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Universidade Federal do Triângulo Mineiro

João Henrique Pain dos Santos

Adsorção do azul de metileno em casca de arroz utilizando sistema em


batelada.

Uberaba
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2017
JOÃO HENRIQUE PAIN DOS SANTOS

Adsorção do azul de metileno utilizando casca de arroz como agente


adsorvente.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade Federal do
Triângulo Mineiro como requisito parcial
para graduação do Curso Engenharia
Química
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Bacci da
Silva

Uberaba
3

2017
JOÃO HENRIQUE PAIN DOS SANTOS

Adsorção do azul de metileno utilizando casca de arroz como agente


adsorvente.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade Federal do
Triângulo Mineiro como requisito parcial
para graduação do Curso Engenharia
Química.

Uberaba, ___ de __________ de 2017.

Banca Examinadora:

____________________________________________________
Prof. Dr. Marcelo Bacci da Silva - UFTM

____________________________________________________
Profª. Drª. Priscila Pereira Silva - UFTM

____________________________________________________
Profª. Drª. Maria Inês Martins - UFTM
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RESUMO

O aumento da população mundial condiciona as indústrias a aumentarem sua


produção. Em consequência, surgem diversos problemas ambientais, dentre eles a
poluição por corantes. O uso de biomassa como a casca de arroz (CA), material
adsorvente, surge como uma alternativa promissora para o tratamento dos efluentes
industriais. Os corantes quando presentes em níveis elevados podem ocasionar
danos ao meio ambiente e à saúde humana. Entre os diversos corantes utilizados
destaca-se o azul de metileno (AM), proposto nesse trabalho, que avalia a capacidade
de adsorção do AM em diferentes condições usando a CA como material adsorvente.
O uso de biomassa como adsorvente para remoção de corante apresenta custos
inferiores quando comparados aos adsorventes comerciais, mantendo relativa
eficiência. O teor de AM foi determinado por espectrofotometria de UV-visível
(664nm). Testes de adsorção foram realizados em batelada, sob agitação constante,
variando concentração, pH e quantidade de biomassa, cujo planejamento
experimental objetivou o ponto ótimo do processo. Os resultados mostraram que a
biomassa é a variável que mais interferiu no processo de adsorção, e também que há
potencial de utilização da CA para a remoção do (AM) em soluções aquosas, sendo
possível haver uma melhoria da condição de operação do sistema.

Palavras chave: Adsorção, biomassa, azul de metileno e casca de arroz.


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ABSTRACT

The increase of the world population affects industries to increase production.


Consequently, emerge several environmental problems, among them the dyes
pollution. The use of biomass such as rice husk (RH), the adsorbent material appears
as a promising alternative for the treatment of industrial effluents. Dyes in high levels
can cause damage to the environment and human health. Among the various colors
used highlight the methylene blue (MB), proposed in this work, which assesses the MB
adsorption capacity under different conditions using RH as adsorbent material. The
use of biomass as adsorbents for removal of dye has lower costs compared with
commercial adsorbents, maintaining relative efficiency. The quantity of MB was
determined by UV-visible spectrophotometry (664nm). The adsorption tests were
performed in batch, under constant agitation and varying concentration, pH and
amount of biomass whose experimental planning aimed at the optimal point of the
process. The results showed: the biomass is variable that most interfere in the
adsorption process, the RH potential for removing (MB) in aqueous solutions and
improving system operating condition.

Keywords: Adsorption, biomass, Methylene blue and rice husk.


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Azul de metileno (A) fórmula espacial, sem o Cl- ; (B) fórmula
estrutural............................................................................................................13
Figura 2 – Partes constituintes do grão de arroz..............................................14
Figura 3 – Finalidades para a Casca de arroz..................................................15
Figura 4 – Planejamento de composição central para 3 fatores com ∝=
(2k )0,25...............................................................................................................19
Figura 5 – Casca de arroz seca (A) antes e (B) após a moagem e
peneiramento.....................................................................................................21
Figura 6 – Aparato experimental para o processo de adsorção AM pela
CA......................................................................................................................25
Figura 7 – Curva de calibração do AM: absorbância versus concentração......27
Figura 8 – Cinética de adsorção para experimentos de 1 a 9, variando a
concentração inicial do corante AM, o pH e a quantidade de Biomassa...........28
Figura 9 – Cinética de adsorção para experimentos de 10 a 17, variando a
concentração inicial do corante AM, o pH e a quantidade de Biomassa...........29
Figura 10 – Azul de metileno adsorvido pela biomassa....................................30
Figura 11 – Solução com azul de metileno (A) antes e (B) após 240 minutos do
processo de adsorção........................................................................................30
Figura 12 – Cinética de adsorção para experimentos 6 e 10, variando a quantidade
de Biomassa em 0,100 gramas..........................................................................31
Figura 13 – Cinética de adsorção para experimentos 10 e 17, variando o pH de
pouco ácido 6 para neutro 7...............................................................................31
Figura 14 – Cinética de adsorção para experimentos 10, 11 e 12, variando a
concentração inicial de azul de metileno nos valores de 80, 125 e 200 mg/L...32
Figura 15 – Gráfico de Pareto do processo de adsorção do AM na CA...........35
Figura 16 – Superfície de resposta em função do pH e concentração.............36
Figura 17 – Superfície de resposta em função da biomassa e concentração..37
Figura 18 – Superfície de resposta em função do pH e biomassa...................38
Figura 19 – Dados de equilíbrio do sistema de adsorção do experimento 16..39
7

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Diferenças entre a adsorção física e química ................................17


Tabela 2 – Valores dos fatores atribuídos ao planejamento de composto
central................................................................................................................22
Tabela 3 – Matriz de níveis codificados do Planejamento de composto
central................................................................................................................23
Tabela 4 – Matriz do planejamento de composto central para os
experimentos.....................................................................................................24
Tabela 5 – Matriz do PCC com os valores de respostas e suas respectivas
eficiências..........................................................................................................33
Tabela 6 – Efeitos reais, desvio padrão do PCC e coeficiente de regressão
relacionados aos valores de eficiência obtidos em cada experimento..............34
Tabela 7 – Parâmetros para os modelos de Langmouir e Freundlich..............39
8

NOMENCLATURA

AM azul de metileno
CA casca de arroz
PCC Planejamento de composto central
L linear
Q quadrática
min minutos
X1 concentração
X2 pH
X3 biomassa
dm decímetros
mL mililitros
nm nanômetros
g gramas
t toneladas
(L) linear
(Q) quadrática
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 REVISÃO TEÓRICA .............................................................................................. 11

2.1 CORANTES, O AZUL DE METILENO ................................................................ 11

2.2 A CASCA DE ARROZ COMO MATERIAL ADSORVENTE................................. 13

2.3 ESTUDO DO PROCESSO DE ADSORÇÃO ...................................................... 15

2.4 O PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL ............................................................... 18

3 METODOLOGIA..................................................................................................... 20

3.1 PREPARAÇÃO DA BIOMASSA ADSORVENTE ................................................ 20

3.2 PREPARAÇÃO DO CONTAMINANTE ............................................................... 21

3.3 ELABORAÇÃO DA CURVA DE CALIBRAÇÃO .................................................. 21

3.4 TESTE DO BRANCO .......................................................................................... 22

3.5 O PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL ............................................................... 22

3.6 PREPARO DAS SOLUÇÕES E CALCULO DA EFICIÊNCIA ............................. 24

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................................27

5 CONCLUSÃO.................................................................................................40

6 TRABALHOS FUTUROS................................................................................40
10

1 INTRODUÇÃO

O aumento das atividades industriais devido ao crescimento populacional


ocasionou diversos problemas ambientais, como o aumento da poluição do ar, do solo
e das águas superficiais e subterrâneas. Enfaticamente para esse último tipo, há uma
grande preocupação, não só pelo motivo da sua escassez em algumas regiões, mas
também devido ao processo constante de poluição de um bem de consumo
indispensável à vida.
Os corantes têm por definição a propriedade de se conectarem a superfícies
para conferir assim uma coloração. Geralmente tem em sua composição moléculas
orgânicas complexas tornando-os resistentes a muitas interações, como a da ação
dos detergentes. O seu campo de atuação é amplo onde destaca-se as indústrias
têxtil, de papel, no processamento de alimentos, no curtimento de materiais como
couro, plásticos, borracha, no setor de tintura e impressão e também na área de
cosméticos (MUSTAFA, 2014).
Os processos de tingimento, de acordo com o tipo de corante, os insumos ou
entradas (água, formas de energia e produtos químicos), após o processo de
tingimento, geram poluentes ou saídas (gases, particulados, vapores, efluente líquido,
resíduo sólido, calor, ruído e vibração) (CETESB, 2009).
A produção anual de corantes e pigmentos é estimada em 700 mil toneladas e
o Brasil consome cerca de 2,6% desse valor, ou seja 18,2 mil ton/ano (ZANONI et al.,
2001). A cerca desses valores, um grande problema ambiental é gerado, pois
aproximadamente 20% da carga de corantes é desperdiçada nos resíduos de
tingimento (GUARATINI e ZANONI, 2000).
O corante orgânico catiônico, azul de metileno (AM), é aplicado em estudos de
adsorção, pois sua molécula serve como modelo para os demais corantes, já que as
bandas de absorção de suas diferentes espécies (monômeros, dímeros e espécies
protonadas) aparecem em regiões diferentes do espectro e possuem registros
conhecidos (OLIVEIRA et al., 2013).
A adsorção é muito aplicada na indústria química, química fina, petroquímica,
bioquímica, alimentícia e de biotecnologia. Normalmente, o processo de adsorção é
feito utilizando o carvão ativado como adsorvente, porém esse material tem um alto
custo, o que torna interessante pesquisar alternativas como o uso de biomassa, que
provem de rejeitos de produtos agrícolas e são na maioria das vezes descartadas.
11

Isso geraria uma utilização a esse rejeito, aumentado o valor agregado do produto e
criando uma sinergia ao baratear a adsorção, que já se mostra eficaz e econômica
mesmo com as técnicas atuais (VALCARENGHI et al., 2014).
Através dessa motivação, várias pesquisas surgem em busca por adsorventes
alternativos, que possuam baixo custo e, se possível, que sejam ecologicamente
corretos a fim de fortalecer a química verde. Desta forma, há o interesse no estudo do
emprego da casca de arroz como adsorvente, visto que provem de uma fonte
renovável e é biodegradável. Por conseguinte, o presente trabalho tem como objetivo
estudar a eficiência da adsorção da CA para o tratamento, a fim de minimizar a
concentração destes. Para este fim serão usadas ferramentas estatísticas proveniente
de um planejamento experimental com foco na condição ótima do processo, além de
encontrar-se o melhor modelo para a isoterma de adsorção.

2 REVISÃO TEÓRICA

Os efluentes de diversos tipos de industrias que em sua grande parte contém


corantes, necessitam de alternativas cada vez mais inovadores que promovam a
minimização desde tipo de poluição ambiental. Assim, muitas pesquisas já vêm sendo
realizadas com intuito de avaliar a eficiência das biomassas como material alternativo
para a adsorção de contaminantes distintos. Para o melhor entendimento deste
trabalho faz-se necessário abordar alguns temas apresentados a seguir.

2.1 CORANTES E O AZUL DE METILENO

Segundo a Lei Nacional de Meio Ambiente, lei 6.938/81, a poluição da água é


definida como “qualquer alteração de suas propriedades físicas, químicas ou
biológicas, que possa importar em prejuízo à saúde, à segurança e ao bem-estar das
populações, causar dano a flora e à fauna, ou comprometer o seu uso para fins sociais
e econômicos”.
Entre algumas destas poluições estão a poluição por corante. Os corantes
poluentes do meio ambiente geram grande preocupação, pois são descartados em
grande escala em efluente de diferentes setores industriais, a citar algumas dessa
estão efluentes de indústrias têxteis, alimentícias, gráficas, fotográficas e industrias
de aditivos derivados de petróleo. A elevada presença desse material nos leitos
12

fluviais produz efeitos como: toxicidade, elevação na demanda química de oxigênio,


redução da penetração da luz e consequente redução no processo de a fotossíntese.
Portanto, há uma grande preocupação em desenvolver tratamentos para os efluentes
contaminados com corantes antes de serem descartados no meio ambiente (SILVA et
al., 2014).
Há cerca de 100.000 corantes disponíveis no mercado, que gera uma receita
bilionária anual, com uma produção de aproximadamente 10 milhões de Kg/ano.
Dessa produção, em média 1,5 milhões Kg/ano são descartados, sendo a maioria por
indústrias têxteis, durante o tingimento com a composição de 50% de corantes
reativos (SILVA, 2005).
A classificação do corante pode ser feita através de sua estrutura química
(antraquinona, azoica e etc.) ou de acordo com o método com o qual ele é fixado na
fibra têxtil. Baseado nesse último método, os principais grupos de corantes são:
azóicos, ácidos, branqueadores, cuba, diretos, dispersivos, enxofre e pré-metalizados
(GUARATINI e ZANONI, 2000).
Dentre a grande gama de corantes está o azul de metileno que se destaca
devida a sua vasta aplicabilidade, devido a isto e a outros fatores, foi escolhido como
contaminante para ser analisado neste trabalho. Ele é um corante orgânico
fenotiazínico que foi descoberto no ano de 1876 por Heinrich Caro, reconhecido por
sua característica citológica, propriedades fotoquímicas (inativação de bactérias e
vírus), produção de células fotogalvânicas e por ser um indicador de oxirredução
(SCOTTI et al., 2006). Pertence à classe dos corantes reativos, caracterizados por
apresentarem mais grupamentos –N=N– ligados a sistemas aromáticos em sua
estrutura, o que propicia a eles uma maior estabilidade química (KUNZ et al., 2002).
Sua inalação pode causar dificuldades respiratórias e sua ingestão pode produzir uma
sensação de queimação, náusea, vômito, diarreia e gastrite, e caso for consumido em
doses elevadas, provocam dor no peito, dor de cabeça forte, sudorese excessiva e
confusão mental (GHOSH, 2002). O nome usual advém da substância química
cloridrato de metil tiamina ou cloreto de 3,7-bis-dimetilamino-fenazotionio, cuja
composição química é C16H18N3SCl. Ao dissolver essa substância em água, ocorre
uma dissociação em aníons cloreto e cátions azul de metileno (ALFREDO, 2013). A
sua estrutura molecular está ilustrada na Figura 1, a seguir.
13

Figura 1. Azul de metileno (A) fórmula espacial, sem o 𝑪𝒍− ; (B) fórmula estrutural

(A) (B)
Fonte: SILVA (2005).

A visibilidade em regiões diferentes do espectro das bandas de absorção, em


suas distintas espécies, faz dessa molécula um modelo para os demais corantes e,
portanto, é um ótimo referencial para o estudo desse tipo de contaminação (BRADY
et al., 1996).

2.2 A CASCA DE ARROZ COMO MATERIAL ADSORVENTE

Historicamente o cereal de origem asiática, o arroz (Oryza sativa), foi


introduzido no Brasil pela frota de Pedro Álvares Cabral na época do descobrimento,
porém o primeiro relato de seu cultivo em território nacional ocorreu após 1530, na
antiga capitania de São Vicente. Mais tarde, seu cultivo espalhou-se para outras
regiões do litoral, sempre em pequenas lavouras de subsistência, destacando-se na
região do Nordeste (PEREIRA, 2002).
As partes básicas constituintes do grão de arroz são: cariopse, camada
protetora, a casca. A cariopse é formada por diferentes camadas, o pericarpo é a mais
externa, o tegumento e a camada de aleurona, que na massa do arroz integral tem
representatividade de 5 a 8%. Na camada de aleurona têm-se várias estruturas: os
grãos de aleurona, conhecidos como corpos proteicos, os corpos lipídicos, o embrião
ou gérmen que fica localizado no lado ventral na base do grão e é rico em proteínas
e lipídios, representando de 2 a 3% do arroz integral. O endosperma forma a maior
parte do grão, de 89 a 94% do arroz integral, e consiste de células ricas em grânulos
de amido com alguns corpos proteicos. A casca é composta por duas folhas
modificadas, a pálea e a lema, e corresponde a aproximadamente 20% do peso do
grão (JULIANO & BECHTEL, 1985).
14

Mais da metade da população mundial consome o arroz, o qual faz parte do


cardápio de suas principais refeições, fazendo desse cereal um dos mais produzidos
no mundo. Seu consumo é observado principalmente em países em desenvolvimento,
entre eles o Brasil, desempenhando assim impacto em níveis econômico e social de
grande relevância. No ano de 2004 a produção anual de arroz era de
aproximadamente 606 milhões de toneladas, onde o Brasil contribuiu com uma
parcela de 13.140.900 t (2,17% da produção mundial), o que atribui a ele o título de
único país não asiático entre os 10 maiores produtores de arroz (WALTER et al., 2008
apud FAO, 2006).
A Figura 2 apresenta o grão de arroz e as suas partes constituintes.
Figura 2 – Partes constituintes do grão de arroz.

Fonte: VIEIRA, RABELO, 2006.

Com o advento de uma maior preocupação ambiental, estudos foram feitos


procurando o reaproveitamento da CA. Esse incentivo ambiental, somado a resposta
financeira positiva, estabeleceu para esse antigo rejeito finalidades lucrativas,
evitando o máximo de desperdício. No Brasil, destaca-se como finalidades, a venda
para aviários, a utilização para benefícios da própria empresa, como a geração de
energia, a venda para outras indústrias e por fim o descarte em terrenos (LUZZIETTI,
M., et al. 2014).
15

A Figura 3 ilustra em um gráfico os destinos da casca de arroz baseado em


percentuais.
Figura 3 – Finalidades para a Casca de arroz.

Fonte: LUZZIETTI, M., et al. 2014.

2.3 ESTUDO DO PROCESSO DE ADSORÇÃO

A adsorção é um processo de separação sólido-líquido ou sólido-gás muito


utilizado em tratamento de efluentes, no qual os componentes presentes em baixas
concentrações na fase fluida são transferidos para a superfície do advorbato,
removendo os mesmos da fase através de interações físicas ou químicas (McCABE
et al., 2001).
O mecanismo para que essas separações ocorram é a transferência de massa.
Sendo do tipo sólido-fluido, a característica explorada é a afinidade em que certos
sólidos têm em se concentrar na superfície de determinadas substâncias em solução
líquida ou gasosa. Os sólidos ficam adsorvidos sobre a superfície externa do
adsorvato, a proporção que essa superfície aumenta por unidade de peso de sólido,
mais elevada é a adsorção. Com isso, a maioria dos adsorventes utilizados são sólidos
com superfícies porosas (GOMIDE, 1983).
As aplicações desse processo de separação e onde ela se relaciona são
vastas: purificação de gases de secagem, líquidos, substancias químicas, isômeros e
ar antes da alimentação em sistemas industriais; quando necessário remover
impurezas de meios líquidos e gasoso; recuperação de gases de ventilação e
produtos químicos; tratamento e purificação de água (DABROWSKI, 2001).
16

Durante o fenômeno físico de separação há uma transferência de componentes


do fluido para a superfície do sólido, presando a seletividade, por difusão o AM
desloca-se da fase fluida chegando à interface liquido-sólido, devido à diferença de
pressão entre a superfície do adsorvente CA e a solução. Instantes depois, o soluto
diluído difunde-se através dos micros poros do adsorvente e fica adsorvido nos sítios
ativos. Devido a isso, a eficiência da remoção do soluto relaciona-se com a área
superficial do material com influência do tamanho dos poros que podem ser definidos
como microporos (até 2 nm), mesoporos (2-50 nm) e macroporos (acima de 50 nm).
O adsorvato permanecem ali adsorvidos pela ação de forças químicas como ligações
de hidrogênio, interações dipolo-dipolo e forças de London (BRINQUES, 2005).
O processo de adsorção tem como algumas vantagens sobre outras operações
de separação o baixo consumo energético, sendo desnecessário o uso de outros
componentes para ajudar na separação e a possibilidade de separação de misturas
com azeotropia (SCHEER, 2002). Além disso, segundo Basta al (1994), os estudos
sobre a adsorção têm sido alavancados pela necessidade de um melhor controle
ambiental e mais economia.
Em sinergia com a troca iônica, a interação entre adsorvente e adsorvato tem
influência de fatores como, o tamanho da partícula, a área superficial do adsorvente,
o pH, a temperatura e o tempo de contato. Contudo, para obter altas eficiências, o
adsorvente deve ter longa vida, alta capacidade, boa seletividade e cuja obtenção
provenha de uma combinação de baixo custo e grande oferta. Esse método mostrou-
se mais eficiente quando comparado a outros métodos de separação, por sua
flexibilidade, pelo reuso de água no início do processo e pela facilidade de operação
além de possuir um projeto simples (IMMICH, 2006).
Há diferenças relacionando as forças químicas no fenômeno de adsorção, o
que constata a existência de dois tipos, a adsorção física e a adsorção química A
adsorção química ocorre da ligação química entre o sólido adsorvente e o adsorvato
presente na fase fluida. A ligação ocorre pela troca ou compartilhamento de elétron
com elementos químicos ligados à superfície do material sólido. Esse processo
caracteriza-se como quimissorção, sendo exotérmico ocorrendo somente em
monocamada e é irreversível (ALMEIDA, 2012).
Segundo Ribeiro (2014) a adsorção física, denominada também de fisissorção,
as forças intermoleculares de atração são relativamente fracas, baseadas nas forças
de Van der Walls ou interações eletrostáticas, que unem as moléculas do sólido e a
17

substância adsorvida. A substância a ser adsorvida não penetra dentro da estrutura


do cristal sólido e não se dissolve nele, mas permanece “presa” sobre a superfície.
A Tabela 1 sintetiza as principais diferenças entre a fisissorção e a
quimissorção.

Tabela 1- Diferenças entre a adsorção física e química.


ADSORÇÃO FÍSICA QUIMISSORÇÃO
• Baixo calor de adsorção • Calor de adsorção na ordem de
entalpias de reação

• Não específica • Altamente específica

• Mono ou multicamadas • Somente monocamada


• As moléculas adsorvidas não • Pode ocorrer dissociação das
sofrem dissociação moléculas

• Ocorre a baixas temperaturas • Ocorre a altas temperaturas


• Não precisa de ativação, é • Precisa de ativação pode ser
rápida e reversível irreversível

• Não há transferência de • Há a transferência de elétrons,


elétrons, mas pode ocorrer levando a formação de ligação
polarização do adsorvato química
FONTE: RUTHVEN, 1984.

O processo de adsorção em batelada facilita o estudo da otimização no cálculo


da quantidade de adsorvente necessária e no equilíbrio de adsorção. Para aplicação
industrial, esse método remete a custos de operação inviáveis, além da
implementação ser complexa, sendo assim muitas vezes não se aplica ao tratamento
de efluentes industriais. A remoção de rejeitos industriais resultantes dos processos
para minimização dos impactos ambientais subsequentes, envolve técnicas de
separação (OLIVEIRA, 2009).
18

2.4 O PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL

Para se alcançar as condições ótimas de um processo foram desenvolvidas


técnicas apropriadas, entre elas destaca-se o planejamento experimental. Trata-se de
estudos que abrange uma quantidade considerável de variáveis, fator de extrema
importância, pois torna possível o planejamento e a realização de maneira organizada
da quantidade ótima de experimentos, economizando tempo e recursos financeiros
(LUCENA et al., 2011).
O planejamento experimental também pode ser interpretado como um conjunto
de ensaios estabelecidos baseando-se em critérios científicos e estatísticos, sempre
buscando indicar empiricamente o efeito das distintas variáveis de um sistema sobre
o resultado final (CAMARGO et al., 2009). Sendo assim, seus propósitos e vantagens
podem ser pontuados da seguinte maneira:
• Determinação da influência das variáveis nos resultados;
• Diminuição da influência de variáveis incontroláveis ao manipular as variáveis
influentes;
• Otimização dos resultados variando-se as variáveis influentes;
• Redução do número de ensaios sem prejuízo da qualidade da informação;
• Estudo simultâneo de diversas variáveis, dividindo seus efeitos;
• Agregar mais confiabilidade aos resultados;
• Possibilitar pesquisas em etapas, sob um processo iterativo de acréscimo de
novos ensaios;
• Representação matemática do processo;
• Sintetizar conclusões a partir de resultados qualitativos.
Os princípios de um planejamento de experimentos são a replicação, a
aleatoriedade e a blocagem. O primeiro ressalta o erro experimental, visto que na
coleta dos dados são observadas diferenças que posteriormente implicarão em
estatísticas divergentes, além do que a média de uma amostragem resulta em uma
melhor precisão. A aleatoriedade garante distribuições mais regulares de fatores não
considerados, ou seja, reduz erros que afetam a independência e variabilidade dos
resultados proveniente de fatores críticos não estudados, como a temperatura
ambiente e o lote da matéria prima. Já a blocagem, princípio usado quando a medição
é feita por pessoas diferentes, possui o intuito de aumentar a precisão proveniente de
19

fatores conhecidos, os quais podem ser controlados e avaliados, porém cujo interesse
de estudá-los é nulo (ACTION, 2016).
Para construção de um PCC (Planejamento do composto central) é preciso
arbitrar o número de variáveis a serem estudadas (k), qual planejamento fatorial será
empregado (completo 2𝑘 ou fracionário 2𝑘−𝑏 ) e quantos experimentos serão realizados
no ponto central (2𝑘 ). O valor de α deve ser escolhido de acordo com os limites físicos
de cada variável e após as devidas réplicas no ponto central (nr), objetivando atingir
algumas propriedades do planejamento, como a ortogonalidade e o domínio
experimental (FABRINO, 2008).
A Figura 4 ilustra esse tipo de caso, onde as bolas cinzas são a parte cúbica,
as pretas representam a parte axial e a branca o ponto central.

Figura 4: Planejamento de composição central para 3 fatores com ∝= (2𝑘 )0,25.

Fonte: BARROS NETO et al. (2016).


Logo, o número de experimento (N) em um planejamento composto central é
calculado através da Equação 1:

𝑁 = 2𝑘 + 2𝑘 + 𝑛𝑟 (1)

O planejamento desse tipo é dado como de 1a ordem, mas com precisão


aumentada, pois há inclusão de pontos adicionais, que permitem a estimação dos
parâmetros em uma superfície de 2a ordem. Independentemente da natureza dos
pontos que otimizam a função, as variáveis devem ser controladas no processo e
20

medidas com as menores falhas possíveis, a fim de eliminar os erros sistemáticos que
regridem a confiabilidade dos resultados experimentais (PEREIRA, 2015).
Os experimentos do planejamento composto central são muito populares
dentre os planejamentos de experimentos de segunda ordem. São compostos de um
ponto central, que será executado com réplicas e dará uma estimativa interna do erro
puro e de pontos axiais, que irão determinar os termos quadráticos para permitir a
estimativa do modelo de superfície de resposta de segunda ordem, assim ajustando
um modelo. Ocorre um planejamento para k fatores, denotados por 𝑥1 , 𝑥2 e 𝑥3
(avaliando-se três variáveis), divididas em 3 partes: a primeira parte é o fatorial, com
um total de 𝑛𝑓 pontos, de coordenadas 𝑥𝑖 = ±1, com i = 1, 2, ..., k. A outra parte,
chamada axial, formada por 𝑛𝑎𝑥 = 2𝑘 pontos com todas as coordenadas nulas, exceto
uma que é igual a um certo valor α (ou –α). E por último um total de 𝑛𝑐 ensaios
realizados no ponto central, onde 𝑥1 = 𝑥2 = ⋯ = 𝑥𝑘 = 0, ACTION (2016).

3 METODOLOGIA

O ambiente da prática experimental foi o laboratório de Operações Unitárias da


Universidade Federal do Triangulo Mineiro. O planejamento experimental foi
elaborado a fim de padronizar e direcionar o trabalho para uma melhor conclusão dos
resultados, com posterior comparação. O material adsorvente, biomassa CA tratada,
foi obtido na empresa Arroz do Padre situada no município de Uberaba, o qual foi
adicionado ao material adsorvido, o corante AM, em uma série de experimentos
realizados em reatores batelada.

3.1 PREPARAÇÃO DA BIOMASSA ADSORVENTE

Primeiramente salinizou-se a CA com água corrente por cerca de 60 minutos,


até que a corrente ficou transparente, para a retirada das impurezas. Após isso, o
mesmo foi secado à temperatura ambiente ao longo de uma semana, sendo a
temperatura aproximadamente 25 °C, e posteriormente levado a estufa à 70ºC
durante 24 horas. O material seco foi triturado em um liquidificador e logo depois
peneirado a um faixa de granulometria entre 150 µm < D < 250µm.
21

A Figura 5 apresenta, em ambos os lados o material seco, porém antes e após


os processos de moagem e peneiramento, da esquerda para a direita.

Figura 5 – Casca de arroz seca (A) antes e (B) após a moagem e peneiramento.

(A) (B)
Fonte: Do autor (2016).

3.2 PREPARAÇÃO DO CONTAMINANTE

Inicialmente foi preparada em laboratório a solução do contaminante. Diluiu-se


0,800 g de AM, valor conferido através de uma balança semi-analítica da marca
Shimadzu Modelo 2202, em dois balões volumétrico de 2 L a fim de obter a solução
do estoque do contaminante na concentração de 200 mg L-1. Por fim foram feitas
diluições nas concentrações pré-definidas.

3.3 ELABORAÇÃO DA CURVA DE CALIBRAÇÃO

A construção de uma curva de calibração, a qual mostra a relação entre a


absorbância e a concentração é necessária. Assim foram preparadas seis amostras
cujas concentrações foram 0,5; 1,5; 2,5; 3,5; 4,5 e 5,5 mg L-1. Através do
espectrofotômetro UV_VIS da marca Biospectro, modelo SP-22, foram feitas as
medições no comprimento de onda de 664 nm, onde os dados foram obtidos a fim de
construir um gráfico e consequentemente obter a equação da reta que possibilita o
cálculo da concentração do AM através da absorbância.
22

3.4 TESTE DO BRANCO

A biomassa pode afetar a coloração da solução e proporcionar erros de


medição. Para verificar se há influência da CA, foram feitas leituras adicionando-se
água, no comprimento de onda utilizado para a leitura do AM. Caso haja interferência
deve-se retirar os pontos do teste em branco no mesmo intervalo de tempo do teste
com AM, afim de zerar o equipamento.

3.5 O PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL

Baseado em um planejamento composto central as três variáveis foram


analisadas em cinco níveis codificados como visto na Tabela 2.

Tabela 2 - Valores dos fatores atribuídos ao planejamento de composto central.


Quantidade de
Concentração de
Níveis codificados pH CA (g) em 100
AM (mg L-1)
mL de solução
-α 50 5 0,2
-1 80 6 0,3
0 125 7 0,4
+1 170 8 0,5
+α 200 9 0,6

No planejamento desenvolve-se o número de experimentos (N) gerado pela


Equação 1. Com isso, como o valor de k é igual a 3, o número de pontos fatoriais fica
igual a oito, o número do ponto adicional fica igual a seis e ao considerar três réplicas
provenientes dos pontos centrais (nr = 3). Com isso 17 experimentos são necessários,
sendo esses convertidos em níveis codificados na forma matricial e aleatória, como
visto na Tabela 3, a seguir.
23

Tabela 3 - Matriz de níveis codificados do planejamento de composto central.


Quantidade de
Concentração de
Experimentos pH CA (g) em 100
AM (mg L-1)
mL de solução
1 +1 +1 -1
2 0 +1 -1
3 -1 -1 -1
4 +1,682 0 -1
5 +1 0 0
6 0 0 0
7 -1 -1,682 0
8 -1,682 +1 0
9 +1 +1 -1,682
10 0 0 +1
11 -1 0 +1
12 +1,682 0 +1
13 +1 -1 +1
14 0 +1,682 -1
15 -1 0 0
16 -1,682 0 +1,682
17 0 -1 +1

Portanto os experimentos a serem realizados devem seguir a Tabela 4.


24

Tabela 4 - Matriz do planejamento de composto central para os experimentos.

Quantidade de
Concentração de
Experimentos pH CA (g) em 100
AM (mg L-1)
mL de solução
1 170 8 0,3
2 125 8 0,3
3 80 6 0,3
4 200 7 0,3
5 170 7 0,4
6 125 7 0,4
7 80 5 0,4
8 50 8 0,4
9 170 8 0,2
10 125 7 0,5
11 80 7 0,5
12 200 7 0,5
13 170 6 0,5
14 125 9 0,3
15 80 7 0,4
16 50 7 0,6
17 125 6 0,5

3.6 PREPARO DAS SOLUÇÕES E CALCULO DA EFICIÊNCIA

Os experimentos foram realizados à temperatura ambiente. Prepararam-se as


amostras para os pH especificados de 5, 6, 7, 8 e 9 utilizando o ácido HCl e a base
NaOH, de acordo com cada experimento. Para as amostras neutras não foi feito nada
pois a solução estoque foi preparada com água destilada.
Para cada amostra variou-se a massa do adsorvente, que foi pesada com de
um béquer tarado na balança semi-analítica para atingir os valores de 0,2; 0,3; 0,4;
0,5 e 0,6 g para cada 100 mL de solução aquosa de AM.
25

Os testes foram feitos utilizando diferentes concentrações para o AM, e para


isso diluiu-se a solução estoque para atingir as concentrações de 50, 80, 125, 170 e
200 mg L-1 nas respectivas quantidades de 200, 400, 500, 400 e 200 ml.
Com o intuito de avaliar a CA como adsorvente na remoção do corante AM em
soluções aquosas, realizou-se os dezessete experimentos de acordo com a Tabela 3
a fim de obter as melhores condições. Como o material não afeta a leitura, preparou-
se as amostrar de 100 ml nas concentrações e massa definidas para cada
experimento e adicionou-se as mesmas em reator de vidro de volume 2,036 dm³ com
agitação, a fim de manter a solução homogênea, como visto na Figura 6.

Figura 6 – Aparato experimental para o processo de adsorção AM pela CA.

Fonte: Do autor (2016).

Ao adicionar a biomassa disparou-se o cronômetro e, com ajuda de uma


seringa, foi retirada uma alíquota do material nos tempos de 4, 8, 12, 16, 20, 30, 40,
50, 60, 70, 90, 110, 130, 150, 170, 200, 230, 260 e 290 min. Após, filtraram-se as
amostras com um polímero de poliéster, o SEFAR PET de 120 fios, para remover o
adsorvente retido na alíquota e, com o auxílio de uma pipeta, retiraram-se 2 mL da
solução filtrada, transferindo para frascos a fim de obter uma diluição na concentração
em que seja possível a leitura.
Por fim avaliou-se a eficiência da remoção de corante da amostra. Com o
espectrofotômetro UV-visível, no comprimento de onda de 664 nm, mediu-se a
absorbância no mesmo intervalo de tempo da retirada da amostra após filtra-la. Em
26

seguida, a absorbância foi convertida em concentração de azul de metileno através


da curva de calibração e, com esses valores, calculou-se a eficiência para cada
experimento através da Equação 2.

Co−Cf
𝜀= (2)
Co
O cálculo da quantidade de corante adsorvida em cada um dos experimentos,
ao atingir o equilíbrio, foi feito utilizando a Equação 3 abaixo.

V.(Co −Cf )
qeq = (3)
ms
mg
Onde: Co é a concentração inicial de corante ( );
L
mg
Cf é a concentração final de corante ( );
L
V é o volume da solução retirada para medição em litros;
ms é a massa seca de adsorvente em gramas;
Os ajustes dos dados de equilíbrio experimentais foram feitos através do
modelo de isoterma de Langmuir (Equação 4) e Freundlich (Equação 5), dispostas a
seguir.

b.qmax .Ceq
qL = (4)
1+b.Ceq

m
qF = k. Ceq (5)
mg
Onde: 𝑞𝐿 e 𝑞𝐹 é a massa de soluto adsorvido sobre massa de adsorvente ( );
g

b um parâmetro (conhecido como “constante de adsorção de Langmuir”;


mg
Ceq a concentração de equilíbrio do soluto na fase fluida ( );
L
mg adsorvato
qmax a constante que representa a monocamada ( ), ou
g adsorvente

seja, a máxima adsorção possível;


k e m são constantes que dependem de vários fatores experimentais e
se relacionam com a distribuição dos sítios ativos e a capacidade de
adsorção;
27

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como resultado inicial plotou-se a curva de calibração para posteriores


determinações da concentração do AM, conforme a Figura 7.

Figura 7 – Curva de calibração do AM: absorbância versus concentração.


1,2

0,992
1
0,835
ABSORBÂNCIA

0,8
0,641
0,6
0,432
0,4
0,257 y = 0,1844x - 0,0119
R² = 0,9985
0,2 0,09

0
0 1 2 3 4 5 6
CONCENTRAÇÃO (mg/L)

Fonte: Do autor (2016)

A equação da reta para esta curva de calibração ficou armazenada como


Equação 6.

𝐴𝐵𝑆 = 0,1844×𝐶 + 0,0199 (6)

Nesse procedimento constatou-se que os valores da absorbância, nas


concentrações de AM definidas, eram superiores à faixa de leitura do
espectrofotômetro. Isso reafirmou a necessidade de realizar as diluições até uma
região onde se tem uma maior precisão e confiabilidade dos dados. O coeficiente de
correlação (R²) foi de 0,9985, portanto a linearidade entre os dados é satisfatória e a
Equação 6 é bem aceita, garantindo que os cálculos das concentrações nas
posteriores leituras sejam confiáveis.
28

Na análise da interferência da biomassa CA nas leituras do espectrofotômetro


observou-se que, durante os 290 minutos necessários e diante de um bom processo
de lavagem, não há interferência na cor da solução.
O estado estacionário entre as fases líquida e sólida foram ilustrados nos
gráficos das Figuras 8 e 9, elaborados a partir do planejamento da Tabela 4. Ao
analisar essas figuras, foi possível verificar o comportamento do processo de
adsorção com o decorrer do tempo de contato. Nota-se em ambas as figuras que os
espaços vazios do adsorvato ficam ligeiramente esgotados depois de passado cerca
de 80 min, após isso a adsorção é aproximadamente constante.

Figura 8 – Cinética de adsorção para experimentos de 1 a 9, variando a


concentração inicial do corante AM, o pH e a quantidade de Biomassa.

110
100
Concentração AM (mg/L)

90
80 Experimento 1
Experimento 2
70
Experimento 3
60 Experimento 4
50 Experimento 5
Experimento 6
40
Experimento 7
30 Experimento 8
20 Experimento 9
10
0
0 100 200 300 400
Tempo (min)
Fonte: Do Autor (2016).

Nota-se grande semelhança entre as respostas dos experimentos 3 e 7, mesmo


mantendo constante somente a concentração inicial de AM. Isso demonstra que
apesar da biomassa do experimento 7 ser maior o meio ácido (de pH 5) tende a
prejudicar a adsorção. A Figura 9 apresenta a cinética de adsorção para os
experimentos restantes. Nota-se que variar pouco o pH, visto os experimentos 10 e
17, interfere em quase nada a adsorção, e a variação da concentração inicial de
corante em 0,1 é positiva, mesmo que muito pouca, visto a semelhança nos resultados
dos experimentos 11 e 15. Contudo a cinética de adsorção revelou que o equilíbrio é
atingido no tempo de 80 minutos também.
29

Figura 9 – Cinética de adsorção para experimentos de 10 a 17, variando a


concentração inicial do corante AM, o pH e a quantidade de Biomassa.

80

70

60
Concentração AM (mg/L)

Experimento 10
50
Experimento 11

40 Experimento 12
Experimento 13
30 Experimento 14
Experimento 15
20 Experimento 16
Experimento 17
10

0
0 50 100 150 200 250 300 350
Tempo (min)

Fonte: Do Autor (2016).

Em todos os 17 experimentos foi constatado uma queda repentina da


concentração de corante já nos primeiros 20 minutos de contato e mais reduzida
quando passado uma hora. Isso ocorre porque inicialmente há uma grande
quantidade de sítios de adsorção vazios, sítios que são preenchidos pelas moléculas
do corante com o passar do tempo. Além disso, as forças repulsivas das moléculas já
adsorvidas dificultam o processo de adsorção nos sítios restantes. A cinética de
adsorção foi obtida com comportamento plausível teoricamente, sendo que os 290
minutos para o alcance do equilíbrio definidos anteriormente foi superestimado. Os
resultados mostraram que o período de 80 minutos, relativamente curto, já é
suficiente, o que revela a casca de arroz como material eficiente na adsorção desse
poluente.
Para um efeito visual, a Figura 10 mostra a biomassa preenchida pelo corante
e a Figura 11 confirma a eficiência do processo, onde se comparou a solução de azul
de metileno inicial com a solução ao final do processo, a qual já se apresentou
relativamente mais clarificada.
30

Figura 10 – Azul de metileno adsorvido pela biomassa

Fonte: Do Autor (2016).

Figura 11 – Solução com azul de metileno (A) antes e (B) após 240 minutos
do processo de adsorção.

(A) (B)
Fonte: Do Autor (2016).

As Figura 12, 13 e 14 foram elaboradas a fim de analisar o efeito de cada


variável no processo de adsorção.
31

Figura 12 – Cinética de adsorção para experimentos 6 e 10, variando a


quantidade de Biomassa em 0,100 gramas.

Experimento 6 Experimento 10

Concentração AM (mg/L) 60

50

40

30

20

10

0
0 50 100 150 200 250 300 350

Tempo (min)

Fonte: Do Autor (2016).

Nota-se que a influência da biomassa é positiva com o aumento da quantidade


da mesma, o que é de se esperar, pois isso aumenta a superfície de contato e
consequentemente a eficiência da adsorção. Para ambos os resíduos, a velocidade
de remoção foi mais rápida inicialmente em virtude da maior área de superfície
disponível recobrindo toda a superfície externa, seguindo lentamente para a superfície
interna do adsorvente (CARVALHO et al., 2010).

Figura 13 – Cinética de adsorção para experimentos 10 e 17, variando o pH de


pouco ácido 6 para neutro 7.

Experimento 10 Experimento 17
60
Concentração AM (mg/L)

50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Tempo (min)

Fonte: Do Autor (2016).


32

Ao variar o pH da solução pôde-se perceber que a eficiência da adsorção foi


reduzida. Isso pode ser explicado pelo fato do azul de metileno ser uma molécula de
caráter catiônico, desse modo, em pH ácido, uma competição entre os íons H+ em
solução e essas moléculas acontece, o que diminui a eficiência de adsorção nesse
pH (BUENO & CARVALHO, 2007). Em uma pesquisa Chakraborty (2011) identificou
que, para adsorção do Violeta Cristal, corante catiônico, e usando a mesma biomassa,
obteve melhores resultados com um pH alcalino, por causar modificações superficiais.
De acordo com experimentos, a influência do pH alcalino foi muito pequena, assim o
pH =7 foi considerado como ótimo por esse ser o próprio pH da solução.

Figura 14 – Cinética de adsorção para experimentos 10, 11 e 12, variando a


concentração inicial de azul de metileno nos valores de 80, 125 e 200 mg/L.

Experimento 10 Experimento 11 Experimento 12


80
Concentração AM (mg/L)

70
60
50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Tempo (min)

Fonte: Do Autor (2016).

Esse gráfico revelou que o aumento gradativo da concentração aumentou a


eficiência de adsorção. Ao aumentar a concentração inicial de azul de metileno,
haveria mais espécies distribuídas na superfície do adsorvente, o que contribui para
uma maior formação de ligações químicas na superfície. Nota-se também que ao
atingir a saturação, não ocorre mais o processo de adsorção, e o excesso de soluto
pode ter gerado competição (CARVALHO et.al., 2010).
As simulações foram conduzidas com auxílio do aplicativo STATISTICA, de
acordo com cada conjunto de parâmetros fornecidos pelo PCC. Os resultados
experimentais de adsorção para a CA foram armazenados na Tabela 5.
33

Tabela 5 – Matriz do PCC com os valores de respostas e suas respectivas


eficiências.

Concentração.

Concentração.

Biomassa (g)
Experimento

para 100 ml

para 100 ml
AM (mg/L)

AM (mg/L)
Biomassa

Eficiência
solução

solução
pH

pH
1 +1 +1 -1 170 8 0,300 0,696

2 0 +1 -1 125 8 0,300 0,693

3 -1 -1 -1 80 6 0,300 0,666

4 +1,682 0 -1 200 7 0,300 0,729

5 +1 0 0 170 7 0,400 0,779

6 0 0 0 125 7 0,400 0,775

7 -1 -1,682 0 80 5 0,400 0,672

8 -1,682 +1 0 50 8 0,400 0,683

9 +1 +1 -1,682 170 8 0,200 0,657

10 0 0 +1 125 7 0,500 0,790

11 -1 0 +1 80 7 0,500 0,782

12 +1,682 0 +1 200 7 0,500 0,793

13 +1 -1 +1 170 6 0,500 0,786

14 0 +1,682 -1 125 9 0,300 0,688

15 -1 0 0 80 7 0,400 0,773

16 -1,682 0 +1,682 50 7 0,600 0,794

17 0 -1 +1 125 6 0,500 0,783

A análise estatística, simulada com base no planejamento composto central,


facilita o melhor entendimento do efeito das variáveis em questão sobre a resposta. O
coeficiente de relação obtido (R²) foi de 0,93818, valor consideravelmente bom,
garantindo assim que o ajuste no modelo das simulações foi satisfatório. O nível de
significância do teste projetado foi de 5% e, a Tabela 6 a seguir, apresenta o efeito
dos parâmetros significativos sobre a eficiência da adsorção de cada experimento.
34

Tabela 6 – Efeitos reais, desvio padrão do PCC e coeficiente de regressão


relacionados aos valores de eficiência obtidos em cada experimento.
Limite de Limite de
Fator Efeito Desvio p confiança confiança Coeficiente
95 % 95%
Média 0,768 0,010 0,000 0,744 0,793 0,768

Concentração 0,031 0,016 0,096 -0,007 0,069 0,015


mg L-1 (L)
Concentração -0,022 0,016 0,208 -0,059 0,015 -0,011
mg L-1 (Q)

pH (L) 0,007 0,017 0,677 -0,032 0,047 0,004

pH (Q) -0,029 0,016 0,123 -0,067 0,010 -0,014

Biomassa 0,088 0,014 0,000 0,055 0,120 0,044


g (L)
Biomassa -0,016 0,015 0,320 -0,052 0,020 -0,008
g (Q)
Concentração -0,000 0,023 0,998 -0,055 0,055 0,000
e pH
Concentração -0,012 0,014 0,393 -0,045 0,020 -0,006
e Biomassa
pH e -0,002 0,035 0,960 -0,085 0,081 -0,001
Biomassa

Nota-se que as variáveis de efeito linear (L) e as variáveis de efeito quadrático


(Q) podem interferir tanto positivamente quanto negativamente no processo de
adsorção. As variáveis Concentração (L), pH (L) e Biomassa (L) geram efeitos
positivos na resposta, ou seja, quanto maior forem os seus respectivos valores, melhor
será a eficiência do processo. Já as variáveis Concentração (Q), pH (Q), Biomassa
(Q) e as interações Concentração e pH, Concentração e Biomassa, pH e Biomassa
geram efeitos negativos na resposta.
A equação do modelo, que representa a eficiência da adsorção simulada sobre
os dados obtidos experimentalmente, está representada pela Equação 7, formulada
a partir dos coeficientes encontrados na Tabela 6.
35

EF  0,768  0,015 x1  0,011x12  0,004 x2  0,014 x22  0,044 x3  0,008 x32 


(7)
0,012 x1 x3  0,002 x2 x3

Para a visualização dos efeitos das variáveis na resposta utilizou-se também o


gráfico de Pareto, ilustrado na Figura 15, muito utilizado para análises qualitativas e
que ordena as frequências, da maior para a menor relevância.

Figura 15 – Gráfico de Pareto do processo de adsorção do AM na CA.

Fonte: Do Autor (2016).

A variável Biomassa (L), quando comparado às outras variáveis, possui uma


maior influência no processo de adsorção, o que já era previsto pois é nela que se
encontram os sítios de adsorção e quanto maior a quantidade de biomassa mais
eficiente é o processo. Embora as variáveis concentração (L) e pH (L) representem
alguma influência, seus valores para os efeitos são nitidamente mais baixos. Ficou
provado também que as três variáveis têm efeito na resposta, como a literatura indica.
Há também uma reafirmação de que as variáveis restantes têm efeito negativo
no processo, sendo que a concentração (Q), pH (Q) e biomassa (Q) possuem mais
influência nesse quesito, enquanto que as interações concentração e pH,
concentração e biomassa, pH e biomassa apresentam um efeito mais sutil.
36

Como mais uma forma de visualizar o efeito das variáveis na resposta do


processo, plotaram-se gráficos de superfície. O primeiro analisado foi o de eficiência
em função do pH e da concentração, visto na Figura 16.

Figura 16 – Superfície de resposta em função do pH e concentração.

Fonte: Do Autor (2016).

É possível observar que o melhor rendimento em função do pH e concentração


encontra-se na maior concentração inicial de AM associada a um pH neutro. Além
disso, é notável a variação da eficiência ao modificar-se a interação dessas duas
variáveis.
Após isso plotou-se o gráfico de superfície que relaciona a eficiência em função
da biomassa e da concentração, o qual segue na Figura 17.
37

Figura 17 – Superfície de resposta em função da biomassa e concentração.

Fonte: Do Autor (2016).

Nota-se que a melhor eficiência encontrada está localizada na maior


concentração inicial de AM associada com a maior quantidade de biomassa, sendo o
percentual desse valor maior que 80. O oposto a isso ocorre no menor valor dessas
respectivas variáveis. Além disso, com esse gráfico é possível observar a variação da
eficiência ao modificar-se a interação dessas duas variáveis.
Por fim plotou-se o gráfico da superfície que relaciona a eficiência em função
da pH e da biomassa, visto na Figura 18. Nesse gráfico nota-se que a maior eficiência
é intrínseca a maior biomassa associada ao pH neutro. É visível também que,
independente do pH, a eficiência é significativamente alterada pela quantidade de
biomassa utilizada. Obtiveram-se elevadas eficiências para maiores valores de
quantidade de biomassa.
38

Figura 18 – Superfície de resposta em função do pH e biomassa.

Fonte: Do Autor (2016).

Depois de plotados os gráficos de superfície de resposta, observa-se que é


possível obter um ponto ótimo de operação no processo de adsorção estudado. O
maior valor de eficiência foi obtido para altas quantidades de biomassa, com influência
sutil da concentração inicial da solução de AM e pH, o que condiz com a equação
obtida. Portanto o ponto ótimo é o que possui maior biomassa, maior concentração
inicial de azul de metileno e pH neutro.
Após isso fez-se uma análise da isoterma de equilíbrio para o experimento 16,
escolhido por ter o melhor rendimento. A análise para os dois modelos foi considerada
favorável, por apresentar a concavidade para baixo e por ajustar bem aos dados
experimentais. Utilizando o aplicativo SciDAVis plotou-se o gráfico para o modelo de
Langmouir (traço vermelho constante) e Freundlich (traço azul pontilhado), visto na
Figura 19, a seguir.
39

Figura 19 – Dados de equilíbrio do sistema de adsorção do experimento 16.

Fonte: Do Autor (2017).

Tabela 7 – Parâmetros para os modelos de Langmouir e Freundlich.


Langmouir Erro (+/-) Freundlich Erro (+/-)
qmax 0,193 0,002 m 0,369 0,012
b 0,452 0,015 k 0,074 0,001
R² 0,994 R² 0,986
Qui² 0,0000065 Qui² 0,0000153

A análise da tabela 7 revela o modelo de Langmouir como mais adequado para


a temperatura ambiente, visto que os valores das somas dos mínimos quadráticos
(Qui²) apresentou um melhor ajuste para os dados de adsorção de corante-casca de
arroz nas condições estudadas, isto devido ao fato de apresentarem os menores
valores na somatória dos erros entre os dados experimentais e os ajustados pelas
equações 4 e 5. O modelo de Freundlich também forneceu um bom ajuste para o
sistema. Contudo, a essas condições, esse processo de adsorção tem alta
capacidade de remoção de corante.
40

5 CONCLUSÃO

Este trabalho mostrou que a casca de arroz possui boa capacidade em


adsorver o corante azul de metileno nas condições estudadas, cujo planejamento
experimental realizado testou três variáveis determinadas teoricamente, a
concentração inicial do azul de metileno, o pH e quantidade de adsorvente (biomassa).
A análise estatística através do aplicativo Statistica, ilustrada nos resultados
determinou o já previsto, que a biomassa é a variável mais significante do processo.
Observou-se também que a interação entre pH e biomassa tem efeitos
negativos, pois variando o valor do pH, tanto para ácido quanto para básico, fez com
que a eficiência do processo diminuísse. A condição ótima do processo foi a do
experimento 16, com eficiência de 79,4%, sendo os parâmetros: menor concentração
de AM, pH igual a sete e maior biomassa.
O processo proporcionou uma descoloração visível após os experimentos de
adsorção, visto a clarificação da solução com a aderência do corante na biomassa. O
tempo de contato necessário para o estado estacionário foi próximo ao tempo de 80
minutos para todos os dezessete experimentos, sendo que houve queda brusca de
concentração nos 20 minutos iniciais do processo.
Dos modelos de isotermas testados o que gera uma confiabilidade maior, ou
seja, apresentou menores erros acumulativos foi o modelo de Langmouir, apesar do
modelo de Freundlich também ser aceitável.
Contudo, é possível afirmar que a casca de arroz possui grande potencial como
adsorvente alternativo para a remoção do corante azul de metileno em soluções
aquosas.

6 TRABALHOS FUTUROS

Existem alguns fatores que podem ser modificados e itens a serem


aprimorados, observados durante a realização dos experimentos. A fim de melhorias
constantes, algumas sugestões foram pontuadas para trabalhos futuros:

• Realizar o procedimento de lavagem com um tratamento de superfície


utilizando NaOH, pois isso quebraria a ligação covalente que existe entre os
41

componentes lignocelulósicos e removeria gorduras, o que pode aumentar a


eficiência da adsorção;
• Aplicar mais modelos de isotermas de adsorção para aprimorar ainda mais o
ajuste dos dados de equilíbrio dos dados experimentais;
• Avaliar a influência da temperatura na modificação da superfície da casca de
arroz e na adsorção através de métodos como o BET;
• Estudar formas de reaproveitamento/regeneração ou disposição dos sólidos
adsorventes estudados;
• Trabalhar com outras variáveis, tais como temperatura e granulometria, e ver
assim se a eficiência do processo de adsorção é aumentada;

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