Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
PUC/SP
SÃO PAULO
2014
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC/SP
SÃO PAULO
2014
Conversações com René Girard
Banca examinadora
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
Para
e Emilio Carbone
Agradeço aos meus pais Emílio Carbone Neto e Dorothi Carbone, pelo
apoio e incentivo. A minha família.
A Luiz Eduardo Takenouchi Goulart pela convivência e parceria
cotidiana.
Sumário
ABERTURA .............................................................................13
PARTE I .................................................................................19
A EXISTÊNCIA .......................................................................20
A OBRA ..................................................................................45
PARTE 2 .................................................................................54
PARTE 3 .................................................................................90
ANEXOS ...............................................................................115
ANEXO 1 ..............................................................................116
ANEXO 2 ..............................................................................145
13
ABERTURA
http://www.ravenfoundation.org/about-us/our-people/
14
por Girard e os autores que ele menciona. Girard passa pelos autores,
tece críticas importantes, mas não aprofunda ou justifica tais críticas.
Outra razão é a trajetória da obra que tem críticas contundentes que
vão desde a classificação de Girard como positivista até a ideia de
que a reflexão da obra é teológica, minimizando o debate. Por outro
lado, há uma série de comentaristas que debatem com Girard, mas
em nenhum deles há a definição dos conceitos retratados na teoria
girardiana.
PARTE I
http://juicyecumenism.com/2013/05/06/rene-girard-who-is-this-guy-anyway/
20
A EXISTÊNCIA
http://www.paper-pills.com/2008/09/02/rene-girard/
21
Polêmico, desafiador,
instigante. Filósofo, literata,
antropólogo, psicanalista,
mitólogo. Analisar a obra de
René Girard requer muito
fôlego. Mais que debruçar sobre
a obra, compreender a
trajetória da vida e as ideias é
essencial para interpretar o
1
Entrevistas realizadas entre 1995 e 1999, inicialmente na Universidade de Stanford, na ocasião do
Seminário sobre a obra de Willian Shakespeare, último curso ministrado por René Girard. As reuniões
se sucederam na casa de René Girard. João César de Castro Rocha é professor de literatura comparada
da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e Pierpaolo Antonello é professor de Literatura
Italiana na Universidade de Cambrige (Inglaterra).
23
2
Não há a descrição do Lycée estudado, a literatura diz que René Girard frequentou um Lycée.
24
3
René Char (1907-1988) poeta francês, muito conhecido no período, sobretudo pela influência do
surrealismo
4
René Char foi amante de Yonne Zervos, esposa de Christian Zervos, intelectual e Marchand de renome
na França.
25
5
École Normale Supérieure, fundada em 1794, é considerada a grande escola de formação da elite
intelectual francesa. http://www.ens.fr/?lang=fr
6
http://www.enc.sorbonne.fr/ A École des Chartes é reconhecida por formar arquivistas e
pesquisadores sobre a história da França, sobretudo, do período medieval.
7
Segundo o site: http://www.gnoticia.com.br/: Avignon é uma cidade monumental, tem a classificação
de Patrimônio da Humanidade desde 1995 e o Palácio Papal é o mais eminente símbolo dessa
monumentalidade contemplada pela Unesco. Residência dos papas na Idade Média, Avignon guardou a
marca deste destino grandioso: o palácio dos Papas, a ponte, as muralhas, as igrejas e capelas .
27
http://www.gnoticia.com.br/capa/lenoticia.asp?id=9650
Não era o que queria, não era do que gostava. Odiava a escola,
os estudos e a vida intelectual. Estudar documentos antigos e passar
a vida entre documentos medievais não era uma boa opção. Mesmo
contrariado, estudou temas medievais. Defende a tese La Vie Privée à
Avignon dans la Seconde Moitié du XVme Siècle. Não podia mais
voltar para Avignon, por causa da guerra, não havia como sair de
Paris. Ironicamente diz que, por causa dos alemães, terminou seus
estudos em Paris.
10
Discurso de recepção à René Girard proferido por Michel Serres em 15 de dezembro de 2005 em
cerimônia da Academia Francesa. Anexo a tese
32
http://bookhaven.stanford.edu/2010/09/rene-girard-meet-terry-jones-andrew-sullivan-
christopher-hitchens-and-the-gang/
11
http://duke.edu/
12
http://www.brynmawr.edu/academics/
33
13
http://www.jhu.edu/
34
14
Colóquio internacional: The languages of Criticism and the Sciences of Man (A linguagem crítica e a
ciência do homem) a proposta do colóquio era refletir sobre a proposição teórica desconstrução.
35
15
http://www.buffalo.edu/
36
16
Principalmente Radcliffe-Brown, Bronislaw Malinowski
17
James Frazer (1954-1941). Antropólogo escocês. Dentre as publicações do autor, no Brasil foi
publicado umresumo da mais conhecida: O Ramo de Ouro (1890), obra em 12 volumes, produzida ao
longo de mais de 20 anos, que descreve a relação dos mitos, religião e ciência.
18
As Bacantes (405 a.C.). Tragédia grega, escrita por Eurípedes (480 – 406 a.C.)
19
Édipo rei (427ª.c.). tragédia grega, escrita por Sófocles (497 – 406 a.c.)
38
20
Neuropsiquiatria e psicólogo
21
Médico psiquiatra
40
http://www.academie-francaise.fr/les-immortels/rene-girard?fauteuil=37&election=17-03-2005
23
Anexo: Discurso na íntegra, da academia francesa (em francês) e em cópia digitalizada em português.
44
HTTP://WWW.CORBISIMAGES.COM/STOCK-PHOTO/RIGHTS-MANAGED/0000217067-001/FRENCH-
ANTHROPOLOGIST-RENE-GIRARD
45
A OBRA
46
desejo, o outro passa a ser o seu duplo rival. Duplo, pois é o espelho
de seu próprio desejo e rival, porque disputará o mesmo objeto
desejado. O rival é, portanto, o mediador dos conflitos.
PARTE 2
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,obra-discute-o-sacrificio-ritual-
moderno,767361,0.htm
55
24
Telas: Caim e Abel de Tintoretto e O sacrifício de Abraão de Caravaggio
56
25
ANSPACH, Mark R. L’Hern Girard. Paris: Éditions L’Hern, 2008. Sem tradução para o português.
59
O SACRIFÍCIO E A VIOLÊNCIA
“O SACRIFÍCIO DE IFIGÊNIA”, ÓLEO SOBRE TELA POR FRANÇOIS PERRIER (1590-1650, FRANCE)
65
26
FREUD, S. EINSTEIN, A. Porquê a Guerra? Reflexões sobre o destino do mundo. Tradução de Artur
Morão. Lisboa: Edições 70. s/d
27
Não é característica da obra do autor definir períodos ou estabelecer divisões. Essa divisão em dois
períodos é dada por mim, para que tenhamos um melhor entendimento da teoria proposta. Não se
trata, portanto de uma divisão linear, dada historicamente.
66
28
Algumas religiões de matriz Afro mantém o ritual do sacrifício com animais. Não há reflexão do autor
sobre essas práticas, porém podemos refletir que as religiões de matriz afro são anteriores ao
cristianismo.
29
A ideia de violência intestina se repetirá nesse texto, dada a sua importância.
67
30
Não há necessidade de debatermos a definição de pertencimento, aqui a expressão é usada em seu
sentido estrito e não conceitual.
72
31
Para Girard, Pharmakós aparece como escravos ou prisioneiros de guerra. Aqueles que possuem
características necessárias para o sacrifício. Na literatura, a definição é contraditória, podendo ser
também o feiticeiro que escolhe a vítima.
75
32
Eurípedes (480-406 a.C.)
80
PARTE 3
http://labirintosdoser.blogspot.com.br/2009/10/rene-girard-e-o-mecanismo-mimetico.html
91
http://www.swiss-jazz.ch/rene-girard.htm
92
33
No Brasil, publicado pela editora Casc Naify, em 2013.
34
Possivelmente referência a MALINOWSKI, Bronislaw. Sexo e repressão na sociedade selvagem.
Publicado, em 2013, pela Editora Vozes.
94
35
Provavelmente citação de ROUSEAU, Jean-Jacques. Contrato Social, publicado pela Editora Martin
Claret, em 2013.
95
36
A referência do livro está na primeira parte da tese
96
37
1983
38
Provavelmente em 1999/2000
97
39
Lévi-Strauss. Antropologia estrutural. Publicado, no Brasil, pela Cosac Naify, em, 1958.
98
40
FREUD, S. Totem e tabu (obras completas volume 11). Cia das letras. 2012.
100
A CONVERSAÇÃO E O SILÊNCIO
http://shangrilaedicionesblog.blogspot.com.br/2011/03/dostoievski-shangrila-derivas-y.html
104
Escrever sobre René Girard não é uma tarefa simples. Além das
proposições que exigem uma tese, a obra do autor requereria uma
sequência de teses. A cada capítulo, de cada livro é possível
desenvolver uma nova obra.
Não é por acaso que Girard é um autor pouco lido. A obra tem
muita complexidade conceitual e uma forma de escrita que exige
fôlego e bagagem do leitor.
41
Ilya Prigogine. Ciência razão e paixão
108
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://news.stanford.edu/thedish/?p=24393
110
Sites
Filmes
Imagens
http://projetophronesis.com/category/filosofia-contemporanea/rene-
girard-filosofia-contemporanea/
http://garydavidstratton.com/2012/11/06/rene-girard-video-
stanfords-greatest-christian-intellectual-you-never-heard-of/
http://www.ravenfoundation.org/about-us/our-people/
114
http://juicyecumenism.com/2013/05/06/rene-girard-who-is-this-guy-
anyway/
http://www.especialgirard.nomundoenoslivros.com/p/sobre-rene-
girard.html
http://www.gnoticia.com.br/capa/lenoticia.asp?id=9650
http://bookhaven.stanford.edu/2010/09/rene-girard-meet-terry-
jones-andrew-sullivan-christopher-hitchens-and-the-gang/
http://www.academie-francaise.fr/les-immortels/rene-
girard?fauteuil=37&election=17-03-2005
http://www.corbisimages.com/stock-photo/rights-
managed/0000217067-001/french-anthropologist-rene-girard
http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=3484
&titulo=Deus:_uma_invencao?,_de_Rene_Girard
http://www.swiss-jazz.ch/rene-girard.htm
https://news.stanford.edu/thedish/?p=24393
http://www.paper-pills.com/2008/09/02/rene-girard/
http://shangrilaedicionesblog.blogspot.com.br/2011/03/dostoievski-
shangrila-derivas-y.html
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,obra-discute-o-
sacrificio-ritual-moderno,767361,0.htm
http://labirintosdoser.blogspot.com.br/2009/10/rene-girard-e-o-
mecanismo-mimetico.html
115
ANEXOS42
http://projetophronesis.com/category/filosofia-contemporanea/rene-girard-filosofia-
contemporanea/
42
Anexo 1: Discurso de Mihael Serres proferido durante a posse de René Girard na cadeira nº37 da
Academia Francesa http://www.academie-francaise.fr/reponse-au-discours-de-reception-de-m-rene-
girard A versão em português está traduzida em O trágio e a Piedade, que acompanha também o
discurso de Girard (anexo 2)
116
ANEXO 1
Le 15 décembre 2005
Michel SERRES
Réception de M. René Girard
Que l’Église ait réussi ou non un mille qui avouât tuer pour sa
tel pari, l’histoire, trop brève, Foi. La violence revient toujours
peut-elle en juger ? Je sais parmi nous et aussi bien parmi
seulement que toute société, le divin. Nous vivons,
celle-là autant que les autres, aujourd’hui encore, le retour de
se trouve, aussitôt que née, ces revenants.
empêtrée dans la nécessité de
Considérer la religion comme
gérer sa violence inévitable.
un fait de société ou d’histoire,
Aucun collectif n’échappe à
loin de caractériser une
cette loi d’airain, pas même
approche scientifique, fait, au
celui des théologiens,
contraire, partie de la
philosophes, scientifiques,
régression contemporaine vers
historiens, académiciens… aussi
les religions sacrificielles de
persécuteur que n’importe quel
l’Antiquité. Le savoir, là,
groupe en fusion. La puissance
s’adonne au même
sociétaire de la violence et du
aveuglement que les médias ;
sacré l’emporte sur les vertus
dans les deux cas, Dieu mort,
douces des individus et dévaste
nos conduites reviennent aux
vite la communion des saints.
religions archaïques ; depuis
Peut-elle échapper au
que le monothéisme se tait,
mimétisme, à la rivalité, aux
nous errons, redevenus
mécanismes aveugles du bouc
polythéistes, parmi les
émissaire ? Ceux qui
revenants du sacrifice humain.
prétendent se battre pour Dieu
tombent alors et n’assassinent Pourquoi tous les jours, à midi
ANEXO 2
146
147
148
149
150
151
152
153
154
155
156
157
158
159
160