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PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO
CONSELHO SUPERIOR
PARECER N.°
recebidas, com ênfase para os casos que foram selecionados para exame
aprofundado, que considerou também como critério de seleção os agentes públicos
listados na Lei Estadual n° 12.036/03.
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PARECER N° 15.214
PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO. LEI
ESTADUAL 12980/08. ASPECTOS DE
CONSTITUCIONALIDADE E LEnATIDADE.
De ordem da Excelentíssima Procuradora-Geral do
Estado, vêm os expedientes administrativos ns.
91877-1000/09-0 e 848-1353/09-2 (em anexo) para
análise acerca da constitucionalidade e legalidade
de aspectos da Lei estadual n. 12980/08, a qual
dispõe acerca do registro das declarações de bens e
o controle da variação patrimonial e de sinais de
enriquecimento ilícito por agente público no
exercício de cargo ou emprego público estadual.
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necessários.
§ 1° - Não prestados os esclarecimentos, ou
considerados estes insuficientes, a Comissão
solicitará ao Tribunal pronunciamento
conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta
dias.
§ 2° - Entendendo o Tribunal irregular a
despesa, a Comissão, se julgar que o gasto
possa causar dano irreparável ou grave lesão à
economia pública, proporá ao Congresso Nacional
sua sustação.
(...)
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade
de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas
no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os
resultados, quanto ã eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial
nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de
crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de
sua missão institucional.
.5 1° - Os responsáveis pelo controle interno,
ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão
ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade solidária.
§ 2° - Qualquer cidadão, partido político,
associação ou sindicato é parte legítima para,
na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da
União.
Art, 75. As normas estabelecidas nesta seção
aplicam-se, no que couber, à organização,
composição e fiscalização dos Tribunais de
Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem
como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos
Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais
disporão sobre os Tribunais de Contas
respectivos, que serão integrados por sete
Conselheiros.
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É o Parecer.
Porto Alegre, 03 de março de 2010.
D ECRET A:
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TITULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPITULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
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Art. 3° (...)
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Art. 5° (...)
EMENTA
PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543-C, DO CPC. TRIBUTÁRIO.
QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIO SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL.
CONSTITUIÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS REFERENTES A
FATOS IMPONIVEIS ANTERIORES À VIGÊNCIA DA
LEI COMPLEMENTAR 105--2001. APLICAÇÃO
IMEDIATA. ARTIGO 144, § 1°, DO CTN. EXCEÇÃO AO
PRINCIPIO DA IRRETROATIVIDADE.
1. A quebra do sigilo bancário sem prévia
autorização judicial, para fins de constituição de
crédito tributário não extinto, é autorizada
pela Lei 8.021,-90 e pela Lei Complementar 105-'2001,
normas procedimentais, cuja aplicação é imediata, à
luz do disposto no artigo 144, B 10, do CTN.
2. O § 1°, do artigo 38, da Lei 4.595-64 (revogado
pela Lei Complementar 105-'2001), autorizava a guebra
de sigilo bancário, desde que em virtude de
determinação judicial, sendo certo que o acesso às
informações e esclarecimentos, prestados pelo
Banco Central ou pelas instituições financeiras,
restringir-se-iam às partes legítimas na causa e
para os fins nela delineados.
3. A Lei 8.021-'90 (que dispôs sobre a identificação
dos contribuintes para fins fiscais), em seu artigo
8°, estabeleceu que, iniciado o procedimento fiscal
para o lançamento tributário de ofício (nos casos em
que constatado sinal exterior de riqueza, vale
dizer, gastos incompatíveis com a renda disponível
do contribuinte), a autoridade fiscal poderia
solicitar informações sobre operações realizadas
pelo contribuinte em instituições financeiras,
inclusive extratos de contas bancárias, não se
aplicando, nesta hipótese, o disposto no artigo 38,
da Lei 4.595-'64.
4. O B 3°, do artigo 11, da Lei 9.311-'96, com a
redação dada pela Lei 10.174, de 9 de janeiro de
2001, determinou que a Secretaria da Receita Federal
era obrigada a resguardar o sigilo das
informações financeiras relativas à CPMF, facultando
sua utilização para instaurar procedimento
administrativo tendente a verificar a existência
de crédito tributário relativo a impostos e
contribuições e para lançamento, no âmbito do
procedimento fiscal, do crédito
tributário porventura existente.
5. A Lei Complementar 105, de 10 de janeiro de 2001,
revogou o artigo 38, da Lei 4.595-'64, e passou a
regular o sigilo das operações de instituições
financeiras, preceituando que não constitui violação
do dever de sigilo a prestação de informações, à
Secretaria da Receita Federal, sobre as ouerações
financeiras efetuadas pelos usuários
dos serviços (artigo 1°, B 3°, inciso VI, c--c o
artigo 5°, caput, da aludida lei complementar, e 1°,
do Decreto 4.489-'2002).
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ACÓRDÃO ELETRÔNICO
DJe-021 DIVULG 30-01-2015 PUBLIC 02-02-2015
Ementa
Ação direta de inconstitucionalidade. Lei n°
5.388/99 do Estado do Rio de Janeiro. CONAMP.
Obrigação de entrega de declaração de bens à
Assembleia Legislativa por agentes públicos
estaduais. Competência atribuída ao Poder
Legislativo sem o devido amparo
constitucional. Vício de iniciativa. Parcial
procedência. 1. A CONAMP congrega os membros do
Ministério Público da União e dos Estados, tendo
legitimidade reconhecida por esta Corte (ADI n°
2.794/DF, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence,
DJ de 30/3/07). A exigência de pertinência temática
não impede o amplo conhecimento da ação, com a
declaração de inconstitucionalidade da norma para
além do âmbito dos indivíduos representados pela
entidade requerente, quando o vicio de
inconstitucionalidade for idêntico para todos os
seus destinatários. Precedentes. Preliminar
rejeitada. 2. Lei estadual que estabeleceu, com
fundamento na competência constitucional de controle
externo por parte do Poder Legislativo, a
obrigatoriedade de apresentação de declaração de
bens por diversos agentes públicos estaduais
(magistrados, membros do Ministério Público,
deputados, procuradores do estado, defensores
públicos, delegados etc.) à Assembleia Legislativa.
3. Modalidade de controle direto dos demais Poderes
pela Assembleia Legislativa - sem o auxílio do
Tribunal de Contas do Estado - que não encontra
fundamento de validade na Constituição Federal.
Assim, faltando fundamento constitucional a essa
fiscalização, não poderia a Assembleia Legislativa,
ainda que mediante lei, outorgar a si própria
competência que é de todo estranha à fisionomia
institucional do Poder Legislativo.
4. Inconstitucionalidade formal da lei estadual, de
origem parlamentar, que impõe obrigações aos
servidores públicos em detrimento da
reserva de iniciativa outorgada ao chefe do Poder
Executivo (art. 61, 5 1° , II, da CF), e da autonomia
do Poder Judiciário (art. 93 da CF) e do Ministério
Público (arts. 127, § 2°, e 128, 5 5°, da CF) para
tratar do regime jurídico dos seus membros e
servidores. 5. Constitucionalidade da lei em relação
aos servidores e membros da própria Assembleia
Legislativa, por se tratar de controle
administrativo interno, perfeitamente legitimo. 6.
Ação direta julgada parcialmente procedente,
declarando-se i) a inconstitucionalidade dos incisos
II a V do art. 1'; dos incisos II a XII e XIV a XIX
do art. 2° ; das alíneas b a e do inciso XX também do
art. 2°, todos da Lei n°
5.388, de 16 de fevereiro de 2009, do Estado do
Rio de Janeiro, e ii) conferindo-se interpretação
conforme à Constituição ao art. 5' do mesmo diploma
legal, para que a obrigação nele contida somente se
dirija aos administradores ou responsáveis por bens
e valores públicos ligados ao Poder Legislativo.
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6 — DA INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DA
REGULAMENTAÇÃO, POR VULNERAÇÃO À CARTA DE
1988: O SIGILO FISCAL COMO DIREITO FUNDAMENTAL NA
CF/88
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(...)
Os elementos antes apresentados parecem não ter
perdido seu valor argumentativo. As alterações
legislativas promovidas no lapso temporal ocorrido
entre a edição do referido Parecer e o momento
atual, não foram de ordem a afastar os vícios
sugeridos estarem presentes no texto analisado.
Em especial, a Lei n° 12908/08, com a redação
dada pela Lei n° 13776/11, em seu art. 3°, como
indicado na manifestação de fls. 06 a 16 do EA n°
7395-1000/15-8, ao determinar ao Tribunal de Contas
estadual que mantenha registro informativo das
declarações de bens apresentadas nos termos da Lei
n° 12036/03, o fez, considerando a regularidade
constitucional deste ato normativo, bem como o
estabeleceu para o fim de dar efetividade à
competência fiscalizatória deste órgão de contas.
Da mesma forma, a decisão definitiva na ADI n°
4203/RJ, não corrobora a necessidade de revisão da
orientação anterior desta Casa, seja porque, em
seus fundamentos, não se encontram referências
conclusivas acerca do tema aqui objeto de análise.
Ao contrário, percebe-se do voto do Ministro
Relator que há Uma evidente preocupação quanto à
interferência promovida entre os Poderes públicos,
da mesma forma que aponta para o risco de
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outros assuntos.
47. Essa idéia vem bem expressa no despacho
proferido pelo Min. SEPÚLVEDA PERTENCE no incuérito
n. 901-6 - DF (DJde 23.2.1995, fls. 3506) e que,
ainda que em circunstâncias diversas, traçou a
linha demarcatória que bem se aplica ao caso:
"Do mesmo julgado [Petição 577 - RTJ148/366]se
extrai, contudo, segundo penso, que não cabe
autorizar a ruptura do sigilo bancário, senão
quando necessária, por sua pertinência, à
informação de procedimento investigatório em curso
sobre suspeita razoavelmente determinada de
infração penal, incumbindo a demonstração de tais
pressupostos ao requerente da autorização
respectiva.
Ao contrário, entendo, não pode a disclosure
das informações bancárias, servir de instrumento de
devassa exploratória, isto é, não destinada à
apuração de uma suspeita definida, mas, sim, à
busca da descoberta de ilícitos insuspeitados."
Dir-se-á que a fiscalização busca precisamente
a descoberta de casos talvez ocultos. Sim, mas a
exploração haverá de cingir-se ao órgão
fiscalizado, não podendo servir de pretexto para
"devassa exploratória" à procura de informações
outras sobre outros órgãos, por exemplo.
48. Creio mesmo que a obtenção de informes ou
de documentos sigilosos sobre outras ressoas ou
órgãos em tais circunstâncias possa configurar a
espécie prevista no inciso LVI do art. 5'da
Constituição:
"LVI -são inadmissíveis, no processo, as provas
obtidas por meios ilícitos".
(...)
55. Creio que, entendida a Constituição nos
seus justos limites, manter-se-á aquele equilíbrio
entre a vida privada e a vida pública de cada
pessoa a que se refere ALCEU AMOROSO LIMA, guando
comenta o art. 12 da Declaração Universal dos
Direitos do Homem, de 1948:
"A distinção entre vida privada (ou particular)
e vida pública (ou social) é uma conseqüência da
Própria natureza da pessoa humana, sobre a qual
está construído todo esse admirável edifício
jurídico internacional, que devemos respeitar e
praticar como um dos dados fundamentais de toda
sociedade digna desse nome. O homem é um ser ao
mesmo tempo voltado para dentro de si mesmo e para
fora de si. São duas faces congênitas de sua
natureza, de cujo equilíbrio depende a normalidade
ou anormalidade da vida humana, individual ou
coletiva" (Os Direitos do Homem e o Homem sem
Direitos.Rio: Francisco Alves, 1974. P. 72, 73).
179/DENOR/CGU/AGU/07, vejamos:
(...)
I) em regra, ex vi da obrigatoriedade da
observância do sigilo fiscal, corolário do direito
constitucional à privacidade e à inviolabilidade da
comunicação de dados (CF, artigo 5°, X e XII; CTN,
artigo 198, caput), a administração tributária
federal não pode atender às solicitações diretas do
Ministério Público Federal, de outros ramos do
Ministério Público da União, do Ministério Público
dos Estados, sobre dados pessoais considerados
sensíveis do sujeito passivo ou terceiros,
atinentes a privacidade dessas pessoas, nem
encaminhar documentos (declaração para fins do
imposto de renda, por exemplo) ou dados do
contribuinte, responsável tributário ou de
terceiros capazes de revelar a sua situação
econômica ou financeira ou a natureza e o estado de
seus negócios ou atividades, visto que informes,
dados e documentos amparados pelo sigilo fiscal só
podem ser relativizados mediante prévia autorização
do Poder Judiciário (CTN, artigo 198, parágrafo 1°,
inciso I), por decisão fundamentada de Comissões
Parlamentares de Inquérito (CF, artigo 58,
parágrafo 3°), pelas Administrações Tributárias
(CF, artigo 145, parágrafo 1'; artigo 146,
parágrafo único, inciso IV; artigo 4°, inciso IX;
do artigo 37, caput e inciso XXII; do artigo 70,
caput), e, segundo atualmente se entende, pela
Administração Pública em geral existindo processo
administrativo com o escopo de investigar o sujeito
passivo por pratica de infração administrativa
(CTN, artigo 198, parágrafo 1°, inc. II), não sendo
vedada a divulgação de informações relativas a
representações fiscais ao Ministério Público para
fins penais; inscrições na Divida Ativa da Fazenda
Pública; parcelamento ou moratória (CTN, artigo
198, parágrafo 3°).
II) em face do estágio atual vacilante da
jurisprudência, é razoável que se conclua que
outros dados do sujeito passivo ou terceiros, como
os cadastrais gerais ou de mera identificação
(nome, CPF ou CNPJ, filiação, idade, estado civil,
profissão etc.) revelados, normalmente, pelas
pessoas em suas relações sociais cotidianas, e que
o Ministério Público da União e dos Estados
poderiam, de outra forma, obter junto a entidades
de proteção do crédito, por exemplo, podem ser
encaminhados ao Parquet, em atendimento à sua
solicitação; (...)
Propõe-se a revisão da Nota Técnica
179/DENOR/CGU/AGU, aprovada pelo Consultor-Geral e
pelo Advogado-Geral da União de então, que entendia
constitucional a transferência direta, em qualquer
hipótese, do sigilo fiscal ao Ministério Público.
( )
Recomenda-se, pois, em consonância com a
política desta instituição de não se abarrotar de
processos o Poder Judiciário, mais do que o
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VOTO
O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1.
A controvérsia constitucional objeto do recurso não
é nova para o Tribunal. No julgamento de Agravo
Regimental na Suspensão de Segurança 3.902 (Min.
Ayres Eritto, DJe de 3/10/2011), que tratava de
idêntica matéria, envolvendo justamente a
publicação dos nomes e respectivos vencimentos dos
servidores municipais no portal "De Olho nas
Contas" do Município de São Paulo, com base na Lei
Municipal 14.720/2008, o Plenário do STF, por
unanimidade de votos, tomou deliberação enunciada
na seguinte ementa:
( )
No seu voto, o Ministro Ayres Eritto, relator,
enfrentou e rebateu, um a um, os mesmos argumentos
aqui adotados pelo acórdão recorrido. Eis o voto:
12. Inicio pelo juízo de que estamos a lidar
com situação demandante de conciliação de
princípios constitucionais em aparente estado de
colisão. Aparente conflito, e não mais que isso. De
um lado, faz-se presente, aí sim, o princípio da
publicidade administrativa (caput do art. 37).
Princípio que significa o dever estatal de
divulgação dos atos públicos. Dever eminentemente
republicano, porque a gestão da "coisa pública"
(República é isso) é de vir a lume com o máximo de
transparência. Tirante, claro, as exceções também
constitucionalmente abertas, que são "aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado" (inciso XXXIII do art. 5°). Logo,
respeitadas que sejam as exceções
constitucionalmente estampadas, o certo é que
"todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
Prazo da lei, sob pena de responsabilidade (...)",
conforme a l' parte redacional do mesmo art. 5°.
Com o que os indivíduos melhor se defendem das
arremetidas eventualmente ilícitas do Estado,
enquanto os cidadãos podem fazer o concreto uso do
direito que a nossa Constituição lhes assegura pelo
§2° do seu art. 72, verbis:
"Qualquer cidadão, partido político, associação
ou sindicato é parte legítima para, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades
perante o Tribunal de Contas da União".
13. De outra banda, fala-se, basicamente, do
direito que assistiria aos servidores municipais de
não ver divulgada a sua remuneração bruta. Isso por
implicar violação à sua intimidade e vida privada,
de parelha com o perigo que representaria para a
sua segurança pessoal e familiar o conhecimento
geral de tal remuneração por modo nominalmente
identificado.
Conhecimento geral tanto mais temerário quanto
disponibilizado em rede mundial de computadores
(internet), porquanto viabilizador de formatação de
um tipo de banco de dados que terminaria por
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8— DAS CONCLUSÕES
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Em 17 de março de 2016.
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