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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO CEARÁ
ENGENHARIA MECATRÔNICA

MARIA RAYANNE ALVES RODRIGUES MOREIRA


20122015010186

RELATÓRIO 02
EXPERIMENTO 02: INDUTOR NÃO LINEAR

Fortaleza
2015
MARIA RAYANNE ALVES RODRIGUES MOREIRA

RELATÓRIO 02
EXPERIMENTO 02: INDUTOR NÃO LINEAR

Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação


na disciplina Laboratório de Circuitos Elétricos II do Curso
de Engenharia Mecatrônica, Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Ceará.

Prof. Dr. Clayton Ricarte da Silva

Fortaleza
2015
RESUMO
O indutor não linear, também conhecido como reator, é caracterizado por apresentar
propriedades magnéticas que lhe conferem respostas características de forma não linear
quando lhe é aplicado uma corrente elétrica. Ou seja, quando acontece o momento de
saturação magnética desse indutor. As propriedades magnéticas de um material tornam-se
importantes para o conhecimento do comportamento de materiais ferromagnéticos,
ferrimagnéticos, paramagnéticos e diamagnéticos.

Palavras-chave: Indutor não linear; reator; materiais magnéticos.


SUMÁRIO

SUMÁRIO 4

LISTA DE FIGURAS 6

INTRODUÇÃO 7

1 DESENVOLVIMENTO 8

1.1 PROPRIDEDADES MAGNÉTICAS 8

1.1.1 MAGNETISMO 8

1.1.2 FERROMAGNETISMO 9

1.1.3 FERRIMAGNETISMO E ÍMÃS METÁLICOS 11

1.1.3.1 MATERIAIS MAGNETICAMENTE MOLES 11

1.1.3.2 MATERIAIS MAGNETICAMENTE DUROS, ÍMÃS SUPERCONDUTORES


E ÍMÃS CERÂMICOS 12

1.2 INDUTOR NÃO LINEAR – REATOR: TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS 13

2 DESENVOLVIMENTO E RESULTADO DAS EXPERIÊNCIAS REALIZADAS


NO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II 14

2.1 EXPERIMENTO 02: INDUTOR NÃO LINEAR (REATOR) 14

2.1.1 OBJETIVOS 14

2.1.2 DIAGRAMA DE MONTAGEM 14

2.1.3 COMPONENTES DO EXPERIMENTO 15

2.1.4 CÁLCULOS DO EXPERIMENTO 16

2.1.4.1 TESTE CC 16

2.1.4.2 TESTE CA 17

2.1.5 FÓRMULAS APLICADAS 19

2.1.6 DADOS DO EXPERIMENTO 19

2.1.7 DISCUSSÃO DE QUESTÕES RELACIONADAS AO EXPERIMENTO 02:


INDUTOR NÃO LINEAR (REATOR) 20

2.1.7.1 QUESTÃO 01 20

2.1.7.2 QUESTÃO 02 22
5

2.1.7.3 QUESTÃO 05 30

2.1.7.4 QUESTÃO 06 32

3 CONCLUSÃO 33

4 BIBLIOGRÁFICA 35
6

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comparação entre diamagnetismo e paramagnetismo em um gráfico de indução em


função da intensidade do campo magnético. .............................................................................. 9
Figura 2 Gráfico B-H para um material ferromagnético. ........................................................... 9
Figura 3 Estrutura de domínio em um cristal de ferro não magnetizado. ................................ 10
Figura 4 Resumo da microestrutura de domínio durante o curso de um ciclo de histerese
ferromagnético. ......................................................................................................................... 10
Figura 5 Comparação dos ciclos de histerese típicos para ímãs moles e duros........................ 11
Figura 6 Comparação de microestruturas aleatória (à esquerda) e texturizada (à direita) em
folhas de liga de ferro-silício policristinas. .............................................................................. 12
Figura 7 Diagrama de montagem a jusante do teste cc do Experimento 02: Indutor não linear
(Reator). .................................................................................................................................... 14
Figura 8 Diagrama de montagem a jusante do teste ca do Experimento 02: Indutor não linear
(Reator). .................................................................................................................................... 15
Figura 9 Arranjo físico de um indutor: modelo série e modelo paralelo, respectivamente. ..... 20
Figura 10 Aplicação das equações (5) e (6). ............................................................................ 21
Figura 11 Gráfico comparativo entre potências: medida pelo wattímetro e perdas no ferro. .. 26
Figura 12 Gráfico da evolução do fator de potência versus tensão. ......................................... 26
Figura 13 Análise das curvas de resistência e indutância versus tensão do ramo paralelo de
magnetização. ........................................................................................................................... 27
Figura 14 Análise das curvas de resistência e indutância versus corrente do ramo paralelo de
magnetização. ........................................................................................................................... 27
Figura 15 Análise das curvas de resistência e indutância versus tensão do ramo série de
magnetização. ........................................................................................................................... 28
Figura 16 Análise das curvas de resistência e indutância versus corrente do ramo série de
magnetização. ........................................................................................................................... 28
Figura 17 Aplicação das funções polyfit, polyval e linspace do Matlab para o encontro do
polinômio que melhor se aproxima da medida de Rfes. ............................................................ 29
Figura 18 Aplicação das funções polyfit, polyval e linspace do Matlab para o encontro do
polinômio que melhor se aproxima da medida de Lms. ............................................................. 30
Figura 19 Comportamento da densidade do fluxo, B, e a intensidade do campo, H................ 31
Figura 20 Densidade do fluxo magnético em função da força campo magnético para um
material ferromagnético. ........................................................................................................... 31
7

INTRODUÇÃO

O indutor é um dispositivo elétrico utilizado para armazenamento de energia na forma


de campo magnético. Ele pode ser aplicado em circuitos elétricos como um filtro ou como um
reator, por exemplo. O indutor pode ser de caráter linear e não linear.

Sua construção física é de material ferromagnético destinado a aumentar a


concentração das linhas de força. Os materiais ferromagnéticos possuem permeabilidade
relativa muito grande, chegando até um índice de um milhão. O ferromagnetismo aumenta a
indutância, a indutância tem como característica se opor à variação de passagem da corrente.

Conhecer e fundamentar um indutor se faz necessário para desenvolvimento e análise


dos seus modelos, que podem ser em série ou em paralelo. O estudo e modelamento do
indutor não linear permitem aplicações nas áreas de sistemas elétricos, transmissão e
distribuição de energia.

O indutor não linear apresenta curvas características distintas quando em ramo


paralelo, quando em ramo série. O circuito elétrico de um indutor não linear apresenta uma
resistência fictícia associada às perdas no ferro em série ou em paralelo com uma indutância
de magnetização.

O indutor pode ser magnetizado e apresentar curvas de magnetização diferentes, sendo


saturado. O ciclo de magnetização em que um indutor se põe é conhecido como histerese.
Quando se coloca em série uma indutância não linear e uma capacitância o fenômeno do
ferromagnetismo acontece.

A abordagem desse relatório promove conclusões dos ensaios realizados com um


reator. O experimento proporciona a elucidação do comportamento dos reatores, os ensaios
laboratoriais são úteis para modelar esse componente, na prática realizada, a todo instante,
medições elétricas foram feitas com o intuito de caracterizar e descrever o comportamento
deles.
8

1 DESENVOLVIMENTO

1.1 PROPRIDEDADES MAGNÉTICAS

1.1.1 MAGNETISMO

O fenômeno físico associado à atração de certos materiais é definido como


magnetismo. Por exemplo, um anel de corrente elétrica gera uma região de atração física, ou
campo magnético, representado por um conjunto de linhas de fluxo magnético. A magnitude e
a direção do campo magnético em qualquer ponto perto do anel de corrente são dadas por H,
uma grandeza vetorial. Alguns materiais são capazes de gerar um campo magnético sem uma
corrente elétrica (e.g. ímã).

Um ímã exibe uma orientação de dipolo identificável, norte-sul. Para o espaço livre
em torno de uma fonte de campo magnético, uma indução B pode ser definida cuja magnitude
é a densidade de fluxo. A indução está relacionada à intensidade de campo magnético, H,
assim:

‫ܪߤ = ܤ‬

onde ߤ é a permeabilidade do sólido. Essa equação é análoga à primeira Lei de Ohm (V=RI)
logo, a indução magnética, B, é semelhante à densidade de corrente, e a intensidade do campo
magnético, H, é semelhante ao gradiente de potencial (intensidade do campo elétrico) , e a
permeabilidade correspondendo à condutividade.

A magnetização M do sólido é a densidade volumétrica do momento dos dipolos


magnéticos, onde representa a quantidade de saturação de um sólido, a contribuição isolada
desse sólido mostra que:

‫ߤ = ܪߤ = ܤ‬଴ (‫ ܪ‬+ ‫)ܯ‬

ߤ଴ é a permeabilidade do vácuo. A permeabilidade relativa de um sólido, ߤ௥ , pode ser descrita


como:
ߤ
ߤ௥ =
ߤ଴

Alguns sólidos altamente condutores possuem permeabilidade relativas ligeiramente


menores que 1. Esses materiais exibem diamagnetismo. Com efeito, a estrutura eletrônica do
material responde a um campo magnético aplicado gerando um pequeno campo oposto. Os
sólidos que possuem permeabilidade relativa ligeiramente maiores que 1 exibem
paramagnetismo. Suas estruturas eletrônicas lhes permitem criar um campo de reforço
paralelo ao campo aplicado. O efeito magnético para materiais paramagnéticos e
diamagnéticos é pequeno. Materiais que apresentam permeabilidade relativa substancialmente
maior que 1 apresentam ferromagnetismo.
9

Figura 1 Comparação entre diamagnetismo e paramagnetismo em um gráfico de indução em função da


intensidade do campo magnético.

1.1.2 FERROMAGNETISMO

No ferromagnetismo a indução aumenta drasticamente com a intensidade do campo.

Figura 2 Gráfico B-H para um material ferromagnético.

No gráfico da Figura 2 é apresentada inicialmente uma amostra desmagnetizada na


ausência de um campo magnético, onde B=0 e H=0. A aplicação inicial do campo gera um
pequeno aumento na indução. Após um modesto aumento do campo, ocorre um aumento
brusco na indução Com um aumento maior na intensidade do campo, a magnitude de indução
se estabiliza em uma indução de saturação. Enquanto o campo é removido a indução cai para
uma indução remanescente, diferente de zero, em uma intensidade do campo H=0. Para
remover essa indução remanescente, o campo precisa ser revertido, quando isso ocorre, B é
reduzido a zero em um campo coercivo, Hc. Na Figura 2, a linha contínua do gráfico é
conhecida como ciclo de histerese.
10

A magnitude do dipolo magnético, ou momento magnético, devido ao spin eletrônico


é o magnéton de Bohr. Em uma camada atômica preenchida os elétrons estão todos
emparelhados, com cada par consistindo de elétrons de spins opostos e momento magnético
líquido nulo. O ferromagnetismo é claramente associado ao ferro, mas também existem
materiais de metais de transição com o mesmo comportamento.

Figura 3 Estrutura de domínio em um cristal de ferro não magnetizado.

Um cristal de ferro não-magnetizado com B=0 é mostrado na Figura 3. A microestrutura é


composta de domínios. Todos os domínios têm uma orientação cristalográfica comum.
Domínios adjacentes diferem na orientação de momentos magnéticos. Tendo volumes iguais
de momentos orientados de forma oposta, o efeito líquido é uma indução nula. O aumento
dramático na indução durante a magnetização inicial deve-se a uma grande fração de
momentos atômicos individuais orientados em uma direção paralela à direção do campo
aplicado. Os domínios orientados favoravelmente ao campo aplicado crescem à custa
daqueles orientados desfavoravelmente. Esse crescimento ocorre devido à parede de Bloch,
que é uma região estreita onde a orientação dos momentos atômicos muda sistematicamente
por 180°. Durante o crescimento de domínio, a parede do domínio se desloca em uma direção
para favorecer o domínio mais proximamente orientado com o campo aplicado. Na Figura 4 é
apresentada a microestrutura de domínio durante o curso do ciclo de histerese ferromagnética.

Figura 4 Resumo da microestrutura de domínio durante o curso de um ciclo de histerese ferromagnético.


11

1.1.3 FERRIMAGNETISMO E ÍMÃS METÁLICOS

O fenômeno do ferrimagnetismo ocorre quando a estrutura cristalina das cerâmicas


magnéticas leva a algum emparelhamento de spins antiparalelos, reduzindo o momento
magnético líquido abaixo do que é possível nos metais.

Os ímãs metálicos comerciais são ferromagnéticos. Eles podem ser divididos como
magneticamente moles ou duros. O primeiro caso acontece quando as paredes de domínio são
faci,mente movidas pelos campos aplicados nos materiais ferromagnéticos. Já os
magneticamente duros apresentam paredes de domínios menos móveis.

Figura 5 Comparação dos ciclos de histerese típicos para ímãs moles e duros.

1.1.3.1 MATERIAIS MAGNETICAMENTE MOLES

O ciclo de histerese de uma pequena área de um ímã mole proporciona uma fonte
mínima de perda de energia. Naturalmente, uma pequena área do ciclo é importante, mas uma
indução de saturação alta é igualmente desejável para minimizar o tamanho do núcleo de um
transformador, por exemplo. Onde esse núcleo é constituído de material ferromagnético.

Uma segunda fonte de perda de energia em aplicações CA é a geração de correntes


elétricas flutuantes (correntes parasitas) induzidas pelo campo magnético flutuante. A perda
de energia vem diretamente do aquecimento Joule. Essa perda pode ser reduzida aumentando
a resistividade do material. Por isso as ligas de ferro-silício de resistência mais alta
substituíram os aços carbonos comuns em aplicações de energia de baixa frequência. A adição
de silício aumenta a permeabilidade magnética e consequentemente a saturação magnética.
Uma melhoria adicional das propriedades magnéticas é produzida por folhas laminadas a frio
do aço de silício. Esse processo tira proveito da maior permeabilidade ao longo de certas
direções cristalográficas. Na Figura 6 é mostrado esse processo de laminação onde ocorre a
produção da microestrutura de orientação preferencial ou texturizada.
12

Figura 6 Comparação de microestruturas aleatória (à esquerda) e texturizada (à direita) em folhas de liga de


ferro-silício policristinas.

1.1.3.2 MATERIAIS MAGNETICAMENTE DUROS, ÍMÃS SUPERCONDUTORES


E ÍMÃS CERÂMICOS

Os ímãs duros são ideais como ímãs permanentes. Uma grande área encerrada pelo
ciclo de histerese, que simplifica em grandes perdas em CA, define simultaneamente a
potência de um ímã permanente.

Os ímãs supercondutores estão tornando possível solenóides de altos campos sem


consumo de energia em estado estacionário e circuitos de computador com altas velocidades
de comutação. A principal barreira para a aplicação generalizada tem sido a temperatura
crítica relativamente baixa.

Os ímãs cerâmicos podem ser divididos em duas categorias: ímãs de baixa


condutividade e ímãs supercondutores.

Os ímãs de baixa condutividade são os ímãs cerâmicos tradicionais ferrimagnéticos.


Sabe-se que as ligas de aço para núcleos de transformador são selecionadas para ter
resistividade máxima para minimizar as perdas por correntes parasitas. Para aplicações em
altas frequências, nenhuma liga metálica tem uma resistividade suficientemente grande para
impedir perdas substanciais por correntes parasitas. As resistividades tipicamente altas das
cerâmicas tornam a ferrita o material apropriado para essas aplicações. Diversos
transformadores no setor de comunicação são feitos de ferritas. A supercondutividade nos
metais é associada a um conjunto limitado de elementos e ligas que acima da temperatura
crítica tornam-se condutores ruins. Nos supercondutores ocorre o campo magnético críticos,
acima do qual o material deixa de ser supercondutor. O campo magnético crítico aumenta
com a temperatura crítica para os materiais com alta temperatura crítica. Infelizmente, a
densidade de corrente limitada é um obstáculo para aplicações em grande escala, como
transmissão e transporte de energia.
13

1.2 INDUTOR NÃO LINEAR – REATOR: TRANSITÓRIOS ELÉTRICOS

Um sistema elétrico é composto de indutâncias, resistências e capacitâncias. A


indutância é a característica que um condutor elétrico apresenta em se opor às variações
bruscas da corrente que o percorre.

Um indutor armazena energia no campo magnético,

‫ ݅ܮ‬ଶ
ܹ௅ =
2

onde L representa a indutância, em Henry, e i a corrente, em Ampère. Nos circuitos de


corrente contínua RLC, no regime permanente, a energia armazenada é constante. Já nos
circuitos AC, a energia é transferida ciclicamente entre a capacitância e a indutância. Como a
corrente no circuito indutivo não pode variar abruptamente as variações que ocorrem recaem
instantaneamente na resistência.

Os transitórios elétricos ocorrem quando acontecem variações súbitas nas condições


do sistema elétrico, quando isso acontece o resultado obtido pode ser sobretensões,
sobrecorrentes, formas de ondas anormais e transitórios eletromecânicas. Esses transitórios
são caracterizados por oscilações de alta frequência e às vezes, por grandes valores de tensão
ou corrente, ocasionado pelo efeito de sobreposição de oscilações.

Quando se têm elementos não lineares, como reatores e transformadores, ocorre a


facilidade de pontos ressonantes no sistema elétrico, porque estes elementos aumentam a faixa
de valores de reatâncias indutivas e capacitivas.

Segundo ANSI/IEEE a ferrorressonância é um fenômeno usualmente caracterizado


por sobretensões e formas de ondas irregulares, e está associado a excitação de uma ou mais
indutâncias saturáveis através de uma capacitância em série. Assim, a ferrorressonância
designa uma ressonância não linear entre uma capacitância fixa e uma indutância de um
núcleo de ferro, cuja relação entre tensão e corrente tem uma correspondência não linear
caracterizada em sua curva de saturação.
14

2 DESENVOLVIMENTO E RESULTADO DAS EXPERIÊNCIAS REALIZADAS


NO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II

2.1 EXPERIMENTO 02: INDUTOR NÃO LINEAR (REATOR)

2.1.1 OBJETIVOS

i. Determinar os parâmetros de um reator com núcleo saturável;


ii. Avaliar e explicar seu comportamento e os fenômenos físicos envolvidos;
iii. Separar as perdas no ferro das perdas no cobre;
iv. Desenvolver o modelo do indutor nas configurações série e paralela.

2.1.2 DIAGRAMA DE MONTAGEM

Para a execução do experimento, é necessário que se tenha um esquema de ligação


entre os componentes. No Experimento 02 foi realizado uma montagem a jusante e dois tipos
de testes: Teste CC e Teste CA.
Para realizar o experimento, os procedimentos necessários são:
i. Realizar a montagem a jusante acrescentado, inclusive, um wattímetro para a
medição de potência consumida pelo dispositivo e possibilitar a separação das
perdas e a determinação da tensão sobre o ramo de magnetização;
ii. Aplicar a sequência de tensão: 40, 60, 80, 100, 120, 127, 140, 160;
iii. Realizar Teste CC no indutor (montagem a jusante) para conhecer a resistência
elétrica do mesmo.

Figura 7 Diagrama de montagem a jusante do teste cc do Experimento 02: Indutor não linear (Reator).
15

Figura 8 Diagrama de montagem a jusante do teste ca do Experimento 02: Indutor não linear (Reator).

2.1.3 COMPONENTES DO EXPERIMENTO

i. Fonte ajustável CC:


a. 0 – 120V / 8A;

ii. Fonte ajustável CA:


a. 0 – 208V / 5A;

iii. Amperímetro Analógico CC:


a. Calibre, ‫ܥ‬஺௖௖ : 1,0A;
b. Fundo de Escala, ‫݁ܨ‬஺௖௖ : 100 divisões;
c. Classe de Exatidão, ߪ஺௖௖ : 1,5.

iv. Amperímetro Analógico CA:


a. Calibre, ‫ܥ‬஺௖௔ : 1,0A;
b. Fundo de Escala, ‫݁ܨ‬஺௖௔ : 100 divisões;
c. Classe de Exatidão, ߪ஺௖௔ : 2,5.

v. Voltímetro Analógico CC:


a. Calibre, ‫ܥ‬௏௖௖ : 30V;
b. Fundo de Escala, ‫݁ܨ‬௏௖௖ : 150 divisões;
c. Classe de Exatidão, ߪ௏௖௖ : 0,5.

vi. Voltímetro Analógico CA:


a. Calibre, ‫ܥ‬௏௖௔ : 150V;
b. Fundo de Escala, ‫݁ܨ‬௏௖௔ : 150 divisões;
c. Classe de Exatidão, ߪ௏௖௔ : 0,5.

vii. Wattímetro Analógico (AC);


a. Calibre Corrente, ‫ܥ‬ௐூ௖௔ : 0,5 e 1,0;
b. Calibre Tensão, ‫ܥ‬ௐ௏௖௔ : 48V, 120V e 240V;
c. Fundo de Escala, ‫݁ܨ‬ௐ௖௔ : 120V.
16

viii. Indutor não Linear (Reator):


a. Tensão Nominal: 127V;
b. Potência Aparente: 1000VA;
c. Corrente Nominal: 7,9A.

2.1.4 CÁLCULOS DO EXPERIMENTO

2.1.4.1 TESTE CC

i. Cálculo dos Erros dos Instrumentos

‫݀݅ݐܽݔܧ ݁݀ ݁ݏݏ݈ܽܥ‬ã‫݁ݎܾ݈݅ܽܥ ∗ ݋‬
∆ܻ =
100

a. Amperímetro CC:

‫݀݅ݐܽݔܧ ݁݀ ݁ݏݏ݈ܽܥ‬ã‫݁ݎܾ݈݅ܽܥ ∗ ݋‬ ߪ஺௖௖ ∗ ‫ܥ‬஺௖௖ 1,5 ∗ 1,0


∆‫ܫ‬஼஼ = = = = ±0.015‫ܣ‬
100 100 100

b. Voltímetro CC:

‫݀݅ݐܽݔܧ ݁݀ ݁ݏݏ݈ܽܥ‬ã‫݁ݎܾ݈݅ܽܥ ∗ ݋‬ ߪ௏௖௖ ∗ ‫ܥ‬௏௖௖ 0,5 ∗ 30


∆ܸ஼஼ = = = = ±0.15ܸ
100 100 100

ii. Cálculo da Tensão, da Corrente e da Resistência

‫ܽݎݑݐ݅݁ܮ ∗ ݁ݎܾ݈݅ܽܥ‬
ܻ=
‫݈ܽܽܿݏܧ ݁݀ ݋݀݊ݑܨ‬

a. Teste CC – Corrente

‫ܽݎݑݐ݅݁ܮ ∗ ݁ݎܾ݈݅ܽܥ‬ ‫ܥ‬ூ௖௖ ∗ ‫ܽݎݑݐ݅݁ܮ‬ 1,0 ∗ 730


‫ݏܫ‬௖௖ = = = = 7.30‫ܣ‬
‫݈ܽܽܿݏܧ ݁݀ ݋݀݊ݑܨ‬ ‫݁ܨ‬஺௖௖ 100
17

b. Teste CC – Tensão

‫ܽݎݑݐ݅݁ܮ ∗ ݁ݎܾ݈݅ܽܥ‬ ‫ܥ‬௏௖௖ ∗ ‫ܽݎݑݐ݅݁ܮ‬ 30,0 ∗ 9


ܸ‫ݏ‬௖௖ = = = = 1.80ܸ
‫݈ܽܽܿݏܧ ݁݀ ݋݀݊ݑܨ‬ ‫݁ܨ‬௏௖௖ 150

c. Teste CC – Resistência

i. Resistência Máxima, Rmáx:


ܷ݉á‫ݔ‬ 1,8 + 0,15
ܴ݉á‫= ݔ‬ = = 0.27ߗ
‫݉ܫ‬á‫ ݔ‬7,3 − 0,015

ii. Resistência Mínima, Rmín:

ܷ݉í݊ 1,8 − 0,15


ܴ݉í݊ = = = 0.23ߗ
‫݉ܫ‬í݊ 7,3 + 0,015

iii. Resistência Média, Rx:

ܴ݉á‫ ݔ‬+ ܴ݉í݊ 0.27 + 0.23


ܴ‫= ݔ‬ = = 0.25ߗ
2 2

iv. Tolerância, ∆R:

ܴ݉á‫ ݔ‬− ܴ݉í݊ 0.27 − 0.23


߂ܴ = = = 0.04ߗ
2 2

2.1.4.2 TESTE CA

i. Cálculo das Correntes

‫ܽݎݑݐ݅݁ܮ ∗ ݁ݎܾ݈݅ܽܥ‬
ܻ=
‫݈ܽܽܿݏܧ ݁݀ ݋݀݊ݑܨ‬

0.3 ∗ 70.5
‫ܫ‬ௌଵ = = 0.212‫ܣ‬
100

0.3 ∗ 84.3
‫ܫ‬ௌଶ = = 0.253‫ܣ‬
100
18

1.0 ∗ 35.0
‫ܫ‬ௌଷ = = 0.35‫ܣ‬
100

1.0 ∗ 47.0
‫ܫ‬ௌସ = = 0.47‫ܣ‬
100

1.0 ∗ 72.0
‫ܫ‬ௌହ = = 0.72‫ܣ‬
100

3.0 ∗ 28.9
‫ܫ‬ௌ଺ = = 0.867‫ܣ‬
100

3.0 ∗ 37.67
‫ܫ‬ௌ଻ = = 1.13‫ܣ‬
100

3.0 ∗ 67.2
‫ܫ‬ௌ଼ = = 2.016‫ܣ‬
100

ii. Cálculo das Potências

‫ܽݎݑݐ݅݁ܮ ∗ ܷ ݁ݎܾ݈݅ܽܥ ∗ ܫ ݁ݎܾ݈݅ܽܥ‬


ܻ=
‫݈ܽܽܿݏܧ ݁݀ ݋݀݊ݑܨ‬

0.25 ∗ 48.0 ∗ 60.0


ܲௌଵ = = 6.0ܹ
120

0.5 ∗ 120.0 ∗ 24.2


ܲௌଶ = = 12.1ܹ
120

0.5 ∗ 120 ∗ 40.5


ܲௌଷ = = 20.25ܹ
120

0.5 ∗ 120.0 ∗ 59.8


ܲௌସ = = 29.9ܹ
120

1.0 ∗ 120.0 ∗ 41.2


ܲௌହ = = 41.2ܹ
120
19

1.0 ∗ 120.0 ∗ 46.0


ܲௌ଺ = = 46.0ܹ
120

1.0 ∗ 240.0 ∗ 27.5


ܲௌ଻ = = 55.0ܹ
120

2.0 ∗ 240.0 ∗ 19
ܲௌ଼ = = 76.0ܹ
120

2.1.5 FÓRMULAS APLICADAS

 Perda jóulica na bobina [W]: ܲ௝௦ = ܴ௦ ‫ܫ‬௦ଶ


 Perdas no ferro [W]: ܲிா = ܲ௦ ܲ௝௦
௉ೞ
 Fator de potência: ܿ‫= ߮ݏ݋‬
௎ೞ ூೞ
 Potência reativa [VAr]: ܳ௦ = ܷ௦ ‫ܫ‬௦ ‫߮݊݁ݏ‬
 Tensão gerada [V]: ‫ܧ‬௦ = ටܷ௦ଶ + ܴ௦ ‫ܫ‬௦ ଶ − 2 ∗ ܷ௦ ܴ௦ ‫ܫ‬௦ ܿ‫߮ݏ݋‬
ாೞమ
 Resistência fictícia associada às perdas no ferro do ramo paralelo [Ω]: ܴிா௉ = ௉ಷಶ
ாೞమ
 Reatância de magnetização do ramo paralelo [Ω]: ܺெ௉ = ொೞ
௑ಾು
 Indutância de magnetização do ramo paralelo [H]: ‫ܮ‬ெ௉ = ௐೞ
௉ಷಶ
 Resistência fictícia associada às perdas no ferro do ramo série [Ω]: ܴிாௌ = ூೞమ
ொೞ
 Reatância de magnetização do ramo série [Ω]: ܺெௌ = ூೞమ
௑ಾೄ
 Indutância de magnetização do ramo série [H]: ‫ܮ‬ெௌ = ௐೞ

2.1.6 DADOS DO EXPERIMENTO

TESTE CC ܷ ± ∆ܷ (ܸ) ‫ ܫ‬± ∆‫)ܣ( ܫ‬ ܴ ± ∆ܴ (ߗ)


MONTAGEM A
JUSANTE 1.8 ± 0,15 7.30 ± 0,015 0.25 ± 0.04
Tabela 1 Teste CC: montagem a jusante.

ܷௌ [ܸ] ‫ܫ‬ௌ [‫]ܣ‬ ܲ௦ [ܹ] ܲ௙௘ [ܹ] ܿ‫߮ݏ݋‬ ܳ [ܸ‫]ݎܣ‬ ܴ௙௘௣ [ߗ] ‫ܮ‬௠௣ [‫]ܪ‬ ܺ௠௣ [ߗ] ܴ௙௘௦ [ߗ] ‫ܮ‬௠௦ [‫]ܪ‬ ܺ௠௦ [ߗ]
40 0.212 6.0 5.989 0.708 5.993 266.667 0.707 266.506 133.253 0.354 133.333
60 0.253 12.1 12.084 0.797 9.166 297.416 1.040 392.089 188.789 0.380 143.204
80 0.350 20.25 20.219 0.723 19.338 316.028 0.877 330.448 165.060 0.419 157.857
100 0.470 29.9 29.846 0.636 36.263 334.565 0.730 275.359 135.109 0.435 164.159
120 0.720 41.2 41.072 0.477 75.944 350.108 0.502 189.346 79.229 0.389 146.497
127 0.867 46.0 45.815 0.418 100.040 351.555 0.427 160.999 60.949 0.353 133.087
140 1.130 55.0 54.685 0.348 148.332 357.921 0.350 131.954 42.827 0.308 116.165
160 2.016 76.0 74.998 0.236 313.479 340.847 0.216 81.545 18.453 0.205 77.131
Tabela 2 Teste CA: montagem a jusante ramo paralelo e ramo série.
20

2.1.7 DISCUSSÃO DE QUESTÕES RELACIONADAS AO EXPERIMENTO 02:


INDUTOR NÃO LINEAR (REATOR)

2.1.7.1 QUESTÃO 01

Demonstre a relação entre os parâmetros do ramo série e paralelo de modo geral.


Compare com os valores calculados numericamente.

Solução:

Figura 9 Arranjo físico de um indutor: modelo série e modelo paralelo, respectivamente.

Para o modelo série, temos que a impedância equivalente do ramo de magnetização é


dada por:

ܼ௘௤௦ = ܴ௙௘௦ + ݆ܺ௅௠௦ (1)

Já para o modelo paralelo de magnetização do indutor não linear, a impedância


equivalente do ramo paralelo é dada por:

ܴ௙௘௣ ∗ ݆ܺ௅௠௣
ܼ௘௤௣ = (2)
ܴ௙௘௣ + ݆ܺ௅௠௣

Desenvolvendo a equação (2), temos:

݆ܴ௙௘௣ ܺ௅௠௣ ܴ௙௘௣ − ݆ܺ௅௠௣


ܼ௘௤௣ = ∗
ܴ௙௘௣ + ݆ܺ௅௠௣ ܴ௙௘௣ − ݆ܺ௅௠௣

ܴ௙௘௣ ܺ௅௠௣

+ ݆ܴ௙௘௣

ܺ௅௠௣
ܼ௘௤௣ =
ܴ௙௘௣

+ ܺ௅௠௣

Dessa forma, a impedância equivalente do ramo paralelo é:

ܴ௙௘௣ ܺ௅௠௣

݆ܴ௙௘௣

ܺ௅௠௣
ܼ௘௤௣ = + (3)
ܴ௙௘௣ + ܺ௅௠௣ ܴ௙௘௣ + ܺ௅௠௣
ଶ ଶ ଶ ଶ
21

Como a impedância do ramo série, ܼ௘௤௦ é equivalente à impedância do ramo


paralelo, ܼ௘௤௣ , temos que:

ܴ௙௘௣ ܺ௅௠௣

݆ܴ௙௘௣

ܺ௅௠௣
ܼ௘௤௣ = ܼ௘௤௦ = ଶ + = ܴ௙௘௦ + ݆ܺ௅௠௦ (4)
ܴ௙௘௣ + ܺ௅௠௣

ܴ௙௘௣

+ ܺ௅௠௣

Por identidade,

ܴ௙௘௣ ܺ௅௠௣

ܴ௙௘௦ = (5)
ܴ௙௘௣

+ ܺ௅௠௣

ܴ௙௘௣

ܺ௅௠௣
ܺ௅௠௦ = (6)
ܴ௙௘௣

+ ܺ௅௠௣

Comparando os valores calculados numericamente da Tabela 2, com a aplicação das


equações (5) e (6), temos:

ܷௌ [ܸ] ܴ௙௘௣ [ߗ] ܺ௠௣ [ߗ] ܴ௙௘௦ [ߗ] ܺ௠௦ [ߗ] ܴ௙௘௦_௣ [ߗ] ܺ௠௦_௣ [ߗ]
40 266.667 266.506 133.253 133.333 133.2529 133.3332
60 297.416 392.089 188.789 143.204 188.7893 143.2044
80 316.028 330.448 165.060 157.857 165.0595 157.8568
100 334.565 275.359 135.109 164.159 135.1088 164.1593
120 350.108 189.346 79.229 146.497 79.2287 146.4973
127 351.555 160.999 60.949 133.087 60.9489 133.0869
140 357.921 131.954 42.827 116.165 42.8265 116.1653
160 340.847 81.545 18.453 77.131 18.4530 77.1307
Figura 10 Aplicação das equações (5) e (6).
22

2.1.7.2 QUESTÃO 02

Faça um script no MATLAB que execute todas as operações que completam as colunas
da tabela do Teste CA.

Solução: Abaixo segue o script de tudo aplicado ao trabalho (Cálculos, Gráficos).


%*****************************Editor***************************************
%****IFCE - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará***
%**** Campus Fortaleza ***
%**** Curso de Engenharia Mecatrônica ***
%**** Professor Clayton Ricarte ***
%**** RELATÓRIO 02: Experimento 1 - Indutor não linear - Reator ***
%**** Autora: Maria Rayanne Alves Rodrigues Moreira ***
%**** 15 - 18 de Fevereiro de 2015 - Fortaleza - Ceará ***
%*****************************Editor***************************************
%**************************INÍCIO DO PROGRAMA******************************
clc
clear all
close all

%Definição de parâmetros
%Teste CC
Ucc = 1.8;
Icc = 7.3;
%Teste CA
Us = [0.000000001 40 60 80 100 120 127 140 160];
Is = [0.000000001 0.212 0.253 0.350 0.470 0.720 0.867 1.130 2.016];
Iv = linspace (0.000000001, 3, 150);
Ps = [0 6 12.1 20.25 29.9 41.2 46 55 76];
fs = 60;
ws = 2*pi*fs;

%Escolha do modelo
M = menu ('Arranjo Físico de um Indutor',...
'Características Gerais','Modelo Paralelo','Modelo Série')

%Cálculo da resistência CC - Rcc


Rs = Ucc/Icc;

%Cálculo do fator de potência - cosfi


cosfis = Ps./(Us.*Is);

%Cálculo do ângulo fi
fis = acosd(cosfis);

%Cálculo da potência reativa - Q


Qs = (Us.*Is).*sind(fis);

%Cálculo das perdas jóulicas - Pjs


Pjs = Rs.*Is.^2;

%Cálculo das perdas no ferro - Pfe


Pfe = Ps - Pjs;

%Cálculo de Es
Es = sqrt((Us.^2)+(Rs.*Is).^2 - 2.*Us.*Rs.*Is.*cosfis);

%*******************Caso 01 - Características Gerais**********************


23

if M==1
%Escolha dos Gráficos
Mp = menu ('Gráficos','Potências X Tensão',...
'Fator de Potência X Tensão')

if Mp==1 %Potências X Tensão


figure(1)
plot(Us,Ps, Us,Pfe)
legend('Ps [W]', 'Pfe [W]')
title ('Potências X Tensão')
end

if Mp==2 %Fator de Potência X Tensão


figure(2)
plot(Us,cosfis)
legend('cos(\phi)')
title ('Fator de Potência X Tensão')
end
end

%*******************Caso 02 - Modelo Paralelo*****************************


if M==2
%Cálculo da resistência fictícia associada às perdas ...
...no ferro do ramo paralelo - Rfep
Rfep = (Es.^2)./Pfe;

%Cálculo da reatância de magnetização paralela - Xmp


Xmp = (Es.^2)./Qs;

%Cálculo da indutância de magnetização paralela - Lmp


Lmp = Xmp./ws;

Mrp = menu ('Gráficos Ramo Paralelo',...


'Ramo Paralelo: Resistência, Indutância X Tensão', ...
'Ramo Paralelo: Resistência, Indutância X Corrente', ...
'Questão 01: Rfes e Xms em função de Rfep e Xmp')

if Mrp==1 %Ramo Paralelo: Resistência, Indutância X Tensão


figure(3)
plot(Us,Rfep, Us,Lmp*1000)
legend('Rfes - Resistência fictícia [\Omega]',...
'Lms - Indutância de magnetização [mH]')
title ('Ramo Paralelo: Resistência, Indutância X Tensão')
end

if Mrp==2 %Ramo Paralelo: Resistência, Indutância X Corrente


figure(4)
plot(Is,Rfep, Is,Lmp*1000)
legend('Rfes - Resistência fictícia [\Omega]', ...
'Lms - Indutância de magnetização [mH]')
title ('Ramo Paralelo: Resistência, Indutância X Corrente')
end

if Mrp==3 %Questão 01: Rfes e Lms em função de Rfep e Xmp

Rfes_p=(Rfep.*(Xmp.^2))./((Rfep.^2)+(Xmp.^2))
Xms_p=((Rfep.^2).*Xmp)./((Rfep.^2)+(Xmp.^2))

end
24

end

%*******************Caso 03 - Modelo Série********************************


if M==3

%Cálculo da resistência fictícia associada às perdas no ferro do ramo


%série - Rfes
Rfes = Pfe./(Is.^2);

%Cálculo da reatância de magnetização série - Xms


Xms = Qs./(Is.^2);

%Cálculo da indutância de magnetização série - Lms


Lms = Xms./ws;

%Cálculo da impedância do indutor ramo série - ZlsRfes


Zls = sqrt((Rfes.^2)+(Xms.^2));

%Polyfit
Rfes_pf = polyfit(Is, Rfes, 5);
Lms_pf = polyfit(Is, Lms, 5);

%Polyval
Rfes_pv = polyval(Rfes_pf, Iv);
Lms_pv = polyval(Lms_pf, Iv);

%Interpolação para Is=0.6A


Rfes_pv06 = polyval(Rfes_pf, 0.6);
Lms_pv06 = polyval(Lms_pf, 0.6);

%Extrapolação para Is=3A


Rfes_pv3 = polyval(Rfes_pf, 3);
Lms_pv3 = polyval(Lms_pf, 3);

Mrs = menu ('Gráficos Ramo Série',...


'Ramo Série: Resistência, Indutância X Tensão', ...
'Ramo Série: Resistência, Indutância X Corrente',...
'Polinômio Resistência','Polinômio Indutância', ...
'Interpolação para Is = 0.6A', 'Extrapolação para Is = 3A')

if Mrs==1 %Ramo Série: Resistência, Indutância X Tensão


figure(5)
plot(Us,Rfes, Us,Lms*1000)
legend('Rfes - Resistência fictícia [\Omega]', ...
'Lms - Indutância de magnetização [mH]')
title ('Ramo Série: Resistência, Indutância X Tensão')
end

if Mrs==2 %Ramo Série: Resistência, Indutância X Corrente


figure(6)
plot(Is,Rfes, Is,Lms*1000)
legend('Rfes - Resistência fictícia [\Omega]', ...
'Lms - Indutância de magnetização [mH]')
title ('Ramo Série: Resistência, Indutância X Corrente')
end

if Mrs==3 %Polinômio Resistência


figure(7)
25

plot(Iv,Rfes_pv, Is,Rfes)
legend('Rfes - Resistência fictícia aproximada [\Omega]',...
'Rfes - Resistência fictícia [\Omega]')
title ('Resistência Fictícia Associada às Perdas no Ferro')
end

if Mrs==4 %Polinômio Indutância


figure(8)
plot(Iv,Lms_pv, Is,Lms)
legend('Lms - Indutância de magnetização aproximada [H]', ...
'Lms - Indutância de magnetização[H]')
title ('Indutância de Magnetização')
end

if Mrs==5 %Interpolação para Is=0.6A


sprintf('Is=0.6A - Resistência fictícia - Rfes: %0.5g',...
Rfes_pv06)
sprintf('Is=0.6A - Indutância de magnetização - Lms: %0.5g',...
Lms_pv06)
end

if Mrs==6 %Extrapolação para Is=3A


sprintf('Is=3A - Resistência fictícia - Rfes: %0.5g',...
Rfes_pv3)
sprintf('Is=3A - Indutância de Magnetização - Lms: %0.5g',...
Lms_pv3)
end

end

%****************************FIM DO PROGRAMA******************************
26

QUESTÃO 03

Trace diversos gráficos tecendo comentários pertinentes sobre seu comportamento.

Solução:

Figura 11 Gráfico comparativo entre potências: medida pelo wattímetro e perdas no ferro.

No gráfico acima, “Potências x Tensão”, é mostrado as curvas da potência medida


pelo wattímetro, Ps [W], e da potência calculada, Pfe [W], perdas no ferro. As perdas no
ferro se aproximam extremamente da potência medida pelo wattímetro, salvo que nas perdas
do ferro é subtraído as perdas jóulicas na bobina. Dessa forma, pode-se observar que as
perdas jóulicas na bobina são praticamente nulas.

Figura 12 Gráfico da evolução do fator de potência versus tensão.


27

No gráfico anterior, “Fator de Potência x Tensão”, é mostrado a variação do cos(߶)


à medida que a tensão evolui de valores. Entre 40 e 60V, o fator de potência cresce
linearmente, atingindo seu valor máximo em 60V. Após atingir seu máximo, ele decresce de
maneira não linear.

No gráfico abaixo, é mostrado as curvas da Resistência fictícia associada às perdas


no ferro e da indutância do ramo de magnetização paralelo. É observado o mesmo ocorrido
com o fator de potência na curva da indutância, ela atinge o seu valor máximo de 1040mH
em 60V, logo após ela se comporta de maneira não linear. Já a resistência fictícia, ela cresce
mais lenta de uma proporcionalidade mais lenta, seu máximo ocorre quando ela cruza com a
curva da indutância.

Figura 13 Análise das curvas de resistência e indutância versus tensão do ramo paralelo de magnetização.

O comportamento da resistência e da indutância versus corrente é análogo ao gráfico


anterior. A indutância máxima ocorre em 1040mH, quando a corrente é de 253mA. A
resistência fictícia apresenta comportamento com uma leve curva acentuada tendendo a se
tornar constante.

Figura 14 Análise das curvas de resistência e indutância versus corrente do ramo paralelo de magnetização.
28

Nos gráficos a seguir é mostrado o comportamento da Resistência fictícia associada


às perdas no ferro e da Indutância de magnetização no modelo série do indutor.

Figura 15 Análise das curvas de resistência e indutância versus tensão do ramo série de magnetização.

A resistência apresenta comportamento diferente em relação ao ramo paralelo, ela


cresce linearmente e quando atinge seu máximo em 60V e 253mA, sua resistência é de
188.8Ω, ela passa a decrescer tendendo a zero em um comportamento não linear. O mesmo
ocorre com a indutância, seu máximo de 435.4mH ocorre quando a tensão é 100V e a
corrente é 470mA. O crescimento da indutância até atingir o máximo é não linear em uma
curva suave, diferente do ramo em paralelo que antes de atingir seu máximo cresce
linearmente e depois decresce exponencialmente, atingindo seu mínimo bem mais rápido do
que a indutância de magnetização do ramo série.

Figura 16 Análise das curvas de resistência e indutância versus corrente do ramo série de magnetização.
29

QUESTÃO 04

Use a função polyfit, poyval e linspace para encontrar o polinômio que melhor se
aproxima das medidas de ࡾࢌࢋ࢙ e ࡸ࢓࢙ em função da corrente. Interpole e determine os
parâmetros para I = 0.6A. Extrapole o gráfico para a corrente de 3.0A.

Solução:

Para os gráficos da Questão 04, o número do grau das funções polinominais que mais
se aproximam dos valores de curva do Experimento em xeque, foi grau cinco. Tanto para as
medidas de ܴ௙௘௦ como para ‫ܮ‬௠௦ , ambas em função da corrente.

No gráfico abaixo é mostrado os valores da resistência fictícia nos casos de


interpolação, para Is=0.6A, e de extrapolação para Is=3A.

No modelo série do arranjo físico do indutor, para Is=0.6A, o valor da resistência


fictícia, interpolado, é de 108.39Ω. Para Is=3.0A, o valor, extrapolado, da resistência
fictícia é de 6307.6Ω

Figura 17 Aplicação das funções polyfit, polyval e linspace do Matlab para o encontro do polinômio que melhor se aproxima da
medida de Rfes.

No gráfico a seguir é mostrado os valores da indutância de magnetização nos casos


de interpolação, para Is=0.6A, e de extrapolação para Is=3A.

No modelo série do arranjo físico do indutor, para Is=0.6A, o valor interpolado da


indutância de magnetização é de 0.415H. Para Is=3.0A, o valor extrapolado da indutância
de magnetização é de 5.902H.
30

Figura 18 Aplicação das funções polyfit, polyval e linspace do Matlab para o encontro do polinômio que melhor se aproxima
da medida de Lms.

2.1.7.3 QUESTÃO 05

Explique o fenômeno de saturação magnética e seu efeito sobre a indutância.

Solução:

A magnetização de saturação, Ms, é a máxima magnetização possível de um material


ferromagnético que representa a magnetização que resulta quando todos os dipolos
magnéticos em uma peça sólida estão mutuamente alinhados com o campo externo; existe
também uma densidade do fluxo de saturação, Bs, correspondente. A magnetização de
saturação é igual ao produto do momento magnético líquido para cada átomo pelo número
de átomos presentes. (CALLISTER, 2002).

A temperatura pode influenciar as características magnéticas dos materiais. Para os


materiais ferromagnéticos, antiferromagnéticos e ferrimagnéticos, os movimentos térmicos
atômicos vão ao contrário das forças do pareamento entre os momentos dipolo atômicos
adjacentes, causando algum desalinhamento do dipolo, independente do fato de um campo
externo estar presente. Isso resulta em uma diminuição na magnetização de saturação tanto
para os materiais ferromagnéticos como para os ferrimagnéticos. A magnetização de
saturação é máxima à temperatura de 0K, em cujas condições as vibrações térmicas são
mínimas. Com o aumento da temperatura, a magnetização de saturação diminui
gradualmente, e então cai abruptamente para zero, temperatura Curie, Tc. (CALLISTER,
2002).
31

Qualquer material ferromagnético ou ferrimagnético que se encontre a uma


temperatura
ra abaixo da temperatura Curie é composto por regiões de pequeno volume onde
existe um alinhamento mútuo de todos os momentos dipolo magnéticos na mesma direção.
Tal região é chamada um domínio, e cada um deles está magnetizado até a sua magnetização
de saturação. Na Figura abaixo é mostrado o comportamento de B, B, densidade do fluxo, em
função de H,, força do campo magnético, para um material ferromagnético ou ferrimagnético
magnetizado onde ‫ܪߤ = ܤ‬.. Na figura é observado que a
que se encontrava inicialmente não magnetizado,
saturação é atingida quando o domínio fica orientado com o campo H. (CALLISTER, 2002).

Figura 19 Comportamento da densidade do fluxo, B, e a intensidade do campo, H.

A partir da saturação à medida que o campo H é reduzido pela reversão da direção


do campo, a curva não retorna seguindo seu trajeto
trajeto original, produzindo um efeito de
histerese, onde o campo B se destaca em relação ao campo H que é aplicado, ou diminui a
uma taxa mais baixa. No campo H de zero, existe um campo B residual que é chamado de
remanescência, ou densidade do fluxo residual,
residu Br, o material permanece magnetizado na
ausência de um campo H externo. Para reduzir o campo B no interior da amostra até zero,
um campo Hc deve ser aplicado em uma direção oposta à do campo original, força
coercitiva. (CALLISTER, 2002).

Figura 20 Densidade do fluxo magnético em função da força campo magnético para um material ferromagnético.

Na figura acima é mostrado que em um material ferromagnético ele pode está sujeito
a saturação reversa e avante (S’ e S). Onde a linha tracejada representa a a magnetização
inicial e o ciclo da histerese é o percurso da linha contínua. (CALLISTER, 2002). Toda
explicação acima se aplica aos indutores, tendo em vista que eles são constituídos de
materiais ferromagnéticos.
32

2.1.7.4 QUESTÃO 06

Defina e explique o fenômeno da ferrorressonância.

Solução:

Condições de ressonância são estabelecidas quando um circuito que contém


capacitâncias e indutâncias lineares é excitado por uma tensão à frequência próxima ou
igual à sua frequência natural. Podem ser caracterizados por ferrorressonância os efeitos
peculiares introduzidos pela presença de não linearidades, devidas à saturação magnética,
em circuitos RLC. (ARAÚJO e NEVES, 2005).

A ferrorressonância pode ocorrer entre a reatância de transformadores de potencial


e a capacitância entre enrolamentos de um transformador de distribuição e em sistemas que
contêm elementos saturáveis e filtros harmônicos.

O aparecimento ou não da ferrorressonância depende do valor da sobretensão,


causada por algum distúrbio no sistema, e do valor do fluxo no instante de defeito, não
ocorrendo necessariamente em todos os casos.

Como a ferrorressonância referem-se a todos os fenômenos oscilatórios que ocorrem


nos sistemas elétricos que contém pelo menos uma indutância não linear, um capacitor, uma
fonte de tensão e baixas perdas, os aspectos construtivos, de projetos e operação podem
afetar a ocorrência desse fenômeno em sistemas e equipamentos elétricos.

A ferrorressonância caracteriza-se, principalmente, pela possibilidade de existir mais


de uma resposta estável em regime permanente para o mesmo conjunto de parâmetros da
rede. A resposta pode mudar de forma instantânea do regime permanente normal para outras
respostas ferrorressonantes em regimes permanentes.
33

3 CONCLUSÃO

Após a realização do experimento em laboratório foi confirmado a teoria característica


do indutor não linear (reator) . Sabendo que o magnetismo é uma propriedade de uma carga
em movimento, o ferromagnetismo é a propriedade apresentada aos indutores não lineares que
quando submetidos a um campo magnético, ou seja, a uma circulação de corrente, os
domínios magnéticos se alinham. O campo magnético possui uma direção e uma magnitude,
sendo um campo vetorial. A relação entre o campo magnético a magnetização é a
permeabilidade do sólido.

A permeabilidade magnética do sólido diz a respeito da sua característica de


magnetização, sendo essa a medida de saturação magnética. De acordo com a faixa de
permeabilidade relativa (relação entre a permeabilidade do vácuo e a do material) pode-se
definir o sólido como ferromagnético, paramagnético ou diamagnético.

Os materiais ferromagnéticos e ferrimagnéticos (cerâmicas magnéticas) apresentam


um ciclo de histerese onde ao serem magnetizados em relação à indução magnética podem
seguir as curva diferentes da sua magnetização inicial, isso mostra a não linearidade do
indutor.

A temperatura é capaz de influenciar no comportamento magnético dos indutores, em


geral, quando se aumenta a temperatura as propriedades magnéticas diminuem. Os ímãs são
materiais ferromagnéticos que não precisam de excitação para produzir um campo magnético.
Eles podem ser de materiais magneticamente moles ou duros. Os primeiros são muito
utilizados em transformadores e indutores não lineares, promovendo um ciclo de histerese
menor do que os que apresentam os ímãs duros.

A análise dos dados obtidos através das medições elétricas foi obtida graficamente
com a utilização do MATLAB, onde se foi permitido comparar curvas de parâmetros do
arranjo físico do indutor não linear quando ele se dispõe em modelo série e em modelo
paralelo.
34

Como objetivo de se ter uma menor perda resistiva e reativa é possível escolher o
modelo que melhor se adéqua para tal função, sendo escolhido aquele que apresentar menor
impedância quando em operação sob condições normais.

Uma indutância apresenta saturação magnética quando ocorre a máxima magnetização


possível dela. Uma indutância não linear em série com uma capacitância promove o
fenômeno da ferrorressonância caracterizada por apresentar mais de uma resposta em regime
permanente para os elementos do circuito.

Em suma, os ensaios realizados em laboratórios ensinam ao aluno métodos e outros


recursos que lhe conferem habilidades técnicas e teóricas, podendo aplicar tais conceitos e
resultados nas funções de um indutor não linear (reator), tais como um limitador de corrente
de curto circuito de uma rede elétrica, assim como a saturação magnética provoca
multiplicadores de frequência, estruturas magnéticas saturadas de múltiplos núcleos para
regulação de tensão, para supressão de variações rápidas de tensão e autorregulador
magnético.
35

4 BIBLIOGRÁFICA

ARAÚJO, Antônio E. A.; NEVES, Washington L. A. Cálculo de Transitórios


Eletromagnéticos em Sistemas de Energia. 1.ed. Minas Gerais: Editora UFMG. 2005.

FILHO, R. N. D. C. Ferrorressonância: Análise e simulação. UFMA.

JR., William D. Callister; Ciência e Engenharia de Materiais: uma introdução. 5. ed. Rio
de Janeiro: LTC – Livros Técnicos Científicos Editora S/A, 2002. 589p.

SCHAKELFORD, James F.; Ciência dos Materiais. 6. ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2008. 546 p.

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