Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
RESPIRATÓRIO
2. Quanto ao RITMO:
- Ciclo respiratório NORMAL:
Inspiração => expiração => pausa
1
- Respiração de Kussmaul - a respiração é lenta e profunda, denunciando
grave intoxicação do centro respiratório. As 3 fases da respiração estão
aumentadas:
3. Respiração Discordante:
Normal - a inspiração alarga diâmetros do tórax e o diafragma desloca-se
caudalmente comprimindo as vísceras abdominais => dilatação do
abdómen.
Patológico - o diafragma deixa de ser activo deixa-se “aspirar” para dentro
do tórax durante a inspiração, levando a uma diminuição do diâmetro
abdominal. (Ocorre: em alterações dos nervos frénicos; em lesões do diafragma; em
derrames pleurais).
4. Quanto à FREQUÊNCIA
- Taquipneia / polipneia - respiração rápida e superficial
- Hiperpneia - respiração rápida e profunda
- Bradipneia - respiração lenta, sem alteração da amplitude
- Apneia - ausência de respiração
5. Quanto ao MODO
- Eupneia - respiração fácil e inconsciente
- Dispneia - respiração forçada e consciente e que cause desconforto
evidente ao animal
2
- Inspiratória - típica de patologia das vias aéreas superiores
onde há um impedimento à entrada do ar (ex: estenose das
narinas; parálise laríngea; edema da glote/laringe; colapso da
traqueia).
Causas:
- Hipóxia ambiental - por falta de O2, em ambientes rarefeitos ou
quando a tensão de O2 é demasiado baixa para oxigenar o
sangue.
3
- Hipóxia por insuficiência respiratória - o défice de O2 é devido a
uma ventilação imperfeita de natureza obstrutiva ou restritiva.
4
Manifestações Clínicas de Doença Nasal
Tipo serosa
Mucopurulenta / purulenta (tabela)
Aproximação diagnóstica
HISTÓRIA COMPLETA
AGUDO - C.E.; infecções víricas ⇒ sintomas agudos de espirros
CRÓNICO - infecções micóticas/neoplasia ⇒ sintomatologia prolongada;
condição corporal afectada
5
aspecto causa
Serosa claro; aquoso normal ?; inf. víricas; início de
desc. Mucopurulenta
EXAME FÍSICO
Descarga UNI ou BILATERAL
Testar permeabilidade das narinas (teste da lâmina fria)
Exame completo da cabeça
- deformações dos ossos faciais / exoftalmia - massas/tumores
- cavidade oral / dentes - fístulas de abcessos dentários
- fundo de olho - descolamento da retina - hipertensão sistémica
Pesquisa de petéquias/hemorragias nas mucosas, pele, fundo do olho, fezes
ou urina - desordem sistémica.
6
DIAGNÓSTICO
− Hemograma completo
− Plaquetas
− Provas de coagulação (PT e APTT)
− Títulos de Ehrlichia
− Medição da pressão arterial
− Citologias nasais (gatos) - pode permitir identificar Cryptococcus
− Títulos séricos para fungos - Aspergillus em cães
- Cryptococcus em cães e gatos
− Radiografias das cavidades nasais
− Rinoscopia e biópsia
− T.A.C.
Espirros
CAUSAS
Agudos - C.E. nasais ou vírus das vias resp. superiores (felinos)
Todas as causas das descargas nasais
HISTÓRIA
Possibilidade de exposição a C.E. - andar a abrir buracos ou enterrar coisas
Contacto com animais infectados - vírus da rinotraqueíte infecciosa felina
EXAME FÍSICO
História de espirros agudos associada a descarga nasal
mucopurulenta unilateral - sugere C.E. inalado
7
DIAGNÓSTICO
TESTES DIAGNÓSTICOS
# Hematologia (imunodepressão)
# Bioquímica sérica
# Provas de coagulação (epistaxis)
# Teste FIV / FeLV - (gatos)
# Radiografias nasais
• sob anestesia - para evitar movimento e facilitar posicionamento
• pelo menos 4 exposições - lateral; ventrodorsal; intra-oral e seios
frontais
8
Mais precisa na avaliação da extensão caudal de neoplasias sendo
assim possível avaliar qual a possibilidade de remoção cirúrgica
completa.
# Rinoscopia
• endoscópios rígidos ou flexíveis
• otoscópio
− Permite visualização:
− cavidade nasal e ossos turbinados
− retirada de C.E.
− lise dos ossos turbinados
− inflamação da mucosa
− placas fúngicas (Aspergillus)
− massas
Imagens de rinoscopias
Massa
Figura 1:
Imagem de hifas de Aspergillus
obtida de uma biópsia nasal
9
# Visualização da nasofaringe
- com espelho de dentista + pen light + gancho de castração.
- com endoscópio em retroflexão.
# Biópsias/citologias nasais
⇒ citologia com cotonete
⇒ “flush” nasal
- é necessário anestesia
- um cateter é colocado na nasofaringe com a ponta dirigida
rostralmente
- o paciente é colocado em decúbito esternal e o focinho é
dirigido para o solo ⇒ injectar S.F. e colher para um
recipiente
⇒ citologia nasal traumática
# Culturas nasais
São difíceis de interpretar porque bactérias e fungos isolados não
necessariamente são os agentes causadores da sintomatologia.
10
• exercício (por vezes só audível após exercício)
• temperaturas ambientais extremas
SINAIS CLÍNICOS
Estridor - é um som que se repete sempre na mesma amplitude e
frequência; varia de acordo com a localização.
CAUSAS
(dificuldade respiratória inspiratória)
• Obstrução extratorácica
§ Faringe/laringe
Parálise laríngea
Laringite granulomatosa
Alongamento do palato mole
Pólipos nasofaríngeos
Neoplasia
C.E.
Abcessos, massas extrafaríngeos
§ Traqueia
Hipoplasia (traqueia de diâmetro reduzido, por má formação congénita)
Corpos Estranhos.
Estricturas (após cirurgia)
Colapso severo
Granulomas, neoplasias
11
• Patologias intratorácicas (extrapulmonares)
Efusão pleural
Pneumotórax
Neoplasias intratorácicas
DIAGNÓSTICO
Cordas
vocais
12
HISTÓRIA
Sinais associados ao tracto respiratório inferior:
- Intolerância ao exercício
- Dificuldades respiratórias (dispneia)
- Cianose
- Síncope
Sinais não específicos
- Febre
- Anorexia
- Perda de peso
- Depressão
Tosse
13
Hemoptise - é a libertação de sangue através da tosse, com origem nos brônquios
ou pulmões (ex: neoplasias; tuberculose; problemas de coagulação).
HISTÓRIA
# Não produtiva ou seca (“tosse de ganso”)
normalmente com origem na traqueia ou brônquios
surge em episódios
pode originar esgar
CAUSAS
# Tosse não produtiva
.inflamações
14
.infecções (“Tosse do canil”)
.compressões traqueia/brônquios (massas; dilatação cardíaca - átrio esq. +++)
.patologias pulmonares intersticiais (infiltrados eosinofílicos,
granulomatose linfomatóide, neoplasias)
# Tosse produtiva
.inflamatória
.infecciosas (bactérias; vírus e fungos)
.insuficiência cardíaca (edema pulmonar)
A.E.
Figura 3:Radiografia de tórax de um cão com uma marcada dilatação do átrio esquerdo (A.E. -
linha a tracejado), por endocardiose, que provoca compressão dos brônquios principais (setas)
levando ao aparecimento de tosse.
15
Dispneia
DIAGNÓSTICO
HISTÓRIA
Aparecimento súbito
Agravamento por algum factor (exercício por ex.) ou por calor ou excitação
(no caso da síndrome das vias aéreas dos braquicéfalos)
EXAME FÍSICO
exame do fundo de olho (dçs. sistémicas - micoses sistémicas)
exame cardiovascular (pode ser a causa de tosse)
16
auscultação cardio-pulmonar
⇒ sibilos/crepitações
⇒ sopros
⇒ diminuição dos ruídos respiratórios de um ou ambos os
lados do tórax pode ocorrer em
- efusões pleurais
- pneumotórax
- hérnias diafragmáticas
- massas
# RADIOGRAFIAS
Cervicais - vias aéreas superiores
Tórax - vias aéreas inferiores
Mínimo 2 exposições - lateral dir./V.D.
No pico da inspiração
Traqueia
Animais com colapso de traqueia podem revelar o colapso
- na inspiração colapso traqueia cervical
- na expiração colapso traqueia torácica
Pulmões
Avaliar padrões
- vascular
- bronquial
- alveolar
- intersticial
17
# ANGIOGRAFIAS
Administração de um contraste i.v. para diagnóstico, p.ex. de um
tromboembolismo pulmonar
# EXAMES COPROLÓGICOS
Exames a fresco
Flutuação
Técnica de Baermann
# LAVAGENS TRAQUEAIS
Transtraqueal
Endotraqueal
Amostras do tracto respiratório obtidas por uma destas técnicas devem ser
rapidamente processadas (dentro de 30’) visto as cél.s serem muito frágeis.
O material recolhido deve ser enviado para:
- citologia
- cultura e isolamento do agente e antibiograma
18
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE LAVAGENS TRAQUEAIS
Patologia Células
Normal cél.s epiteliais respiratórias
alguns macrófagos (s/ sinais de activação)
algumas outras cél.s inflamatórias
Infecções bacterianas aumento de neutrófilos
(antes de A.B. - degenerados + bactérias)
Respostas inflamatórias neutrófilos são do tipo não degenerados (em alguns gatos
agudas com bronquite aguda)
# BRONCOSCOPIA
- Avaliação das vias aéreas superiores para
. obstruções estruturais (colapso; massas; estricturas; C.E.;
torção de um lóbo; bronquiectasia; compressões ext.)
. inflamação da mucosa
. hemorragia
- Colheita de biópsias
19
- Realização de lavagens broncoalveolares
cultura
citologia
Imagens de traqueobronscoscopia
20
• venoso
#ELECTROCARDIOGRAFIA
Para diagnóstico de arritmias que possam produzir sinais de insuf. cardíaca
#ECOCARDIOGRAFIA
Para diagnóstico de patologias cardíacas que possam causar:
- compressão das vias aéreas inferiores (ex.: endocardiose)
- acúmulo de fluído no parênquima pulmonar (edema pulmonar) ou
no espaço pleural, por insuficiência cardíaca (ex.: endocardiose;
cardiomiopatia dilatada; patologias cardíacas congénitas; efusão pericárdica)
21
• fluído - EFUSÃO PLEURAL
• ar - PNEUMOTÓRAX
MUITO IMPORTANTE:
O líquido pode acumular-se na cavidade torácica (bem como em qualquer outra
cavidade, como o abdómen, o saco pericárdico ou ainda no próprio parênquima
pulmonar) pelos seguintes 4 mecanismos genéricos:
Diminuição da pressão oncótica (por perda do poder oncótico
das proteínas plasmáticas/albumina) que pode ocorrer por:
Perda renal (por patol. renais, como glomerulonefrites, p.ex.)
Não produção hepática (por patol. hepáticas, como cirrose)
Perda para o tubo digestivo por patologias deste aparelho
Hipertensão vascular - por patologias cardiovasculares, como a
insuficiência cardíaca ou hipertensão arterial
Obstrução ao fluxo linfático
Aumento da permeabilidade vascular
SINAIS
Resultam de interferência com a expansão do pulmão. Assim surgem
dificuldades respiratórias caracterizadas por:
- prolongamento da fase inspiratória
- expiração curta e sem esforço
- inspiração acompanhada por componente abdominal marcada
EXAME FÍSICO
À auscultação os ruídos respiratórios podem estar diminuídos
Pode detectar-se pulso jugular, ritmos de galope ou sopros.
No caso da presença de líquido no espaço pleural, a percussão do tórax
pode revelar claramente uma linha de separação entre a porção mais dorsal
22
contendo ar (som mais claro) e a porção mais ventral contendo líquido (som mais
maciço).
23
. eventual cultura/antibiograma (se séptico)
# Transudado
- baixo conteúdo proteico (< 2,5 a 3 g/dl)
- baixas contagens de células nucleadas (< 500 - 1000/µl)
- o principal tipo de cél.s são mononucleares (macrófagos,
linfócitos; cél.s mesoteliais)
# Transudado modificado
com o tempo o líquido torna-se modificado com:
- ligeiro aumento do conteúdo proteico (3,5 g/dl)
- ligeiro aumento de cél.s nucleadas (5000/µl)
- ligeiro aumento de neutrófilos
24
− neoplasia
− hérnia diafragmática (trauma)
# Exsudados
- grande concentração de proteínas (> 3 g/dl)
- grande número de células nucleadas (> 5000/µl)
- o tipo de células difere se é séptico/não séptico
• Sépticos
- possuem grandes contagens de cél.s nucleadas
- predominam neutrófilos degenerados
- frequentemente observam-se bactérias no interior de neutrófilos e
macrófagos bem como extracelularmente.
25
o feridas penetrantes na cavidade torácica, no esófago,
ou nas vias aéreas (C.E., praganas aspiradas);
o extensão de uma pneumonia bacteriana
# Quilo
Apresenta-se com um aspecto leitoso, túrbido, devido à presença de
quilomicrons provenientes da absorção intestinal.
- possui moderadas concentrações de proteína (>2,5 g/dl)
- o nº de cél.s nucleadas é baixo a moderado (400 a 10 000/µl)
- no início predominam os linfócitos com poucos neutrófilos
presentes
- com o tempo aumenta o nº de neutrófilos não degenerados e
diminui o nº de linfócitos, os macrófagos também aumentam de nº
O quilo pode resultar de fugas a partir do conducto torácico que podem ser:
- idiopáticas
- congénitas (galgo Afgão)
26
- secundárias
- trauma (cirúrgico; acidente rodoviário)
- neoplasia (linfoma mediastínico, timoma - gatos)
- cardiomiopatia
- dirofilariose
# Pneumotórax
É o acúmulo de ar no espaço pleural secundário a
- ruptura do pulmão ou vias respiratórias
- perfuração do tórax
As causa poderão ser:
. trauma
. lesões cavitárias ou quísticas do pulmão
. neoplasias
. abcessos
27
COMPLEMENTARES (para distúrbios da cavidade pleural)
.Hemograma (causas sépticas - piotórax; avaliar anemia - hemotórax)
.Plaquetas (diminuição das contagens)
.Provas de coagulação (tempo de protrombina - PT; tempo parcial de tromboplastina
activada - APTT)
.Bioquímica sérica (diminuição da concentração de proteínas plasmáticas e/ou
albumina - por patologia renal ou hepática ou por perda para o lúmen do aparelho
digestivo)
.Radiografias - permite constatar presença de derrame/pneumotórax/massas
.Ecografia - diferencia fluído de massa
.Electrocardiografia (para diagnóstico de arritmias que possam produzir derrame
pleural por insuf. cardíaca)
.Ecocardiografia (para diagnóstico de patologias cardíacas que possam causar
acúmulo de fluído no espaço pleural, por insuficiência cardíaca - ex.: endocardiose;
cardiomiopatia dilatada; patologias cardíacas congénitas; efusão pericárdica)
MASSAS MEDIASTÍNICAS
28
DIAGNÓSTICO
- Radiografias
- Citologia aspirativa da massa ou eventual derrame presente
- Teste FIV/FeLV (a massa torácica mais comum em gatos é o linfoma
mediastínico que ocorre frequentemente em gatos FeLV positivos - é
um vírus oncogénico)
29