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Resumo: Lei das Licitações Comentada – por Desconhecido
Assunto:
Autor:
DESCONHECIDO
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1.1. Conceito
A licitação é o antecedente necessário do contrato administrativo. É, nas palavras de
Hely Lopes Meirelles, o procedimento administrativo mediante o qual a Administração
Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. Como
procedimento, desenvolve-se através de uma sucessão ordenada de atos vinculantes
para a Administração e para os licitantes, o que propicia igual oportunidade a todos os
interessados e atua como fator de eficiência e moralidade nos negócios administrativos.
1.3. Sujeitos
Estão obrigadas a licitar as entidades da Administração Pública direta (União, Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios) e as da Administração Pública indireta
(autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações). Também
estão obrigadas a licitar as corporações legislativas (Câmaras de Vereadores,
Assembléias Legislativas, Câmara dos Deputados e Senado Federal), bem como o Poder
Judiciário e os Tribunais de Contas, sempre que precisarem realizar um negócios de seus
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respectivos interesses. A própria Lei 8666/93, em seu artigo 117, submete esses entes,
no que couber, ao regime licitatório por ela instituído. Também estão obrigadas a licitar as
subsidiárias das empresas públicas e das sociedades de economia mista, os fundos
especiais e as entidades controladas indiretamente pela União, Estados-membros, Distrito
Federal e Municípios. Ainda estão obrigadas a licitar as entidades indicadas em leis
especiais, a exemplo das sindicais, conforme prevê o § 6º do artigo 549 da CLT, e o
SEBRAE.
1.4. Objeto
Tudo o que as pessoas obrigadas a licitar puderem obter de mais de um ofertante, ou
que, se por elas oferecido, interessar a mais de um dos administrados, há de ser, pelo
menos em tese, por proposta escolhida em processo licitatório como a mais vantajosa.
Sendo assim, há de se considerar que a relação dos objetos mencionados no artigo 1º do
Estatuto licitatório – obras, serviços (inclusive de publicidade), compras, alienações e
locações – é meramente exemplificativa, pois outros tantos negócios desejados pela
entidade obrigada a licitar também devem ser objeto de licitação, como é o caso do
arrendamento, do empréstimo e da permissão.
São licitáveis unicamente objetos que possam ser fornecidos por mais de uma pessoa,
uma vez que a licitação supõe disputa, concorrência, ao menos potencial, entre
ofertantes. Segue-se que há inviabilidade lógica desse certame, por falta de pressupostos
lógicos, em duas hipóteses:
O objeto da licitação, que se confunde com o objeto do contrato deve ser descrito no
edital ou carta-convite de modo sucinto e claro (art. 40, I). Quando se tratar de compra, o
objeto deve, nos termos do art. 14, ser adequadamente caracterizado e, se se tratar de
obra ou serviço, deve estar calcado em projeto básico aprovado pela autoridade
competente (art. 7º, § 2º, I). Essa descrição sucinta e clara do objeto é condição de
legalidade do edital e, por via de conseqüência, da licitação e do contrato. A descrição só
é dispensável quanto aos objetos padronizados por normas técnicas, para os quais basta
sua indicação oficial, porque nela se compreendem todas as características definidoras
(ex. equipamentos caracterizados pela ABNT).
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A regra vigente é a da divisão do objeto, desde que fisicamente possível e previsto tal
procedimento no edital. É o que ocorre, por exemplo, quando se deseja adquirir vários
objetos (lápis, caderno, caneta). Nesse caso, o edital prevê, e o proponente, em sua
proposta, oferece todos, alguns ou apenas um dos bens licitados. É o que comumente se
chama de licitação por item, em oposição à licitação global. O que não se permite é a
divisão do objeto com a finalidade de realizar várias licitações em modalidade mais
simples, ao invés de se realizar uma única licitação em modalidade mais complexa.
1.5. Finalidade
Duas são as finalidades da licitação. Ela visa proporcionar, em primeiro lugar, às pessoas
a ela submetidas, a obtenção da proposta mais vantajosa (a que melhor atende, em
termos financeiros, aos interesses da entidade licitante), e, em segundo lugar, dar igual
oportunidade aos que desejam contratar com essas pessoas.
Essa dupla finalidade é preocupação que vem desde a Idade Média e leva os Estados
modernos a aprimorarem cada vez mais o procedimento licitatório, hoje sujeito a
determinados princípios, cujo descumprimento descaracteriza o instituto e invalida seu
resultado seletivo.
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Por outro lado, revelando-se falho ou inadequado ao interesse público, o edital ou convite
poderá ser corrigido a qualquer tempo, por meio do procedimento de re-ratificação,
reabrindo-se, por inteiro, o prazo de entrega dos envelopes. O ato que re-ratifica o
instrumento convocatório precisa ser publicado na imprensa oficial, salvo em relação à
carta-convite, que observa outro processo de divulgação oficial.
O princípio da vinculação ao instrumento convocatório está no artigo 41 da Lei nº
8.666/93.
7 – Julgamento objetivo – Impõe-se que o julgamento das propostas se faça com base
no critério indicado no ato convocatório e nos termos específicos das propostas. O
princípio do julgamento objetivo, previsto no artigo 3º da Lei nº 8.666/93, está reafirmado
nos artigos 44 e 45.
Critério objetivo é o que permite saber qual é a proposta vencedora mediante simples
comparação entre elas, quando o tipo de julgamento é o de menor preço. Nas licitações
de melhor técnica e técnica e preço a subjetividade do julgamento da proposta técnica
deve ser eliminada ao máximo com a adoção de fórmulas aritméticas.
Na ausência de critérios, presume-se que a licitação é a de menor preço.
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Note-se que a mesma ressalva não se contém no artigo 175 da Constituição, que, ao
facultar a execução de serviço público por concessão ou permissão, exige que ela se faça
“sempre através de licitação”.
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a) Dação em pagamento
Cabe à Administração demonstrar que a dação de um imóvel em pagamento é mais
vantajosa que a venda do bem.
b) Doação
Segundo a lei, é permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da Administração
Pública, de qualquer esfera de governo. Entretanto, tal restrição foi suspensa,
liminarmente, pelo STF, em ADIN.
Nos termos da lei (art. 17, § 1º), trata-se de doação condicionada, pois, após cessadas as
razões que justificaram a doação, o imóvel deve reverter ao patrimônio da pessoa jurídica
doadora, sendo vedada a sua alienação pelo beneficiário. Essa restrição, igualmente, foi
suspensa pelo STF na mesma ADIN.
Em se tratando de doação com encargo, há necessidade de licitação, a não ser que o
interesse público seja devidamente justificado (§ 4º).
c) Permuta
Permitida a permuta por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do
artigo 24, ou seja, que seja necessário ao atendimento das finalidades precípuas da
Administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua
escolha.
Não pode haver permuta de bem imóvel por bem móvel.
d) Investidura
A investidura ocorre em duas situações (§ 3º):
I– alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou
resultante de obra pública, inaproveitável isoladamente, desde que o valor não
ultrapasse a R$ 40.000,00;
II – alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público,
de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas
hidrelétricas.
a) Doação
Permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua
oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de
alienação.
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b) Permuta
Permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública. Essa
restrição também foi suspensa pelo STF.
Apontam-se impropriedades no rol do artigo 24, uma vez que a hipótese do inciso XV
(restauração de obras de arte e objetos históricos) seria caso de inexigibilidade, enquanto
a do inciso IX (comprometimento da segurança nacional) seria caso de proibição de
licitação.
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A entidade obrigada a licitar não pode, sob pena de fraudar a exigência da licitação, dividir
o seu objeto em duas ou mais partes, para que os respectivos valores se enquadrem nas
condições e limites da dispensabilidade. Está também proibida a dispensa de licitação
quando se tratar de obras e serviços da mesma natureza executados no mesmo local,
desde que possam ser realizados conjunta e concomitantemente, ainda que fossem,
separadamente, em termos de valor, enquadráveis na hipótese de dispensa. Para essas
obras e serviços pode-se realizar uma só licitação ou duas. Na primeira hipótese tem-se
execução conjunta, na segunda diz-se realização concomitante. Mesmo local é o
Município, dado ser essa a única unidade territorial definida objetivamente.
O valor instituído como teto pode ser revisto pelo Poder Executivo federal, nos termos do
artigo 120 da Lei 8.666/93. Estados e Municípios podem fixar limites menores.
b) em razão de situações excepcionais (incisos III, IV, V, VI, VII, IX, XI, XIV e XVII)
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Se a licitação anterior não pôde ser realizada por falta de interessados e uma nova
licitação não puder ser feita sem prejuízo para a Administração, a contratação pode ser
feita sem licitação. Entretanto, a contratação deverá ser feita com observância das
mesmas condições da licitação havida como deserta (ex. prazo de início, de conclusão,
de entrega, condições de execução e de pagamento).
Assim, pode a entidade competente contratar sem licitação sempre que todas as
propostas apresentadas forem desclassificadas por conterem preços excessivos e os
licitantes não apresentarem outras, no prazo de 8 dias úteis. A contratação, nesses casos,
há de ser feita por preços não superiores aos consignados no registro de preços. A falta
de registro de preços impede a dispensa, e a licitação deve ser repetida.
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É dispositivo que prestigia as Forças Armadas, podendo ser aplicado também para as
Polícias Militares estaduais.
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d) em razão da pessoa (incisos VIII, XIII, XVI, XX, XXII, XXIII e XXIV)
Desse modo, a União, por exemplo, necessita de licitação para contratar os serviços de
informática, quando a empresa governamental por ela criada também for prestadora
desses serviços para terceiros, dado que não foi criada especificamente para lhe prestar
dito serviço, mas para prestá-lo a quem por ele se interessar.
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ato de ratificação. Esses atos devem ser praticados nos prazos legais. A partir do
recebimento do processo o agente tem 3 dias para promovê-la, preparar o ato
declaratório da inexigibilidade com a devida justificativa, as condições da contratação, as
sanções cabíveis em caso de descumprimento do contrato e demais cláusulas peculiares
e remeter o expediente à autoridade superior, que, concordando com o arrazoado e as
condições propostas para a contratação, promoverá, em 5 dias, contados do recebimento
do processo, sua ratificação e publicação (art. 26). A publicação será na imprensa oficial.
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3. Contratação de artistas
Profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo,
desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
2.4. Sanção
O §2º do artigo 25 estabelece que, se comprovado superfaturamento nos casos de
dispensa e inexigibilidade, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda
Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável. Para o
agente há ainda a responsabilidade administrativa, e, para ambos, a responsabilidade
criminal (art. 90).
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3. MODALIDADES DE LICITAÇÃO
A Lei nº 8.666/93 prevê cinco modalidades de licitação, no artigo 22: concorrência,
tomada de preços, convite, concurso e leilão. Pela Medida Provisória nº 2.026/2000,
transformada na Lei nº 10.520/2002, foi criado o pregão como nova modalidade de
licitação. No artigo 23 são indicados os critérios de aplicação de uma ou outra dentre as
modalidades de concorrência, tomada de preços e convite.
O grupo composto pela concorrência, pela tomada de preços e pelo convite é o grupo das
modalidades sem finalidade específica, já que qualquer delas pode levar à contratação de
uma obra, um serviço, um fornecimento ou uma alienação. O segundo grupo, formado
pelo concurso e pelo leilão, é o grupo das modalidades com finalidades específicas, pois
somente se prestam: o concurso, para a escolha de trabalho técnico, científico ou
artístico, e o leilão, para alienações. No primeiro grupo, a concorrência é a modalidade
mais solene, enquanto o convite é a menos formal.
Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e,
em qualquer caso, a concorrência. Entretanto, há de ser observado pela Administração o
princípio da economicidade.
A Lei 8.666/93 veda a criação de outras modalidades de licitação. Só a União pode criar
novas modalidades, dado que lhe compete estabelecer as normas gerais.
Esse parágrafo tem que ser combinado com o § 2º do mesmo dispositivo, que admite a
execução parcelada de obras, serviços e compras, mas a cada etapa ou conjunto de
etapas deverá ser realizada licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a
execução do objeto em licitação.
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3.1. Concorrência
a) ampla publicidade
b) universalidade
c) habilitação preliminar
d) julgamento por comissão
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Pode ser realizada nos casos em que couber convite ou tomada de preços.
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Pode ser realizada nos casos em que couber convite. Há, ainda, a possibilidade, prevista
no § 3º, de ser adotada tomada de preços, nas licitações internacionais, desde que o
órgão ou entidade disponha de cadastro internacional de fornecedores e sejam
observados os limites do artigo 23, estabelecidos para essa modalidade de licitação.
Registro cadastral: Deve ser mantido pelos órgãos e entidades que realizem freqüentes
licitações, devendo ser atualizados anualmente (art. 34); é facultada, contudo, a utilização
de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da Administração Pública (art. 34, §
2º), o que abrange a Administração Direta e Indireta da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, inclusive as entidades com personalidade de direito privado sob
controle do poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas (art. 6º, XI).
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3.3. Convite
Convite é a modalidade de licitação entre, no mínimo, três interessados do ramo
pertinente a seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados pela unidade
administrativa, e da qual podem participar também aqueles que, não sendo convidados,
estiverem cadastrados na correspondente especialidade e manifestarem seu interesse
com antecedência de 24 horas da apresentação das propostas (art. 22, § 3º).
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Julgamento: O convite deve ser julgado pela Comissão de Julgamento, mas é admissível
a sua substituição por servidor formalmente designado para esse fim (art. 51, § 1º).
3.4. Concurso
Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou remuneração
aos vencedores (art. 22, § 4º). Nos termos do § 1º do artigo 13, os serviços técnicos
profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a
realização de concurso.
De acordo com o artigo 52, § 2º, em se tratando de projeto, o vencedor deverá autorizar a
Administração a executá-lo quando julgar conveniente. Ademais, o fato de vencer o
concurso não dá ao ganhador o direito de contratar com a Administração a execução do
projeto escolhido.
3.5. Leilão
Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados, independentemente de
habilitação, para:
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A Lei 8.666/93 nada diz sobre semoventes, podendo ser aplicada a mesma regra que se
refere aos bens móveis, já que os semoventes são, em regra, considerados uma espécie
de bem móvel dotado de movimento próprio (como os animais).
Sendo o leilão um ato negocial instantâneo, não se presta às alienações que dependam
de contrato formal. No leilão o bem é apregoado, os lances são verbais, a venda é feita à
vista ou a curto prazo e a entrega se processa de imediato.
3.6. Pregão
O pregão é cabível para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor
estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de
propostas e lances em sessão pública. São considerados bens e serviços comuns, pelo
artigo 1º, § 1º, da Lei nº 10.520/2002, “aqueles cujos padrões de desempenho e
qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificações usuais no mercado”. Também é possível o pregão quando as compras
e serviços comuns forem efetuados pelo sistema de registro de preços (art.11 da Lei nº
10.520/2002).
O § 1º do artigo 22 da Lei nº 10.520/2002 permite que o pregão seja realizado por meio da
utilização de recursos de tecnologia de informação, nos termos de regulamentação
específica. Essa regulamentação foi feita pelo Decreto nº 3.697/2000.
A Medida Provisória nº 2.182/2001 havia instituído o pregão apenas para a União. Essa
restrição estava sendo considerada inconstitucional pela quase totalidade da doutrina que
tratou do assunto tendo em vista que, em se tratando de norma geral, tinha que ter
aplicação para todos os entes federativos.
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4. FASES DA LICITAÇÃO
A licitação possui uma fase interna e uma externa. A interna é destinada a firmar a
intenção da entidade licitante e a obter certas informações necessárias à consolidação da
licitação. A externa é a fase da licitação propriamente dita, destinada a selecionar a
melhor proposta à celebração do ato ou contrato desejado pela Administração.
• a) abertura,
• b) habilitação,
• c) classificação,
• d) julgamento.
Observe-se que uma ou outra dessas fases não existe em todas as modalidades. No
convite e no leilão não há a fase de habilitação e, se exigida no leilão, é muito simples.
Ademais, nem sempre acontecem nessa ordem, pois na tomada de preços a habilitação é
prévia.
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a) habilitação jurídica;
b) qualificação técnica;
c) qualificação econômico-financeira;
d) regularidade fiscal;
e) não empregar menores de 18 anos em trabalho noturno, perigoso ou insalubre, ou
menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos (art. 7º,
XXXIII CF).
Pode ocorrer outra situação: ninguém demonstra interesse. É o que a doutrina chama de
licitação deserta. Nesse caso, havendo prejuízo, a Administração vale-se da faculdade
outorgada pelo inciso V do artigo 24 e contrata com quem se interesse, observados os
termos e as condições da licitação deserta.
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Regularidade fiscal é a qualidade de quem está em situação regular para com o fisco
federal, estadual, distrital e municipal, demonstrada por meio dos documentos arrolados
no art. 29. A lei exige, além de regularidade para com as Fazendas Federal, Estadual e
Municipal, também prova de regularidade com o sistema de Seguridade Social e o FGTS.
Encerrada a fase da habilitação, não pode o licitante habilitado desistir da proposta
apresentada, salvo motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela comissão
de licitação (art. 43, § 6º).
Esse exame é apenas de forma. As propostas formalmente de acordo com o edital são as
classificadas, enquanto as desconformes com o edital são desclassificadas. Portanto, a
classificação é o ato administrativo vinculado mediante o qual a comissão de licitação
acolhe as propostas apresentadas formalmente e nos termos e condições do edital ou
carta-convite. O recurso contra classificação ou desclassificação tem efeito suspensivo
(art. 109, I, b).
Ao fim desse exame têm-se dois conjuntos de propostas. Um em que as propostas são
ajustadas ao edital ou carta-convite e outro em quer as propostas são inexeqüíveis (valor
zero, simbólico, muito abaixo ou muito acima do mercado ou com prazo inadequado para
realização do objeto).
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4.4. Fase do julgamento e ordenação das propostas em razão das vantagens oferecidas
Via de regra, o julgamento ocorre imediatamente após a classificação das propostas, mas
pode ocorrer em outra oportunidade, em sessão reservada. Durante o julgamento, não
são examinados os aspectos formais das propostas, estando já preclusa a fase da
classificação, a menos que ocorra fato superveniente ou que um fato anterior só então
seja conhecido pela comissão.
Para o julgamento não pode ser considerado nada além do que foi permitido pelo
instrumento convocatório. Far-se-á o julgamento consoante o tipo de licitação previsto no
edital:
I– menor preço;
II – melhor técnica;
III – técnica e preço;
IV – maior lance ou oferta.
A licitação de menor preço é aquela em que o fato decisivo é o menor preço, em termos
absolutos, não se cogitando de qualidade, rendimento, produtividade, prazo de entrega,
condições de pagamento ou outro fator.
A licitação de melhor técnica é aquela em que o fato de julgamento é uma das melhores
tecnologias adotadas pelo proponente na execução do objeto, pois deve-se considerar
não só o preço. Só é utilizável para serviços de natureza predominantemente intelectual
(projetos, cálculos, fiscalização, supervisão, gerenciamento, engenharia consultiva) (art.
46). É própria para as licitações em que se quer a tecnologia mais moderna ou que
melhor satisfaça às necessidades da Administração licitante, dentro dos recursos
financeiros destinados para tanto (fixados no edital).
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A licitação do tipo maior lance ou oferta é especialmente adequada para venda de bens,
outorga onerosa de concessões e permissões de uso de bens ou serviços públicos e
locação em que a Administração Pública é a locadora, cuja proposta vencedora é que faz
a maior oferta.
A mesma lei permite outro regime de parcelamento do objeto, nos casos de compra de
bens de natureza divisível. Prescreve o § 7º do art. 23 que, na compra de bens de
natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida
cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas à ampliação da
competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para conservar a economia de
escala.
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5. HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO
Concluída a fase de julgamento, com a ordenação das propostas em ordem crescente
(tipo menor preço) ou decrescente (tipo maior lance) de vantagens, cabe à comissão de
licitação preparar pequeno relatório sobre o procedimento onde conste expressamente
mencionado o vencedor e remeter o processo à autoridade superior para deliberação,
conforma cronologia fixada pelo art. 43, VI da Lei 8666/93, para que a referida autoridade
homologue o procedimento e adjudique o objeto da licitação ao seu vencedor.
Adjudicação é o ato pelo qual a Administração, pela mesma autoridade competente para
homologar, atribui ao vencedor o objeto da licitação.
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6. AUDIÊNCIA PÚBLICA
A Lei 8666/93 obriga, no art. 39, que o processo licitatório seja iniciado com uma
audiência pública sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de
licitações simultâneas ou sucessivas seja superior a 100 vezes o limite previsto no art. 23,
I, a, ou seja, em valores atuais, sempre que seja superior a R$ 150.000.000,00.
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7.1. Revogação
É o desfazimento da licitação acabada por motivos de conveniência e oportunidade
(interesse público) supervenientes, consoante dispõe o art. 49 da Lei 8666/93. Só será
legítima se o motivo, além de superveniente, for devidamente justificado.
O valor da indenização a que faz jus o licitante vencedor é igual ao montante das
despesas efetivamente realizadas e comprovadas para participar da licitação, não
abrangendo vantagens e lucros como se fora efetuado e executado o contrato, já que a
este o vencedor não tem direito. Por outro lado, assiste-lhe o direito de ser plenamente
indenizado se a entidade licitante contratar com outro licitante ou com terceiros, estranhos
ao procedimento. Se a revogação for arbitrária ou imotivada, cumpre-lhe anulá-la e
restaurar seus direitos através de procedimento judicial ou administrativo, celebrando o
contrato com a Administração ou recebendo dela plena indenização.
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O recurso contra a revogação só é garantido ao vencedor, por ser o único com efetivo
interesse na permanência da licitação.
7.2. Anulação
É o desfazimento da licitação acabada por motivo de ilegalidade. Pode ser realizada pela
entidade licitante e pelo Judiciário. O fundamento da invalidação da licitação está no art.
49 da Lei 8666/93.
A ilegalidade capaz de levar à anulação do certame tanto pode estar relacionada com a
legislação competente como com o instrumento convocatório (ex. inobservância dos
critérios de julgamento).
A anulação é ato administrativo vinculado, visto que fundada numa ilegalidade. Exige-se,
portanto, a competente demonstração dos motivos que levaram a entidade a pôr fim ao
procedimento. É ato que incide sobre a licitação concluída, mas não é vedado à entidade
licitante declarar motivadamente a invalidade de qualquer ato ou fase do procedimento
licitatório ainda em curso. Nesta hipótese, não se extingue a licitação.
7.3. Desistência
Há desistência quando a entidade licitante, antes do final da licitação, renuncia ao seu
prosseguimento, interrompe o seu curso. O motivo é qualquer um, desde que de interesse
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público e superveniente. Na desistência, todos os licitantes apanhados por ela têm direito
a indenização.
A desistência da licitação é ato da autoridade que determinou sua abertura. Não cabe,
portanto, à comissão de licitação. Contra esse ato os proponentes não podem se insurgir,
tendo somente direito a uma indenização, cujo montante não pode ultrapassar o valor das
despesas realizadas e comprovadas até o momento da desistência. Entretanto, se a
desistência não for devidamente justificada, contra ela cabe recurso. No caso de
restauração da licitação, os proponentes não ficam obrigados a prosseguir integrando o
certame.
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8. CONTROLE DA LICITAÇÃO
Os controles viabilizam-se pelos recursos administrativos e mediante ações judiciais, sem
prejuízo do controle a cargo do Tribunal de Contas competente. Além disso,
independentemente da interposição dessas medidas, cabe à entidade licitante revogar e
invalidar seus atos (controle interno) sempre que afrontarem o ordenamento jurídico, em
obediência ao princípio da autotutela.
Qualquer desses recursos, quando providos, retroagem nos seus efeitos à data do ato,
decisão ou comportamento recorrido, destruindo daí para a frente todo o processado, de
modo a propiciar sua recomposição nos termos da lei. Se essa recomposição não for
mais possível, o direito do recorrente deve ser resolvido por perdas e danos. Se o recurso
não for provido, em tese, não cabe, no âmbito interno da entidade licitante, outra medida.
Só perante o Judiciário, se não prescrito o direito, o ato, a decisão ou o comportamento
ilegal pode ser novamente combatido.
Os recursos devem ser interpostos nos prazos fixados, sob pena de decadência.
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Cabe ao Tribunal de Contas solicitar cópia dos editais de licitação e outros documentos
dos órgãos ou entidades sob sua jurisdição, que terão o prazo de lei ou o que lhes for
fixado, sob pena de responsabilização.
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9. SANÇÕES PENAIS
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