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Grudem sobre Profecia

Publicado em 5 de janeiro de 2010 – 8:55

por Vincent Cheung

Felipe,

Uma pessoa me perguntou sobre a visão de Grudem sobre profecia. Segue abaixo as
minhas considerações.

**

Você já ouviu falar de Wayne Grudem? Eu estava lendo alguns de seus capítulos sobre
profecia. Ele parece ponderado e prático.

Sim, Grudem é um teólogo muito bem conhecido. Em termos de suas crenças nos dons
espirituais, ele é um carismático da Terceira Onda diretamente influenciado por John
Wimber e Jack Deere. Sua tese sobre profecia é uma tentativa de justificar a crença que
o dom continua sem comprometer a finalização e suficiência da Escritura. Ele faz isso
definindo profecia de uma forma que não haja nenhum conflito, de forma que para ele
profecia consiste de pensamentos dados por Deus reportados por palavras meramente
humanas. Isso em contraste à inspiração divina do apóstolo ao escrever a Escritura, a
quem foram dadas as “próprias palavras de Deus”. Assim, tudo depende muito da
validade de sua definição, que profecia é o que ele diz ser – que ela consiste de palavras
meramente humanas, que é falível, mesmo nos exemplos citados pela Bíblia (Agabo?),
etc. Não estou convencido que ele tenha feito isso com sucesso.

O que você pensa sobre a visão dele?

Apenas penso que Grudem não estabeleceu que profecia é o que ele diz ser. Muitos dos
seus argumentos são defeituosos. Visto que ele fornece muitos argumentos pequenos,
não posso interagir com todos eles num email.

Mas, por exemplo, ele apela a 1 Tessalonicenses 5.19-21, onde Paulo diz para não
desprezarmos as profecias mas testá-las, e diz que se as profecias fossem as próprias
palavras de Deus, então não as testaríamos, mas aceitaríamos-las alegremente como o
fazemos com a Palavra de Deus.

Contudo, a questão é se algo é a palavra de Deus e como alguém sabe que é. Quando diz
respeito a isso, os bereanos (Tessalonicenses) testaram, não a palavra de Deus como tal,
mas a pregação de Paulo. Eles examinaram a Escritura para ver se o que ele disse era
verdade. Mas isso é a mesma coisa que devemos fazer com a profecia. Dessa forma, o
ponto de Grudem é inteiramente neutralizado.

A passagem de Paulo não necessita a conclusão que a profecia em si mesma é falível e


um relato meramente humano de ideias divinamente concedidas. Poderia simplesmente
ser um reconhecimento do fato que não estamos prontamente seguros se cada alegação
de profecia é verdadeira. Ele confunde o uso da profecia com o dom em si. Durante todo
o seu argumento, ele não dá nenhuma prova que a profecia seja um relato humano
falível e exclui a possibilidade que na verdade cada falha não seja uma profecia.

Isto é, existe o questionamento anterior se algo é uma ocorrência de profecia, e após


isso, se essa ocorrência de profecia permite que a pessoa encontre as palavras para
relatar as ideais. Sua definição, sem dúvida, poderia significar que a pessoa mais
educada, a pessoa com maior sabedoria (natural?), é sempre o profeta superior. Há uma
avanlanche de problemas similares em sua visão. Seu uso dessa passagem requer que
ele já assuma que sua definição de profecia é verdadeira, tornando seu argumento
baseado nessa passagem viciosamente circular. Ele comete petição de princípio.

Admitidamente, seu uso de 1 Tessalonicenses é um ponto menor em seu argumento


geral, mas esse é apenas um pequeno exemplo ilustrativo. Se todo argumento seu,
grande ou pequeno, quase soa correto, mas nenhum deles são verdadeira e exatamente
corretos, então o argumento geral é completamente errôneo.

Caso eu não tenha sido claro, quero dizer que não podemos considerar toda alegação de
profecia como sendo verdadeira e então continuar a partir daí. Se alguém alega ter uma
profecia e então a profecia mostra-se ser errada, então poderia ser que profecia não seja
um relato humano falível de pensamentos divinamente concedidos, mas que nessa
ocorrência simplesmente não aconteceu uma profecia.

Grudem deve nos dizer como distinguir as duas coisas, e então essas ocorrêcias ilustram
seu ponto apenas onde sabemos que a profecia de fato aconteceu e que algo na profecia
mostrou-se ser errado. Isso coloca um problema epistemológico insolúvel para ele?
Além disso, é muito difícil provar seu ponto com um exemplo como o de Agabo. Não
concorda-se que Agabo tenha errado, que Paulo o ignorou, e assim por diante.

Quanto ao meu comentário sobre educação, se as ideias nas profecias são concedidas
por Deus, mas o relato humano depende muito da pessoa, então a qualidade da profecia
sempre dependerá das habilidades naturais do homem. Isso não é impossível, mas
Grudem deveria abordar e provar esse ponto.

Excelentes considerações. Obrigado!

Penso que o fato de Grudem estar tentando justificar a visão de profecia da Terceira
Onda também tenha algo a ver com isso. A visão Wimber/Deere/Vineyard de profecia é
que ela acontece com frequência nauseante – e que falha quase tão frequentemente!
Uma forma de explicar isso é fazer como Grudem faz: reconhecer que ainda existem
profecias, mas definir profecia de uma forma que explique o fenômeno. Por outro lado,
eu poderia, provavelmente com maior justificação bíblica e com grande facilidade,
simplesmente dizer que a maioria das profecias no estilo Vineyard não são profecias de
forma alguma (99.99%), mas que a profecia real é melhor, mais forte, segura do que
Grudem faz ela parecer, e que, pelo menos comparado com a visão Vineyard, ela é
muito rara. Essa última parte não é uma refutação da visão de Grudem, mas explica
porque ele poderia preferir sua visão.

Traduzido por Felipe Sabino de Araújo Neto – Janeiro/2010

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