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Entenda a disputa entre Israel e o Irã em

meio ao conflito na Síria


"E ouvireis de guerras e de rumores de
guerras;..." Mateus 24:6
10 de maio de 2018.

Israel afirma ter atacado com mísseis nesta quinta-feira quase todas as instalações
militares do Irã na Síria em resposta a um suposto ataque de mísseis iranianos que
atingiram suas bases militares nas colinas de Golã.

Israel acusa a Guarda Revolucionária (força de elite do Irã) na Síria de ter lançado 20
foguetes contra suas bases militares na quarta-feira e diz ter reagido, menos de 24 horas
depois, atacando depósitos de armas, bases logísticas e centro de inteligências do Irã em
território sírio.

O Irã, que enviou soldados para apoiar o presidente sírio Bashar al-Assad e é
considerado um dos principais aliados das forças governamentais, ainda não se
posicionou oficialmente.

A mídia estatal síria informou que a força aérea do país impediu uma "agressão
israelense" em território sírio derrubando dezenas de mísseis. Mas uma fonte militar
disse à Sana, a agência estatal de notícias da Síria, que alguns mísseis israelenses
atingiram vários batalhões de defesa aérea, radares e um depósito de munição.
O governo de Israel já vinha ameaçando parar o "entrincheiramento militar" do Irã,
considerado seu arqui-inimigo, na Síria. Acredita-se que nos últimos meses os
israelenses tenham realizado várias ações militares contra instalações iranianas, entre
eles o ataque de mísseis contra uma base aérea iraniana na Síria em abril que matou sete
membros da Guarda Revolucionária.

Desde então, era esperada uma retaliação do Irã ou de seus aliados na Síria contra tropas
israelenses.

O que aconteceu nas Colinas de Golã?


Israel ocupou a maior parte das Colinas de Golã durante a Guerra dos Seis Dias, em
1967, e depois as anexou a seu território, em uma ação tida como ilegal pela
comunidade internacional.

As Forças de Defesa de Israel (IDF na sigla inglesa) disseram que 20 foguetes foram
lançados pelo braço da Guarda Revolucionária que opera na Síria, a Força Quds, contra
suas posições de vanguarda em Golã na manhã desta quinta-feira.

Um porta-voz do IDF, coronel Jonathan Conricus, disse que quatro foguetes foram
interceptados pelo sistema de defesa aérea israelense. Não houve feridos ou danos.
Conricus disse que o ataque teria sido ordenado pelo general Qassem Soleimani,
comandante da Força Quds.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, organização não governamental de


monitoramento sediado no Reino Unido, registrou que "vários foguetes" foram
disparados da província de Quneitra e de uma região a sudoeste de Damasco em direção
a Golã, mas não apontou o responsável pelo ataque.

Um membro do alto escalão da aliança militar liderada pelo Irã que apoia o governo da
Síria disse à agência AFP que as forças israelenses atacaram primeiro.

Como foi a resposta de Israel


Um comunicado da Forças de Defesa de Israel (IDF) disse que jatos militares atingiram
"dezenas de alvos militares" do Irã na Síria.

Entre estes, estariam:

 O IDF disse ter alvejado vários sistemas militares de defesa antiaérea sírios após
estes terem disparado contra jatos israelenses apesar de serem alertados.
 Mais tarde, na manhã desta quinta-feira, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor
Lieberman, fez um alerta ao Irã durante uma coletiva. "Se chover em Israel, vai
despejar no Irã", disse ele.
 Mas Lieberman também disse esperar que este não seja o começo de um grande
confronto. "Espero que tenhamos terminado este capítulo e todos tenham
recebido a mensagem", disse o ministro.
 Lieberman enfatizou ainda que, embora Israel não tenha "interesse em escalar" a
disputa com o Irã na Síria, é preciso "estar preparado para qualquer cenário".
"Estamos diante de uma nova realidade em que o Irã está atacando Israel
diretamente e tentando prejudicar a soberania e os territórios de Israel",
acrescentou.
 Os confrontos de quinta vieram um dia após um ataque israelense na cidade de
Kiswah, que, segundo a agência Sana, teria como alvo um depósito de armas
iraniano e matado 15 combatentes pró-governo, entre eles oito Guardas
Revolucionários.
 Disputa geopolítica

Por trás do confronto entre Irã e Israel na Síria, há disputas religiosas e geopolíticas.

O Irã, repetidamente, tem pedido o fim da existência do Estado judeu.

O Irã tem intensificado sua presença militar na Síria, algo que Israel considera uma
ameaça direta. O país é um dos maiores aliados da Síria e enviou centenas de soldados
para apoiar o governo. Acredita-se que o Irã atue como consultor militar para os sírios.

Além das tropas oficiais, milhares de milicianos armados, treinados e financiados pelo
Irã - principalmente do movimento libanês Hezbollah, mas também do Iraque,
Afeganistão e Iêmen - também estão lutando ao lado do Exército sírio.

Israel, por sua vez, prometeu impedir que o Irã se fortaleça na região e supostamente
tem atacado ativos e bases iranianos. O primeiro-ministro israelense, Binyamin
Netanyahu, alertou que seu país poderia entrar em guerra com o Irã "o quanto antes"
para impedir que este ataque Israel.

Netanyahu também pressionou o presidente dos EUA, Donald Trump, para abandonar o
acordo nuclear com o Irã, costurado durante a gestão de Barack Obama - o que Trump
fez nesta semana.

Na semana passada, Netanyahu disse ter provas de que o Irã quebrou o acordo e mentiu
sobre programa nuclear.

Ele também esteve em Moscou esta semana para conversas com o presidente russo,
Vladimir Putin, sobre Síria e Irã.

Fonte: BBC

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