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FLEXÃO DE PLACAS

SEMI-ESPESSAS

No estudo de placas semi-espessas, o cisalhamento transvesal não poderá ser


desprezado, ou seja, σ xz e σ yz serão diferentes de zero. Neste caso, obviamente, as
hipóteses de KIRCHHOFF não se aplicam, mas ainda pode-se considerar que:

1) as deflexões da placa são pequenas, comparadas com a espessura da


mesma;
2) a tensão normal transversal σ zz é desprezável;
3) as normais à superfície de referência indeformada da placa não
permanecem normais à superfície de referência deformada permanecendo, no entanto,
retas, e não sofrem variação de comprimento.
A hipótese 3) é obviamente uma aproximação, que pode ser visualizada na figura 1.
Na verdade, a normal à superfície de referência, em conseqüência da ação do cisalhamento,
deve deformar-se de uma forma mais complexa conforme apresentado na figura 2.

z z
θx θy

ux uy

w ∂w ∂w w
∂x u w x y w ∂y
v

z z
x y

Figura 1: Deformação de uma placa de MINDLIN.

Figura 2: Deformação da normal considerando o efeito do cisalhamento.


130 Introdução ao Método dos Elementos Finitos

A hipótese 3) foi introduzida por MINDLIN e REISSNER, de maneiras diversas, sendo por
isso conhecida a placa que a utiliza como placa de MINDLIN ou placa de MINDLIN-
REISSNER. O campo de deslocamentos para a placa de MINDLIN é aproximado por:

u x ( x, y , z ) ≅ u ( x , y ) − z θ x ( x , y ) (1)

u y ( x, y , z ) ≅ v ( x, y ) − z θ y ( x, y ) (2)

u z ( x, y, z ) ≅ w( x, y ) (3)

onde, novamente, u(x,y) e v(x,y) são os deslocamentos axiais, w(x,y) é o deslocamento


transversal e θ x ( x, y ) e θ y ( x, y ) são ângulos relacionados ao montante que a normal
rotacionou.
Considerando as relações deformações-deslocamentos e nela inserindo as relações
(1-3) obtém-se:

∂u ∂θ
ε xx = −z x (4)
∂x ∂x

∂v ∂θ
ε yy = −z y (5)
∂y ∂y

 ∂u ∂v   ∂θ x ∂θ y 
γ xy =  +  − z +  (6)
 ∂ y ∂x   ∂ y ∂x 

∂w
γ xz = − θx (7)
∂x

∂w
γ yz = − θy (8)
∂y

ε zz = 0

que, em termos matriciais, podem ser escritas como

 ∂u   ∂ θ x 
 ∂x   ∂x 
ε xx     
   ∂v   ∂θ y 
ε yy  =   − z  (9)
γ   ∂ y   ∂y 
 xy   ∂v ∂u   ∂θ x ∂θ y 
∂x + ∂ y   ∂ y + ∂x 
   
Cap.5 - Elementos de Flexão de Placas 131

 ∂w 
− θx 
 γ xz   ∂ x 
  =  ∂w . (10)
γ yz   − θy 
 ∂ y 

Quando considera-se as equações tensões-deformações, deve-se relembrar que,


novamente, a tensão normal transversal σ zz é desprezável. Portanto, as equações
constitutivas são

σ xx =
E
(ε xx + νε yy )
1− ν2

σ yy =
E
(νε xx +ε yy )
1− ν2

σ xy = G γ xy (11)

σ xz = G γ xz

σ yz = G γ yz .

Sendo nelas inseridas as equações (4-8), obtém-se:

E  ∂u ∂ v  ∂θ x ∂θ y 
σ xx =  + ν − z  + ν 
1− ν2 ∂x ∂ y  ∂ x ∂y 

E  ∂u ∂v  ∂θ x ∂θ y 
σ yy = ν + − z  ν + 
1 − ν 2  ∂ x ∂ y  ∂ x ∂ y 

 ∂u ∂v  ∂θ x ∂θ y 
σ xy = G  + − z +ν  (12)
∂ y ∂x  ∂ y ∂x 

 ∂w 
σ xz = G − θ x 
 ∂x 
 ∂w 
σ yz = G − θ y 
 ∂y 

que em forma matricial podem ser assim escritas:


132 Introdução ao Método dos Elementos Finitos

σ xx   
1 ν 0  ε xx 
  E  
σ yy  = ν 1 0  ε yy 
σ  1 − ν
2
( )
 1 − ν  
(13)
 xy  0 0  ε xy
 2  

σ xz   γ xz 
  = G  . (14)
σ yz  γ yz 

Uando as definições de tensões resultantes para mesforços de membrana e flexão e,


adicionalmente, para esforços cortantes

h2

Qx = ∫σ
−h 2
xz dz

h2

Qy = ∫σ
−h 2
yz dz

leva às seguintes expressões;

E h  ∂u ∂v 
N xx =  + ν 
2
1− ν  ∂x ∂y 

E h  ∂u ∂v 
N yy = ν + 
1 − ν 2  ∂ x ∂ y 

 ∂u ∂v 
N xy = G h + ν 
 ∂y ∂x 

Eh3  ∂θ x ∂θ y 
M xx = −  +ν 
(
12 1 − ν 2 ) ∂x ∂y 
(15)

Eh3  ∂θ x ∂θ y 
M yy = −  ν + 
(
12 1 − ν 2 )  ∂x ∂y 

G h 3  ∂θ x ∂θ y 
M xy = −  +ν 
12  ∂ y ∂x 

e
Cap.5 - Elementos de Flexão de Placas 133

 ∂w 
Qx = k G h − θ x  (16)
 ∂x 

 ∂w 
Q y = k G h − θ y 
 ∂y 

que, na forma matricial, fornecem

 ∂θ x 
 ν   ∂x 
 M xx  1 0  
  Eh3    ∂θ 
M yy  = − ν 1 0 
y

M  (
12 1 − ν 
2
) 1 − ν  ∂y 
(17)
 xy  0 0 
 2   ∂ θ x + ∂θ y 
 ∂y ∂ x 

 ∂w 
 − θx 
 x
Q  ∂x 
  = k G h ∂ w . (18)
Q y   − θy 
 ∂ y 

O aparecimento do fator k é uma forma de se levar em consideração a real


distribuição de tensões cisalhantes transversais. Note que σ xz e σ yz , de acordo com as
expressões (16), são constantes ao longo da espessura, o que não é correto. Para placas com
secção transversal retangular, o valor de k é 5 6 de acordo MINDLIN e π 2 12 de acordo
com REISSNER.
Considerando as equações de equilíbrio de um corpo deformável, que pode ser uma
placa,

σ ji , j + ρbi = 0 (19)

e integrando as mesmas na direção da espessura, usando as definições (15-16), obtém-se as


equações de equilíbrio em termos das tensões resultantes ou seja,

∂ N xx ∂ N yx
+ + fx = 0
∂x ∂y
∂ N xy ∂ N yy
+ + fy = 0
∂x ∂y
∂Q x ∂Q y
+ +q =0 (20)
∂x ∂y
∂ M xx ∂ M yx
+ − Qx + m x = 0
∂x ∂y
134 Introdução ao Método dos Elementos Finitos

∂ M xy ∂ M yy
+ − Qy + m y = 0 .
∂x ∂y

Como pode-se notar, as equações de membrana estão desacopladas das equações de


flexão/cisalhamento, e constituem um problema de tensões planas, que deve ser resolvido
separadamente. Isto significa que, em placas, o problema de membrana é desacoplado do
problema de flexão, o que possibilita não levá-lo em conta nas equações para o estudo, na
flexão de placas, dos deslocamentos axiais u(x,y) e v(x,y).

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