compreensão oral, quanto na escrita (SÁNCHEZ
MIGUEL; MARTÍNEZ MARTÍN, 1998).

A dificuldade na leitura faz com que o aluno sinta dificuldade em lembrar as


palavras vistas antes, dificuldade em soletrar, perca do interesse por leitura,
fazem contraversões de letras e palavras, têm vocabulário curto e uma
memória visual pobre e problemas no processamento auditivo.

A leitura é de fundamental importância para a obtenção de novas


aprendizagens, é necessário observar com atenção os sinais de dificuldades
neste elemento de formação de ideias e opiniões, tendo por finalidade de evitar
dificuldades e comprometimentos das aprendizagens escolares (NIELSEN,
1999).

A escrita é um elemento de comunicação muito importante para o processo de


aprendizagem, ela exerce um papel eficaz na vida em sociedade,
representando assim um elemento de fundamental relevância para a cidadania.
(SANTANA, 2007).

Segundo Vygotsky (1991), as dificuldades na escrita é um problema que não


significa falta de capacidade de uma criança, mas sim, um problema onde a
mesma tem o desenvolvimento da escrita obstaculizado por algum tipo de
déficit. O desenvolvimento pode estar qualitativamente diferente e não mais
lento ou inferior ao das outras crianças.

As dificuldades de aprendizagem na escrita para Escoriza Nieto (1998) é uma


realidade que precisa ser analisada, e transformada enfocando a interação
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ativa e simultânea das características e a natureza dos três elementos básicos


dos processos de ensino-aprendizagem: o sujeito que aprende, o professor que
intermedia o processo de aprendizagem do aluno e os conteúdos que
compõem o objeto de ensino aprendizagem, ou analisar os processos de
interação aluno-professor-conteúdo como a unidade de análise mais conexa e
relevante, referindo-se à explicação, diagnóstico e interferência nas
dificuldades de aprendizagem.

De acordo com Escoriza Nieto (1998), para que as dificuldades de


aprendizagem possam ser avaliadas, precisam ser entendidos, não como
atribuíveis às propriedades específicas (biológicas e cognitivas), e sim como
conhecimentos cuja internalização pode exigir, em determinadas crianças,
ajudas educativas individualizadas, diversificadas e diagnosticadas nos
processos de influência educativa.

Os problemas na escrita são relativos às dificuldades no desenvolvimento das


habilidades da escrita (disgrafia) e, pode ir desde erros na soletração até erros
na sintaxe, estruturação ou pontuação das frases, ou na organização de
parágrafos (GARCÍA, 1998).

Existem alunos com boa capacidade de expressão oral, mas com dificuldades
para escrever as palavras (disgrafia); alunos que conseguem expressarem-se
oralmente com dificuldade e escrevem, também, as palavras de modo
deficitário, e indivíduos que escrevem bem as palavras; mas se expressam mal
(SÁNCHEZ MIGUEL E MARTÍNEZ MARTÍN, 1998).

2.3 O PNAIC NO CONTEXTO DO MUNICÍPIO DE ARACRUZ

Em seu plano de priorizar a qualidade de ensino oferecido na rede municipal, a


Secretaria de Educação (Semed), da Prefeitura de Aracruz assinou em 2012, o
termo de adesão com o Ministério da Educação (MEC), ao Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), que tem como prioridade atender à
Meta 5 do Plano Nacional da Educação (PNE), que estabelece a
obrigatoriedade de “Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º
(terceiro) ano do ensino fundamental”. Para tal, o foco do PNAIC, como
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descrito no documento orientador de 2017 é efetivar o direito da criança de ser


alfabetizada.

Para o desenvolvimento do PNAIC 2017-2018 já houve a seleção interna dos


Formadores de Estudos regulamentada conforme Portaria Nº 14.585, DE
22/08/2017.
Os professores, seus formadores e gestores, tendo altas expectativas
sobre as crianças e mobilizando seus conhecimentos para que elas
possam progredir no domínio da língua materna e da Matemática, em
uma perspectiva ampla de formação interdisciplinar e integral,
ratificam seu compromisso ético-profissional de trabalhar com
excelência, compreendendo a etapa de Alfabetização como
fundamental para incluir todos os brasileiros que chegam à escola em
uma trajetória escolar de sucesso, em busca de novos patamares de
educação ao longo da vida e exercício pleno da cidadania (PNAIC
2017, p.12)

Segundo a coordenadora do programa no município no ano da adesão, as


crianças têm o direito de se apropriar do sistema alfabético de escrita. “Aquelas
crianças que não sabem ler e escrever textos com autonomia têm dificuldades
para dar continuidade ao processo de escolarização e de participar de várias
situações extraescolares, daí a importância do PNAIC” (SARMENGHI, 2012).

Em novembro de 2017, ocorreu no plenário da Câmara Municipal de Aracruz) a


abertura do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC
2017/2018). O evento contou com a participação da Secretária de Educação,
Ilza Rodrigues, a Subsecretária Rosa Maria e da Coordenadora Municipal do
PNAIC karina Faustini Campana, além de professores e pedagogos da rede
municipal.

A ação teve com objetivo passar as informações iniciais e apresentar o


programa, sua logística e organização, além de apresentar todos os
formadores – professores/alfabetizadores, professores do grupo IV e V da
educação infantil e pedagogos –. Todas as atividades do PNAIC, que envolvem
estudos durante o horário de trabalho, acontecem até o mês de maio de 2018.

Para a execução do programa, o MEC concede bolsas para os orientadores de


estudo e docentes e também a utilizar programas próprios já existentes, como
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é o caso do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e do Programa


Nacional Biblioteca na Escola (PNBE).

No que diz respeito ao município de Aracruz, no Pacto também foi previsto e


entregue um acervo literário para as salas de alfabetização oportunizando a
todas as crianças o acesso e a ampliação ao repertório literário.

Tabela 1. Livros recebidos pelo PNAIC Aracruz.

Média de livros recebidos (PNAIC) Município de Aracruz - ES

Quantidade de Quantidade de
Turma Total
turmas livros por turma

5 caixas com 30
1º ano 57 8.550 livros
títulos

5 caixas com 30
2º ano 56 8.400 livros
títulos

5 caixas com 30
3º ano 68 10.200 livros
títulos

Fonte: Setor de Ensino Fundamental da Semed Aracruz-2017.

Portanto, a partir das atividades realizadas nas formações do PNAIC, dos


materiais didáticos trabalhados nos anos iniciais, dos instrumentos didáticos
fornecidos (livros, histórias, etc.) pode-se dizer que o município de Aracruz, no
âmbito da educação do Ensino Fundamental, tem contribuído para a superação
das dificuldades de aprendizagem.
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3. CONCLUSÃO

Através desse estudo é possível perceber o grande número de alunos que


apresentam dificuldades no processo de ensino e aprendizagem, tais como:
dificuldades na escrita, na leitura, na interpretação, no raciocínio, problemas
comportamentais, problemas estruturais como a falta de acompanhamento da
família na vida escolar dos filhos, a falta de incentivo cultural, problemas como
o desinteresse em aprender os conteúdos ensinados pelo professor, realidade
socioeconômica, entre outros problemas.

O trabalho de melhoria da leitura e escrita exige por parte das redes de ensino
uma adequada reestruturação dos projetos político-pedagógicos, da formação
de professores e dos currículos, com as devidas e necessárias mudanças na
concepção de aprendizagem.

A escola necessita rever estratégias transformar suas aulas e suas atividades


pensando em todos os alunos, garantindo que todos eles possam se
desenvolver na aprendizagem e na aquisição de conhecimentos. É necessária
uma aproximação entre família e escola, um maior incentivo ao aluno por parte
da família, professores bem preparados para lidar com essas dificuldades,
buscando melhorias tanto nos métodos de ensino quanto na parte psicológica
de seus alunos.

É bom lembrar que viver em um mundo letrado, mediado por situações de


leitura e escrita, não é o mesmo que dominar esses processos com autonomia.
Se assim fosse não haveria adultos não alfabetizados (SILVA, 2013).

Sendo assim, podemos dizer que para incentivar o aluno desde cedo a se
inserir no mundo da leitura e superar possíveis dificuldades é necessário que o
professor utilize vários procedimentos de interação com criança, pois o ensino
com múltiplas estratégias é eficaz quando os procedimentos são utilizados de
forma adequada, criativa e flexível por parte do professor, numa situação
agradável de ensino, fazendo com que o leitor compreenda. Ou seja, trata-se
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de um ensino contextualizado, dinâmico, que faça sentido para a vida do


discente que está em processo de desenvolvimento.

Portanto, fa-se necessário o trabalho coletivo na busca da superação das


dificuldades de aprendizagem nas séries inicias do Ensino Fundamental, pois a
leitura e a escrita proporcionam às crianças a oportunidade de crescimento e
enriquecimento cultural, social e intelectual.
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4. REFERÊNCIAS

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Velha- ES, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil, 2007.

ANTUNES, Celso. Professores e professauros: reflexões sobre a aula e


prática pedagógica diversas. 2.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

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MEC/SEF, 1998.

CITOLER, S. D. (1996). Las Dificultades de Aprendizaje: Un Enfoque


cognitivo – Lectura, Escritura, Matemáticas. Málaga: Ediciones Aljibe.

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DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO DE ARACRUZ. Portaria nº 14.585, de


22/08/2017. Estabelece critérios para o processo de seleção interna dos
formadores de estudo para atuarem no pacto nacional de alfabetização na
idade certa - pnaic, nas escolas da rede municipal de ensino no ano de 2017.
Disponível em:
<https://www.diariomunicipal.es.gov.br/arquivos/publicacoes/1503944757_1458
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<https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/as-dificuldades-ensino-
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2018.
16

LEAL, T. F. Organização do Trabalho e Letramento. Belo Horizonte:


Autentica. 2004.

NIELSEN, L. Necessidades Educativas Especiais - Um guia para


professores. Porto: Porto Editora, 1999.

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PREFEITURA DE ARACRUZ. Secretaria de Educação de Aracruz adere ao


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