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1. Introdução
O surgimento de novas tecnologias e de novos materiais tornam a logística reversa um
assunto tão relevante nos dias atuais. Ela é reconhecida como a área da logística empresarial
que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes ao retorno
de bens ao seu ciclo produtivo de origem ou à sua destinação. Percebe-se ainda a necessidade
de uma visão empreendedora e uma maior ênfase na melhoria dos processos produtivos, na
agilidade de resposta aos consumidores e mais recentemente na nova consciência ecológica da
sociedade.
A necessidade do gerenciamento de resíduos se tornou uma ótima estratégia para as
empresas, pois se constitui em oportunidade de retorno econômico e benefícios para o meio
ambiente. Gaither e Frazier (2002) apresentam exemplos de empresas que mudaram
estratégias de manufatura e logística e obtiveram benefícios econômicos e ambientais. Leite e
Brito (2003) apontam a logística reversa como oportunidade de gerar valor a clientes, seja
pela coleta e processamento de resíduos potencialmente perigosos, seja dando nova
destinação a bens já utilizados, mas que ainda possuem algum tipo de valor.
O descarte das embalagens industriais é um processo que pode gerar problemas para o
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cliente final. Por outro lado as embalagens industriais retornáveis padronizadas reduzem os
resíduos, o risco de danificar as peças e o melhor aproveitamento de espaço no transporte.
Existe uma clara tendência de que a legislação ambiental caminhe no sentido de tornar
as empresas cada vez mais responsáveis por todo ciclo de vida de seus produtos. Isto significa
ser legalmente responsável pelo seu destino após a entrega dos produtos aos clientes e do
impacto que estes produzem no meio ambiente.
O objetivo deste artigo é elaborar uma revisão bibliográfica e metodológica sobre o
tema e apresentar um estudo econômico para implantação de um sistema de logística reversa
de embalagens, que será utilizada no transporte de cabeçotes de motores usinados de uma
empresa de Joinville para Peterborough (U.K.), assim solucionando o problema de geração de
resíduos de embalagens descartáveis no cliente.
2. A Logística reversa
Para Leite e Brito (2003), a partir da logística reversa cria-se oportunidade de gerar
valor a clientes; processamento de resíduos potencialmente perigosos; reaproveitamento de
valor; estudo da natureza e as motivações para operações de logística reversa; questões
ambientais; missão das empresas.
Como aconteceu com a logística, o conceito de logística reversa também evoluiu ao
longo do tempo. Inicialmente, em sua conceituação mais simples, a logística foi definida
como o movimento de materiais do ponto de origem ao ponto de consumo. Assim também
aconteceu com a logística reversa, que teve como definição nos anos 80 o movimento de bens
do consumidor para o produtor por meio de um canal de distribuição, ou seja, o escopo da
logística reversa era limitado a esse movimento que faz com que os produtos e informações
sigam na direção oposta às atividades logísticas normais (“wrong way on a one-way street”).
Já nos anos 90, autores como Stock (1992) introduziam novas abordagens da logística
reversa, como a logística do retorno dos produtos, redução de recursos, reciclagem, e ações
para substituição de materiais, reutilização de materiais, disposição final dos resíduos,
reaproveitamento, reparação e remanufatura de materiais.
A evolução desses conceitos no âmbito ambiental tem ampliado a definição de
logística reversa tal como o proposto por Leite: “uma nova área da logística empresarial,
preocupa-se em equacionar a multiplicidade de aspectos logísticos do retorno ao ciclo
produtivo destes diferentes tipos de bens industriais, dos materiais constituintes dos mesmos e
dos resíduos industriais, por meio da reutilização controlada do bem e de seus componentes
ou da reciclagem dos materiais constituintes, dando origem a matérias-primas secundárias que
se reintegrarão ao processo produtivo” (Leite, 2003).
O RLEC (Reverse Logistics Executive Council – Conselho Executivo de Logística
Reversa) (2004) define a logística reversa como o processo de movimentação de mercadorias
do seu destino final típico para outro ponto, com o objetivo de obter um valor que de outra
maneira estaria indisponível, ou, ainda, para a disposição final dos produtos. Segundo o
Conselho, as atividades de logística reversa incluem:
a) Processamento do retorno de mercadorias por danos, sazonalidade, reestocagem, salvados,
recall, ou excesso de estoque;
b) Reciclagem ou reutilização de embalagens; recondicionamento ou remanufatura de
produtos;
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As peças são separadas por uma prancha de poliondas azul, que pode ser visualizada
na figura 3, para evitar batidas nas faces usinadas durante o transporte, externamente são
utilizados dois sacos contendo VCI (Volatile Corrosion Inhibitors) sendo que o que fica em
contato com o produto utiliza material plástico e o externo é de ráfia, a ráfia é utilizada para
evitar que a embalagem rasgue, sendo as etapas de embalagem demonstradas na figura 4.
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