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Apostila Básica de Guitarra

Harmonia Funcional - Resumo para aulas


Organização e Edição: Jefferson Ferreira

Breves – PA
2018
1. UM BREVE HISTÓRICO DA HARMONIA
Com base em [3] o início da música polifônica ocidental, a partir do século IX até
cerca de 1300, o contraponto era a principal técnica de composição. Mas no século XIV, os
compositores começaram a ter uma consciência harmônica cada vez maior, chegando, no
Renascimento do séc. XV, a substituir a combinação de duas notas por três, formadas por
intervalos de terças. A tríade, então, passou a ser a principal unidade de harmonia, porém,
tratada de forma muito rígida.

O período Barroco (cerca de 1600 a 1750), que vai desde o surgimento da ópera por
Claudio Monteverdi no século XVII, até a morte de Johann Sebastian Bach, período que
trouxe grandes avanços para a harmonia, no desenvolvimento da ideia de melodia
acompanhada por acordes baseados em uma linha de baixo; o sistema de modos é substituído
definitivamente pelo sistema tonal de escalas maiores e menores.

Fazendo uma análise da história da música em relação a nossa música atual, podemos
dizer que as maiores influências e formulações dependem do período Romântico (séc. XIX)
em que a composição musical era carregada de muita emoção, expressividade e um forte
apelo às faculdades imaginativas do ser humano, que trazia uma harmonia mais rica, cheia de
dissonâncias de 7ª e 9ª até então impensáveis, com modulações ousadas e cromáticas.

Já no séc. XX, a música experimenta um desenvolvimento muito acelerado buscando


cada vez mais a ruptura com as regras do tonalismo. Esta revolução teve início com Debussy,
Bartók e Wagner, com o uso da escala de tons inteiros (cada intervalo tem a mesma
distância), uso de acordes alterados, quartais, clusters, paralelismos, cromatismos,
politonalidade, etc., até o atonalismo extremo, com Stravisnky, Schenberg e seus discípulos.
Todas essas ideias foram incorporadas ao jazz norte-americano por John Coltrane, Miles
Davis, Bill Evans, Ornette Coleman, Chick Corea, entre outros, e disseminadas por toda a
música ocidental. No Brasil, o grande precursor da nova música foi, sem dúvida, Villa-Lobos,
Hermeto Pascoal, entre outros. E ainda há a chamada “música contemporânea”, de extrema
variedade e visando novas experiências, como: música aleatória, eletrônica, concreta, pós-
serial, espacial, minimalista, etc. Nenhum destes movimentos representa um estilo. São meras
experiências, muitas vezes isoladas, restritas ao seu autor.

1. DEFINIÇÃO

Harmonia: é a combinação dos sons simultâneos, ou seja, tendo uma sobreposição


de notas que servem de base para a melodia. Por exemplo, uma pessoa tocando violão e
cantando está fazendo harmonia com os acordes no violão e melodia com a voz. Sendo assim,
cada acorde executado é uma sobreposição de várias notas.

Contraponto: é o conjunto de regras relativas à polifonia (sobreposição de várias melodias


independentes), ou seja, uma linha de melodia secundária ou paralela ao canto melódico, de
acordo com a classificação apresentada em [3].

2. INTERVALOS

Em [1] menciona que intervalo é à distância ou diferença de altura tonal entre duas
notas dadas, que podem ser maiores, menores, justos, aumentados e diminutos. Tomando por
base o primeiro grau da escala em relação aos demais graus.

Segue abaixo o quadro dos intervalos representando a escala cromática de Dó:

2.1. Tipos de Intervalos


a) Ascendente e Descendente

Ascendente: a primeira nota é mais grave que a segunda.

Descendente: a segunda nota é mais grave que a primeira. Segue o exemplo:


b) Harmônico e Melódico

Harmônico: execução de duas notas simultâneas, isto é, duas notas tocadas ao mesmo
tempo.

Melódico: execução de duas notas sucessivas, isto é, duas notas tocadas uma após a
outra.

Exemplo:

c) Simples e Composto

Simples: é o intervalo que contêm no máximo um oitava.

Composto: é o intervalo que exede uma oitava.

Exemplo:

d) Conjunto e Disjunto

Conjunto: formado por notas consecutivas.

Disjunto: formado por notas não consecutivas.

Exemplo:

2.2. Propriedades dos intervalos


i. Quantidade: indica a distância entre as notas, sem considerar os acidentes
musicais.
ii. Qualidade: indica a distância entre as notas, considerando os acidentes
musicais, através dos semitons entre duas notas.
Por exemplo, o intervalo de G – B é dito a quantidade + a qualidade, que resulta em
uma terça maior, ou seja, a terça é a quantidade de notas e o maior é a qualidade do intervalo
por meio dos semitons.

3. FUNÇÕES HARMÔNICAS

Em [1] a palavra função serve para estabelecer a sensação que determinado acorde nos
dá dentro da frase harmônica. Temos três funções harmônicas: Tônica, Dominante e
Subdominante.

 Tônica: é o I grau que representa uma sensação de repouso, é o acorde


principal da função, sendo também substituído pelo VI ou III graus que
apresentam esse modo estável;
 Dominante: é o V grau que representa uma sensação de tensão ou expectativa
de resolução, sendo substituído pelo VII grau;
 Subdominante: é o IV grau que representa uma sensação de afastamento, sendo
substituído pelo II grau.

A tabela da qualidade funcional detalha essas sensações de repouso, afastamento e


tensão.

QUALIDADE FUNCIONAL DOS ACORDES


GRAUS DE
GRAUS SUBSTITUTOS
FUNÇÃO
PRINCIPAL
Função Função Forte Função Meio-Forte Função Fraca
Tônica I VI III
Dominante V VII
Subdominante IV II

Fazendo as substituições diatônicas com base nos conhecimentos das funções


harmônicas, analisando cada grau e suas possíveis substituições com acorde estável, instável e
meio suspensivo, obtemos a seguinte exemplificação:
QUALIDADE FUNCIONAL DOS ACORDES
GRAUS DE
GRAUS SUBSTITUTOS
FUNÇÃO
PRINCIPAL
Função Função Forte Função Meio-Forte Função Fraca
Tônica C7M Am7 Em7
Dominante G7 Bm7(b5)
Subdominante F7M Dm7

4. TRÉTADES NA TONALIDADE MAIOR


a) Tétrades diatônicas na escala maior

Segundo [2] são os acordes de quatro sons separados por terças.

Fórmula da T T S T T T
Escala
Cifra Analítica I7M IIm7 IIIm7 IV7M V7 VIm7 VIIm7(b5)
Cifra Prática C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5)
5. TRÉTADES NA TONALIDADE MENOR
a) Tétrades diatônicas na escala menor natural
Fórmula da T S T T S T
Escala
Cifra Analítica Im7 IIm7(b5) bIII7M IVm7 Vm7 bVI7M bVII7
Cifra Prática Cm7 Dm7(b5) Eb7M Fm7 Gm7 Ab7M Bb7
b) Tétrades diatônicas da escala menor harmônica
Fórmula da T S T T S TeS
Escala
Cifra Analítica Im(7M) IIm7(b5) bIII7M(#5) IVm7 V7 bVI7M VIIº
Cifra Prática Cm(7M) Dm7(b5) Eb7M(#5) Fm7 G7 Ab7M Bº
c) Tétrades diatônicas da escala menor melódica
Fórmula da T S T T T T
Escala
Cifra Analítica Im(7M) IIm7 bIII7M(#5) IV7 V7 VIm7(b5) VIIm7(b5)
Cifra Prática Cm(7M) Dm7 Eb7M(#5) F7 G7 Am7(b5) Bm7(b5)
Segue o quadro geral das funções harmônicas:
ESCALAS FUNÇÃO HARMÔNICA
Tônica Subdom. Tônica Subdom Dom. Tônica Dom.
Maior I7M IIm7 IIIm7 IV7M V7 VIm7 VIIm7(b5)
GRAUS DA ESCALA

Menor Im7 IIm7(b5) bIII7M IVm7 ¹Vm7 bVI7M bVII7


natural
Menor Im(7M) IIm7(b5) bIII7M(#5) IVm7 V7 bVI7M VIIº
harmônica
Menor Im(7M) IIm7 bIII7M(#5) ²IV7 V7 VIm7(b5) VIIm7(b5)
Melódica

Obs1: Não tem função tonal

Obs2: IV grau blues

6. ACORDE DE EMPRÉSTIMO MODAL


O acorde de empréstimo modal são aqueles usados na sua modulação paralela, ou seja,
quando tivermos tonalidades diferentes para a mesma tônica, sendo emprestados acordes
menores para o campo dos maiores e vice-versa.

Ex1:

║ C7M F7M│ G7 │C7M Bb7M│

Ex2:

║ C7M F7M│ Fm7 │C7M Eb7M│

7. PREPARAÇÃO DOS ACORDES DOMINANTES


a) Dominante Primário

É a deslocação do baixo do V7 para uma quarta justa ascendente ou quinta justa


descendente, para resolver no I grau.

Ex1:

║ G7 │ C7M │

Ex2:

║ G7 │ Cm(7M) │
b) Dominante Secundário

É a deslocação do baixo do V7 para uma quarta justa ascendente ou quinta justa


descendente, para resolver nos demais graus do campo harmônico.

Exemplo:

║C7M │B7 │Em7 │E7 │Am7 │Dm7 │D7 │G7 │C7M │

c) Dominante Substituto Primário

É a substituição do acorde dominante para 2ª menor do acorde de resolução (I grau) ou


para 5ª diminuta da dominante.

Ex1:

║ Db7 │ C7M │

Ex2:

║ Db7 │ Cm7 │

d) Dominante Substituto Secundário

É substituição do acorde dominante para segunda menor do acorde de resolução (I


grau) ou para quinta diminuta da dominante, mas agora aplicável para os demais graus.

Exemplo:

║F7M │B7(#11)│Bb7M │Dm7 │Db7 │C7 │F7M │

e) Dominante Auxiliar

São os dominantes dos acordes de empréstimo modal. Mantendo o intervalo de quarta


justa ascendente e quinta justa descendente.

Exemplo:

║C7M │Bb7 │Eb7M│Eb7 │Ab7M │G7 │C7M │


8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] CHEDIAK, Almir. Harmonia e Improvisão. 15. ed. vol.1. Rio de Janeiro: Lumiar
Editora, 1986.
[2] FARIA, Nelson. Acordes, Arpejos e Escalas para violão e guitarra. Rio de
Janeiro: Lumiar Editora, 1990.
[3] SANTOS, Alan Gomes. Harmonia 1. Disponível em:
<https://musicaeadoracao.com.br/recursos/arquivos/tecnicos/teoria/harmonia_funciona
l_1.pdf>. Acesso em 24 março de 2018.

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