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Turma e Ano: Flex B (2013)

Matéria / Aula: Processo Civil / Aula 11

Professor: Edward Carlyle

Conteúdo: - Agravo Retido: Conceito, Prazo, Forma. - Agravo de Instrumento: Conceito. Requisitos.
Preparo. Art. 526 CPC.

- AGRAVO -

Agravo é gênero, do qual várias espécies podem ser identificadas. Há na


doutrina uma certa divergência sobre as espécies de agravo: agravo retido, agravo
de instrumento, agravo interno, agravo regimental e agravo (art. 544 do CPC).

Obs: Há quem diferencie - agravo regimental # agravo interno (embora sejam


tratados como sinônimos na prática dos tribunais):

Agravo regimental - decisões monocráticas com natureza de decisão


interlocutória no âmbito do 2º grau.

Agravo Interno - decisões monocráticas com natureza de decisão final no


âmbito do 2º grau.

Agravo  Decisões Interlocutórias

Segundo o art. 162, §2º do CPC, decisão interlocutória "é o ato do juiz que no
curso do processo resolve questão incidente". No entanto, a decisão interlocutória é
um pouco mais que isso: ato do juiz que sem colocar termo ao processo resolve
questão incidente ou causa gravame a alguma das partes.

Devemos tomar cuidado, pois embora em regra a decisão interlocutória


resolva questão incidente, por vezes ela poderá causar gravame a uma das partes,
sendo tal decisão sujeita a agravo.
O recurso de agravo também será cabível diante dos despachos
teratológicos. Em regra, os despachos são irrecorríveis, tendo em vista não
possuírem caráter decisório (art. 504 do CPP). Porém, os despachos teratológicos,
apesar de não possuírem conteúdo decisório, causam gravame a uma das partes,
sendo passível de agravo. Nestes casos, deverá ser interposto o agravo de
instrumento.

Há quem sustente, dentre eles Nelson Nery Jr., que quando o despacho
causar gravame às partes, ele adquire a natureza de decisão interlocutória, razão
pela qual é passível de agravo. Em contrapartida, há quem defenda, dentre outros
Barbosa Moreira, que o despacho não adquire a natureza de decisão interlocutória,
mas a existência do gravame viabiliza a interposição do agravo.

- AGRAVO RETIDO -

(Arts. 522 e 523 CPC)

Agravo Retido  Prazo: 10 dias

Exceções: Agravo de Instrumento

 Lesão grave e de difícil reparação

 Inadmissão da apelação

 Efeitos em que a apelação é recebida

Agravo Retido é o recurso cabível contra decisões interlocutórias


proferidas no 1º grau de jurisdição, mas que por imposição da lei ou vontade
do agravante, o seu conhecimento e julgamento fica diferido para um momento
posterior, qual seja, quando do conhecimento e julgamento de eventual
apelação interposta contra a sentença que será proferida nesse processo.

O agravo retido, embora seja dirigido ao tribunal de 2º grau, ele é interposto


perante o juízo de 1º grau, ficando retido nos autos para posterior julgamento. Após
a prolação da sentença, em sede de apelação, nas razões ou contrarrazões, é
obrigatória a reiteração do pedido de julgamento do agravo retido
anteriormente interposto, pois caso contrário o agravo estará prejudicado (art.
523, §1º CPC). Portanto, o agravo retido é interposto no curso do processo, ficando
sobrestado até que haja reiteração do pedido de julgamento do agravo retido nas
razões ou contrarrazões da apelação.

No nosso ordenamento jurídico, o agravo retido é a regra, possuindo como


exceções as hipóteses de cabimento do agravo de instrumento.

O agravo retido é interposto no 1º grau de jurisdição porque todo agravo


possui o chamado efeito regressivo (inerente a todas as espécies de agravo), que
possibilita ao prolator da sentença o exercício de um juízo de retratação. Caso
o juiz se retrate, a parte contrária também poderá agravar (art. 523, §2º CPC),
podendo ocorrer uma nova retratação do juízo.

Para que isso não ocorra (retratação da retratação), o juiz deverá abrir vista
ao agravado pelo prazo de 10 dias para contrarrazões ou contraminuta do agravo e,
com base nas alegações do agravante e do agravado, exercer o juízo de retratação
para se retratar ou manter a decisão impugnada.

Importante destacar que assim como para a interposição do agravo retido, o


agravado também terá o prazo de 10 dias para contrarrazoar. Para que esse prazo
seja observado, o agravo retido deverá ser interposto na forma escrita. Por outro
lado, caso seja interposto na forma oral, o agravado também deverá contrarrazoar
oralmente na mesma oportunidade.
 O juízo de 1º grau exerce um 1º juízo de admissibilidade do agravo
retido?

A posição dominante é de que o juiz de 1º grau não faz juízo de


admissibilidade do agravo retido, porque a competência para o conhecimento
e julgamento é do tribunal de 2º grau. O juiz de 1º grau apenas exerce um
juízo de retratação ou não, mas não o de admissibilidade do agravo retido.

 O juízo de 1º grau pode liminarmente, antes de ouvir o agravado,


indeferir o juízo de retratação e manter a decisão impugnada?

Sim.

 O juízo de 1º grau pode indeferir a retenção do recurso, sob o


argumento de que não se trata de hipótese de agravo retido e sim de
agravo de instrumento?

Se a parte interpôs o agravo retido, não cabe ao juiz de 1º grau


indeferir a retenção do recurso.

 O terceiro prejudicado que não figura no processo pode interpor


agravo retido?

A posição dominante defende que terceiro prejudicado não pode


interpor nenhum tipo de recurso na forma retida, seja agravo retido ou recurso
especial/extraordinário retido. Isso porque o recurso interposto na forma retida
pressupõe a sua reiteração em um recurso principal, não havendo nenhuma
garantia de que o terceiro terá interesse em recorrer da decisão final e, assim,
reiterar o pedido de julgamento daquele recurso na forma retida.

Vale ressaltar que existe uma outra corrente, dentre seus defensores
Fredie Didier, sustentando que o terceiro prejudicado pode interpor agravo
retido em determinadas situações concretas. Isso porque em determinadas
situações o juiz teria como examinar se o terceiro terá interesse em recorrer
ao final, devendo ser analisado caso a caso.
O prazo de 10 dias para interposição do agravo retido e oferecimento de
contrarrazões sofre incidência dos arts. 188 (Fazenda Pública e MP) e 191
(litisconsórcio com diferentes procuradores).

O agravo retido poderá ser interposto na forma escrita (prazo: 10 dias) ou


oralmente.

A hipótese mais conhecida de interposição oral é aquela prevista no art. 523,


§3º do CPC: "das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e
julgamento caberá agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e
imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art. 457), nele expostas
sucintamente as razões do agravante".

 O dispositivo restringe-se apenas às decisões interlocutórias


proferidas em audiência de instrução e julgamento?

Pela lei, a regra do agravo retido oral e imediatamente aplica-se


somente à audiência de instrução e julgamento. Em qualquer outra
modalidade de audiência (preliminar - 331, justificação, especial, prévia,
etc.), existe uma liberdade do interessado de agravar retido - na forma oral
ou por escrito no prazo de 10 dias. Portanto, pela literalidade da lei,
somente é obrigatória a interposição de agravo retido oral e imediatamente
das decisões interlocutórias proferidas em audiência de instrução e
julgamento.

Existe uma 2ª corrente, defendida por Fredie Didier, que decisões


interlocutórias proferidas em qualquer audiência darão ensejo à interposição
do agravo retido na forma oral e imediatamente.

Na jurisprudência, o assunto é controverso, encontrando-se decisões


nos dois sentidos. No STJ, há uma predisposição (não é pacífico) à adoção
da 1ª corrente (em razão de uma decisão do final de 2009).
 Se a interposição do agravo retido se der oral e imediatamente, as
contrarrazões também deverão se dar da mesma forma, ou o agravado
disporá do prazo de 10 dias para contrarrazoar?

A posição amplamente dominante é de que se a lei estabeleceu a


obrigatoriedade da interposição oral e imediatamente do agravo retido na
audiência de instrução e julgamento, isso pressupõe que o legislador quis dar
ensejo a uma proteção à celeridade e economia processual e, portanto, as
contrarrazões também deverão ser apresentadas oral e imediatamente.

 Da decisão interlocutória proferida na audiência de instrução e


julgamento que acarretar lesão grave e de difícil reparação qual será o
recurso cabível: agravo retido ou agravo de instrumento?

Em concursos, em provas de múltiplas escolhas, normalmente o


agravo retido vem sendo admitido como resposta por ser a regra geral. Já em
provas discursivas, é necessário discorrer sobre a questão.

Na prática, deve-se esclarecer ao juízo, consignando em ata de


audiência, que embora a hipótese seja tratada pela lei como de agravo retido,
levando-se em conta que a decisão acarreta lesão grave ou de difícil
reparação, você abrirá mão do agravo retido para agravar de instrumento,
pois o agravo retido não solucionará o problema de celeridade nesta hipótese.

O agravo retido independe de preparo (art. 522, parágrafo único CPC).

(Obs: O agravo de instrumento exige preparo!)

 Exceções ao agravo retido - Hipóteses de agravo de instrumento:

1. Lesão grave ou de difícil reparação (+ comum)

2. Inadmissão da apelação
Inadmissão da apelação por requisitos de admissibilidade intrínsecos
ou extrínsecos. Não é hipótese de agravo retido porque se a apelação já está
sendo inadmitida, o agravo retido não teria nenhuma função.

3. Efeitos em que a apelação é recebida

Todo recurso tem efeito devolutivo.

Em regra, a apelação tem duplo efeito: suspensivo e devolutivo. A


discussão restringe-se ao efeito suspensivo (efeito devolutivo sempre existe).

- AGRAVO DE INSTRUMENTO -

(Art. 524 CPC)

O agravo de instrumento é dirigido diretamente ao tribunal de 2º grau.

Os requisitos da petição inicial do agravo de instrumento estão previstos no


art. 524, I, II e III do CPC: a exposição do fato e do direito; as razões do pedido
de reforma da decisão; o nome e o endereço completo dos advogados
constantes do processo.

O art. 525 CPC traz outros elementos importantes do agravo de instrumento:

I. Documentos Obrigatórios - a falta de um dos documentos acarreta a


inadmissibilidade do agravo de instrumento, sob o fundamento de falta de
regularidade formal;

II. Documentos Facultativos - a ausência não acarreta a inadmissibilidade;

* Documentos essenciais ou úteis  não tem previsão legal. São aqueles


documentos que o tribunal considera indispensáveis para a formação do seu
convencimento (dependerá do caso concreto). A ausência dos documentos
essenciais ou úteis também acarretam a inadmissibilidade do agravo de
instrumento.

Há muito debate na doutrina acerca dos documentos essenciais ou úteis, pois


diante da ausência de previsão legal, o correto seria o tribunal intimar a parte
interessada para juntá-los aos autos, e não inadmitir o recurso.

Existe jurisprudência do STJ (não é pacífico) afirmando que se no recurso


estiver ausente um documento obrigatório ou essencial, mas existir determinado
documento que consiga cumprir o papel do documento obrigatório ou essencial
ausente, o recurso não poderá ser inadmitido.

O agravo de instrumento pressupõe o pagamento de preparo.

 Interposição do Agravo de Instrumento:

a) Via Postal:

É importante ressaltar que o agravo de instrumento poderá ser


interposto via postal. Já houve muita discussão sobre o tema, mas
atualmente a jurisprudência dos tribunais acerca do prazo segue o disposto
na Súmula 216 do STJ, segundo a qual o que interessa é a data em que o
agravo de instrumento foi protocolado na Secretaria do Tribunal (e não a
data de entrega aos Correios). O STJ e os tribunais possuem uma posição
extremamente rígida quanto a essa questão do prazo na interposição do
recurso via postal.

b) Via fax (art. 2º da Lei 9.800/99):

A lei estabelece duas situações diferentes:

 Atos sujeitos a prazo  a juntada dos originais deverá se dar até 5 dias
após o término do prazo previsto em lei para o ato.
 Atos não sujeitos a prazo  juntada dos originais - 5 dias da
transmissão do material

 Conhecimento da interposição do agravo de instrumento pelo juiz de 1º


grau:

1. Juntada da cópia do agravo de instrumento no 1º grau (art. 526 do CPC) -


Prazo: 3 dias

A juntada ocorre porque o juízo de 1º grau pode exercer juízo de


retratação - efeito regressivo. Além disso, muitas vezes o agravado só toma
conhecimento da interposição do agravo instrumento com a juntada das
cópias no juízo de 1º grau.

Para que seja decretada a inadmissibilidade do agravo de instrumento


em razão da ausência de juntada da cópia do recurso no juízo de 1º grau, ele
deverá causar prejuízo, sendo este arguido e provado pelo agravado. O mero
descumprimento sem gerar prejuízo não gera a inadmissibilidade do recurso.

2. Tribunal requisita informações ao juízo de 1º grau (art. 527, IV CPC)

 AGRAVO INVERTIDO:

Agravo de Instrumento - Agravo invertido

A B - Deverá interpor o seu próprio agravo de

Decisão interlocutória de instrumento, não podendo se utilizar

Juízo de retratação - do interposto por A

Perda do objeto do

Agravo de Instrumento
Atualmente, o agravo invertido não é admitido na doutrina nem na
jurisprudência (antigamente era possível). A parte contrária não pode se utilizar do
agravo interposto pela outra.

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