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Cesário Verde

Cesário Verde, poeta de importância determinante no contexto da modernidade,


próximo da estética do Parnasianismo, matriculou-se no curso de Letras da
Universidade de Lisboa, mas desistiu, indo trabalhar para a loja de ferragens do pai, na
Baixa de Lisboa. Repartiu a sua existência entre a cidade e o campo.

Os seus poemas, publicados num volume com o título O Livro de Cesário Verde em
1887.

Parnasianismo

Tem como principais características:

 A reação contra o Romantismo, defendendo a objetividade temática contra o


sentimentalismo, os excessos de imaginação, o lirismo intimista, o subjetivismo
excessivo e a indisciplina da linguagem;
 A obsessão pela beleza na perfeição formal;
 O retorno ao racionalismo e às formas poéticas clássicas como os sonetos, as
odes ou as éclogas;
 A busca da impessoalidade e da impassibilidade;
 A arte pela arte;
 As temáticas históricas, mitológicas, ligadas ao exotismo e à natureza inanimada.

Poeta Parnasiano, Cesário Verde, não dá a conhecer aquilo que sente, não é sua
intenção dar a conhecer-se; procura descrever os objetivos, pintá-los, despertar nos
outros ideias e sensações. Propõe uma explicação para o que observa.

A obra de Cesário Verde influenciou grande parte dos escritores portugueses do século
XX. Cesário conta o quotidiano da cidade de Lisboa e do campo que conheceu em
Linda-a Pastora. Deste binómio cidade/campo.
A Dicotomia Cidade/Campo

 Apresenta descrições pitorescas de quadros citadinos ou campestres.


 Faz um contraste da Cidade/Campo
 Mostra o campo como o local onde há saúde e refúgio durante a peste na cidade: no
campo a vida é ativa, saudável, natural e livre, por oposição à vida limitada, reprimida e
doentia na cidade.

As Deambulações pela Cidade

 Cesário, o poeta parnasiano, não dá a conhecer aquilo que sente, não é sua intenção dar a
conhecer-se.
 Procura os objectos, pintá-los, despertar nos outros ideias e sensações.
 Cesário inclui-se na realidade que descreve, revelando os seus sentimentos e sensações
perante o que vê e vive.
A Mulher Angélica (Campo)

De tarde Tópicos de análise

A aguarela:
São três as imagens que podem ser associadas
Naquele pic-nic de burguesas,
a uma aguarela:
Houve uma coisa simplesmente bela,
 Uma é o piquenique
E que, sem ter historias nem grandezas,
 Uma dama colhe papoulas
Em todo o caso dava uma aguarela.  No colo de uma figura feminina

A figura feminina:
Foi quando tu, descendo do burrico,  A figura feminina representada é uma
Foste colher, sem imposturas tolas, dama da cidade, uma “burguesa”.
A um granzola azul de grão-de-bico
A um ramalhete rubro de papoulas. O espaço:
 É o campo que é atravessado num
passeio de burricos, é uma elevação de
Pouco depois, em cima duns penhascos, terreno.
Nós acampámos, inda o sol se via;
O tempo:
E houve talhadas de melão, damascos,
 É o de uma tarde que se escoa ao fim, o
E o pão de ló molhado em malvasia.
momento do crepúsculo ou muito
próximo dele.

Mas, todo púrpuro a sair da renda A linguagem:


Dos teus dois seios como duas rolas,  A linguagem é marcada por uma grande
Era o supremo encanto da merenda plasticidade, graças á feição descritiva e
O ramalhete rubro das papoulas! pictórica do poema. Nota-se que o
dinamismo evidenciado nas primeiras
estrofes, de caracter narrativo.
A Mulher Fatal (Cidade)

A Humilhação

 A humilhação sentimental

E daria, contente e voluntário,


A minha independência e o meu porvir,
Para ser, eu poeta solitário,
Para ser, ó princesa sem sorrir,
Teu pobre trintário

- A mulher fatal, pálida e bela, distante e impassível que o poeta deseja e receia / a
humilhação e a necessidade de controlar os impulsos amorosos

 A humilhação estética

- A revolta pela incompreensão que os outros manifestam em relação à sua poesia e


pela recusa de publicação por alguns jornais.

 A humilhação social

- O povo comum oprimido pelos poderosos


- O abandono a que são votados os doentes
- O povo dominado por uma oligarquia
A busca da perfeição

“Se eu não morresse, nunca! E eternamente


Buscasse e conseguisse a perfeição das cousas!”

 Cesário busca a expressão clara, objetiva e concreta.


 As suas descrições têm pouco de poético, pois procura explorar a notação
objetiva e sóbria das graças e dos horrores da vida da cidade ou a profunda
vitalidade da paisagem campestre.

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