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Robô Submarino
Controlado Remotamente
ROV
Carlos Matheus – 01111943
Mariana Moreira – 01111857
Universidade do Vale do Paraíba
Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo
Curso de Engenharia da Elétrica
1
Robô Submarino Controlado Remotamente – ROV
Banca Avaliadora
Presidente _________________________________________
Orientador _________________________________________
Co-Orientador ______________________________________
Membro A _________________________________________
Membro B _________________________________________
Data:
2
Agradecimentos
Antes dos louros e honras, gostaríamos de agradecer aos Professores que nos
apoiaram e incentivaram durante o curso. Em especial, ao Professor, amigo e
Orientador, Alessandro Corrêa Mendes, cujo prazer de ensinar motivou nosso
aprendizado.
Aos amigos, que durante estes cinco longos anos de curso, foram fundamentais
para enfrentar as tensas semanas de provas e sábados de estudos extras. Aos
companheiros Bruno Michel Pêra e Thobias Rodolfo dos Santos, eu agradeço os
momentos de paciência. À Priscila Avelar, pela sua assessoria em nossos primeiros
projetos em Android (Go Texas Bot!). E ao Laboratório de Robótica e Veículos
Autônomos (LRVA) por ceder espaço e equipamentos para estudo
3
Dedicatória
Dedicamos este projeto à Deus e aos nossos pais, que sempre nos apoiaram desde
o primeiro dia de nossas vidas.
4
RESUMO
5
ABSTRACT
The robotic developed during the Techno-scientific Revolution, allowed to man to integrate
robots to replace them in high-risk jobs. ROVs (Remotely Operated Vehicles), for example,
are underwater vehicles which permit to man to explore high-pressure areas and without
natural lights. The operation of these vehicles is given by long cables that transmit the
necessary power and operating commands. This paper presents the development of a wireless
communication system by radio frequency. The underwater propagation of RF signals allows
to send commands to the robot powered by batteries.
6
Sumário
RESUMO ................................................................................................................................................ 5
ABSTRACT ............................................................................................................................................ 6
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 10
1.1 Descrição do Problema.......................................................................................................... 10
1.2 Objetivo ................................................................................................................................. 10
2. FUNDAMENTO TEÓRICO......................................................................................................... 11
3. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................... 11
3.1 Conhecimento prévio necessário ........................................................................................... 11
3.1.1 Veículos Subaquáticos, Submarinos e Submersíveis. ................................................... 11
3.1.2 Ondas eletromagnéticas................................................................................................. 14
3.1.3 Características do meio aquático ................................................................................... 22
3.1.4 Rádio Controladores ...................................................................................................... 22
3.1.5 Motores Brushless ......................................................................................................... 23
3.1.6 Eletronic Speed Controller (ESC) ................................................................................. 24
3.1.7 Microcontroladores ....................................................................................................... 24
3.1.8 Baterias Li-Po ................................................................................................................ 25
4. RESULTADOS ............................................................................................................................. 25
4.1 Modelo mecânico .................................................................................................................. 25
4.1.1 Flutuabilidade do Submarino ........................................................................................ 30
4.2 CPU ....................................................................................................................................... 32
4.3 Comunicação RF ................................................................................................................... 33
4.3.1 Módulo 2.4GHz – nRF24L01+ ..................................................................................... 33
4.3.2 Módulo 433 MHz .......................................................................................................... 35
4.3.3 Módulo 27 MHz ............................................................................................................ 37
4.4 Controle Remoto ................................................................................................................... 37
4.5 Restrições .............................................................................................................................. 39
5. CONCLUSÕES ............................................................................................................................. 39
Bibliografia ........................................................................................................................................... 40
ANEXO ................................................................................................................................................. 42
5.1 Testes com módulo NRF24L01 ............................................................................................ 42
5.2 Testes com Módulo 433MHz ................................................................................................ 43
7
Figura 1: Funcionamento dos tanques de lastro de um submarino. As válvulas se abrem para admissão
de água durante a submersão. Elas são fechadas e a água é expulsa por bombas internas presentes no
submarino. ............................................................................................................................................. 12
Figura 2: Comportamento e funcionalidade dos tanques de lastro de um submarino. .......................... 13
Figura 3: Modelo SeaLion-2 com motores de emersão/submersão e motores propulsores. A base é para
proteção do corpo e serve como estabilizador....................................................................................... 14
Figura 4: Modelo Delphinus, com garra manipuladora para coleta de amostras ou ferramentas. ........ 14
Figura 5 - Absorção da Onda terrestre pelo terreno. ............................................................................. 18
Figura 6: Atenuação da onda eletromagnética ...................................................................................... 18
Figura 7: Reflexão de uma onda eletromagnética em uma superfície plana ......................................... 19
Figura 8: Tipos de onda e suas trajetórias ............................................................................................. 20
Figura 9: Sinal PWM com seus respectivos duty-cycles. ..................................................................... 23
Figura 10: Motor Brushless série Aquastar Turnigy, com refrigeração à agua. .................................... 23
Figura 11: Controlador Eletronico de Velocidade 70A......................................................................... 24
Figura 12: Bateria Li-Po 3S. ................................................................................................................. 25
Figura 13: M.U.L.E. - Micro Underwater Low cost Explorer. ............................................................. 26
Figura 14: SRV1 Submarine ................................................................................................................. 26
Figura 15: SeaOtter-2. ........................................................................................................................... 26
Figura 16: Protótipo inicial. .................................................................................................................. 26
Figura 17: Segundo protótipo com suporte dos pés envolvendo o corpo do ROV. .............................. 27
Figura 18: Suporte de fixação dos motores “Braços propulsores”. Livres no sentido radial. ............... 28
Figura 19: Vista lateral. Movimento radial dos motores para direcionar o veículo durante a navegação.
............................................................................................................................................................... 28
Figura 20: Protótipo final apresentando as dimensões de 350x680x680mm. ....................................... 29
Figura 21: Protótipo com hélice propulsora. ......................................................................................... 29
Figura 22: Modelo pintado e finalizado ................................................................................................ 29
Figura 23: Bucha de nylon. ................................................................................................................... 30
Figura 24: Ilustração das forças peso e empuxo atuante ....................................................................... 30
Figura 25: Lauchpad da Texas Instruments. Plataforma de desenvolvimento para MSP430G2553 e
G2452 .................................................................................................................................................... 32
Figura 26: Lauchpad MSP EXP430FG4618. ........................................................................................ 33
Figura 27: Transeiver nRF24L01. ......................................................................................................... 34
Figura 28 - Montagem do nRF24L01 na Lauchpad do MSP430G2553. .............................................. 35
Figura 29: Módulo transmissor RF de 433MHz. .................................................................................. 36
Figura 30: Módulo receptor RF de 433MHz. ........................................................................................ 36
Figura 31: Radio controle para aeromodelos e afins. ............................................................................ 38
Figura 32: Controle de PS2 para computador. ...................................................................................... 38
Figura 33: Controle de XBOX 360 para computador. .......................................................................... 38
Figura 34: Módulo 2.4 GHz sendo imerso em tanque com água .......................................................... 42
Figura 35: Módulo 433MHz em teste em tanque com água ................................................................. 43
8
Tabela 1: Faixas de frequencia e subclassificações do Espectro de Radiofrequências ......................... 16
9
1. INTRODUÇÃO
A Robótica aplicada à exploração de áreas de risco, com foco em áreas submersas, teve seu
reconhecimento com a criação dos ROVs Submarinos (Remotely Operated Vehicle, ou
Veículo Operado Remotamente em português), que são veículos equipados com câmeras e/ou
manipuladores (braços robóticos) que permitem ao Operador acessar áreas profundas – sob
altas pressões e isenção de luz natural – para inspecionar dutos; corais; fauna marinha; bases
de plataformas petrolíferas; por exemplo. A maioria dos modelos comerciais de ROVs
existentes hoje recebe alimentação e comandos através de cabos que conectam o robô com a
base de comando (chamado de “cordão umbilical”), exigindo cordões de centenas de metros
para realizar o trabalho.
1.2 Objetivo
Desenvolver um modelo físico de submarino e modelos de transmissor/receptor em
frequências favoráveis ao uso embaixo d’água. Alguns trabalhos acadêmicos servirão como
base de estudo para o desenvolvimento dos modelos próprios. O sucesso deste trabalho pode
permitir o desenvolvimento de veículos aprimorados, uma vez que a tecnologia de controle já
será conhecida.
10
2. FUNDAMENTO TEÓRICO
Para iniciar o projeto foi necessário tomar referências de projetos já existentes que abordam o
tema. Artigos sobre comunicação em meio aquático e protótipos de ROVs serviram como
fundamento.
O modelo físico do submarino foi desenvolvido pelos próprios alunos que estudaram projetos
de ROVs controlados pelo modo tradicional (cordão umbilical).
A frequência de operação foi extraída de um artigo que abordou uma faixa de frequências e
suas respectivas respostas no meio subaquático.
O projeto será divido em quatro partes para melhor discussão e desenvolvimento do assunto:
Cada um dos itens será abordado sequencialmente durante o desenvolvimento deste trabalho.
3. DESENVOLVIMENTO
11
disseminação da tecnologia, estas embarcações passaram a ser utilizada para pesquisa,
exploração e até mesmo resgate de outros submarinos. Habitualmente opera debaixo
d’água e quando necessário vem à superfície. Porém o termo submarino aplica-se somente
à veículos que operam sob o mar.
Os submersíveis são veículos que habitualmente operam em superfície, mas que devido
suas características construtivas, permite a submersão quando necessário.
Há ainda os batiscafos, que são desenvolvidos para explorações de águas ultra profundas e
eventualmente resgate de tripulantes de outros veículos subaquáticos. A maior profundidade
que um batiscafo atingiu com tripulação foi o Trieste (Wikipedia), atingindo a marca de 10
911 metros.
Figura 1: Funcionamento dos tanques de lastro de um submarino. As válvulas se abrem para admissão de água
durante a submersão. Elas são fechadas e a água é expulsa por bombas internas presentes no submarino.
(Revista Escola)
Os tanques de lastro podem também servir como estabilizadores durante a sua navegação. Em
superfície, o movimento das ondas pode desestabilizar; e em águas profundas, as correntes
marinhas podem fazê-lo. A figura 2 mostra a funcionalidade das câmaras de lastro
distribuídas no corpo de um submarino.
12
Figura 2: Comportamento e funcionalidade dos tanques de lastro de um submarino.
(Wikipedia)
Para veículos não tripulados, a construção do veículo pode ser simplificada, em alguns casos,
isento do sistema de estabilização por lastro. Motores podem ser utilizados para emergir e
submergir o veículo enquanto um segundo motor realiza a propulsão necessária. Dependendo
da complexidade do veículo, pode ser dotado com motores laterais para navegação vertical ou
realizar movimentos mais precisos para estabilização.
13
Figura 3: Modelo SeaLion-2 com motores de emersão/submersão e motores propulsores. A base é para proteção do
corpo e serve como estabilizador.
(JW Fishers)
Alguns modelos podem ainda ter manipuladores para operações de manutenção ou coleta de
ferramentas e objetos que estão no fundo do mar.
Figura 4: Modelo Delphinus, com garra manipuladora para coleta de amostras ou ferramentas.
(Delphinus)
Esta corrente surge devido à uma oposição do condutor que cria uma força contra eletromotriz
(fcem), para anular os efeitos da fonte externa. Esta força contrária é, na verdade, uma tensão
induzida. Esta tensão propagada no espaço é o que chamados de campo elétrico.
14
Este campo elétrico induz no condutor uma corrente, que surtirá num campo magnético, o
qual cria um campo elétrico, e assim por diante. Esta interação é chamada de indução
eletromagnética, e a combinação destes dois campos é denominada campo eletromagnético.
Algumas terminologias são interessantes no estudo dos sinais eletromagnéticos, sendo elas:
Ciclo: sequência completa de valores medidos nos pontos de Pico a Pico, Vale a Vale,
ou Nulo a Nulo;
Comprimento: é a distância horizontal entre dois pontos consecutivos. Pode se
entender também como a distância percorrida pela energia durante um ciclo;
Amplitude: é a distância vertical entre um ponto da onda e a linha de zero. Pode se
entender também como sua altura, ou ainda intensidade no ponto considerado;
Período: é o tempo gasto para a onda completar um ciclo;
Frequência: é o numero de ciclos completados numa unidade de tempo;
Fase: é a quantidade que um ciclo progrediu desde sua origem.
Como mencionado, a energia irá se propagar numa distância medida pelo seu comprimento, e
irá percorrer tal distância numa base de tempo definida.
1 𝐿
Pela definição de frequência: 𝑓 = 𝑇 e velocidade: 𝑣 = 𝑇 é possível concluir que o
1 1
𝑓=𝑇→𝑇=𝑓 (1)
𝐿
𝑣=𝑇 (2)
𝐿 1
𝑣= 1 →𝐿 =𝑣∗𝑓
𝑓
𝑣
𝐿=
𝑓
Espectro de Radiofrequências
Faixa Frequência Comprimento
VLF: Very Low Frequency 10 a 30 kHz 30 000 a 10 000 m
LF: Low Frequency 30 a 300 kHz 10.000 a 1.000 m
MF: Medium Frequency 300 a 3000 kHz 1.000 a 100 m
HF: High Frequency 3 a 30 MHz 100 a 10 m
VHF: Very High Frequency 30 a 300 MHz 10 a 1m
UHF: Ultra High Frequency 300 a 3000 MHz 100 a 10 cm
SHF: Super High Frequency 3 a 30 GHz 10 a 1 cm
EHF: Extremely High Frequency 30 a 300 GHz 1 a 0,1 cm
a) Dispersão;
b) Absorção / Atenuação;
c) Reflexão;
d) Refração; e
e) Difração.
a) Dispersão: Toda energia emanada de uma fonte é projetada em todas as direções, mas
não significa que essa projeção seja uniforme. Mas antenas direcionais, a quantidade
de energia ao longo de direções opostas pode ser considerada nula.
𝑮∗𝑃
𝑝=
4𝜋𝑅 2
Outro tipo de dispersão ocorre quando a energia que emana do transmissor é contida
de alguma forma, sendo assim, uma transmissão anormal. Neste caso, chamado de
dispersão cilíndrica. As perdas se tornam inversamente proporcionais à distância.
𝑃
𝑝=
2𝜋𝑅
Frequências altas (SHF ~ EHF) também sofrerão também com o efeito da difração,
que são colisões que ocorrem entre o sinal e quaisquer partículas de dimensões
próximas ao comprimento da onda que estejam em seu caminho.
As ondas terrestres terão o adendo de sofrer com a absorção de energia pelo terreno.
Como resultado, a primeira absorção influenciará numa nova absorção e assim por
diante. A figura a seguir exemplifica o efeito.
17
Figura 5 - Absorção da Onda terrestre pelo terreno.
(Marinha do Brasil)
(Marinha do Brasil)
(Marinha do Brasil)
Outra parte do sinal é emitida para o espaço até chocar-se com a camada ionosférica.
O sinal é refletido de volta a superfície atingindo o receptor, ou ainda, reflete
19
novamente no solo e continua refletindo até por fim, atingir o receptor. Esta energia é
chamada de onda celeste.
(Marinha do Brasil)
20
3.1.2.3 Comunicação Subaquática
A comunicação subaquática proposta como melhoria dos ROVs atuais, somente é
possível uma vez que sejam conhecidos os fenômenos de transmissão de sinais
eletromagnéticos em meio subaquático e suas diferenças quando a comunicação se dá
em meios aéreos.
A comunicação acústica se destaca pelo seu longo alcance (até 20 km), porém
revelam algumas limitações. Em baixas profundidades, as ondas acústicas têm um
baixo desempenho devido às turbulências, ruído ambiente, e obstáculos. Pode
ainda ser prejudicial à vida marinha dependendo da sua intensidade de
transmissão. Sua aplicabilidade é em sensores ultrassom para varredura do solo e
posterior reconstrução digitalizada.
21
3.1.3 Características do meio aquático
𝜎
] = 8,89x105
𝜔𝜀 1𝑘𝐻𝑧
22
Figura 9: Sinal PWM com seus respectivos duty-cycles.
(Google Imagens 1 )
Figura 10: Motor Brushless série Aquastar Turnigy, com refrigeração à agua.
(Google Imagens 2)
Como desvantagens, podem ser considerados os circuitos especiais em si (ESC), que para
chaveamento e alimentação do motor utiliza da tecnologia MOSFET (Metal-oxide-
23
semiconductor Field Effect Transistor), o que os tornam circuitos de alto valor agregado
(Wikipedia, 2015).
(Google Imagens 3)
3.1.7 Microcontroladores
Os microcontroladores podem ser assimilados à computadores integrados em um único
componente, cuja programação irá determinar como este “computador” irá interagir com os
elementos conectados à ele.
24
3.1.8 Baterias Li-Po
Por se tratar de um veículo isento de alimentação externa, a bateria é fundamental para que se
obtenha o máximo de autonomia de operação sem recargas. Para isso, foram utilizadas
baterias do tipo Li-Po (Polímero de Lítio) que são compostas por saís de lítio retidos em um
polímero sólido (oxido de polietileno), o que lhe permite ser adaptada em formatos diferentes
e ainda permite uma alta taxa de descarga.
( Google Imagens 4)
4. RESULTADOS
25
Figura 13: M.U.L.E. - Micro Underwater Low cost Figura 14: SRV1 Submarine
Explorer.
(JW Fishers)
(JW Fishers)
(JW Fishers)
Optou-se por utilizar o PVC, por apresentar características mecânicas apreciáveis ao projeto,
tais como: Pressão (2,55Mpa ou 25atm para o tubo de 6” dureza 40, por exemplo) (ASTM,
1999) e leveza, além de apresentar um baixo custo.
(Fonte própria)
Figura 17: Segundo protótipo com suporte dos pés envolvendo o corpo do ROV.
(Fonte própria)
Foi questionada a possibilidade de reversão dos motores. Se haveria tal aplicabilidade e quais
as restrições.
27
Figura 18: Suporte de fixação dos motores “Braços propulsores”. Livres no sentido radial.
(Fonte própria)
Deste modo, os motores podem ser rotacionados de forma livre, podendo ser posicionados na
direção na qual se deseja guiar o veículo. Os esquemas apresentados abaixo ilustram a
proposta.
Figura 19: Vista lateral. Movimento radial dos motores para direcionar o veículo durante a navegação.
(Fonte própria)
28
Figura 20: Protótipo final apresentando as dimensões de Figura 21: Protótipo com hélice propulsora.
350x680x680mm.
Para atingir a “flutuabilidade zero”, estima-se que o modelo deverá ter aproximadamente
10kg, com todos os componentes instalados.
Está em estudo a melhor forma de fixar o servo motor ao braço propulsor. Pode ser
considerada a substituição do servo por um motorredutor DC, porém, só será aplicada em
prática após o primeiro ensaio de imersão e resposta do torque dos servos.
(Fonte própria)
Solução: Fizemos uma Bucha para fixação do motor de modo que não entre água na conexão
elétrica.
29
Figura 23: Bucha de nylon.
(Fonte própria)
O empuxo é uma força vertical de baixo para cima, atuante num corpo submerso em um
líquido. Isto ocorre pela diferença de pressão que o líquido exerce sobre o corpo na parte
superior e inferior do mesmo, como a pressão inferior é maior que a superior gera uma força
atuante para cima (Rodrigues).
(Rodrigues)
Segundo princípio de Arquimedes: “Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido em
equilíbrio, dentro de um campo gravitacional, fica sob a ação de uma força vertical, com
sentido ascendente, aplicada pelo fluido. Esta força é denominada empuxo (E), cuja
intensidade é igual ao peso do líquido deslocado pelo corpo”.
30
b) se ρ_(l ) = ρ_(c ), tem-se E = P e, neste caso, o corpo ficará em equilíbrio quando
estiver totalmente mergulhado no líquido.
c) se ρ_(l ) > ρ_(c ), tem-se E > P e, neste caso, o corpo permanecerá boiando na
superfície do líquido. Dessa forma, é possível se determinar quando um sólido flutuará
ou afundará em um líquido, simplesmente conhecendo o valor de sua massa
específica.
4.1.1.1 Empuxo
𝑬 = 𝝆𝒍 𝑽 𝒍 𝒈 ou 𝐄 = 𝒎𝒍 𝒈
Onde:
𝑔 – força gravitacional
𝑚𝑙 – massa do líquido
4.1.1.2 Peso
𝑷 = 𝝆𝒄 𝑽 𝒄 𝒈 ou 𝐏 = 𝒎𝒄 𝒈
𝑉𝑐 - volume do corpo
g- força gravitacional
𝑚𝑐 – massa do corpo
Para E = P temos:
𝝆𝒍 𝑽𝒍 𝒈 = 𝒎𝒄 𝒈
𝒎𝒄 = 𝝆𝒍 𝑽𝒍
𝝆𝒍 =1000Kg/𝑚3
𝑉𝑐 =0,01𝒎𝟑
31
𝒎𝒄 = 𝟏𝟎𝟎𝟎𝒙 𝟎, 𝟎𝟏= 10Kg
4.2 CPU
O processamento dos dados deve ser reconhecido e interpretado por um “cérebro” capaz de
tratar as interrupções previstas no programa, para isso, utilizamos um microcontrolador.
Uma necessidade do submarino proposto é o baixo consumo de energia, tendo em vista que
sua autonomia de operação se dará pela carga da bateria. Tal característica é oferecida pelo
microcontrolador, que possui a função Low Power Mode (Modo de Baixa
Potência/Consumo), que é configurável pelo usuário durante a programação, e permite
desativar as funcionalidades não utilizadas para a aplicação.
Para definir qual modelo da família MSP430 utilizar, foram definidas as seguintes
características do projeto com base no Transmissor:
Figura 25: Lauchpad da Texas Instruments. Plataforma de desenvolvimento para MSP430G2553 e G2452
(Fonte própria)
32
Como visasse uma expansão das funções permitidas pelo veículo enquanto estiver submerso,
foi optado pelo modelo MSP430FG4618.
(Fonte própria)
4.3 Comunicação RF
A proposta de comunicação RF subaquática desde o início era sabido entre os Elaboradores
deste projeto, que seria o principal desafio durante todo o desenvolvimento. Para tanto, foi
este o primeiro item a ser testado e estressado antes de qualquer outra parte do ROV.
O modelo adquirido para o projeto permite um alcance de até 100m somente com a antena
impressa na placa (tipo microstrip), e suas características principais são:
33
Figura 27: Transeiver nRF24L01.
(Fonte própria)
Uma das particularidades deste módulo é flexibilidade que oferece ao usuário, podendo se
adaptar ao projeto conciliando desempenho e economia de energia. Como exemplo, o usuário
pode: configurar o consumo (maior potência, maior alcance); taxa de transmissão (250 kbps à
2 Mbps); se irá operar como transmissor ou receptor (podendo variar entre os modos através
de rotinas de software), entre demais detalhes que podem ser ajustados conforme a
necessidade.
34
Figura 28 - Montagem do nRF24L01 na Lauchpad do MSP430G2553.
(Fonte própria)
Num primeiro momento, a dificuldade encontrada foi encontrar a configuração que permitisse
a maior distância possível em campo aberto. O resultado obtido foi o máximo permitido
(aproximadamente 100m) sem interferências. O programa e a biblioteca elaborada para
ensaios estão nos apêndices.
A experiência comprovou que a frequência de 2.4 GHz não é indicada, pois seu comprimento
de onda é muito curto e acaba interagindo com as moléculas de água (ocorre a reflexão do
sinal). Esta frequência é aproximada a utilizada em aparelhos micro-ondas. O efeito só não é
semelhante, devido a potência de transmissão ser extremamente baixa.
Por existir uma cultura deste rádio-componente em aplicações diversas, como brinquedos,
envio de dados de voz, localizadores, etc. não foi difícil encontrar exemplos de trabalhos que
35
utilizam o mesmo, com microcontroladores. Foi elaborado então, um programa para ensaios
da mesma maneira que o módulo de 2.4 GHz. Teste em campo aberto para obter-se o melhor
desempenho, e em sequência o teste de imersão.
(Fonte própria)
(Fonte própria)
O rendimento com o módulo 433 MHz em campo aberto também foi muito satisfatório. A
distância pouco superior à 80 m livre de interferências deu méritos para seguir o teste de
imersão.
Do mesmo modo que o 1º protótipo, o receptor foi colocado dentro de um pote estanque e
imerso completamente. A resposta foi positiva para 3 metros de distância entre Transmissor
(submerso) e Receptor (em campo aberto); e ruidosa para distâncias superiores. Apesar do
36
comprimento de onda ser superior, comparado aos 2.4 GHz, a distância ainda não foi
suficiente para considerar uma frequência satisfatória e aprovada para o uso no projeto.
Os controles remotos usuais semelhantes aos de aeromodelos foi descartado por duas
características: frequência de operação muito alta (a partir de 2.4 GHz); e, o modelo apresenta
um excesso de comandos disponíveis para um equipamento que, num primeiro momento,
requer algo mais simples.
37
Figura 31: Radio controle para aeromodelos e afins.
(Imagens)
Optamos então por trabalhar sob uma plataforma física conhecida e simplista, utilizando um
joystick de video game. Existem dois modelos possíveis de serem trabalhados: o de XBOX
360, e o de Playstation 2, ambos os modelos destinados à computador.
Figura 32: Controle de PS2 para computador. Figura 33: Controle de XBOX 360 para computador.
(Imagens) (Imagens)
O joystick de video game apresenta poucos botões, que podem ser utilizados na sua totalidade
e permitem atribuir funções distintas no momento da programação, tais como: navegação
direcional; ligar/desligar luzes; ligar/desligar bomba de coleta d’água; manobra evadida; etc.
E, diferente do controle de aeromodelo apresenta um peso reduzido, oferecendo conforto e
confiança ao usuário.
O valor lido pelo analógico é interpretado pelo conversor A/D, que será convertido num dado;
acrescido a um vetor de dados e enviado por Radiofrequência ao ROV. Neste vetor ainda
estarão presentes comandos de estado lógico (on/off) para as funcionalidades mais simples,
tais como: Iluminação; bomba d’água; etc.
38
4.5 Restrições
Para a concepção deste projeto, a autonomia do veículo ficará dependente das baterias e
deverá ser operado em águas não turbulentas e de características conhecidas (piscina e
tanques, por exemplo).
5. CONCLUSÕES
39
Bibliografia
Leão, João Paulo Carvalho Ferreira. 2012. Comunicações Rádio Subaquáticas. 2012.
Marinha do Brasil. Noçoes Sobre Geração, Transmissão, Propagação e Recepção das Ondas
Eletromagnéticas e Acústicas. Navegação Eletrônica em Condições Especiais. p. 1234.
Rodrigues, Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Flutuação e Empuxo. EngBrasil. [Online]
http://www.engbrasil.eng.br/pp/mf/aula7.pdf. Acessado em: novembro 2015
—. MSP430G2452 Datasheet.
—. MSP430G2553 Datasheet.
40
Wikipedia. 2015. Motor de Corrente Contínua sem Escovas. Wikipédia. [Online] 22 de Outubro de
2015. https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_de_corrente_cont%C3%ADnua_sem_escovas. Acessado
em: novembro 2015
—. Submesibles. [Online]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Submarino#/media/File:Submersible_diving_operations.svg. Acessado
em: novembro 2015
41
ANEXOS
Figura 34: Módulo 2.4 GHz sendo imerso em tanque com água
(Fonte própria)
42
II. Testes com Módulo 433MHz
(Fonte própria)
43