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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

MBA GESTÃO EM SAÚDE

PERGUNTA DISSERTATIVA – D3 - POLÍTICAS DE SAÚDE E O SUS

LUCIMARA MARLI GANZELLA SILVA

RIBEIRÃO PRETO
2018
Entende-se por protocolos o desenvolvimento de sistemas para auxiliar
os profissionais da área da saúde nos direcionamentos de condutas para tomada
de decisões podendo ser de baixa, média ou alta complexidade, exigindo
modelos clínicos originários de evidência científica que são adotados na
construção dos protocolos e embasamentos teóricos para que possam ser
aplicados pela equipe médica na assistência de pacientes.

A importância de protocolos é a operacionalização dos serviços,


oferecendo promoção aos princípios da equidade e integralidade, podendo ser
por meio do controle de fluxo da demanda por assistência à saúde em todas as
unidades prestadoras do serviço.

Com o uso dos protocolos assistenciais, deve-se destacar alguns itens de


fundamental importância na adoção desse, são eles:

1- Capacitação dos profissionais da saúde

2- Orientador de boas práticas nos diferentes níveis de atenção

3- Adequação de uso das tecnologias, assim como para avaliação e


incorporação de novas estratégias

4- Solicitação correta de exames e na indicação correta de terapias


específicas

5- Adequar a estruturação dos fluxos de referência e contra referência entre


os níveis de atenção

6- Adequada implantação e funcionamento das centrais de consulta,


internação e exames

7- Disponibilizar atenção à saúde de forma ágil e adequada às necessidades


do usurário

8- Adequar a oferta de serviços de saúde segundo a demanda que mais se


aproximam às necessidades reais em saúde

9- Aumento da qualidade nos serviços realizados podendo servir para


avaliação desses, gerando melhoria no atendimento
São necessárias operações de mudanças na promoção do cuidado a partir
da rede básica, secundária, da atenção à urgência bem como na hospitalar, de
forma que sejam integralizados todos os recursos disponíveis no sistema de
saúde, para a garantia do direcionamento do fluxo terapêutico do usuário para
que haja acesso seguro às tecnologias necessárias para o restabelecimento de
sua autonomia.

Para otimização desses protocolos, necessário se faz que exista


reformulação periódica dos mesmos, uma vez que são dinâmicos, estando,
portanto, sempre em mudanças e adequando-se conforme a necessidade da
realidade de cada região, contando com a possibilidade da participação dos
atores dessa realidade que são a potência do “saber e fazer” dentro desse
contexto.

É fundamental ter conhecimento da capacidade da estrutura para que se


consiga organizar a demanda, evidenciando-se mais uma vez a importância da
utilização dos protocolos, evitando dessa forma, solicitações equivocadas por
parte da classe médica ou dos atores envolvidos nesse processo. Sendo assim,
os protocolos funcionam como um sistema de drenagem, filtrando estabelecendo
prioridades de acordo com a demanda e as especificações regidas nos
protocolos formulados.

Dessa forma, fica evidente a importância da construção coletiva desses


protocolos, para que se tenha uma conduta baseada em evidências clínicas,
proporcionando comunhão entre a teoria e prática dos municípios. A
informatização desses protocolos direciona, cada vez mais, as condutas
médicas a se enquadrarem nesse sistema de protocolos.

O maior objetivo dessa ação estratégica é a diminuição do tempo de espera


para o atendimento especializado, garantindo assim, o acompanhamento tanto
da Atenção Básica como a Especializada, qualificando e proporcionando
resolutividade do cuidado.

No princípio as ações para a implantação do SUS, foram coordenadas pelo


Ministério da Saúde e da Educação, uma vez que as universidades estavam
despreparadas para o novo desafio que era a formação de profissionais
empregando os diversos serviços assistenciais que o SUS oferecia.
Somente nos últimos anos os Ministérios da Saúde e Educação traçam juntos
diretrizes na formação curricular das instituições de nível superior voltadas para
a saúde.

É certo que as lacunas de conhecimento e as deficiências identificadas na


trajetória serviram de motivação para a elaboração desses protocolos clínicos.

A inovação tecnológica e sua incorporação à prática assistencial, não podem


se submeter às pressões corporativas, industriais ou mercantis, mas sim
subordinar-se aos interesses de saúde pública e bem comum da sociedade.

Diante desse quadro o desafio para os atores desse contexto, sejam


governo, setor privado, profissionais ou consumidores, está em identificar as
reais necessidades e realidades para então incorporá-las.

Portanto, a implantação desses protocolos norteia uma assistência


médica e farmacêutica com qualidade de modo à auxiliar os gestores de saúde
nas três esferas de governo, instrumentalizando o apoio em tomadas de
decisões.

A estruturação de um protocolo de acesso se dá de forma sistematizada para


que exista um melhor aproveitamento do mesmo, segue abaixo a linha que
compõe a formação básica de um protocolo:

1- Linhas de cuidado – Responsáveis pela assistência contínua, composta


por ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação

2- Consulta - Definição utilizada pelas unidades

3- Motivos de encaminhamento - baseando na própria doença, com


hipótese diagnóstica seguido de exames complementares, porém não
obrigatórios e exame físico do paciente. Visando a otimização do
processo e a qualificação do encaminhamento é que se sugere os exames
complementares.

4- Prioridade da Regulação – Definida entre profissionais, tendo como


parâmetros a história da doença atual
5- Critério de Regulação - Tem como objeto norteador a prioridade da
regulação baseando-se na prioridade da mesma. Há uma tabela à qual
existe uma classificação para guiar e padronizar essa prioridade.

6- Contra referência – A avaliação da contra referência é realizada pelo


profissional médico ficando a seu critério.

A descentralização e autonomia dos municípios é um grande avanço para


o Sistema Único de Saúde. Em muitos deles a estrutura vem se consolidando
à medida que se alcança um processo de gestão, no qual a implantação de
protocolo tem sido fator contribuinte para o progresso dessa esfera
organizacional.

Em grande parte dos municípios, o processo de adoção desses protocolos


não há discussão sobre a implantação dos mesmos, ou quando há ela é feita
de forma superficial, não sendo de clara, participativa e democrática. É
possível que essa conduta esteja relacionada à forma como gestores e
trabalhadores estão realizando suas atividades corriqueiras.

No geral os protocolos disponíveis na literatura, apresentam apenas o


componente clínico sem considerar que o paciente pode estar em diferentes
pontos da rede e com densidades tecnológicas distintas. A proposta de
implantação dos protocolos de regulação visa sistematizar as ações clínicas
e de regulação, bem como validar com a participação dos profissionais da AB
e CR, para garantia de equidade e integralidade ao paciente.

Existem municípios que os gestores não se posicionam e delegam aos


profissionais as responsabilidades de ações na saúde, não existindo
intervenções no trabalho nem tampouco um momento para avaliação dos
protocolos. Sendo assim o desenvolvimento do serviço é feito de forma
corriqueira, sem a devida e reflexão crítica das ações que estão envolvidas.

Há gestores que tomam para si a responsabilidade de definição dos


protocolos e apenas comunicam a sua implantação, ocasionando
acomodação dos profissionais e/ou desestímulo dos mesmos.

Em ambas situações, a falta de entendimento e problematização dos


processos não permitem que os protocolos tenham significado dentro da
rotina, pois raramente se reflete sobre eles. Não raro, nem gestor e nem
trabalhador, se preocupam com essa ferramenta importante que são os
protocolos para utilizarem na rotina de seus trabalhos. Sendo imprescindível
o treinamento, informação e contextualização sobre o porquê da implantação
do protocolo, para que essa ação tenha uma efetividade a faça sentido para
os profissionais que irão atuar junto dela, não sendo apenas a reprodução de
mais uma política de saúde.

Por vezes os protocolos são demandados por gestores ou profissionais


de saúde, a partir dos problemas vivenciados na rotina do trabalho, noutras
podem ser especificações da Política do SUS.

É importante que exista uma padronização dos protocolos, pois a


ausência deles revela uma fragilidade na gestão, levando a variáveis nos
modos de ação. Para equacionar essas demandas dentro do processo de
implantação de protocolos, requer nova conduta, compromisso e
responsabilização de gestores e profissionais, no sentido da construção de
um processo de trabalho diferente implementado pela equipe. Superar esses
desafios é preciso, pois não se pode ignorar as tensões vivenciadas
juntamente com os conflitos decorrentes de inserções em relação as
decisões gerenciais.

O emprego de instrumentos norteadores de condutas, como diretrizes,


linhas guia, linhas de cuidado e protocolos ajudam gestores a nortearem e
padronizarem suas condutas. No caso dos protocolos, é importante que se
tenha conhecimento, em profundidade, do problema a ser enfrentado
trazendo sentido àquela ação.

Em relação à abrangência e adequação dos protocolos, esses não


respondem a todas as questões e nem sempre representam uma alternativa
única para o enfrentamento de situações que estão fora do protocolo
sugerido, precisando haver nesse momento um conhecimento profundo do
gestor para a tomada de decisão mais coerente para o caso. Porém, nas
situações em que são adequados, tendem a respondes de forma satisfatória,
trazendo segurança aos profissionais, podendo ocorrer um risco de ele (o
protocolo) se torne o “único caminho” ou a “única solução” e fiquem
deficientes de avaliações periódicas para seu aperfeiçoamento.

Assim sendo, é necessário que os gestores estejam atentos e que exista


um movimento de acompanhamento constante, avaliando a efetividade
desse instrumento, bem como as relações produzidas nesse processo.
Embora essa ação não substitua o planejamento, espera-se no emprego
dessa ferramenta, uma melhor interação entre gestores e trabalhadores, e
que em relação aos usuários seja capaz de proporcionar melhor
conhecimento do padrão cultural e sus demandas.

Finalmente, dependendo de como é feito o processo de discussão,


adoção e implantação dos protocolos, é possível afirmar que essa ação
melhora o desempenho e postura individual e coletiva, aumentando a
capacidade crítica dos profissionais, gerando um trabalho capaz de produzir
mais saúde.

Referências Bibliográficas

BRAGA BARROS FERREIRA, Janise et al. O complexo regulador da assistência à saúde na


perspectiva de seus sujeitos operadores. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v.
14, n. 33, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de acesso


ambulatorial: consultas especializadas - Hospitais Federais no Rio de Janeiro.
Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

DOS SANTOS, Jose Manuel Lopes. Protocolos Clínicos e de Regulação. Elsevier Brasil,
2012.

WERNECK, Marcos Azeredo Furquim; FARIA, Horácio Pereira de; CAMPOS, Kátia Ferreira
Costa. Protocolos de cuidado à saúde e de organização do serviço. Belo Horizonte:
Coopmed, 2009.

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