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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação
Profa. Dra. Doris Accioly e Silva
Acorrentados
São Paulo
2016
INTRODUÇÃO
1
Segundo cálculos estimados pelo Google Maps.
2
Ibidem.
3
Ibidem.
4
Ibidem.
EU E A ESCOLA
INFRAESTRUTURA
Em minhas observações, pude verificar que naquela escola havia duas linhas de
comando, cada qual com atribuições específicas, ambas seguindo uma ordem
hierárquica que convergia apenas para subordinar o corpo docente e, em seguida, os
alunos.
A primeira linha de comando, eu passo a identificar aqui como
“administrativa”. A outra linha de comando será identificada como “pedagógica”. Um
terceiro poder é representado pelas delegacias de ensino que não participam diretamente
das decisões tomadas pelos gestores escolares, mas possuem “poder de veto”, ou seja,
podem tornar nulas as decisões da escola.
Neste sentido, percebi uma relação entre esse modelo de gestão e os três
poderes que constituem o Estado democrático moderno. Assim, a linha de comando
“administrativa” representaria o poder legislativo. Embora sua função não seja a de
“propor leis”, o fato de intermediar o acesso do aluno à escola e também intermediar a
burocracia do fluxo de informações relacionadas aos alunos e a Secretaria da Educação
(matrículas, frequência, notas, etc) isso é feito mediante um conjunto de regras e
metodologias impostas.
DELEGACIA DE
ENSINO
ADMINISTRATIVO PEDAGÓGICO
GERENTE
DIRETOR
ESCOLAR
COORDENADOR
ASSISTENTE
DE ENSINO
INSPETOR DE
CORPO DOCENTE
ALUNOS
ALUNOS
DELEGACIA DE
ENSINO
ALUNOS
IMPRESSÕES E CONCLUSÕES
A única entrevista que eu obtive, dentro do período em que durou o estágio, foi
com uma inspetora de alunos que atua no turno da tarde, mas eventualmente precisa
cobrir os turnos da manhã. Seu posto é no segundo andar do prédio, onde ficam as salas
de aula. Normalmente fica sozinha. Seus colegas costumam chamá-la de pitbull devido
a forma com que impõe autoridade perante os alunos.
A partir de sua rotina e das funções “extras” que lhe são atribuídas, é possível
verificar, em parte, o processo de horizontalização das linhas de comando que ocorrem
nessa escola.
A.R.C., 45, ensino médio completo, mora a 100 metros de distância da escola.
Concursada?
Isso.
Tirar do pátio; ficar com eles no pátio, quando estão com aula vaga; levá-los
até a direção, caso aprontem alguma coisa; e, se faltar professor,
extraordinariamente, eu fico na sala, entre 15-20 minutos, com eles... Fico
na porta, não fico dentro [da sala] porque, como eu não sou formada [em
nível superior], eu não posso ficar com alunos.
Eu vejo, também, você fazer esse remanejamento de professores; ver quem
pode cuidar dos alunos, em caso de ausência dos professores. Essa
atribuição não deveria ser da coordenadora de ensino?
Só quando eu tenho que ligar para falar que [o aluno] está passando mal, ou
para vir buscar [o aluno], ou quando a direção pede para convocar [os pais],
aí, eu ligo para os pais, senão eu não preciso ter contato com eles.
Não, nenhuma. Tem dois pais aí, que já vêm de longas datas, de outras
gestões, que têm um monte de filho aqui dentro, e eles levam todos, assim, a
ferro e a fogo mesmo. Ninguém que fale dos filhos deles, eles não toleram, né.
Mas, fora isso, os pais são tranquilos, não tem problema, não.