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As decisões financeiras envolvem custos e benefícios que se distribuem ao longo do tempo.

Os responsáveis
por essas decisões precisam avaliar se gastar dinheiro hoje justifica-se em face dos resultados que se espera
alcançar no futuro. O gerente geral da J.J. Printing está justamente diante desse dilema: investir hoje, em
modernização, para colher frutos ao longo dos próximos cinco anos, isto é, ganhar competitividade para a
empresa e gerar valor para os proprietários.

Quais cuidados ele deveria tomar antes de decidir?

Há quem afirme que, de todos os conceitos utilizados em finanças, nenhum é mais importante do que o valor
do dinheiro no tempo, também chamado de análise do fluxo de caixa descontado.

Como essa questão afeta a decisão do gerente geral da J.J. Printing?

Para o administrador financeiro, o juro é um elemento presente em quase todas as suas decisões, podendo ser
visto tanto como o retorno obtido em uma aplicação de capital quanto como o custo incidente na obtenção dos
fundos.

Como podemos identificar essas duas situações no caso da J.J. Printing?

É certo que o gerente geral da J.J. Printing e a equipe designada para realizar o estudo da proposta de
investimento terão de se valer dos conceitos de valor presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno
(TIR).

Esses dois conceitos sempre levam à mesma decisão de aprovar ou rejeitar projetos?

Em suma, o conceito de valor do dinheiro no tempo é essencial quando se trata de investimentos e de


financiamentos empresariais.

Uma unidade monetária (seja um real, um dólar ou outra moeda) vale mais hoje do que a mesma
unidade a ser recebida em qualquer data futura. Esse raciocínio decorre da preferência temporal das
pessoas entre consumirem determinados bens e serviços no presente ou no futuro.

A fim de adiarem seus consumos, os agentes econômicos (indivíduos, empresas e governos) exigem
uma recompensa pelo sacrifício de poupar, dando origem ao conceito de juro. Em outros termos,
uma quantia em dinheiro nas mãos hoje pode ser investida e gerar rendimentos que levarão à
obtenção de mais dinheiro, ampliando o potencial de consumo de seu possuidor.

Para o administrador financeiro, são características do juro:

 ser um elemento presente em quase todas as decisões;


 pode ser o retorno obtido em uma aplicação de capital ou o custo decorrente da obtenção de
um crédito ou financiamento;
 estar associado ao retorno auferido ou requerido, ao custo de oportunidadeA, à taxa de
desconto, ao custo de capitalB e assim por diante.
ATermo usado na economia para indicar o custo de algo em relação a uma oportunidade renunciada.
Custo social à renúncia do ente econômico advindo desta e dos benefícios que poderiam ser obtidos a
partir da oportunidade renunciada.

Na construção de um hospital, por exemplo, o custo de oportunidade fica por conta da renúncia em
relação a erguer outras construções naquele mesmo terreno.
BTaxa de retorno que uma empresa precisa obter sobre seus investimentos para manter inalterado seu
valor de mercado.

1.2 Capital e juro


Capital ou principal é qualquer quantia monetária que uma pessoa empresta a outra por um certo
período de tempo, podendo também ser representativo de uma aplicação financeira.

É natural que o emprestador exija uma recompensa pelo empréstimo, afinal, ao realizar a operação,
além de estar abrindo mão do uso presente de seu capital, ainda incorre tanto no risco de perda do
poder aquisitivo do dinheiro, devido à inflação, quanto no risco de eventual não recebimento. Daí, a
origem do conceito de juro.

O juro, ao envolver duas partes em uma transação, é, de um lado, a remuneração exigida pelo
emprestador para ceder seu dinheiro; de outro, o custo incorrido pelo tomador ao lançar mão dos
fundos de terceiros.

Associando o valor do juro ao capital, em uma certa unidade de tempo, surge a taxa de juros,
expressa na forma decimal ou em porcentagem.

Atenção!

É dito, popularmente, que juro é o preço ou o aluguel do dinheiro.

Montante
Um juro de R$ 1.000,00 cobrado (ou pago) sobre um capital emprestado (ou tomado) de R$
50.000,00, por um mês, resulta em uma taxa de juros de:

1.000,00 / 50.000,00 = 0,02 ou 2% ao mês

Caso o empréstimo seja quitado em uma única vez, o tomador devolve ao emprestador o capital mais
os juros incidentes, no valor total de R$ 51.000,00. Essa soma do capital com os juros é chamada de
montante. Dessa forma, podemos estabelecer as seguintes relações:

taxa de juros = valor dos juros / capital

valor dos juros = capital x taxa de juros

montante = capital + valor dos juros

Aplicações e empréstimos
As operações de aplicação e de tomada de empréstimos são, geralmente, realizadas com o auxílio de
instituições financeiras, que atuam como intermediárias entre ofertantes e tomadores de capitais,
cobrando encargos por isso.

O governo também tem um papel destacado na formação das taxas de juros ao:

 fixar a taxa básica de juros – Selic;


 regulamentar o funcionamento das instituições financeiras;
 comprar e vender títulos públicos, etc.

São várias as modalidades de investimento e de financiamento disponíveis em um mercado


financeiro desenvolvido. Cada opção tem sua taxa de juros, estabelecida em função dos prazos, dos
riscos e das garantias.
1.3 Regimes de capitalização
Quando o capital é aplicado por vários períodos, a uma determinada taxa por período, o montante
pode crescer de acordo com dois regimes. Clique em cada um dos regimes a seguir para saber mais.

 capitalização simples ou juros simples


 capitalização composta ou juros compostos

No regime de capitalização simples (também chamado de linear), o juro gerado em cada período é
constante. Só o capital inicial aplicado rende juros.

juro gerado em cada período = capital x taxa de juros

Esse regime de capitalização é um sistema de uso praticamente restrito a operações de curtíssimo ou


de curto prazo.

Veja um exemplo:

Um capital de R$ 10.000,00, aplicado durante três meses, à taxa de 2% ao mês, em regime de juros
simples, proporciona juros correspondentes a:

primeiro mês: valor dos juros = capital x taxa de juros = 10.000,00 x 0,02 =R$200,00

segundo mês: valor de juros = capital x taxa de juros = 10.000,00 x 0,02 = R$200,00

terceiro mês: valor de juros = capital x taxa de juros = 10.000,00 x 0,02 = R$200,00

valor total dos juros = 200,00 + 200,00 + 200,00 = R$ 600,00

Constata-se que o regime de capitalização composta leva à geração de mais juros do que o regime de
capitalização simples:

R$ 612,10 contra R$ 600,00

No regime de capitalização composta (também chamado de exponencial) é um sistema de


aplicações práticas bem mais generalizadas do que o regime de capitalização simples.

No regime de capitalização composta, a taxa de juros de cada período incide sobre o saldo
acumulado na forma de juros sobre juros. O juro gerado em cada período é adicionado ao capital,
fornecendo o montante que serve de base para o cálculo dos juros do período seguinte.

Veja um exemplo:

Um capital de R$ 10.000,00, aplicado durante três meses, à taxa de 2% ao mês, em regime de juros
compostos, proporciona juros correspondentes a:

primeiro mês: valor dos juros = capital x taxa de juros = 10.000,00 x 0,02 =R$200,00

segundo mês: valor de juros = capital x taxa de juros = 10.200,00 x 0,02 = R$204,00
terceiro mês: valor de juros = capital x taxa de juros = 10.404,00 x 0,02 = R$208,10

valor total dos juros = 200,00 + 204,00 + 208,10 = R$ 612,10

Constata-se que o regime de capitalização composta leva à geração de mais juros do que o regime de
capitalização simples:

R$ 612,10 contra R$ 600,00

Taxa de crescimento
Quanto maior a taxa de juros, mais rápida a taxa de crescimento dos valores. A taxa de juros, na
realidade, é uma taxa de crescimento. Se uma importância é aplicada a 12% de juros por período, por
exemplo, os fundos crescem à taxa de 12% por período. Esse conceito pode ser aplicado a qualquer
elemento que envolva crescimento (vendas, população, lucro por ação, salários, PIB, custo de vida,
etc.).

Comparando o crescimento de R$ 100,00, investidos a juros simples e a juros compostos, por um


longo período, a uma taxa de 10% ao ano, temos:

juros simples juros compostos


ano saldo inicial juros saldo final saldo inicial juros saldo final
1 R$ 100,00 10% R$ 110,00 R$ 100,00 10% R$ 110,00
2 R$ 110,00 10% R$ 120,00 R$ 110,00 11% R$ 121,00
3 R$ 120,00 10% R$ 130,00 R$ 121,00 12% R$ 133,00
4 R$ 130,00 10% R$ 140,00 R$ 133,00 13% R$ 146,00
10 R$ 190,00 10% R$ 200,00 R$ 236,00 24% R$ 259,00
20 R$ 290,00 10% R$ 300,00 R$ 612,00 61% R$ 673,00

A diferença no saldo final, quando se comparam os dois regimes de capitalização é:

 inexistente quando se trata de apenas um período de investimento;


 desprezível para dois períodos de investimento;
 imensa após 20 anos de investimento.
1.4 Fluxo de caixa
Uma importante ferramenta para análise do valor do dinheiro no tempo é a representação
esquemática do fluxo de caixa, que nos ajuda a visualizar o problema e suas variáveis de forma
bastante intuitiva.

O diagrama de fluxo de caixa consiste, basicamente, de um eixo horizontal (linha de tempo), no qual
é marcado o tempo e suas subdivisões em períodos, a contar do instante inicial. Os intervalos têm a
duração dada pelo problema (em dias, meses, trimestres, anos, etc.), e as entradas e saídas de
dinheiro podem ser representadas por setas orientadas em sentidos opostos.

A aplicação de um capital de R$ 50.000,00 por um mês, a uma taxa de 2% ao mês, por exemplo,
proporciona um montante de R$ 51.000,00. Vejamos:

Para simplificar, muitas vezes, os valores são marcados com sinal de menos (-) ou grafados entre
parênteses para identificar saída de caixa, dispensando o uso das setas.

Mapa conceitual

Diagrama usado para conectar palavras e ideias a uma ideia central. É usado para visualizar,
classificar, estruturar e gerar ideias. Os elementos são ordenados de forma intuitiva, de acordo com a
importância dos conceitos, que são organizados em agrupamentos, ramificações ou áreas.
Unidade 2 / Juros Compostos

2.2 Anuidades
Anuidades são sequências uniformes de capitais, ou seja, são séries de pagamentos ou recebimentos
de mesmo valor e periodicidade, não, necessariamente, anuais. Por exemplo, R$ 1.000,00 a serem
pagos ou recebidos ao final de cada um dos próximos três meses constituem uma anuidade.

Em relação às datas de ocorrência dos fluxos de pagamento e recebimento, existem dois tipos básicos
de anuidades:

 anuidade comum ou diferida (mais usual), cujos fluxos de caixa ocorrem no final de cada
período;
 anuidade antecipada ou vencida, cujos fluxos de caixa ocorrem no início de cada período.

Dica!

Na calculadora financeira:

 a anuidade é representada pela tecla PMT;


 a distinção entre os dois tipos de anuidades é representada pelas teclas g 8, correspondentes à
opção and (default), e g 7 para a opção begin (a qual, quando ativada, aparece no visor).

De novo, as saídas de caixa são precedidas da tecla CHS, para indicar que se trata de número
negativo. Nos problemas envolvendo anuidades, a tecla PMT é usada em conjunto com as teclas n e
i, mais PV ou FV, dependendo do que desejamos determinar (se valor presente ou valor futuro).

A seguir, veja alguns exemplos relativos às anuidades. Clique em cada exemplo para acessá-lo.

 acumulação

Se forem realizados depósitos mensais de R$ 2.000,00, ao final de cada um dos próximos 12 meses,
em uma conta remunerada que paga 2% ao mês, ao final do período, acumularemos:
 desconto
 Um equipamento industrial pode ser comprado a prazo, em quatro parcelas mensais de R$
15.000,00, sem entrada, com vencimento da primeira parcela para um mês após a compra. Se
o custo de oportunidade do comprador é 1,7% ao mês, o preço à vista desse equipamento
corresponde a:


 Caso se conseguisse um valor igual ou inferior a R$ 57.534,00, seria interessante comprar à
vista.

 valor das prestações



 Um automóvel está sendo vendido por R$ 30.000,00, podendo ser parcelado em 12 vezes
iguais, sem entrada e com o primeiro pagamento exigido um mês após a transação.
 A taxa de juros de mercado é de 2% ao mês. Logo, o valor das prestações é:


 preço à vista
 Um terreno é vendido em seis prestações mensais de R$ 20.000,00, sendo a primeira dada
como entrada (valor pago no ato, indicando um fluxo de caixa antecipado). A taxa de
financiamento é de 3% ao mês.
 O cálculo do preço à vista desse terreno pode ser feito de duas formas:


 Usando a tecla begin (acionada por g7 na calculadora), podemos obter o mesmo valor
anterior:

Perpetuidades
A maioria das anuidades requer que os pagamentos ou recebimentos ocorram por um determinado
período de tempo. Contudo, há certas situações financeiras, cujos fluxos de caixa são supostos como
tendo duração infinita (perpétua) e desejamos trazê-los a valor presente. Esse tipo de situação ocorre,
por exemplo, quando queremos estimar o valor de uma empresa usando o método do fluxo de caixa
descontado.

Normalmente, estimamos o fluxo de caixa para um horizonte que seja previsível (10 anos) e, daí em
diante, adotamos a premissa de que o fluxo de caixa será uma anuidade infinita, igual ao valor do
fluxo de caixa do décimo ano.

Para encontrar o valor presente da empresa, é preciso descontar o fluxo de caixa do período explícito
de projeção e também o valor da perpetuidade.

A solução para o valor presente da perpetuidade é trivial, isto é, basta dividir a anuidade pela taxa de
juros:

PV perpetuidade = anuidade / taxa de juros

De acordo com as teclas da calculadora, temos:

PV perpetuidade = PMT / i
Método do fluxo de caixa descontado
Forma de expressar o montante (ajustado em função do tempo a transcorrer entre as datas da operação e
do vencimento) de crédito ou obrigação de financiamento, ou de outra transação usual da entidade,
mediante dedução dos encargos financeiros respectivos, baseando-se na taxa contratada ou na taxa média
de encargos financeiros praticada no mercado.

2.3 Séries de capitais não uniformes


Quando os pagamentos ou recebimentos de determinada transação não são uniformes quanto ao
valor (constituindo uma série mista), não é possível aplicar os mesmos procedimentos vistos.

A tecla PMT não se aplica, mesmo que algumas parcelas sejam repetidas e outras, variadas.

As teclas da calculadora financeira a serem utilizadas são CFo, CFj e Nj, ativáveis com a função
azul, g, e grafadas na parte inferior das teclas PV, PMT e FV. Esse tipo de situação é muito comum.

Valor presente
Utilizando uma taxa de desconto de 6%, o valor presente do seguinte fluxo de caixa é:

O cálculo manual demanda o desconto de cada parcela para a data zero, aplicando-se a taxa de 6%
em consonância com o número de períodos.

Dessa forma:

 a primeira parcela, de R$ 100,00, deve ser dividida por 1,06 por referir-se a um período
apenas;
 a parcela de R$ 200,00 deve ser dividida por (1,06 x 1,06);
 parcela de R$ 300,00 deve ser dividida por (1,06 x 1,06 x 1,06).

PV da série
Quando todas as parcelas estiverem expressas em valores atuais da data zero, basta somá-las para
obtermos o PV da série. Esse procedimento é bem mais simples quando usamos a calculadora.

Assim, temos:
NPV da série
Para entender melhor o significado do NPV (net present value) ou VPL (valor presente líquido),
consideremos uma outra situação em que o mesmo fluxo de caixa se refira a um investimento
realizado na data zero, no valor de R$ 1.000,00, cujas rendas projetadas sejam as mesmas indicadas.

O valor presente líquido desse fluxo de caixa é:

Do ponto de vista financeiro, vale a pena realizar o investimento, pois ele proporciona um saldo
positivo de R$ 235,00 (desde que as projeções sejam confiáveis).

Parcelas iguais e sucessivas


Quando algumas parcelas do fluxo de caixa são de mesmo valor e sucessivas, é possível abreviar o
processo de introdução dos dados, na calculadora, recorrendo à tecla Nj.

Consideremos a seguinte sequência:


Obtemos o cálculo do valor presente líquido da seguinte maneira:

Para podermos utilizar essas teclas, os fluxos de caixa devem ser sucessivos no tempo. Se há
interrupção, devemos completar com zero.

Parcelas iguais e não sucessivas


Uma empresa deve efetuar um desembolso de R$ 200.000,00 daqui a um mês, e R$ 300.000,00
daqui a três meses. O administrador financeiro deseja fazer hoje uma provisão desses fundos.
Consegue, então, aplicá-los a 1,5% ao mês.

Para obter a provisão de que necessita, o administrador deve investir:

Aplicando R$ 483.939,00 hoje, a 1,5% ao mês, é possível quitar as duas parcelas, quando do
vencimento.

Calculadora financeira

Clique aqui para acessar a calculadora financeira.


2.4 Taxa interna de retorno (TIR)
É fácil achar a taxa de juros de um fluxo de caixa quando se trata de um único valor ou de anuidades.
Para isso, devem ser acionadas as teclas n, PV, PMT e FV da calculadora HP-12C. Conhecendo três
dessas variáveis, basta solicitar o cálculo da incógnita i.

Quando, contudo, os fluxos de caixa constituem uma série de capitais mista, determinar a taxa de
juros, isto é, a taxa interna de retorno, só é possível mediante aproximações sucessivas, ou melhor,
por tentativa e erro.

Tecnicamente, a dificuldade se dá por se tratar de uma equação polinomial de grau n, que não
apresenta forma resolutiva.

Equação polinomial

y = a*xn + b*x(n – 1) + c*x(n – 2) +...+ letra*n0

Nela, x é uma variável independente e y é variável dependende de x, o número n é chamado o grau


da equação e as letras são números reais.

Extraído de http://pt.wikipedia.org.

As calculadoras financeiras costumam ter funções pré-programadas para o cálculo da TIR. Basta
informar, normalmente, os valores dos fluxos de capitais e solicitar a função amarela f IRR (Internal
Rate of Return), ou seja, Taxa Interna de Retorno (TIR).

Taxa Interna de Retorno – TIR

Fator que dá ao investidor a medida exata da taxa de retorno intrínseca de um projeto.


É importante perceber que a TIR pode não ser um bom critério para aqueles que não dominam
perfeitamente o assunto, podendo conduzir a conclusões erradas.

Assim sendo, a TIR não deve ser utilizada por leigos. Podemos, portanto, definir a TIR como:

 a taxa interna de retorno de um projeto;


 a taxa máxima de custo de capital que um projeto suporta;
 a taxa de desconto para os fluxos de caixa de um projeto, que fazem o VPL desse projeto ser zero.

Temos de saber que:

 se a TIR de um projeto é maior do que a taxa de custo do capital nele alocado, devemos investir
nesse projeto, pois ele retorna uma taxa maior do que a taxa de custo do capital. A diferença para
mais significa que teremos lucro;
 se a TIR for menor do que a taxa de custo do capital investido, não devemos investir nesse projeto,
pois estaremos pagando mais pelo capital do que conseguimos receber desse projeto.

Nas máquinas financeiras, geralmente, a TIR está representada por sua sigla, em inglês, IRR
(Internal Rate of Return). Na calculadora HP-12C, assim como o VPL, a TIR é acessada pela
sequência de botões f IRR, respectivamente, onde f é a tecla amarela, que informa à HP-12C, que
você quer calcular a IRR, que está em amarelo.

Custo de um empréstimo
Um administrador financeiro pretende levantar um empréstimo bancário no valor de R$ 500.000,00,
que pode ser pago em três parcelas mensais, como a seguir:

 R$ 120.000,00;
 R$ 200.000,00;
 R$ 230.000,00.

O custo mensal dessa operação de empréstimo é:

Na calculadora, o custo da operação é:

Taxa de retorno de investimento


Em vez de um empréstimo, o administrador financeiro está estudando uma proposta de investimento
que requer um desembolso imediato de R$ 300.000,00.

As projeções para essa operação indicam que é razoável que se espere um fluxo de caixa líquido de
R$ 80.000,00, R$ 120.000,00, R$ 120.000,00 e R$ 80.000,00 ao final de cada um dos próximos
quatro anos, respectivamente.

A taxa de retorno do investimento é:

O método da TIR é aplicável tanto para mensurar o custo de um empréstimo como para determinar o
retorno de um investimento. Por isso, deve ser interpretado como a taxa interna de juros do fluxo de
capitais.

Custo de desconto de título


Considere o exemplo a seguir.

Uma empresa descontou, em um banco, duas duplicadas: uma no valor de R$ 100.000,00 com
vencimento após 30 dias; outra de R$ 170.000,00 com vencimento após 72 dias. O valor líquido
liberado pelo banco foi de R$ 248.800,00.

Qual é o custo efetivo dessa operação, ou seja, a taxa efetiva de juros ao mês?

Esse problema (aparentemente difícil por apresentar períodos de tempo desiguais entre os fluxos de
caixa) pode ser, no entanto, facilmente equacionado apenas com a entrada dos dados na calculadora.
Para tal, basta considerarmos o fluxo de caixa dividido em intervalos diários, no qual a empresa
recebe uma entrada de caixa, na data zero, de R$ 248.800,00.

Durante 29 dias, ocorrem fluxos de caixa nulos para o banco. No 30º dia, entram R$ 100.000,00.
Mais 41 dias transcorrem com fluxos nulos para o banco. No 72º dia, entram R$ 170.000,00.

O custo mensal da operação de desconto para a empresa é a TIR desse fluxo, convertida para 30 dias.
Vejamos:

Na calculadora:
Relação entre o VLP e a TIR
Existe uma interessante relação entre o VPL e a TIR. Vamos entender essa relação por meio de um
exemplo.

Um projeto requer um investimento inicial de R$ 200 milhões, do qual se esperam obter os seguintes
fluxos de caixa líquidos:

 uma parcela de R$ 60 milhões;


 duas parcelas de R$ 80 milhões;
 uma parcela de R$ 50 milhões, ao final de cada um dos próximos quatro anos,
sucessivamente.

A empresa considera desejáveis os projetos que rendem, no mínimo, 10% ao ano:

Pelo método do VPL, vemos que a empresa deve aprovar o projeto, pois os cálculos mostram que,
além da recuperação plena do investimento necessário, há ainda uma sobra de R$ 14,9 milhões,
considerando-se a taxa de desconto do fluxo em 10% ao ano.

Todo projeto que apresente um VPL positivo é considerado atraente. Se o projeto deixa uma sobra e
rende mais de 10% ao ano, efetivamente, a taxa de retorno desse investimento é:
Esse projeto promete, portanto, uma taxa interna de retorno de 13,5% ao ano (superior à taxa
estabelecida como limite pela empresa, de 10%). De forma coerente com a decisão indicada pelo
método do VPL, a TIR recomenda aprovar o projeto.

Observe que é considerado atraente todo projeto que apresente uma TIR superior à taxa mínima de
atratividade estipulada pela empresa.

Ao recalcular o VPL do fluxo de caixa utilizando a TIR de 13,5%, seu valor é:

Daí decorre a definição usual da taxa interna de retorno como sendo a taxa de desconto que produz
um valor presente líquido igual a zero.

A TIR é a taxa que desconta os valores das futuras entradas de caixa esperadas de um projeto,
igualando-os ao desembolso inicial do projeto.
2.5 Taxa interna de retorno modificada
(MIRR)
O cálculo da TIR é necessário em inúmeras operações, sendo amplamente praticado. Contudo,
alguns cuidados em sua interpretação são necessários. Clique nas interpretações a seguir para saber
dos cuidados necessários.

 rendimento irrealista
 No cálculo da TIR de um projeto de investimento, há o pressuposto de que os vários fluxos
de caixa gerados pelo investimento serão reaplicados até o final, em alternativas que rendam
a mesma taxa. Isso pode ser bastante irrealista.
 nenhum ou múltiplos valores para a TIR
 Quando um projeto é representado por um fluxo de caixa não convencional – isto é, ao invés
de uma ou mais saídas de caixa serem seguidas por uma série de entradas líquidas de caixa,
há diversas inversões entre saídas e entradas –, podemos ter múltiplas respostas para a TIR
ou, até mesmo, um valor indeterminado.

Para evitar problemas decorrentes das interpretações da TIR, podemos recorrer a uma adaptação do
método da TIR, transformando-o na TIR modificada ou MIRR (Modified Internal Rate of Return).

Adaptação da TIR
A adaptação da TIR consiste em:

 trazer a valor presente (data zero) todos os fluxos de saídas de caixa a uma taxa de
financiamento compatível com a captação de recursos, obtendo um único valor PV;
 levar a valor futuro (data n) todos os fluxos de entradas de caixa a uma taxa de
reinvestimento compatível com as condições de aplicação, obtendo um único valor FV;
 calcular a taxa interna de retorno modificada (MIRR) pelos métodos convencionais, ou seja,
obter i a partir das três variáveis: n, PV e FV.

Veja um exemplo:

Um administrador financeiro está estudando a viabilidade de um projeto de investimento com vida


útil de cinco anos, cujo fluxo de caixa (com valores em milhares) apresenta-se da seguinte forma:

Entrando com os dados na calculadora financeira (e observando, logicamente, a convenção de sinal


para valores negativos), obtemos a TIR de 12,7% a.a.

Ao admitirmos, por outro lado, que esses valores de caixa (saídas ou entradas) só podem ser
viabilizados a uma taxa de juros de 10% por período, a rentabilidade do projeto será outra.
Para calcularmos a MIRR, uma vez que já sabemos que n = 5, PV = (1.454,55) e FV = 2.528,40,
basta solicitarmos a taxa i. O resultado obtido será 11,7% ao ano.

Face à realidade do mercado, utilizar a taxa MIRR para julgar a aceitabilidade do projeto pode ser
bem mais razoável do que tomar a TIR como base de referência.

UNIDADE 3
Tipos de taxas de juros

Nem sempre a taxa nominal significa a taxa que será efetivamente obtida ou paga.

As taxas de juros podem assumir diferentes tipos, entre eles:

 taxa nominal;
 taxa periódica;
 taxa equivalente;
 taxa efetiva;
 taxa aparente;
 taxa real.

Nesta unidade, trataremos de cada tipo de taxa de juros.

3.2 Taxa nominal


A taxa nominal representa a taxa de juros contratada ou declarada em uma operação financeira.
A taxa nominal é a taxa que está escrita na operação. Contudo, isso não significa que seja a taxa
efetivamente obtida ou paga. Normalmente, é expressa para um período superior ao da capitalização
dos juros.

Pode ser concedido um empréstimo para liquidação em pagamentos mensais, sendo a taxa nominal
de juros contratada a 36% ao ano. Essa forma de cotação é comum no mercado financeiro.

Para o cálculo do valor das prestações, torna-se necessário converter a taxa anual para sua
equivalente em período mensal.

3.3 Taxa periódica


Em juros simples, o procedimento é trivial. Basta encontrarmos a taxa proporcional ao prazo ou a
taxa periódica:

36% / 12 meses = 3% ao mês

Dessa forma, podemos generalizar:

 6% ao bimestre são equivalentes a 3% ao mês;


 9% ao trimestre são equivalentes a 3% ao mês;
 18% ao semestre são equivalentes a 3% ao mês.

A taxa nominal não corresponde, necessariamente, à taxa efetiva da operação por dois motivos:

 o uso do critério linear de cálculo dos juros periódicos;


 a existência de vários outros encargos (taxas, comissões, impostos, etc.), que costumam ser
cobrados nas operações de crédito, por exemplo.

Por isso, a determinação do resultado efetivo de uma operação financeira requer que se considere a
formação exponencial dos juros.

3.4 Taxa equivalente


Em Finanças, é muito comum o cálculo de médias geométricas (a taxa de crescimento da receita ou
dos lucros da empresa, o cálculo dos dividendos distribuídos, o cálculo do preço das ações em dado
período, etc.). Em todos esses casos é empregada a noção de taxa equivalente.

Dividendos

Valor pago, em dinheiro, aos acionistas de uma empresa quando há divisão de parte do lucro do
exercício financeiro pelo número total de ações. Remuneração paga ao acionista pelo capital
investido na empresa.

A questão se resume em saber converter uma taxa expressa em um período em uma taxa equivalente
expressa em outro período, segundo o regime de capitalização composta.
Taxas equivalentes a juros compostos são as que geram montantes idênticos quando aplicadas sobre
um mesmo capital, durante um mesmo prazo. Para isso, precisamos saber trabalhar com juros
compostos.

Vamos entender a taxa equivalente por meio de um exemplo:

A uma taxa de 20% ao semestre para a aplicação (por dois períodos semestrais) de um capital de R$
10.000,00 por um ano, a taxa anual equivalente é:

10.000,00 x 1,20 x 1,20 = R$ 14.400,00 ao final do ano

A taxa de juros é 4.400,00/10.000,00 = 44% ao ano. Essa taxa de 44% ao ano é equivalente a 20% ao
semestre pelo regime de juros compostos. Dessa forma, fazemos a seguinte pergunta: É melhor
receber 20% ao semestre, por dois semestres, ou 44% ao ano?

É absolutamente indiferente aplicar R$ 10.000,00 por um ano a 20% ao semestre ou a 44% ao ano,
pois os montantes serão idênticos. Considerando a fórmula geral dos juros compostos, podemos
estabelecer que:

M = C (1+i)n

10.000,00 (1 + 0,44)¹ = 10.000,00 (1 = 0,20)² = R$ 14.400,00

Taxa anual equivalente


Para encontrar uma forma prática de lidar com esse tipo de situação, chamemos de q a taxa que
queremos e de t a taxa que temos.

Desde que mantida a coerência entre o prazo e a taxa (ou seja, n = 1 para um ano e n = 2 para o
semestre), podemos ter a seguinte representação:

(1 + q)¹ = (1 + t)²
Como a taxa é de 20% ao semestre (isto é, a taxa t, que temos) e solicita a taxa anual equivalente (a
taxa q, que queremos), a expressão é:

(1 + q)¹ = (1 + 0,20)²

1 + q = 1,20²

1 + q = 1,44

q = 0,44 ao ano

q = 44% ao ano

Nesse caso, partimos de uma taxa referente a um subperíodo (semestre) para obtermos a taxa do
período inteiro(ano).

Taxa de subperíodo
O mesmo raciocínio aplica-se à situação inversa, ou seja, quando temos a taxa do período inteiro e
desejamos determinar a taxa de um subperíodo qualquer.

A partir de uma taxa anual t = 44%, queremos obter a taxa semestral q:

(1 + q)² = (1 + 0,44)¹

(1 + q)² = 1,44

Extraindo a raiz quadrada de ambos os membros da identidade (ou elevando-os à potência 1/2),
temos:

1 + q = 1,20

q = 0,20 ao semestre

q = 20% ao semestre

Taxa mensal equivalente


Para calcular a taxa mensal equivalente a 20% semestrais, observando, novamente, a coerência do
prazo n com a periodicidade da taxa, temos:

(1 + q)¹² = (1 + t)²

(1 + q)¹² = (1 + 0,20)²
(1 + q)¹² = 1,44

Extraindo a raiz duodécima de ambos os lados (ou elevando-os à potência 1/12), obtemos:

(1 + q) = 1,03085

q = 0,03085 ao mês, ou

q = 3,085% ao mês

Taxa anual de crescimento


Para obtermos a taxa anual de crescimento, considere o exemplo a seguir.

As ações de uma empresa estão cotadas a R$ 50,00. Há 10 anos, essas ações estavam cotadas a R$
30,00. Dividindo o valor de hoje pelo valor antigo, obtemos 66,67% de crescimento na década.
Logo, a taxa anual de crescimento é 5,24% ao ano.

Comprovaremos isso se fizermos os cálculos!

3.5 Taxa efetiva


Em diversas operações financeiras, a taxa de juros é dada em um prazo superior ao período da
capitalização dos juros. Por exemplo, os juros podem ser capitalizados semestralmente (ou em outra
periodicidade), mas a taxa contratada pode ser expressa em bases anuais.

Um empréstimo de R$ 100.000,00 foi contratado à taxa nominal de 30% ao ano, com capitalização
semestral no critério de juros simples (taxa periódica ou proporcional).

Sendo a taxa nominal i = 30% ao ano, a taxa periódica semestral é 30/2 = 15%.

Na ausência de outros encargos, o montante devido após um ano será:

Desse modo, a taxa anual efetiva de juros dessa operação será:

A taxa nominal contratada foi de 30% ao ano, mas a taxa efetiva do empréstimo é de 32,25%.
3.6 Taxa aparente e taxa real
O processo inflacionário de uma economia pode ser definido como o aumento generalizado dos
preços dos vários bens e serviços transacionados.

Quanto maior é a taxa de inflação em um dado período, maior é a taxa de desvalorização da moeda
nacional. Quando há inflação, portanto, a taxa efetiva não expressa o verdadeiro rendimento ou custo
de uma operação.

Nesse caso, a taxa efetiva recebe o nome de taxa aparente.

Assista agora a uma cena que se relaciona com este conteúdo.

Filme

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Crescimento e taxa real


Em uma instituição financeira, é possível auferir 20% de juros efetivos ao ano em uma dada
aplicação. Se, no mesmo período, a taxa de inflação acumulada é de 12%, os 20% não representam o
rendimento real da operação, pois uma parte dele foi consumida pela inflação.

De forma análoga, se a receita de vendas de determinada empresa apresentou variação de R$ 10


milhões para R$ 11 milhões em um ano, e a inflação, nesse mesmo período, foi de 10%, não houve
crescimento real das vendas, pois as vendas apenas acompanharam o aumento geral de preços. Os
10% de crescimento são aparentes e, muitas vezes, referidos como taxa nominal.
Quando falamos de uma taxa de juros livre de risco (caso de aplicações em títulos públicos), para
serem considerados, efetivamente, livres de risco, esses títulos devem proporcionar, entre outros, um
prêmio para a inflação futura esperada.

A inflação representa, de fato, um risco de perda de poder aquisitivo.

Vamos entender esse conceito por meio de um exemplo.

Uma escultura foi adquirida por R$ 50.000,00 e, um ano depois, foi revendida por R$ 60.000,00.
Nesse mesmo período (de acordo com um dos índices de preços usuais), a inflação foi de 10%. Logo,
o retorno real dessa transação foi:

Portanto, taxa real é o:

 resultado de uma operação de aplicação ou de captação, calculado após terem sido


expurgados os efeitos inflacionários;
 rendimento (ou o custo) obtido de valores expressos em moedas de mesmo poder aquisitivo
ou moeda constante.

De acordo com o exemplo apresentado, para poderem ser comparados com o valor de venda, os R$
50.000,00 investidos um ano atrás precisam ser trazidos a valor atual:

50.000,00 x 1,10 = R$ 55.000,00

A diferença entre valores, expressos em poder aquisitivo de mesma data, reflete o verdadeiro ganho
na operação, ou seja:

60.000,00 - 55.000,00 = R$ 5.000,00

Logo, a taxa real de retorno é dada por:

5.000,00 / 55.000,00 = 9,1%, como visto.


Indicando a taxa nominal por i, a taxa de inflação por j e a taxa real por r, podemos estabelecer a
seguinte identidade:

1+i = (1+j) (1+r)

Essa equação indica que a taxa de juros nominal (aparente) contém uma parte de inflação e outra
parte de juros real.

Usando os mesmos dados do exemplo, essa relação se apresenta da seguinte forma:

1 + 0,20 = (1 + 0,10) (1 + 0,091)

Apenas isolando o termo que desejamos determinar, podemos expressar a taxa real como:

1 + r = (1 + i)/(1 + j)

Logo, dadas a taxa nominal de 20% e a taxa de inflação de 10%, obtemos a taxa real:

1 + r = (1 + i)/(1 + j)

1 + r = (1 + 0,20)/(1 + 0,10)

1 + r = 1,20/1,10

1 + r = 1,0909

r = 0,0909 ou 9,1%

Desafio

Um capital foi aplicado por seis meses a uma taxa de 7% no semestre. No mesmo período,
ocorreu uma taxa de inflação de 9%.

Mostre que a taxa real da aplicação foi negativa em 1,83%.

Os aspones

Sinopse

Três funcionários, Caio (RANGEL), Anete (ORTH) e Moira (MORAES), levavam uma tremenda
vida mansa em uma repartição pública entregue às moscas. Em pleno expediente, suas tarefas se
resumiam a jogar batalha naval, fazer palavra cruzada e cortar as unhas.

Um dia, o novo chefe, Tales (MELLO), e sua estagiária, Leda (BELTRÃO), chegam cheios de
disposição para trabalhar. Vendo que, de fato, não há nada para ser feito ali, Tales logo inventa uma
ocupação: esculhambar, ao máximo, os cidadãos que andam saindo da linha.
Ficha técnica

OS ASPONES. Direção: José Alvarenga Jr. Intérpretes: Selton Mello; Marisa Orth; Paulo Pedro
Rangel; Drica Moraes; Andréa Beltrão. Brasil: Som Livre, 2004. 225 min, son., color.

UNIDADE 4
Atividades

Questão 1
Um dos conceitos mais importantes no campo das Finanças diz respeito ao valor do dinheiro no
tempo (time value of money), ou seja, à relação entre uma unidade monetária hoje e uma unidade
monetária no futuro. O dinheiro vale mais hoje do que a expectativa de se receber a mesma quantia
em qualquer data posterior.

Justifique essa afirmação por meio de três fatores que lhe servem de fundamento.

Os fatores em que essa afirmação se fundamenta são:

 rentabilidade – podemos investir essa quantia, ganhar juros e acumular mais dinheiro.
 inflação – que pode mudar o poder de compra da moeda com o tempo.
 risco – o recebimento de dinheiro no futuro é, de um modo geral, incerto.

Questão 2
Um smartphone é vendido à vista por R$ 1.000,00, ou então, a prazo, com 30% de entrada, e mais
uma prestação de R$ 800,00, três meses após a compra.

Analisando esses dados, verificamos que a taxa de juros simples mensal do financiamento é:

Entrada = 1.000 x 0,30 = 300


Capital financiado = 1.000 – 300 = 700
Juros cobrados = 800 - 700 = 100, em 3 meses.
Taxa de juros: i = Juros / Capital
i = 100 / 700 = 0,1429 ou 14,29 % em 3 meses
i mensal = 0,1429 / 3 = 0,0 476 = 4,76% a.m.
A taxa de juros simples mensal do financiamento é de 4,76% a.m.

Questão 3
Quando o capital é aplicado por vários períodos, a uma determinada taxa por período, o montante
pode crescer de acordo com dois regimes: capitalização simples e capitalização composta.

Defina cada um desses dois regimes de capitalização.

No regime de capitalização simples, também chamado de linear, o juro gerado em cada período
é constante. Só o capital inicial aplicado rende juros.

No regime de capitalização composta, também chamado de exponencial, a taxa de juros de cada


período incide sobre o saldo acumulado na forma de juros sobre juros.

Questão 4
Um investidor quer aplicar um capital hoje para que se aufiram R$ 30.000,00 de juros ao fim de 5
anos, a uma taxa de juros de 8% a.a., no regime de capitalização de juros compostos.

O valor desse capital, hoje aplicado, é:

No regime de juros compostos temos que: Montante = Capital x (1+i)n


Montante = Capital + Juros = Capital + 30.000
Igualando as duas equações:
Capital x (1+0,08)5 = Capital + 30.000
Capital x [(1 + 0,08)5 - 1] = 30.000
Capital x [(1,469328 - 1] = 30.000
Capital x [(0,469328] = 30.000
Capital VP = 30.000 / 0,469328 = 63.921,17
Deve ser aplicado hoje o capital de R$ 63.921,17.

Questão 5
O diretor financeiro da empresa Life pretende levantar um empréstimo bancário no valor de R$
700.000,00, que poderá ser pago em quatro parcelas mensais, como a seguir:

 R$ 150.000,00;
 R$ 200.000,00;
 R$ 250.000,00;
 R$ 300.000,00;

O custo mensal dessa operação de empréstimo é:

Usando as funções financeiras da HP-12C temos:


700.000 g CFo
150.000 CHS g CFj
200.000 CHS g CFj
250.000 CHS g CFj
300.000 CHS g CFj
f iRR → 9,67% a.m.
TIR = 9,67% a.m.
O custo mensal dessa operação de empréstimo é de 9,67% a.m.

Questão 6
O projeto Gama requer um investimento inicial de R$ 500.000,00, do qual se esperam obter os
seguintes fluxos de caixa líquidos:

 uma parcela de R$ 160.000,00;


 duas parcelas de R$ 180.000,00;
 uma parcela de R$ 250.000,00, ao final de cada um dos próximos quatro anos,
sucessivamente.

A empresa considera desejáveis os projetos que rendem, no mínimo, 12,5 % ao ano.

Nesse caso, o Valor Presente Líquido (VPL) do projeto Gama será de:

Usando as funções financeiras da HP-12C temos:


500.000 CHS g CFo
160.000 g CFj
180.000 g CFj
180.000 g CFj
250.000 g CFj
12,5 i
f NPV → R$ 66.937,97
O VPL do projeto Gama será de R$ 66.937,97.

Como VPL é positivo o projeto é viável.

Questão 7
O Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR) são os dois métodos mais
importantes de avaliação de fluxos de caixas não uniformes.

Compare a funcionalidade desses dois métodos de análise e viabilidade de investimentos e projetos.

O VPL é a medida exata do lucro obtido ou prejuízo de um investimento a valor presente, ou


seja, a valores de hoje. Nesse sentido, é o lucro ou o prejuízo do investidor que aplica X (custo)
no projeto que vale Y (valor do projeto). Assim sendo, o VPL é a diferença entre o valor e o
custo de um ativo. O VPL deve ser maior do que zero para que um projeto seja considerado
viável. Se um projeto custa mais do que vale, não devemos investir, pois a diferença será um
prejuízo; se um projeto vale mais do que custa, devemos investir, pois a diferença será o nosso
lucro.
A TIR é a taxa de retorno que um projeto fornece ao seu investidor. É o fator que dá ao
investidor a medida exata da taxa de retorno intrínseca de um projeto. Se a TIR de um projeto
é maior do que a taxa de custo do capital nele alocado, devemos investir nesse projeto, pois ele
retorna uma taxa maior do que a taxa de custo do capital; se a TIR for menor do que a taxa de
custo do capital investido, não devemos investir, pois estaremos pagando mais pelo capital do
que conseguimos receber desse projeto.

Questão 8
Taxas equivalentes a juros compostos são as que geram montantes idênticos, quando aplicadas sobre
um mesmo capital durante um mesmo prazo.

A taxa anual equivalente a uma taxa trimestral de 6,5% a.t. é:

A taxa trimestral é it = 6,5% a.t = 0,065


Um ano tem quatro trimestres. Assim, temos que:
(1+it)4 = (1+ia)1
(1+0,065)4 = (1+ia)1
1,2865 = 1 + ia
ia = 1,2865 – 1 = 0,2865 = 28,65%a.a.
A taxa anual equivalente é de 28,65%a.a.

Questão 9
A taxa de juros é definida como a remuneração (juros) cobrada ou recebida por unidade de capital
utilizada.

Explique e exemplifique as diferenças entre a taxa de juros nominal e taxa de juros efetiva.

A taxa nominal representa a taxa de juros contratada ou declarada em uma operação


financeira. É a taxa que está escrita na operação. Contudo, isso não significa que seja a taxa
efetivamente obtida ou paga. Normalmente, a taxa nominal é expressa para um período
superior ao da capitalização dos juros.

A taxa de juros efetiva é aquela na qual a unidade de tempo de referência coincide com a
unidade de tempo de ocorrência da capitalização (dos juros).

Exemplo: Um empréstimo de R$ 100.000,00 foi contratado à taxa nominal de 30% ao ano, com
capitalização semestral. A taxa nominal contratada foi de 30% ao ano, mas a taxa efetiva do
empréstimo é de 32,25% a.a. (i = 1,15 x 1,15 – 1 = 0,3225 = 32,25%).

Questão 10
Uma obra de arte foi adquirida por R$ 100.000,00 e, um ano depois, foi revendida por R$
125.000,00. Nesse mesmo período, de acordo com um dos índices de preços usuais, a inflação foi de
12,0%.
Logo, a taxa real dessa transação foi:

Indicando a taxa nominal por i, a taxa de inflação por j e a taxa real por r, podemos estabelecer
a seguinte identidade:
1+i = (1 + j) (1 + r)
No caso o valor de i = 125.000 / 100.000 – 1 = 0,25 ou 25%
A taxa de inflação j foi dada, e é de 12,0% = 0,12
Assim, podemos calcular a taxa real:
(1 +r) (1 + 0,25)/(1 + 0,12) = 1,1161
r = 1,1161 – 1 = 0,1161 = 11,61%a.a
A taxa real dessa transação foi de 11,61% a.a.

As decisões financeiras envolvem custos e benefícios que se distribuem ao longo do tempo. Os


responsáveis por essas decisões precisam avaliar se gastar dinheiro hoje justifica-se em face dos
resultados que se espera alcançar no futuro. O gerente geral da J.J. Printing está justamente diante
desse dilema: investir hoje, em modernização, para colher frutos ao longo dos próximos cinco anos,
isto é ganhar competitividade para a empresa e gerar valor para os proprietários.

Quais cuidados ele deveria tomar antes de decidir?

Sabe-se que a empresa vem perdendo competitividade, e a modernização pode, de fato, ser um
caminho a tomar. A questão crucial é que investimentos elevados embutem um risco muito grande,
caso as previsões de receitas, despesas e outros itens não venham a se concretizar.

O gerente geral está certo em debater as alternativas de solução com os colegas e de formar uma
equipe especial para preparar a proposta de investimento de capital. A obtenção de dados
relevantes, assim como a aplicação de técnicas de avaliação apropriadas, são indicadas para
subsidiar a decisão final.

Há quem afirme que, de todos os conceitos utilizados em finanças, nenhum é mais importante do que
o valor do dinheiro no tempo, também chamado de análise do fluxo de caixa descontado.

Como essa questão afeta a decisão do gerente geral da J.J. Printing?

Como a opção adotada pelo gerente geral da empresa é a de realizar um investimento de capital, isto é, de
substituir um equipamento usado por outro mais moderno, implicando na geração de fluxos de caixa ao
longo dos próximos cinco anos, o cuidado central aqui é observar atentamente a noção de valor do dinheiro
no tempo. Erros aqui cometidos costumam custar muito caro ao profissional e à empresa.

Para o administrador financeiro, o juro é um elemento presente em quase todas as suas decisões,
podendo ser visto tanto como o retorno obtido em uma aplicação de capital quanto como o custo
incidente na obtenção dos fundos.

Como podemos identificar essas duas situações no caso da J.J. Printing?

A decisão que o gerente geral da empresa tem diante de si envolve as variáveis típicas de uma decisão de
orçamento de capital: aquisição de um novo equipamento, venda do equipamento atual, variação no capital
de giro líquido, imposto de renda e depreciação. Busca-se identificar a taxa de retorno prometida por esse
investimento. O julgamento de mérito da proposta será feito pela confrontação dessa taxa estimada de
retorno com o custo de capital da empresa, sendo esse último, a média ponderada dos custos das fontes
utilizadas pela empresa.

É certo que o gerente geral da J.J. Printing e a equipe designada para realizar o estudo da proposta de
investimento terão que se valer dos conceitos de valor presente líquido (VPL) e taxa interna de
retorno (TIR).

Esses dois conceitos sempre levam à mesma decisão de aprovar ou rejeitar projetos?

O VPL pode ser definido como a diferença monetária – positiva ou negativa – entre o valor presente
das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa, descontados à taxa de custo de capital
da empresa. Havendo uma diferença positiva, os projetos em análise são lucrativos e, portanto,
aceitáveis. Por ser uma avaliação baseada em valor monetário, precisa-se saber a taxa de retorno
oferecida pelo investimento.

Para calcular a taxa de retorno, recorre-se à TIR, que é a taxa de desconto que torna o VPL do
investimento igual a zero. Investimentos com TIR superior ao custo de capital são aceitáveis.

Na maioria dos casos, essas duas técnicas geram a mesma orientação, apesar de algumas exceções.

Prova:

Questão 1:

Um empréstimo de R$ 100.000,00 foi contratado por uma empresa de prestação de serviços à taxa
nominal de 30% ao ano, com capitalização semestral.

Considerando juros simples, a taxa anual efetiva para essa operação é de:

22,25%.
32%.
32,25%.
35,25%.

Questão 2:

Um empreendedor está projetando investir em uma franquia de chocolates em um futuro próximo. Se


tivesse o capital necessário hoje, realizaria um investimento inicial de R$ 100.000,00. No entanto,
como não detém esse capital, a sua estratégia será a seguinte: realizar aportes mensais de R$
5.000,00 em um fundo de investimentos que dará um retorno de 1,5% ao mês.

Considerando os dados apresentados, é correto afirmar que o empreendedor terá o capital necessário
para o investimento em:

18 meses.
21 meses.
24 meses.
26 meses.

O cálculo da TIR é necessário em inúmeras operações, sendo amplamente praticado. No entanto, é


comum surgirem alguns problemas quando da sua interpretação. Para evitar tais problemas, podemos
recorrer a uma adaptação do método, transformando a TIR na TIR modificada ou MIRR (modified
internal rate of return).

A opção que apresenta um fluxo de caixa em que a MIRR seria aplicável é:

FCo = -100.000; FC1 = 20.000; FC2 = 45.000; FC3 = 20.000; FC4 = 50.000.
FCo = -100.000; FC1 = 30.000; FC2 = 45.000; FC3 = -20.000; FC4 = 50.000.
FCo = 100.000; FC1 = -20.000; FC2 = -45.000; FC3 = -20.000; FC4 = -50.000.
FCo = 100.000; FC1 = -30.000; FC2 = -45.000; FC3 = -20.000; FC4 = -50.000.

A taxa interna de retorno (TIR) é uma ferramentas financeiras utilizadas para a avaliação de projetos.

Por meio da TIR é possível obter:

a taxa de juros nominal de um empréstimo.


o valor presente líquido de um fluxo de caixa.
o percentual de custo de um empréstimo e o retorno de um investimento.
o retorno do investimento, mas não o percentual de custo de um empréstimo.

Normalmente, estimamos o fluxo de caixa para um horizonte que seja previsível (10 anos) e, daí em
diante, adotamos a premissa de que esse fluxo terá uma anuidade infinita, igual ao valor do fluxo de
caixa do décimo ano.

Para encontrarmos o valor presente da empresa, no entanto, precisamos descontar o fluxo de caixa do
período explícito de projeção e, também, o valor da perpetuidade.

A opção que apresenta o cálculo correto para obtermos o valor presente da perpetuidade (PV
perpetuidade) é:

PV perpetuidade = PMT x i.
PV perpetuidade = PMT / juros
PV perpetuidade = montante – juros.
PV perpetuidade = anuidade / taxa de juros
Um administrador financeiro levantou um empréstimo bancário no valor de R$ 500.000,00. Esse
empréstimo poderá ser pago em três parcelas mensais, como disposto a seguir:

 R$ 120.000,00;
 R$ 200.000,00 e
 R$ 230.000,00.

Comando

Por meio da análise dos dados apresentados, é correto afirmar que o custo mensal dessa operação de
empréstimo será de:

0,445%.
2,45%.
4,45%.
7,45%.

O gestor financeiro de uma empresa de produtos natalinos apresentará à diretoria o fluxo de caixa
futuro projetado para o lançamento de um novo produto. De janeiro a setembro, não existem vendas
projetadas para o produto. Em outubro, o fluxo de caixa projetado é de R$ 40.000,00; em novembro,
é de R$ 60.000,00; em dezembro, de 50.000,00. O custo médio de capital para o projeto é de 2% ao
mês. O investimento necessário para o lançamento do produto é de R$ 100.000,00.

Considerando os dados apresentados, é correto afirmar que o valor presente desse projeto é de:

R$ 100.000,00, o que torna o projeto inviável, com zero de lucro.


R$ 120.490,00, o que torna o projeto viável, com um lucro de R$ 20.490,00.
R$ 125.000,00, o que torna o projeto viável, com um lucro de R$ 25.000,00.
R$ 50.000,00, o que torna o projeto inviável, com um prejuízo de R$ 50.000,00.

O governo tem um papel de destaque na formação das taxas de juros do mercado.

Entre as opções a seguir, aquela que NÃO corresponde a uma ação do Governo responsável por
impactar as taxas de juros é:

fixar a taxa básica de juros (Selic).


comprar e vender títulos públicos.
regulamentar o funcionamento das instituições financeiras.
praticar a desoneração tributária para alguns setores da economia.

Uma obra de arte foi adquirida por R$ 500.000,00 e, um ano depois, foi revendida por R$
600.000,00. Nesse mesmo período, de acordo com um dos índices de preços usuais, a inflação foi de
10%.
Levando em conta os dados apresentados, o ganho aparente ou nominal dessa operação foi de:

R$ 50.000,00.
R$ 90.000,00.
R$ 100.000,00.
R$ 110.000,00.

As taxas de juros podem ser de tipos diversos.

Considerando os diferentes tipos de taxa de juros existentes, é INCORRETO afirmar que:

em juros compostos, a taxa periódica pode ser encontrada por meio da taxa proporcional ao
prazo.
quando há inflação, a taxa efetiva não expressa o verdadeiro rendimento ou custo de uma operação.
a taxa nominal representa a taxa de juros contratada ou declarada em uma operação financeira.
as taxas equivalentes a juros compostos são as que geram montantes idênticos quando aplicadas
sobre um mesmo capital, durante um mesmo prazo.

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