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1 - Coordenadas de um Ponto

1.1 – Introdução
A observação de corpos celestes com um
teodolito e um cronômetro (medidas angulares e
de tempo) possibilita a determinação da posição
geográfica, ou seja, das coordenadas de um ponto
da superfície terrestre: Latitude e Longitude.
Além de tais coordenadas, ditas geográficas,
astronômicas ou naturais, também podem ser
determinadas direções que ligam a estação onde
se processam as observações a outras estações
terrestres.
Quando tais determinações se caracterizam por
uma precisão de aproximadamente um décimo de
segundo de arco (0,1" ), classificam-se como de
primeira ordem e são objeto da chamada
Astronomia Geodésica. Quando a precisão
diminue para um segundo de arco (1") as
determinações são ditas de segunda ordem e
constituem o objeto da tradicionalmente chamada
Astronomia de Campo. Convém salientar que a
Astronomia de Campo, também chamada de
Astronomia de Posição ou de Astronomia Esférica
é de fundamental importância…
para o engenheiro, mesmo que ele não se dedique a
utilizar as técnicas astronômicas para a
determinação da posição geográfica.
1.2 – Forma da Terra: Modelos
Em uma primeira aproximação as
irregularidades da superfície terrestre podem ser
negligenciadas, reduzindo-se o problema da
determinação da forma da Terra à determinação
das dimensões de um modelo que substitue a Terra
verdadeira. Em alguns casos pode-se adotar o
modelo esférico; noutros, quando os requisitos de
precisão são mais rigorosos, usamos o modelo
elipsoidal.
Para os dois modelos admite-se uma Terra
fictícia com homogênea distribuição de massas, o
que não ocorre com a Terra real.
1.3 – Coordenadas de um Ponto Sobre o Modelo
Esférico.
1.3.1 – Hipóteses Simplificativas
A adoção de um modelo já implica no
sacrifício da precisão. Isto justifica a adoção de
outras hipóteses simplificativas.
Assim, o modelo esférico, como a Terra real, gira
de oeste para leste completando uma rotação em 24
horas siderais;
mas admitiremos que sua velocidade angular seja
constante e que o eixo seja fixo no corpo do
modelo.
1.3.2 – Definições
Os extremos do eixo de
rotação são os polos terrestres.
A circunferência máxima
cujo plano é normal ao eixo é o
equador, o qual define dois
hemisférios. Uma circunferência menor cujo
plano é normal ao eixo denomina-se paralelo e as
semicircunferências máximas que vão de polo a
polo recebem o nome de meridianos.
1.3.3 – Coordenadas Esféricas

Por um ponto S do modelo esférico passam


apenas um paralelo e um meridiano; determinadas
estas duas linhas, a sua interseção define a posição
do ponto S. Um paralelo será individualizado pela
sua latitude, e um meridiano por sua longitude.
Logo, a latitude e a longitude (aqui chamadas
esféricas) são as coordenadas do ponto S.
LATITUDE (') de um ponto S sobre o modelo
esférico é o ângulo que o raio que passa por S forma com
sua projeção equatorial; é medida a partir do equador, em
graus e submúltiplos, positivamente no hemisfério norte.
O número que exprime a latitude deve ser precedido
do sinal (+) ou (-) ou seguido das letra (N) ou (S).
LONGITUDE (') de um ponto S sobre o modelo
esférico é o ângulo que mede o diedro formado pelo plano
do meridiano origem (Greenwich) e pelo plano do
meridiano do ponto; é medida sobre o equador, a partir do
meridiano de origem, positivamente por leste.
O número que exprime a longitude deve ser
precedido do sinal (+) ou (-) ou seguido da letra
(E) ou (W).
A longitude varia desde 0º até 180º a leste de
Greenwich e de 0º até -180º a oeste de Greenwich.
Exemplos:
' = -5º03'14,56" ou ' = 5º03'14,56" S
' = -42º47'34,28" ou ' = 42º47'34,28" W
1.4 – Ortodrômica
Ortodômica é a linha mais curta ligando dois
pontos da superfície da Terra.
No modelo esférico a ortodômica é o menor arco
de circunferência máxima ligando os dois pontos.
No modelo elipsoidal a ortodrômica é uma linha
não coplanar.
1.5 – Azimute Esférico
Chama-se de azimute da direção SS' ao
ângulo A medido a partir do meridiano de S (lado
sul), por oeste, até o arco de ortodrômica SS'. Na
figura, A' é o azimute da direção S'S ou contra-
azimute de SS'.
1.6 – Coordenadas de um Ponto Sobre a Superfície
Terrestre.
1.6.1- Potencial e Vertical
Para definirmos as coordenadas de um ponto
da superfície da Terra precisamos recorrer ao
conceito de vertical e, para conceituarmos vertical
convém recordar algo sobre o campo da gravidade.
Todos os corpos vinculados ao nosso planeta
acham-se sujeitos à chamada força da gravidade,
que é a resultante da força de atração exercida
pelas massas terrestres (força gravitacional) e da
força centrífuga decorrente do movimento de
rotação da Terra.
• O campo gravitacional é um campo conservativo
isto é, dotado de potencial.
• O lugar geométrico dos pontos de mesmo
potencial é uma superfície fechada denominada
equipotencial.
• No caso de um modelo esférico não rotante, as
superfícies equipotenciais seriam superfícies
esféricas concêntricas ao modelo. O movimento de
rotação “perturba” essas superfícies esféricas,
fazendo com que elas deixem de ser concêntricas.
• O mesmo ocorre com o modelo elipsoidal, cujas
superfícies equipotenciais são superfícies
elipsóidicas “não paralelas entre si”.
• No caso da Terra real temos que considerar ainda
a heterogeneidade do material que a compõe.
• As superfícies equipotenciais, neste caso
denominadas geopes, são suavemente irregulares e
perpendiculares em todos os seus pontos às linhas
de força.
• Tais linhas de força do campo da gravidade são
genericamente denominadas verticais e é fácil
compreender que não são coplanares.
• A vertical em um ponto S é a tangente à linha de
força neste ponto. Representa a direção do vetor
gravidade e pode ser materializada através de um
fio de prumo ou do eixo principal de um teodolito.
• Verticais são as linhas de
força da gravidade.
• Geopes são as superfícies
equipotenciais.
• Vertical em um ponto é a
tangente à linha de força
neste ponto.

1.6.1 - Coordenadas Astronômicas ou Naturais


• Latitude astronômica ou natural () de um
ponto da superfície terrestre é o ângulo que a
vertical nesse ponto forma com a sua projeção
equatorial (equador instatâneo).
Aqui são importantes algumas observações:
• Em virtude do chamado movimento do polo a
posição do eixo de rotação varia com o tempo,
podendo-se falar em eixo instantâneo (eixo no
momento da observação) e, consequentemente, em
equador instantâneo.
• Devido à irregular distribuição das massas
terrestres a vertical em cada ponto equatorial não
pertence necessariamente ao plano equatorial; isso
significa que o equador da Terra real não é o lugar
geométrico dos pontos de latitude nula, nem um
paralelo é o lugar geométrico dos pontos de latitude
constante.
• Também para conceituar longitude natural
necessitamos de algumas precauções adicionais. O
diedro definidor da longitude esférica admitia
como aresta o eixo de rotação, o que não sucede
com a Terra real. A vertical de um ponto – conceito
físico e não geométrico – é sensível às variações
de densidade e ao posicionamento das massas mais
próximas; resulta que a vertical e o eixo de rotação
não são necessariamente coplanares. Em tais
condições o meridiano natural ou astronômico de
um ponto é determinado pelas retas: a vertical do
ponto e uma paralela ao eixo instantâneo de
rotação passando pelo ponto.
Longitude astronômica ou natural () é o
ângulo que mede o diedro formado pelo
meridiano astronômico instantâneo e pelo
meridiano astronômico origem (greenwich),
contada a partir deste, positivamente por leste.
Variação das coordenadas naturais:
A latitude varia de 0º a 90º no hemisfério
norte e de 0º a -90º no hemisfério sul.
A longitude varia de 0º a 180º a leste de
Greenwich e de 0º a -180º a oeste de Greenwich.
Estas coordenadas, também chamadas de
coordenadas geográficas, podem ser obtidas
através de técnicas astronômicas.
1.7 – Cálculo da Distância Entre Dois Pontos em Função de Suas
Coordenadas.
  b  a
cos d  cos (90º  a ) cos (90º b) 
sen (90º  a )sen (90º  b) cos 
cos d  sen  a  sen  b  cos  a cos b cos 

D  R  d   sendo,
180º
D  distância entre os dois pontos (km)
R  6370 km (raio da Terra)
d  distância entre os dois pontos (graus)
EXERCÍCIO :
Calcular a distância entre Teresina e Brasília, supondo a Terra esférica com
raio R  6370 km e conhecendo as coordenadas geográfica s destas duas cidades :

a 5º05'22" S  15º46'48" S
b
Teresina  Brasília 
a  42º48'05" W   47º55'45" W
b

SOLUÇÃO :
  b  a
  47º55'45" (42º48'05" )    5º07'40"
cos d  sena sen b  cos a cos b cos 
cos d  sen (5º05'22" ) sen(15º46'48" )  cos(5º05'22" ) cos(15º46'48" ) cos(5º07'40" )
d  11º49'00.61"
D  Rd 
180º
D  6370  11º49'00.61" 
180º
D  1313,766 km
2 – Sistemas de Coordenadas Celestes
2.1 – Astros
Astro é todo corpo luminoso ou não situado
no espaço.
Os astros podem ser fixos ou errantes.
• Astros fixos são as estrelas com exceção
do Sol. Características dos astros fixos:
a) Distância angular constante.
b) Cintilação cromática (variação na cor) e
dinâmica (variação na luminosidade).
c) Aparecem como pontos mesmo no
telescópio.
d) Espectro luminoso próprio.
• Astros errantes são o sol, lua, planetas, satélites, e
cometas. Características dos astros errantes:
a) Distância angular não fixa.
b) Luz fixa.
c) Não possuem espectro luminoso próprio.
d) Aparecem como disco ao telescópio.
3.1.1 – Magnitude e Brilho Absoluto
Chama-se magnitude ou grandeza aparente de
uma estrela ao brilho com que este astro se mostra
aos nossos olhos ou instrumentos óticos.
Quanto à sua magnitude as estrelas podem ser
classificadas em:
• 1a grandeza: as 20 estrelas mais brilhantes.
• 2a a 6a grandeza: aproximadamente 5000 vistas
a olho nu.
• Menor que 6a grandeza: vistas com telescópio.
• Até 22a grandeza: vistas em fotografias celestes
Brilho absoluto é o brilho aparente que
apresentaria um astro se estivesse colocado a uma
distância de 10 parsecs, ou seja, 32.6 anos-luz.
A chamada Lei de Pogson relaciona as
magnitudes M e m de dois astros:
log n = 0,4 (M-m) sendo n a razão entre as
intensidades do brilho aparente dos dois astros.
Exemplo: A  crucis é a estrela mais brilhante do
cruzeiro do sul: tem magnitude de 1,05. A sírius é
a estrela mais brilhante do firmamento e tem
magnitude de -1,58. Aplicando a equação teremos:
log n = 0,4(1,05+1,58) =1,052 → n =11,27.
Portanto a estrela sírius é cerca de 11 vezes mais
brilhante que a  crucis .
3.1.2 – Constelação
Constelações são agrupamentos de estrelas
batizados com os mais variados nomes, desde os
mitológicos aos de animais e coisas.
As constelações são designadas pelo seu
nome latino, abreviado com três letras.
As estrelas são designadas pelas letras do
alfabeto grego (as primeiras letras representam as
estrelas mais brilhantes) seguido do nome da
constelação no genitivo. Assim, a estrela  da
constelação CRUX (cruzeiro do sul) será
representada por  CRUCIS.
2.1.3 – Sistema Solar
Chama-se de sistema solar ao conjunto dos
corpos celestes sujeitos à atração gravitacional do
sol (planetas, satélites, asteróides e cometas).
2.2 – Esfera Celeste
Os problemas de Astronomia de Campo não
envolvem a consideração da distância dos astros;
ao engenheiro interessa apenas a direção segundo
a qual os mesmos são vistos. Nada nos impede,
portanto, de supô-los a igual distância da Terra, ou
seja, projetados sobre a superfície de uma esfera
de raio arbitrário, cujo centro coincida com o
centro da Terra. Tal esfera é chamada de esfera
celeste.
Esfera celeste (EC) é a esfera ideal de raio
arbitrário cujo centro é o centro da Terra e sobre a
superfície da qual supomos projetados todos os
astros; com um movimento aparente (decorrência
do movimento de rotação da Terra) gira de leste
para oeste arrastando consigo todos os corpos
celestes.
Pura criação da imaginação humana, temos
dela uma impressão quase real quando, nas noites
estreladas, assistimos ao espetáculo deslumbrante
de uma abóbada negra, salpicada de pontos
brilhantes, deslocar-se, como um todo, do nascente
para o poente.
2.2.1 – Elementos da Esfera Celeste

• Eixo do mundo (PnPs) é o prolongamento do eixo


de rotação da Terra até encontrar a esfera celeste.
• Polos celestes (Pn e Ps) são os dois pontos da EC,
diametralmente opostos, determinados pelo eixo do
mundo; um é o polo norte (Pn) e o outro é o polo
sul (Ps).
• Equador celeste é a circunferência máxima (Q'Q),
cujo plano é normal ao eixo do mundo; divide a EC
em dois hemisférios que levam o nome de polo que
contém.

• Paralelos celestes são circunferências menores da


EC (M'M), cujos planos são normais ao eixo do
mundo (são portanto, paralelos ao equador).
• A vertical de um observador encontra a EC em
dois pontos diametralmente opostos denominados
zênite (Z) e nadir (N), ficando o zênite na cabeça
do observador.
• Círculo vertical é todo circulo da EC que contém
a vertical do lugar. Há uma infinidade de círculos
verticais em cada local, pois uma reta não individu
aliza um plano..
• Vertical de um astro é o círculo vertical que
contém o astro.
• Horizonte celeste é o círculo máximo (HnHs)
polar do zênite e do nadir; em outras palavras, é o
círculo máximo da EC normal à vertical do lugar.
O horizonte divide a EC em dois hemisférios: o
visível (que contém o zênite) e o invisível (que
contém o nadir).
Observação: O plano normal à vertical do lugar e
tangente à superfície da Terra é o horizonte
sensível ou aparente. O horizonte anteriormente
definido é o horizonte astronômico, racional ou
geocêntrico. Quando reduzimos a Terra a um
ponto, centro da esfera celeste, os dois horizontes
se confundem.
• Almicantarado ou círculo de igual altura (A'A)
são círculos menores paralelos ao horizonte.
• Meridianos celestes (PnBPs) são circunferências
máximas cujos planos contêm o eixo do mundo.
• Meridiano celeste do observador (PnZPsN) é
a circunferencia máxima da EC cujo plano é
definido pelo eixo de rotação e pela vertical do
observador, ou simplesmente, o meridiano celeste
que contém o zênite e o nadir do observador.
• O eixo do mundo divide-o em duas partes: a
que contém o zênite chama-se semi-meridiano
superior (SMS) e a que contém o
nadir chama-se semi-meridiano
inferior (SMI).
• Meridiana ou linha norte-sul é a interseção
(HnHs) do meridiano local com o horizonte local;
as extremidades desta linha são os pontos cardeais
ponto norte (Hn) e ponto sul (Hs).
• Linha leste-oeste é a interseção (EW) do equador
com o horizonte local; as extremidades desta linha
são os pontos cardeais: ponto leste (E) e ponto
oeste (W).
Vale observar que os pontos
cardeais Hn e Hs são as
projeções no horizonte, segundo
o meridiano local, dos
respectivos polos celestes Pn e Ps.
2.3 – Sistema de Coordenadas Horizontais
Consideremos um terno cartesiano como
mostrado na figura abaixo:
1) Geocêntrico.
2) Eixo OX3 coincidindo com
a vertical do observador,
sentido positivo para o zênite.
3) Eixo OX1 coincidindo com
a meridiana, sentido positivo
para o ponto sul.
4) Orientação: levógiro (retrógrado).
Nessas condições os planos coordenados tem o
seguinte significado:
X1X2 : plano do horizonte do observador (é o
plano fundamental do sistema, origem das
ordenadas esféricas).
X1X3 : plano do meridiano celeste do observador,
origem das abcissas esféricas.
X2X3 : 1º vertical (plano vertical que forma com o
meridiano celeste do observador um ângulo reto.
O sistema assim definido recebe o nome de sistema
de coordenadas celestes horizontais. Um astro E
possue coordenadas celestes horizontais:
A = azimute e h = altura.
• Azimute de um astro E é o arco A = HsB medido
sobre o horizonte desde o pontos sul até o vertical
do astro no sentido retrógrado (por oeste); varia de
0º a 360º. Muitas vezes há conveniência em fazer
o azimute variar de 0º a  180º, atribuindo-se o
sinal positivo aos azimutes contados por oeste e o
sinal negativo aos contados por leste.
• Altura de um astro E é o arco h=BE medido do
horizonte até o astro sobre o seu vertical. A altura
pode variar de 0º (astro no horizonte) até  90º
(astro no zênite ou no nadir); as alturas negativas
correspondem a astros situados abaixo do
horizonte e, portanto, invisíveis ao observador.
Em muitos problemas usa-se, em lugar da
altura, a distância zenital z, que é o ângulo medido
do zênite ao astro sobre o seu vertical; pode variar
de 0º (no zênite) até 180º (no nadir).
Verifica-se que: h + z = 90º
• Variação no tempo e no espaço.
O sistema de coordenadas horizontais é
tipicamente local, isto é, o azimute e a altura de
um astro num mesmo instante variam de um local
para outro, uma vez que o horizonte e o meridiano
dependem do observador. É óbvio também que as
coordenadas horizontais no mesmo local variam
com o tempo devido ao movimento da EC.
Uma das vantagens deste sistema reside na
facilidade com que as coordenadas podem ser
medidas com um teodolito.
Com efeito, uma vez nivelado, o goniômetro
tem o seu limbo paralelo ao horizonte e seu eixo
principal verticalizado.
Se for possível orientá-lo (linha 0º - 180º do
círculo horizontal coincidindo com a meridiana),
basta apontar a luneta para o astro e ler no limbo
vertical a altura (ou distância zenital) e no limbo
horizontal o azimute.
As leituras mencionadas no slide anterior
referem-se ao horizonte aparente, isto é, são
topocêntricas.
Para os astros fixos o horizonte aparente se
confunde com o horizonte astronômico, pois o
raio da Terra é desprezível face às distâncias
estelares.
Para o Sol, face à sua relativa proximidade,
a transformação de coordenadas topocêntricas em
geocêntricas é indispensável.
2.3 – Sistema de Coordenadas Horárias
Consideremos um terno cartesiano:
1) Geocêntrico.
2) Eixo OY3 coincidindo com o
eixo do mundo, sentido positivo
para o polo norte.
3) Eixo OY1 coincidindo com a
interseção do plano do equador
com o plano do meridiano celeste
do observador, sentido positivo
para o SMS.
4) Orientação: levógiro.
Planos coordenados:
Y1Y2 : plano do equador celeste (é o plano
fundamental do sistema, origem das ordenadas
esféricas).
Y1Y3 : plano do meridiano celeste do observador,
origem das abcissas esféricas.
Y2Y3 : círculo das 6 horas (meridiano celeste que
forma com o meridiano celeste do observador um
ângulo reto.
O sistema assim definido recebe o nome de
sistema de coordenadas horárias.
Um astro E possue coordenadas horárias:
H = ângulo horário e  = declinação.
• Ângulo horário de um astro E é o arco H = QB
medido sobre o equador desde o SMS até o
meridiano celeste do astro no sentido retrógrado
(por oeste); varia de 0º a 360º, assumindo o valor
nulo no SMS e 180º no SMI. Mas comumente, em
virtude de sua vinculação com problemas horários,
é expresso em tempo, variando então de 0h a 24h.
Em certos problemas do movimento diurno é
conveniente contar o ângulo horário de 0º a 180º
(0h a 12h) adotando-se o sinal positivo a oeste.
• Declinação de um astro E é o arco =BE
medido do equador até o astro sobre o seu
meridiano. Varia de 0º (equador) até  90º (polos
celestes), sendo positivas as declinações do
hemisfério norte.
• Variação no tempo e no espaço.
É fácil compreender que o ângulo horário, por ter
origem no SMS é uma coordenada local, o que não
ocorre com a declinação que independe do
observador por estar ligada apenas ao equador e ao
meridiano celeste do astro.
Quanto a variação com o tempo, também se
percebe imediatamente que o ângulo horário varia
continuamente, assumindo todos os valores de 0h a
24h durante uma rotação da EC.
Se considerássemos apenas o movimento de
rotação da EC a declinação de um astro fixo não
sofreria variação com o tempo, entretanto outros
movimentos (paralaxe anual, precessão, etc) fazem
com que a ela sofra uma variação da ordem de
dezenas de segundos por ano. Já a declinação dos
astros errantes sofre uma variação bem maior,
particularmente quando se trata do sol e da lua.
2.4 – Eclíptica
O sol apresenta em relação à Terra um
movimento aparente, descrevendo sobre a EC, no
decurso de um ano, uma circunferência máxima
denominada eclíptica. O plano dessa órbita
aparente forma com o plano do equador um
ângulo () de aproximadamente
23º27’ que recebe o nome de
obliquidade da eclítica.
A obliquidade da eclíptica vem
tabelada na seção F do Anuário
do Observatório Nacional.
• O diâmetro da EC perpendicular à eclíptica é o
eixo da eclíptica (ns) e os pontos extremos são
os polos da eclíptica.
• A interseção do plano da eclíptica com o plano
do equador é a linha dos equinócios ou linha
equinocial (), cujas extremidades são os pontos
equinociais:
– ponto vernal ou áries ()
– ponto libra ou balança ().
• Ponto vernal () é o ponto em que o sol cruza o
equador, passando do hemisfério sul para o
hemisfério norte. O sol passa pelo ponto vernal no
dia 21/03, dando início à estação do outono no
hemisfério sul.
• Ponto libra () é o ponto
em que o sol cruza o equador,
passando do hemisfério norte
para o hemisfério sul. O sol
passa pelo ponto libra no dia
23/09, dando início à estação
da primavera no hemisfério sul.
• Os pontos da eclíptica  e ' de declinação
máxima ( = ) e mínima ( = - ) respectiva-
mente são chamados de pontos solsticiais:
solstício de inverno () e solstício de verão (').
O sol passa pelo solstício
de inverno no dia 22/06,
dando início à estação do
inverno no hemisfério sul.
O sol passa pelo solstício
de verão em 22/12, dando
início à estação do verão
no hemisferio sul.
2.5 – Sistema de Coordenadas Uranográficas
Consideremos um terno cartesiano:
1) Geocêntrico.
2) Eixo OZ3 coincidindo com o
eixo do mundo, sentido positivo
para o polo norte.
3) Eixo OZ1 coincidindo com a
linha equinocial, sentido positivo
para o ponto vernal.
4) Orientação: dextrógiro.
Planos coordenados:
Z1Z2 : plano do equador celeste (coincide com o
plano fundamental do sistema do sistema de
coordenadas horárias).
Z1Z3 : plano do meridiano celeste que contém os
pontos equinociais, origem das abcissas esféricas.
Z2Z3 : plano do meridiano celeste que contém os
pontos solsticiais.
O sistema assim definido recebe o nome de
sistema de coordenadas uranográficas.
Um astro E possue coordenadas uranográficas:
 = ascensão reta e  = declinação.
• Ascensão reta de um astro E é o arco  = B
medido sobre o equador desde o ponto vernal até o
meridiano celeste do astro no sentido dextrógiro;
varia de 0h a 24h.
• Variação no tempo e no espaço.
Já vimos que a declinação independe do
observador. Também podemos verificar que a
ascensão reta independe do observador, tendo em
vista que a mesma está ligada apenas ao equador e
ao ponto vernal. Quanto à variação com o tempo,
tudo o que foi dito para a declinação também vale
para a ascensão reta.
2.6 – Efemérides
Nos problemas práticos de Astronomia de
Campo, quando procuramos determinar a latitude
e a longitude de um ponto, através da observação
de um astro, as coordenadas uranográficas desse
astro são supostas conhecidas.
Em nossos cálculos precisamos conhecer a
declinação ao décimo de segundo de arco (0,1") e
a ascensão reta ao centésimo de segundo de tempo
(0,01s).
Já vimos que as coordenadas uranogáficas de
uma estrela sofre uma variação relativamente
pequena, o que permite que elas sejam tabeladas
de 10 em 10 dias.
Para o sol, tendo em vista uma maior
variação, elas devem ser tabeladas diáriamente.
Uma tabela que contenha a posição de
astros em função do tempo recebe a
denominação de efeméride.
Assim, na Seção C, do Anuário do
Observatório Nacional são encontradas as
efemérides do sol.
Para baixar estas efemérides entre na
página www.on.br e clique na aba serviços.
Parte da página 8C do Anuário do Observatório Nacional
EXERCÍCIO :
Interpolar a declinação do Sol para as 15h 30m 45s
(hora legal do fuso F  3h ) do dia 15/06/2011.
SOLUÇÃO :
H L  15h30m 45s F  3h
Do Anuário do Observatório Nacional - 2011, obtemos :
   23º16'54,6" (declinação a 0h (TU) do dia 15/06)
 '  23º19'28,7" (declinação a 0h (TU) do dia 16/06)
 '  23º19'28,7"23º16'54,6"
   h    
24 24h
  6,42"/ h (variação horária da declinação)
     ( H L  F )  
  23º16'54,6"(15h30m 45s  (3h ))  6,42"/ h
  23º18'53,4"
2.7 – Definição Astronômica da Latitude
Geográfica ()

=QZ (declinação do zênite)


HnPn = 90º - PnZ
QZ = 90º - PnZ
HnPn = QZ
HnPn = 
 = hp (altura do polo elevado)
Em Teresina ( = 5º03'10"S) por exemplo, o
polo sul celeste apresenta-se 5º03'10" acima do
horizonte astronômico.
2.8 – Triângulo de Posição
O meridiano do observador, o vertical do
astro e o meridiano do astro interceptam-se dois a
dois formando um triângulo esférico PnZE.
Esse triângulo fundamental em nosso estudo é
chamado de triângulo de posição, porque depende
da posição do astro.
Com efeito, enquanto o
astro percorre o seu paralelo, o
triângulo deforma-se
continuamente degenerando em
um arco por duas vezes: quando
o astro atinge o SMS e o SMI.
2.9 – Transformação de Coordenadas Horizontais
em Horárias e Vice-Versa
Este problema, bem como os demais do
mesmo gênero pode ser solucionado:
a) diretamente da Trigonometria Esférica,
resolvendo o triângulo de posição.
b) através de matrizes ortogonais, por rotação
de eixos: as coordenadas esféricas são transforma-
das em retilíneas e depois da rotação as “novas”
retilíneas são convertidas nas esféricas procuradas.
No nosso curso nos deteremos apenas no
primeiro caso, ou seja por Trigonometria Esférica.
A fórmula dos quatro elementos, aplicada
ao triângulo de posição, proporciona diretamente
a declinação:
cos90º    cos90º  cos90º h  
sen90º  sen90º h cos180º  A
sen  sen sen h  cos cosh cos A
Escolhendo convenientemente uma das
fórmulas das cotangentes:
senc cotg a = sen B cotg A + cos c cosB
Substituindo o triângulo genérico pelo
triângulo de posição:
sen90º  cot g 90º h   sen180º  Acot gH 
cos90º   cos180º  A
tgH  senA
cos tgh  sen cos A
Problema inverso: calcular as coordenadas
horizontais, conhecidas as coordenadas horárias e
a latitude local.
A fórmula dos quatro elementos, aplicada
ao triângulo de posição, permite obter a altura:
cos90º h   cos90º  cos90º   
sen90º  sen90º  cos H
sen h  sen sen  cos cos cos H
Escolhendo convenientemente uma das
fórmulas das cotangentes:
senc cotg b = sen A cotg B + cos c cosA
Substituindo o triângulo genérico ABC pelo
triângulo de posição:
sen90º  cot g 90º    senH cot g 180º  A 
cos90º   cos H
tgA  senH
sen cos H  cos tg
2.10 – Transformação de Coordenadas Horárias em
Coordenadas Uranográficas Vice-Versa
a) Primeira Noção de Tempo Sideral
A medida do tempo fundamenta-se no
movimento de rotação da Terra. Se escolhermos
como referência um astro fixo, a rotação se cumpre
em um intervalo de tempo denominado dia sideral.
Como o ponto vernal, exceção de pequenos
movimentos que lhe são peculiares e aos quais se
subtraem as estrelas, é arrastado pela esfera celeste
qual um astro fixo, convencionou-se elegê-lo como
regulador do tempo sideral. Assim:
Dia sideral é o intervalo de tempo decorrido
entre duas passagens consecutivas do ponto vernal
pelo mesmo semi-meridiano.
O dia sideral tem início, num dado local,
quando o ponto vernal atinge SMS; daí por diante,
a todo instante, o ângulo horário do ponto vernal
(H) medirá a hora sideral (S) local :
S = H
Na figura, o astro E está referido
simultâneamente aos sistemas horário e
uranográfico que admitem a mesma ordenada
esférica ; o problema de transformação de
coordenadas resume-se em relacionar o ângulo
horário de um astro com a sua ascensão reta. Com
efeito, a figura proporciona:
Q = H = S  S = H + 
Portanto, a hora sideral num determinado
instante é dada:
1) pelo ângulo horário do ponto vernal
2) pela ascensão reta do zênite
3) pela soma da ascensão reta com o ângulo
horário de um mesmo astro.
Exercício
Observou - se uma estrela às 5h 46 m30 s (hora
sideral), em um local de latitude   5º 03'14" S ,
obtendo - se as suas coordenadas horizontai s :
A  310º 28'30" e h  62º 26'40".
Pede  se calcular as coordenadas
uranográfi cas dessa estrela.
Solução :
sen  sen sen h  cos cosh cos A
sen  sen (5º 03'14") sen 62º 26'40"
 cos( 5º 03'14") cos 62º 26'40"cos 310º 28'30"
sen   0,377 218 887
  sen1(0,377 218 887)
  22º09'41,47"
sen A
tgH 
cos tgh  sen  cos A
tgH  sen310º28'30"
cos(5º03'14" )tg62º26'40"sen(5º03'14" ) cos 310º28'30"
tgH  0,410 781 51  H  22º19'55,03" e, dividindo por 15,
H  1 29 19,67 S  H    SH
h m s

  5h46m30s  (1h29m19,67s )
  7h15m49,67s
Observação : Se o ângulo horário H tiver sinal diferente do azimute A,
então devemos somar ou subtrair 180º ao valor de H para torná - los ambos
positivos ou ambos negativos. Vale lembrar que um azimute A  180º é
o mesmo que A  0.
Exercício
Calcular as coordenadas horizontais de uma estrela
às 5h 46m30 s (hora sideral), em um local de latitude
  5º 03'14" S , conhecendo - se suas coordenadas uranográfi cas :
  7 h15m49,67 s e   22º 09'41,5".
Solução :
S  H    H  S 
H  5h 46m30 s  7 h15m49,67 s  1h 29m19,67 s
Multiplicando por 15,
H  -22º 19' 55,1"
sen h  sen sen   cos cos  cos H
sen h  sen (5º 03'14") sen(22º 09'41,5")
 cos( 5º 03'14") cos( 22º 09'41,5") cos(-22º 19' 55,1" )
sen h  0,886 562 533
h  sen 1(0,886 562 533)
h  62º 26'39,9"
sen H
tgA 
sen cos H  cos tg
sen(22º19'55,1")
tgA 
sen(5º03'14") cos(22º19'55,1")  cos(5º03'14")tg (22º 09'41,1")

tgA  1,171 884 998


A  tg 1(1,171 884 998)
A  49º31'30"
Observação : Se o azimute A tiver sinal diferente do ângulo horário H
devemos somar ou subtrair 180º ao valor de A, para torná - los ambos
positivos ou ambos negativos.
3 – Movimento Diurno
3.1- Introdução
Observando à noite a esfera celeste "vemos"
que ela se move, acompanhada de todos os astros,
de leste para oeste.
Esse movimento coletivo, que congrega a
totalidade dos corpos celestes, constitue o
chamado movimento diurno.
Podemos nos socorrer de duas hipóteses para
explicá-lo:
1) Na primeira, admitimos a Terra imóvel
enquanto a esfera celeste, arrastando os demais
corpos celestes, gira em torno do seu eixo, de leste
para oeste, em 24 horas siderais; foi a hipótese
adotada pelos astrônomos anteriores a
COPÉRNICO, por parecer "coerente com o que
mostram os sentidos".
2) Na segunda, imobilizamos a esfera celeste
e conferimos movimento de rotação à Terra, no
mesmo intervalo de 24 horas siderais, porém de
oeste para leste. De acordo com esta hipótese o
movimento diurno é aparente: simples ilusão de
nossos sentidos, decorrente da rotação terrestre.
As duas hipóteses, desde que encaradas por
um prisma puramente cinemático são equivalentes,
o que justifica o fato de utilizarmos ora uma ora
outra, de acordo com as conveniências didáticas
do momento.
Mas da equivalência cinemática das duas
hipóteses decorre que elas são mutuamente
exclusivas; resta-nos pois, dentre ambas, escolher
a mais coerente com os conhecimentos atuais.
A hipótese de uma esfera celeste rotante
pode ser refutada, pois a mesma nos levaria ao
absurdo: a estrela "Próxima do Centauro" deveria,
em 24 horas siderais, descrever uma ...
circunferência com perímetro da ordem de 1,249 x 1014 km, o que
implicaria numa velocidade 200 vezes a velocidade da luz!
Em consequência do movimento diurno os astros, sem
excessão, giram em torno da Terra de leste para oeste.
A grande maioria parecem levantar-se no nascente, ganhar
altura até a culminação e depois, descer para o poente, acabando
por desaparecer no horizonte.
Outros, ditos circumpolares, permanecem constantemente
acima do horizonte, girando em torno de um dos polos celestes.
Os arcos diurnos (arcos acima do horizonte) de um astro
variam com a declinação do astro e com a latitude do observador.
Quanto valem as coordenadas horizontais de um astro em
um dado instante? Este e outros fenômenos semelhantes que iremos
abordar nos slides seguintes podem ser estudados por um prisma
analítico através do triângulo de posição, que será a chave da
maiorias de nossos problemas.
3.2 – Posição de um Astro num Dado Instante
Quais as coordenadas horizontais de astro de
coordenadas uranográficas  e  num local de
latitude , às S horas siderais?
H  S 
cos(90º h)  cos(90º  ) cos(90º  ) 
sen(90º  ) sen(90º  ) cos H
sen h  sen sen  cos  cos  cos H
cos(90º  )  cos(90º  ) cos(90º h) 
sen(90º  ) sen(90º h) cos(180º  A)
sen sen h  sen
cos A 
cos  cosh
3.3 – Passagem Meridiana Superior
A figura abaixo mostra o paralelo M 'M de um astro E
de declinação  , passando no ponto M pelo SMS de um
observador de latitude .
Da fórmula dos quatro elementos:
cos z = cos(90º- ) cos(90º - ) +
sen(90º- ) sen(90º - ) cos H
cos z = sen  sen + cos  cos cosH
Vemos que, quando o astro passa no
SMS o seu meridiano PnEPs passa a
ser PnQPs e, portanto, seu ângulo
horário é nulo. Para H = 0,
cos z = sen  sen + cos  cos
cos z = cos ( - )  z = ( - )
Dos dois sinais da fórmula z = ( - ),
escolhe-se aquele que torna ou conserva positiva a
quantidade entre parênteses uma vez que a
distância zenital é sempre positiva.
O sinal de ( - ), convém somente à
interpretação do fenômeno, conforme veremos
depois.
Logicamente a altura h pode ser obtida por,
h = 90º - z
e a hora sideral da passagem´por,
S= tendo em vista que H = 0.
Na passagem meridiana superior de um astro E de
declinação  em um local de latitude  temos duas
hipóteses a considerar:
1ª) Passagem ao norte do zênite: o astro passa no
meridiano no ponto M que está ao norte do ponto Z,
conforme mostra a figura. Vemos que, quando o astro
está M o seu vertical ZEN passa a ser ZHnN e,
portanto, seu azimute será: A = HsHn = 180º.
Também podemos ver que,
(QZ  QM) < 0
Mas,
QZ =  e QM = 
Portanto,
(  ) < 0.
2ª) Passagem ao sul do zênite: o astro passa no
meridiano no ponto M que está ao sul do ponto Z,
conforme mostra a figura. Vemos que, quando o astro
está em M, o seu vertical ZEN passa a ser ZHsN e,
portanto, seu azimute será A = 0º.
Também podemos ver que,
(QZ  QM) > 0
Mas,
QZ =  e QM = 
Portanto,
( ) > 0.
Resumindo:
3.3.1 – Casos Particulares
a)  = 0  z = |  |
Se o astro for do hemisfério sul a
passagem será ao sul do zênite, se for do
hemisfério norte passará ao norte do zênite.
b) |  | = |  |
Neste caso a distância zenital meridiana é
nula se  e  forem de mesmo sinal, e igual ao
dobro da declinação se os sinais forem contrários.
c) O sol somente cruza o meridiano no
zênite para observadores da zona tórrida (entre os
trópicos de câncer e capricórnio) e o faz duas
vezes por ano.
d) Nos equinócios ( = 0) o sol cruza o SMS
com distância zenital igual ao módulo da latitude
local.
e) |    | > 90º
O astro é circumpolar eternamente invisível.

3.4 – Passagem Meridiana Inferior


cos z = sen sen + cos cos cos H
H = 180º → cos z = sen sen  cos cos
cos z = (cos cos sen sen)
cos z = cos ( + )  z = 180( + )
Do duplo sinal, usa -se o que torna z < 180º
3.5 – Culminação
Dizemos que um astro culmina quando atinge
a sua altura máxima (distância zenital mínima).
Derivemos a equação abaixo, consideran do a
latitude constante :
cos z  sensen  cos cos cos H ,
 sen z dz  sen cos d  cos cos sen H dH 
cos sen cos Hd
 sen z dz  ( sen cos  cos sen cos H )d 
cos cos sen H dH
Temos duas hipóteses a considerar .
 Astros Fixos :
Admintindo constante a declinação de um astro fixo
no movimento diurno, a equação anterior torna - se :
 sen z dz   cos  cos  sen H dH
dz cos  cos  sen H

dH sen z
cos  cos  sen H
0H 0
sen z
Portanto a culminação de um astro fixo ocorre no SM S.
 Astros Errantes :
Neste caso em que declinação apresenta sensível
variação a culminação não mais ocorre no SM S, mas
muito próximo dele (ângulo horário muito pequeno,
mas não nulo).
 sen z dz  ( sen  cos   cos  sen cos H )d 
cos  cos  sen H dH
dz  sen cos   cos  sen cos H  d
   
dH  sen z  dH
cos  cos  sen H
sen z
Fazendo dz  0 na expressão acima teremos :
dH
sen cos  cos sen cos H d
sen H  
cos cos dH
sen H  (tg  tg cos H ) d ou , sem erro sensível :
dH
tg  tg d
H   
sen1 dH
Expressand o em segundos de tempo,
tg  tg d
H s 
15 sen1 dH
As efemérides dos astros do sistema solar trazem a
declinação e a respectiva variação horária ( ),
esta em /h (segundos de arco por hora); podemos
exprimir  em segundos de tempo por segundo
dividindo - a sucessivam ente por 15 e por 3600, ou
seja, dividindo - a por 54 000, e admitir que a mesma
seja uma aproximaçã o de d / dH .
Por tan to,
(tg  tg )
H s  
15 sen1 54 000
H s  0,254 655(tg  tg )  
O valor da velocidade zenital do Sol no início ou final do
dia, por exemplo, determina a duração daquela fase do dia em que
nem é dia claro nem escuridão total, o que comumente
denominamos de crepúsculo.
Quanto menor o valor de dz/dH, mais longo é o crepúsculo.
A expressão
dz  ( sen cos   cos sen cos H ) d  cos cos  senH
dH sen z dH cos z

nos mostra que em lugares de latitude alta a velocidade zenital é


pequena e, portanto, os dias são mais longos. Também podemos ver
que os dias são mais longos próximo aos solstícios, pois nestes
períodos do ano o ângulo horario do Sol ao nascer (ocultar) é mais
distante de 270º (90º).
3.6 – Passagem por um Almicantarado
Já sabemos que um almicantarado é uma
circunferência menor paralela ao horizonte do observador,
ou seja uma "circunferência de igual altura".
Um astro descrevendo o seu paralelo diário pode
atingir um almicantarado em dois pontos A e B (conforme
mostra a figura), o primeiro a leste e o segundo a oeste do
meridiano, posições nas quais a sua altura é a mesma.
O ângulo horário e o azimute da
passagem podem ser obtidos por :
sen h - sen sen
cos H 
cos cos
sen senh  sen
cos A 
cos cos h
3.7 – Passagem pelo Horizonte
Um astro está nascendo ou se ocultando quando
cruza (no caso de astro errante, o centro do disco
aparente) o horizonte do observador respectivamente a
leste ou a oeste. Nestas condições, não considerando a
refração atmosférica, a sua altura é nula (h = 0),
resultando retilátero o triângulo de posição.
3.7.1 Azimute
cos( 90º  )  cos( 90º  ) cos 90º 
sen (90º  ) sen90º cos(180º  A)
sen  sen cos 90º  cos sen90º cos A
sen   cos cos A  cos A   sen
cos
Aw  | A | (azimute do ocultar )
Ae   | A | (azimute do nascer )

3.7.2  Hora Sideral


cos 90º  cos( 90º  ) cos( 90º  ) 
sen (90º  ) sen (90º  ) cos H
0  sen sen  cos cos cos H  cos H  tg tg
H w | H | (ângulo horário do ocultar )
He   | H | (ângulo horário do nascer )
S w  H w   (hora sideral do ocultar )
Se  H e   (hora sideral do nascer )
3.7.3Condição para que um Astro Passe no Horizonte
Na figura abaixo mostramos o paralelo de
um astro E que nasce no ponto 1 e se oculta no
ponto 2. Observando a figura, podemos verificar que
nem todo astro passa no horizonte. Com efeito, para que o
fenômeno ocorra é preciso que o arco Q' M ' seja menor
que o arco Q' Hn (Q' M' < Q' Hn).
Mas, Q' M' =  e
Q' Hn = 90º  HnPn =90º
então,  < 90º
Generalizando para os 2 hemisférios:
|  | < 90º  |  |
• Caso um astro não atenda a inequação |  | < 90º  |  |
ele é circumpolar, eternamente invisível se pertencer ao
hemisfério oposto ao do observador.
3.7.4Arco Diurno
Sendo H contado a partir do SMS e proporcional ao
tempo é facil concluir que o valor do ângulo horário de um
astro num dado ponto do seu paralelo mede o tempo que o
astro gasta para ir do SMS a esse ponto (ou gastará
para ir desse ponto ao SMS se H for negativo).
Então, 2·| H | mede o arco diurno do astro, ou
seja, o tempo que o mesmo permanece acima do
horizonte. O arco noturno é dado por 24h 2·| H |
3.7.5  Crepúsculo
Chama-se de crepúsculo à luminosidade, de
intensidade crescente ao amanhecer (crepúsculo matutino)
e decrescente ao anoitecer (crepúsculo vespertino),
proveniente da iluminação das camadas superiores da
atmosfera pelo Sol. Temos três tipos de crepúsculo:
• Crepúsculo Civil
É aquele que vai desde o instante em que o Sol
atinge a altura h =  6º até o intante do nascer, e desde o
intante do ocultar até atingir a altura h =  6º.
• Crepúsculo Náutico
Ídem, h = 12º.
• Crepúsculo Astronômico
Ídem, h = 18º.
Observações:
1) Para os astros errantes (sol por exemplo),
os ângulos horários do ocultar e do nascer (Hw e
He) não são exatamente iguais em módulo, tendo
em vista a variação da declinação no movimento
diurno. Entretanto, podemos negligenciar este fato
sem grande erro.
2) Se  e  são de mesmo sinal (astro e
observador no mesmo hemisfério), teremos:
cos H < 0  | H | > 90º (6h)  2·| H | > 12h
resultando o arco diurno maior que o noturno; é o
ocorre para nós do hemisfério sul na primavera e
no verão (quando os dia são maiores que as noites).
Nos slides seguintes apresentamos tabelas com a hora do início do
crepúsculo matutino, hora do nascer, hora do ocultar, hora do final do
crepúsculo vespertino, arco diurno, arco noturno e crepúsculo para o ano
de 2017, em Qaasuitsup-Groenlândia (latitude  = 75º08´ N e longitude λ
= 48º30´ W).
As tabelas foram calculadas para o crepúsculo civil, dividido em
dois intervalos:
1) Crepúsculo matutino, que vai desde o instante em que o centro do Sol
atinge a altura h = 5º até o instante em que ele atinge a altura h =
50’ .
2) Crepúsculo vespertino, que vai desde o instante em que o centro do
Sol atinge a altura h = 50’ até o instante em que ele atinge a altura h
= 5º.
Observe que estamos admitindo que o sol nasce e se oculta quando o seu
bordo superior tangencia o horizonte celeste, o que ocorre com uma altura
h =  50´ (34´ devido à refração e 16 ´ devido ao semi-diâmetro).
Para entendimento das tabelas, vejamos alguns exemplos:
Dia 16/01:
Arco Diurno: não existe.

Arco noturno = (11h52m38s - 0h) + (24h - 12h32m12s) = 23h20m26s

Crepúsculo= 12h32m12s - 11h52m38s = 0h39m34s

Dia 06/02:
Arco Diurno: 13h02m19s - 11h31m59s = 1h30m20s (foi tabelado 1h30m21s)

Arco noturno = (8h49m34s - 0h) + (24h - 15h44m55s) = 17h04m39s


Crepúsculo = (11h31m59s - 8h49m34s) + (15h44m55s - 13h02m19s) =
5h25m01s (foi tabelado 5h25m00s)
3.8 – Passagem pelo Primeiro Vertical
O primeiro vertical para um determinado
observador é o círculo vertical normal ao
meridiano local; portanto, intercepta o horizonte
segundo a linha leste-oeste.
3.8.1Azimute no Primeiro vertical
Quando um astro atinge o primeiro vertical, o
faz em dois pontos, um a leste e outro a oeste do
meridiano assumindo o seu azimute os valores:
Aw = 90º e Ae = -90º (ou Ae = 270º)
e o triângulo de posição se torna retângulo no
zênite.
3.8.2  Altura no Primeiro Vertical
cos(90º  )  cos(90º  ) cos(90  h) 
sen(90º  ) sen(90º h) cos 90º
sen
sen  sen senh  sen h 
sen
A expressão acima nos indica que o fenômeno só ocorrerá
se : |  |  |  | e que é nescessário que  e  sejam de
mesmo sinal para que ele ocorra acima do horizonte.
3.8.3  Ângulo Horário no Primeiro Vertical
A regra de M auduit permite escrever :
tg 
cos H  cot g (90º  ) cot g[90º (90º  )]  cos H 
tg 
H w | H | (ângulo horário da passagem a oeste )
H e   | H | (ângulo horário da passagem a leste )
3.8.4  Hora sideral da Passagem
S w  | H |  (hora da passagema oeste)
Se   | H |  (hora da passagem a leste)
3.8.5  Condição Para Que o FenômenoOcorra
Uma outra maneirade obter a condição para que um astro passe no
primeiroverticalé atravésda da figura abaixo, que mostra o paraleloM´M
de um astro cruzando o primeiroverticalnos pontos 1 e 2.
Podemosver que isto só ocorre porque o arcoQM é menor que o
arcoQZ.
Mas,
QM   (declinação) e QZ   (latitude)
Então devemoster,
 
Generalizando, para os dois hemisférios :
| || |
3.9 – Passagem no Círculo das 6 Horas
Círculo das 6 horas para um determinado
observador é o meridiano celeste cujo plano é
normal ao meridiano local; portanto, intercepta o
horizonte segundo a linha leste-oeste.
3.9.1Ângulo Horário
Um astro atinge o círculo das 6 horas
em dois pontos, um a leste e outro a oeste do
meridiano local, assumindo o seu ângulo horário os
valores: Hw = 6h = 90º e
He = 6h = 90º (ou He = 18h = 270º)
e o triângulo de posição se torna retângulo no polo.
3.9.2  Hora Sideral da Passagem
S w  | H |  (hora da passagem a oeste)
Se   | H |  (hora da passagem a leste)

3.9.3  Altura no Círculo das 6 Horas


cos(90º h)  cos(90º  ) cos(90   ) 
sen(90º  ) sen(90º  ) cos 90º
senh  sen sen

3.9.4  Azimute no Círculo das 6 Horas


cos[90º (90º  )]  cotg (180º  A) cotg[90º (90º  )]
cos   cotgA cotg  cotgA   cos tg
Aw  | A | (azimute da passagem a oeste)
Ae   | A | (azimute da passagem a leste)
3.9.5Condição para que o Fenômeno Ocorra
A figura abaixo mostra o paralelo (M' M) de
um astro passando no círculo das 6 horas nos
pontos 1 e 2. Vemos facilmente que todo astro passa
no círculo das 6 horas, já que um paralelo sempre
intercepta um meridiano.
Ângulo horário das duas passagens:
Hw = QW (ângulo horário a oeste)
He = QL (ângulo horário a leste)
3.10 – Elongação
Na análise da variação do azimute de um
astro temos três hipóteses a considerar:
1ª Hipótese:  > 0
||< 
  QZ (latitude)
 = QM (declinação)
QM < QZ
 < 
Generalizando, |  | < 
A Figura nos mostra que o azimute cresce
desde 0º até 360º entre 2 passagens no SMS.
2ª Hipótese: <0
||< ||
QZ = |  | (módulo da latitude)
QM  |  | (módulo da declinação)
QM < QZ → |  | < |  |
A Figura nos mostra que o azimute decresce desde
360º até 0º entre 2 passagens no SMI.
3ª Hipótese: |  | > |  |
QZ = |  | (módulo da latitude)
QM  |  | (módulo da declinação)
QM > QZ → |  | > |  |

A Figura nos mostra que o


azimute varia desde um valor
mínimo HSB até um valor
máximo HSC.

O astro elonga a leste (ponto 1) com azimute máximo


A=HSC e a oeste (ponto 2) com azimute mínimo A=HSB
3.10.1Ângulo Paralático na Elongação
Um astro está em elongação quando o seu azimute
passa por um máximo ou por um mínimo; em outras
palavras: quando a velocidade azimutal (derivada do
azimute em relação ao tempo) é nula.
Aplicando a fórmula das cotangentes ao triângulo
ABC:
senc cotgb = senA cotgB + cosc cosA e, substituindo o
triângulo ABC pelo triângulo PnZE,
sen (90º  ) cotg (90º  ) 
senH cotg (180º  A)  cos(90º  ) cos H
cos tg   senH cotgA  sen cos H
cotgA senH  sen cos H  cos tg
cotgA senH  sen cos H  cos tg
Diferenciando em relação a A e H :
cotgAcos H H  senH A   sen senH H
sen2 A
senH A  ( sen senH  cos H cotgA)H
sen2 A
Multiplica ndo a expressão acima por senA :
H
senH A
 sen senHsenA  cos H cos A (1)
senAH
Aplicando a fórmula dos quatro elementos ao triângulo de posição :
cos Q   cos H cos (180º  A)  senHsen(180º  A) cos (90º  ) ou ,
cosQ  sen senHsenA  cos H cos A expressão que coincide
com segundo membro membro da expressão (1). Portanto,
senH A
 cosQ
senAH
senH A A cosQ sen A
 cosQ   (2)
senAH H sen H
que é a expressão da velocidade azimutal.

Aplicando a analogia dos senos ao triângulo de posição,


sen z sen (90º  ) sen z cos sen A cos
     (3)
sen H sen (180º  A) sen H sen A sen H sen z
e, substituin do (3) em (2),
A  cos cosQ
H sen z
Sendo  e z diferentes de zero, para
A  0  cosQ  0  Q  90º
H
Então, quando um astro está elongando, o triângulo de posição é
retângulo no astro.
3.10.2  Altura
Aplicando a fórmula dos quatro elementos :
cos(90   )  cos(90º  ) cos (90º h) 
sen (90º  ) sen(90º  h) cos90º
sen
sen  sen sen h  sen h 
sen
3.10.3  Ângulo Horário
Aplicando a regra de Mauduit :
tg
cos H  cotg (90º  ) cotg [90º (90º  )]  cos H 
tg
H w | H | (a oeste)
H e   | H | (a leste)
3.10.4  Hora Sideral
S w | H |  (hora da elongação a oeste)
Se   | H |  (hora da elongação a leste)
3.10.5  Azimute
Aplicando a analogia dos senos :
sen (90º- ) sen (90º ) cos 
   cos
sen (180º-A) sen 90º senA
senA  cos 
cos
Observação : A função seno possue duas raízes, o que a
princípio nos leva a uma indefiniçã o, que entretanto, pode ser
eliminada se lembrarmos que " em um triângulo retângulo, cateto e
ângulo oposto são do mesmo quadrante". Com efeito :
Se   0º  (90º )  90º  (180º A)  90º  A  90º
Se   0º  (90º )  90º  (180º A)  90º  A  90º
Aw | A | (azimute da elongação a oeste)
Ae   | A | (azimute da elongação a leste)
Exercício
Pede-se as coordenadas horizontais e a hora
sideral em que a estrela  ORIONIS, no dia
02/07/2011, atingirá, em um local de latitude
 = 5º03'30" S:
a) O semi-meridiano superior
b) O primeiro vertical
c) O círculo das 6 horas
d) O horizonte
e) Elongação
Dados:  = 5h32m35,59s
 = 0º17'28,9"
Solução :
a) Passagemmeridianasuperior
a1) Altura
z  (   )  z  (5º 03'30"(0º17'28,9" ))
z  (4º 46'01,1)  z  4º 46'01,1"
h  90º  z  h  90º 4º 46'01,1"  h  85º13'58,9"
a2) Azimute
(   )  0  passagem ao norte do zênite  A  180º
a3) Hora sideral
S    S  5h32 m35,59 s

b) Passagempelo primeirovertical
b1) Condição para que o fenômenoocorra
|  ||  |  | 0º17'28,9"|| 5º 03'30"|  OK
b2) Altura no primeiro vertical
sen(0º17'28,9")
senh  sen  senh 
sen sen(5º 03'30")
senh  0,057 674863  h  3º18'22,9"
b3) Azimute
Aw  90º (passagem a oeste)
Ae  90º (passagem a leste)
b4) Ângulo horário
tg tg (0º17'28,9")
cos H   cos H   cos H  0,057 450988
tg tg (5º 03'30")
| H | 86º 42'23,35" dividindo por 15, | H | 5h 46m 49,56s
b5) Hora sideral
S w | H |   S w  5h 46m 49 ,56 s  5h32m35,59 s
S w  11h19m 25,15s (hora da passagem a oeste)
b5) Hora sideral no primeiro vertical (continuação)
Se   | H |   Se  5 46 49,56  5 32 35,59
h m s h m s

Se  0h14m13,97s como resultou negativo somamos 24 ,


h

Se  23h45m46,03s (hora da passagem a leste)


c) Passagem pelo círculo das 6 horas
c1) Altura
sen h  sen sen  sen h  sen (5º03'30" ) sen (0º17'28,9" )
sen h  0,000 448 360 748 9  h  0º01'32,5"
c2) Azimute
cotgA   cos tg  tg A  1  (cos(5º03'30" )tg(0º17'28,9" ))
tg A  197,415 836 7 | A | 89º42'35,2"
Aw  89º42'35,2" (azimute da passagem a oeste)
Ae  89º42'35,2" (azimute da passagem a leste)
Observação : Se, ao calcular o arcotangente, for encontrado um valor
negativo para o azimute A, então devemos somar 180º a este valor.
c3) Hora sideral no círculo das 6 horas
S w  6h    S w  6h  5h32m35,59 s
S w  11h32m35,59 s (hora da passagem a oeste)
Se  6h    Se  6h  5h32m35,59 s
Se  0h 27 m 24,11s como resultou negativo somamos 24h ,
Se  23h32m35,59 s (hora da passagem a leste)

d) Passagem pelo horizonte


d1) Condição para que o fenômeno ocorra
|  | 90º  |  | | 0º17'28,9"| 90º  | 5º 03'30"|
0º17'28,9" 84º56'30" OK

d2)Altura
h  0º
d3) Azimute no horizonte
sen sen(0º17'28,9")
cos A    cos A  
cos cos(5º 03'30")
cos A  0,005105070 749 | A | 89º 42'27"
Aw  89º 42'27" (azimute do ocultar)
Ae  89º 42'27" (azimute do nascer)

d4) Ângulo horário


cos H  tg tg  cos H  tg (5º3'30") tg (0º17'28,9")
cos H  0,000 4501195603
| H | 90º 01'32,84" dividindo por 15, | H | 6h00m6,19 s

d5) Hora sideral


S w | H |   S w  6h00m6,19 s  5h32m35,59 s
d5) Hora sideral no horizonte (continuação)
S w  11h32m 41,78s (hora do ocultar)
Se   | H |   Se  6h00m6,19 s  5h32m35,59 s
Se  0h 27 m30,60 s como resultou negativo, somamos 24h ,
Se  23h32m 29,40 s (hora do nascer)

e) Elongação
e1) Condição para que o fenômeno ocorra
|  ||  |
Como temos | 0º17'28,9"|| 5º 03'30"| então o fenômeno
não ocorre.
Exercício
Pede-se as coordenadas horizontais e a hora
sideral da elongação da estrela  ERIDANI,
no dia 02/07/2011, em um local de latitude
 = 5º03'30" S:
Dados:  = 1h38m08,51s
 = 57º10'43,9"
Solução :
a) Condição para que o fenômeno ocorra
|  ||  |
Como temos | -57º10'43,4"|| -5º03'30"| então o fenômeno ocorre
b) Altura na elongação
sen sen (5º 03'30")
sen h   sen h   sen h  0,104918568
sen sen (57 º10'43,4")
h  6º 01'20,9"
c) Azimute
cos (57 º10'43,4")
sen A  cos  sen A   sen A  0,544139511
cos cos (5º 03'30")
A1  32º57'57,2"
A2  180  A1  147 º 02'02,8"
Das duas soluções trigonomé tricas escolhemos
a primeira, porque   0º. Portanto,
| A | 32º57'57,2"
Aw  32º57'57,2" (azimute da elongação a oeste)
Ae  32º57'57,2" (azimute da elongação a leste)
d) Ângulo horário na elongação
tg tg (5º 03'30")
cos H   cos H   cos H  0,057 090338
tg tg (57 º10'43,4")
| H | 86º 43'37,87" e dividindo por 15, teremos:
|H|  5h 46m54,52 s

e) Hora sideral
S w | H |   5h 46m54,52 s  1h38m08,51s
S w  7 h 25m03,03s (hora da elongação a oeste)
Se   | H |   5h 46m54,52 s  1h38m08,51s
Se  4h08m 46,01s
como resultou negativo devemos somar 24h :
Se  19h51m13,99 s (hora da elongação a leste)
4 – Tempo em Astronomia
4.1 – Introdução
Antes de abordar os diversos sistemas de tempo é
necessário distinguir intervalo e instante.
Intervalo é a quantidade de tempo decorrido entre
dois acontecimentos. Por exemplo, se uma aula durou 2
horas, então 2 horas é o intervalo de tempo decorrido
entre o início e o fim da aula.
Instante ou, traduzido literalmente do inglês
(epoch) época, é o intervalo de tempo decorrido desde
uma origem até um certo momento. Por exemplo, quando
dizemos que são 9 horas queremos dizer que decorreram
9 horas desde o início do dia até o presente momento.
4.2 Sistemas de Tempo
Podemos dividir os sistemas de tempo em
duas grandes categorias:
 Tempo atômico
 Tempo astronômico
4.2.1 Tempo Atômico
O Tempo Atômico é uma escala de tempo
uniforme e de alta acurácia (10-13 a 10-15 segundos),
regulado pelo número de períodos de radiação de
um átomo.
A unidade fundamental de tempo atômico
é o Segundo Internacional (SI).
4.2.1.1 Segundo Internacional (SI)
O Segundo Internacional (SI) é a duração
de 9 192 631 770 períodos da radiação
correspondente à transição entre dois níveis
hiperfinos do estado fundamental do átomo de
césio 133.

 Definiçãoadotada na 13ª Conferência Geral de


Pesos e Medidas, em 1967.
4.2.1.2  Tempo Atômico Internacional (TAI)
O Tempo Atômico Internacional (TAI) é a
escala de tempo calculada pelo Escritório
Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), que faz
uma média ponderada do tempo obtido em cerca de
duzentos relógios atômicos em mais de 50
laboratórios ao redor do mundo.
A unidade de medida do TAI é mantida o mais
próximo possível do Segundo Internacional (SI),
usando informações dos laboratórios que mantém os
melhores padrões primários de césio.
O TAI é uma escala uniforme e estável que, por
consequência, não se mantém em sincronia com a
rotação ligeiramente irregular da Terra.
4.2.2  Tempo Astronômico
Tempo astronômico é o tempo regulado pelo
movimento dos astros.
O tempo astronômico pode ser subdividido em:
 Tempo Terrestre
 Tempo Rotacional
Antes de definir o Tempo Terrestre (TT)
precisamos conceituar:
 Tempo Dinâmico (TD)
e
 Tempo Dinâmico Baricêntrico (TDB) .
O Tempo Dinâmico (TD) é uma escala de
tempo derivada dos movimentos planetários no sistema
solar e sua duração é baseada nos movimentos
orbitais da Terra, Lua e planetas.

O Tempo Dinâmico Baricêntrico (TDB) refere-se


a um sistema de tempo inercial, referenciado no
baricentro do sistema solar.
O Tempo Terrestre (TT)*:
 Apresenta, por definição, frequência igual à de um
relógio atômico sobre a Terra (geóide).
 Mostra as variações periódicas com relação ao TDB, devidas
ao movimento da Terra no campo gravitacional do Sol.
 Mantém uma escala de tempo uniforme para
movimento sujeito ao campo gravitacional da Terra,
podendo ser considerado inercial localmente.
Podemos usar o TT para descrever, por exemplo, o
movimento de um satélite artificial.
Como outro exemplo temos o Anuário do Observatório
Nacional, que usa o TT para as efemérides do Sol, Lua e planetas.
* Até 1984 o TT era chamado de Tempo das Efemérides
(TE). De 1984 até 2001 ele foi chamado de Tempo Dinâmico
Terrestre (TDT).
Podemos relacionar o Tempo Terrestre (TT)
com o Tempo Atômico Internacional (TAI) através da
expressão:
TT = TAI+32,184s
Tempo Rotacional é o tempo regulado pelas
rotações da Terra.
O tempo rotacional pode ser subdividido em:
 Tempo sideral
 Tempo solar
Tempo sideral é aquele que usa o ponto
vernal como ponto de referência para a sua
determinação.
Tempo solar é aquele que usa o centro do sol
como ponto de referência para a sua determinação.
4.3  Tempo Sideral  Intervalo
O intervalo fundamental de tempo sideral é
o dia sideral.
Dia sideral é o intervalo de tempo decorrido
entre duas passagens consecutivas do ponto vernal
pelo mesmo semi-meridiano.
O dia sideral tem início, em um certo local,
quando o ponto vernal passa pelo semi-meridiano
superior deste local.
Aqui abrimos um parêntese para apresentar
alguns conceitos indispensáveis ao estudo de
tempo.
Devido à atração do Sol e da Lua sobre a
protuberância equatorial, a Terra possui um
movimento que a leva a balancear-se no espaço
como um pião: o eixo de rotação descreve um
cone de duas folhas, vértice geocêntrico, abertura
da ordem de 47º.
Este movimento é chamado de movimento
precessional ou, simplesmente precessão.
Na figura do slide anterior cogitamos apenas
de um astro perturbador, mas é claro que devemos
considerar a ação atrativa de ambos: Sol e Lua.
Tal força atrativa entretanto não é constante,
sofrendo variações complexas em função da
posição relativas dos três astros; é fácil concluir,
portanto, que o consequente movimento cônico do
eixo do mundo não é regular podendo ser
desdobrado em uma componente uniforme e outra
periódica.
À parte uniforme dá-se o nome de precessão
luni-solar e à periódica dá-se o nome de nutação.
O eixo de rotação quando sujeito
exclusivamente à precessão luni-solar é designado
por eixo médio e o correspondente equador por
equador médio. Convém deixar claro que no
movimento precessional a posição da eclíptica não
varia no espaço, o que varia é o equador celeste.
Através do movimento de precessão luni-
solar os polos celestes médios deslocam-se sobre a
esfera celeste, em torno dos correspondentes polos
da eclíptica descrevendo anualmente arcos de
50,3", ou seja, completando uma circunferência
completa num período aproximado de 26000 anos.
Como o equador celeste é sempre normal ao
eixo do mundo, este movimento implica num
balanço do equador, fazendo com que o ponto
vernal se desloque sobre a eclíptica também de
50,3" por ano.
A nutação astronômica possue expressão
matemática complexa e é formada por termos
periódicos que podem ser separados em dois
grupos: os de longo período (até 18,6 anos) e os de
curto período (menos de 35 dias).
A nutação expressa apenas pelos termos de
longo período é responsável por um movimento do
eixo celeste (agora dito verdadeiro) em torno do
eixo médio, gerando uma superfície cônica de
bases elípticas num período de 18,6 anos.
As elípses que os polos verdadeiros
desenham sobre a esfera celeste são muito
pequenas: eixo maior = 18" e eixo menor = 13".
Definido o que seja equador médio e equador
verdadeiro a noção de ponto vernal médio e ponto
vernal verdadeiro fica também implícita; agora
podemos retornar ao estudo do tempo.
Teremos então dia sideral médio e dia sideral
aparente (ou verdadeiro) conforme a medida tenha
sido feita com o ponto vernal médio ou aparente
(verdadeiro) respectivamente.
Apenas o dia sideral médio é utilizado
devido às variações que ocorrem com o ponto
vernal verdadeiro.
4.4  Tempo Sideral  Instante
Na figura abaixo representamos o hemisfério norte
projetado no plano do equador.
PnA representa o semi-meridiano superior de um
observador cujo zênite está representado por Z.
Um dia sideral será então a quantidade de tempo
decorrido entre duas passagens do ponto vernal pelo
ponto A.
Antes de completar uma volta o ponto vernal irá
passar por W, B e L.
No instante em que passar por W terá decorrido ¼
do dia sideral. Por B e por L teremos respectivamente ½
e ¾ do dia sideral.
Portanto em W serão 6h(S), em B 12h(S) e em L
18h(S), o que corresponde ao arco de equador desde A
até W, B e L respectivamente.
Então, no momento em que o
ponto vernal passar por um ponto C, a
hora sideral (instante) será o arco AC
expresso em horas, minutos e
segundos.
Porém o arco AC nada mais é que o ângulo
horário do ponto vernal (Hγ).
Podemos então dizer que a hora sideral num
determinado instante é igual ao ângulo horário do
ponto vernal neste mesmo instante.
Então: S = Hγ
Conforme o ponto vernal seja médio ou
aparente (verdadeiro) teremos a hora sideral
média ou aparente (verdadeira).
Então: SM = HγM e SA = HγA

A diferença entre as duas horas nos dá a


chamada equação dos equinócios:
EE = SA - SM
A equação dos equinócios representa a
componente da nutação em ascensão reta e vem
tabelada na seção F do Anuário do Observatório
Nacional.
4.5  Tempo Solar Verdadeiro  Intervalo
O intervalo fundamental de tempo solar
verdadeiro é o dia solar verdadeiro.
Dia solar verdadeiro (ou simplesmente dia
verdadeiro) é a quantidade de tempo decorrido entre duas
passagens do centro do Sol pelo mesmo semi-meridiano.
O dia verdadeiro tem início em um determinado
local quando o centro do Sol passa pelo semi-meridiano
inferior deste local.
Pela 2ª Lei de Keppler sabemos que a velocidade
areal descrita pelo raio vetor que liga o Sol a um planeta
é constante; portanto o raio vetor Terra-Sol varre áreas
iguais em tempos iguais.
Invertendo o raciocínio, isto é, colocando a Terra
em um dos focos da órbita elíptica e o Sol girando, para
que as áreas S1TS2 e S3TS4 sejam iguais elas deverão ser
descritas no mesmo intervalo de tempo t.
Da figura concluimos que no trecho S1S2 a
velocidade linear é maior que no trecho S3S4.
Daí podemos dizer que a velocidade linear do Sol
é variável, sendo máxima no perigeo (03/01) e mínima
no apogeu (05/07).
Devido a este fato e ainda ao fato de o Sol não
percorrer o equador, mas sim a
eclíptica o dia solar verdadeiro não é
constante, o que torna impossível o
seu uso na vida prática.
4.6  Tempo Solar Verdadeiro  Instante
Hora solar verdadeira (ou simplesmente hora
verdadeira) é o ângulo horário do centro do Sol acrescido
de 12 horas.
Portanto:
V = HS+ 12h
Sendo ,
HS = ângulo horário do centro do Sol
V = hora verdadeira
Exemplo:
V = 15h16m40,56s
4.7  Tempo Solar Médio
Para contornar as dificuldades devidas às
irregularidades na velocidade do Sol foi criado
um Sol fictício denominado sol médio.
Por definição o sol médio é um sol fícticio
que percorre o equador com velocidade constante
durante o mesmo período em que o sol verdadeiro
percorre a eclíptica.
O tempo solar médio é o tempo regulado
por este astro imaginário.
4.7.1  Tempo Solar Médio  Intervalo
O intervalo fundamental de tempo solar
médio é o dia solar médio.
Dia solar médio (ou simplesmente dia
médio) é a quantidade de tempo decorrido entre
duas passagens consecutivas do sol médio pelo
mesmo semi-meridiano.
O dia médio tem início em determinado local
quando o sol médio passa pelo semi-meridiano
inferior deste local.
Submúltiplos: 1h(M) = 1d(M)/24
1m(M) = 1h(M)/60
1s(M) = 1m(M)/60
4.7.2  Tempo Solar Médio  Instante
Hora solar média (ou simplesmente hora média) é
o ângulo horário do sol médio acrescido de 12 horas.
Portanto:
M = HM + 12h
Sendo ,
HM = ângulo horário do sol médio
M = hora média
Exemplo:
M = 15h16m40,56s
4.8 – Tempo Universal
Chama-se de Tempo Universal (TU) à hora média do
meridiano médio de Greenwich.
O Tempo Universal , também chamado de Greenwich
Mean Time (GMT) ou de Universal Time (UT), é obtido
formalmente através de determinações astronômicas, embora
atualmente sejam utilizados satélites GPS na sua determinação.
Existe três diferentes designações do Tempo Universal,
muito embora a diferença entre elas não ultrapasse 0,03
segundos:
- TU0: é o TU não corrigido
- TU1: é o TU corrigido da influência do movimento do polo
sobre a longitude.
- TU2: é o TU1 corrigido das influências sazonais da
velocidade de rotação da Terra.
4.8.1  Tempo Universal Coordenado (TUC)
 Problema:
 Rotação da Terra está ficando mais lenta.
 Dia solar médio está ficando maior.
 86.400 segundos do TAI é 0,003 segundos menor
que o dia solar médio.
 Solução:
 Criar de uma escala de tempo que se mantivesse em
sincronia com o Sol, fazendo com que o mesmo cruze o
meridiano de Greenwich ao meio-dia com um desvio
máximo de 0,9s.
 Tal escala, criada em 1972, é o Tempo Universal
Coordenado (TUC), que difere do TU1 de menos de
0,9s e do TAI de um número inteiro de segundos.
 O valor T = TUCTU1 varia com a variação da
rotação da Terra.
 Quando |T| atingir 0,9s, um segundo positivo ou
negativo deve ser intercalado no último segundo TUC
do dia 30 de junho ou 31 de dezembro do ano
correspondente.
4.8.2 – Tempo GPS (TGPS)
O tempo GPS é uma escala de um tempo
precisa (precisão entre 200 e 340 nanossegundos),
mantido por relógios atômicos em Terra e nos
satélites do sistema GPS.
O tempo GPS está relacionado com o TAI
pela expressão:
TGPS = TAI – 19s
A tabela completa pode ser vista em:
Time Scales: UT1, UTC, TAI, ET,TT, GPS Time
4.9  Tempo Sideral de Greenwich a 0h(TU)
Chama-se de Tempo Sideral de Greenwich a Zero
Hora Tempo Universal ao ângulo horário do ponto vernal
referente ao meridiano médio de Greenwich no instante
em que são zero horas médias em Greenwich. Em outras
palavras, é a hora sideral de Greenwich no instante em que
são zero horas médias em Greenwich.
Conforme o ponto vernal seja aparente ou médio
teremos o Tempo Sideral Aparente de Greenwich a
0h(TU) ou o Tempo Sideral Medio de Greenwich a
0h(TU). Esses valores vêm tabelados na seção F do
Anuário do Observatório Nacional.
No nosso curso utilizamos apenas o tempo
sideral aparente, que representamos por S0.
4.10  Equação do Tempo
Chama-se de equação do tempo (E) à diferença
entre a hora verdadeira (V) e a hora media (M).
Portanto: E = V  M
Mas, V = HS + 12h e M = HM + 12h
Então, E = (HS + 12h)  (HM + 12h)
E = HS  HM
Ou seja, a equação do tempo também pode ser dada
pela diferença entre o ângulo horário do centro do Sol
(HS) e o ângulo horário do sol médio (HM).
Também podemos escrever:
S = HS + S = HM + M  HS  HM = M  S
Então, E = M  S
A expressão, E = M  S
nos diz que, a equação do tempo também pode ser dada
pela diferença entre a ascensão reta do sol médio (M) e a
ascensão reta do centro do Sol (S) .
A equação do tempo varia aproximadamente entre
14 minutos e +16 minutos.
Exemplo:
E = 12m14,5s.
4.10.1  Tabela com a Equação do Tempo
A equação do tempo é dada indiretamente pela última coluna
da Seção C do Anuário do Observatório Nacional, a qual lista a hora
solar média (TU) em que o Sol verdadeiro cruza o meridiano de
Greenwich. Portanto, a equação do tempo para este instante será a
diferença entre 12h e o valor listado. No slide seguinte podemos
ver, por exemplo, que no dia 26/11/2011 o Sol cruza o SMS de
Greenwich às 11h47m10,91s (TU). Então, a equação do tempo às
11h47m10,91s (TU) do dia 26/11/2011 será dada por:
E = 12h 11h47m10,91s = 12m49,09s
A equação do tempo a 0h(TU) do dia 26/11/2011, pode ser
obtida tirando-se uma média dos valores tabelados.
passagem do dia 25  passagem do dia 26
E0  12h 
2
11h 46m52,39 s 11h 47 m10,91s
E0  12 
h  12h 11h 47 m01,65s
2
E0  12m58,35s
Parte da página 12C do Anuário do Observatório Nacional
4.11  Diferença de Hora Entre Dois Meridianos
Na figura abaixo representamos o hemisfério norte
projetado sobre o equador celeste com o semi-meridiano
superior de Greenwich (G) e de dois pontos A e B.
Imaginemos que o Sol verdadeiro (SV) e o sol
médio (SM) estejam coincidindo com um ponto vernal
(γ).
Seja,
SA = hora sideral em A SB = hora sideral em B
MA = hora média em A MB = hora média em B
VA = hora verdadeira em A VB = hora verdadeira em B
LA = longitude de A LB = longitude de B
LA = GA e LB = GB
LA  LB = GA  GB = AB
SA = Aγ e SB = Bγ
SA  SB = Aγ  Bγ = AB
MA = ASM +12h e MB=BSM +12h
MAMB= (ASM +12h) (BSM +12h) = AB
VA = ASV +12h e VB=BSV +12h
VA VB= (ASV +12h)  (BSV +12h) = AB
LA  LB = SA  SB = MA  MB = VA  VB
Portanto, a diferença de longitude entre dois pontos é igual à
diferença de hora astronômica entre estes dois pontos, seja ela
sideral, média ou verdadeira.
4.12  Tempo Legal
Já vimos que a hora astronômica não atende às
exigências da atividade civil, tendo em vista que ela muda
de lugar para lugar.
Em 1884 o Brasil foi convidado a participar da
Conferência Internacional do Meridiano em Washington,
quando foi adotado o meridiano que passa por Greenwich
como origem das longitudes e, portanto, das horas, bem
como o sistema de fusos horários.
O enviado como representante do Brasil, Luiz
Cruls, então diretor do Imperial Observatório do Rio de
Janeiro (atual Observatório Nacional), adotou posição
contrária à escolha de Greenwich, atendendo solicitação
de D. Pedro II para que votasse com a França.
Desse modo, o Brasil não adotou os critérios da
Conferência Internacional do Meridiano e o território
nacional conservou a mesma situação anárquica em que já
vinha em relação à hora, permanecendo assim até o ano
de 1913.
Somente com Lei n° 2.784 de 18 de junho de 1913
o Brasil adotou os critérios da Conferência Internacional
do Meridiano.
Através desses critérios convencionou-se dividir a
Terra em 24 fusos horários, cada fuso com amplitude de
15º ou 1h e estabelecer que a hora dentro de um fuso seria
a hora média do meridiano que passa pelo centro do fuso.
Chama-se de hora legal em um fuso à hora
média do meridiano central do fuso.
Fusos Horários do Brasil:
• Fuso TUC2
Arquipélago de
Fernando de Noronha,
Ilha da Trindade e Ilhas S.
Pedro e S. Paulo.
• Fuso TUC3
Todo o país com
exceção do Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul,
Amazonas e Acre.
• Fuso TUC4
Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Amazonas
e Acre.
4.13  Transformação de Hora Média em Hora Legal e Vice-Versa
Consideremos um fuso horário (F) com dois pontos A e B,
estando o ponto B sobre o seu meridiano central e o ponto A em
uma posição qualquer dentro do fuso.
Seja,
LA = longitude do ponto A MA = hora média no ponto A
LB = longitude do ponto B MB = hora média no ponto B
HL = hora legal dentro do fuso F
Já vimos que:
LA – LB = MA – MB
Mas,
LB = F e MB = HL
Então,
LA – F = MA – HL
ou ainda, mudando a ordem
dos termos e retirando o índice A:
HL – F = M - L
4.14  Transformação de Hora Média em Hora Verdadeira.
Seja E a equação do tempo no intante em que são M horas
médias e V horas verdadeiras em um local de longitude L.
Por definição,
E=VM  V=M+E (1)
Se no local de longitude L são M horas média, serão em
Greenwich neste mesmo instante (ML) horas médias.
Portanto terá decorrido em Greenwich desde o instante
0h(TU) até o instante considerado o intervalo de tempo (ML).
Se multiplicarmos esse intervalo de tempo pela variação
horária da equação do tempo, que denotaremos por E, teremos a
variação total desde 0h(TU).
Somando essa variação total com a equação do tempo a
0h(TU), designada por E0, teremos a equação do tempo atualizada.
Portanto,
E = E0 + (ML)·E e substituindo em (1) ,
V = M + E0 + (ML)·E
Portanto a equação,
V = M + E0 + (ML)·E
permite transformar hora média em hora verdadeira.

A variação horária da equação do tempo pode ser calculada


retirando indiretamente do Anuário do Observatório Nacional, a
equação do tempo a 0h(TU) para o dia desejado e para o dia seguinte
e dividindo a diferença entre elas por 24 horas. Portanto:
E0'  E0
E 
24 h
sendo,
E0  equação do tempo a 0 h (TU) do dia desejado
E0'  equação do tempo a 0 h (TU) do dia seguinte
E  variação horária da equação do tempo
4.14 - Transformação de Hora Verdadeira em Hora Média

V  M  E0  (M  L)  E

V  M  E0  M  E  L  E

V  M  (1  E)  E0  L  E

M  (1  E)  V  E0  L  E

V  E0  L  E
M
1  E

expressão que permite transformar hora verdadeira em


hora média.
Exercício:
Calcular a hora legal da passagem meridiana superior do Sol em
Belém (longitude L = 3h13m56s W e fuso horário F = -3h), no dia
08/10/95, com os seguintes dados:
E0 = 12m45,29s (equação do tempo a 0h (TU))
E = -0,552s/h (variação horária da equação do tempo)
Solução :
1) Cálculo da hora média
V  E0  L  E
M
1  E
12h 12m45,29s  (3h13m56s )  (0,552s / h)
M
1  (0,552s / h)
h m s
M  11 47 23,00
2) Cálculo da hora legal
HL  F  M  L  HL  M  L  F
H L  11h47m23,00s  (3h13m56s )  (3h)
H L  11h47m23,00s  3h13m56s  3h
H L  12h01m19,00s
4.15  Tipos de Ano
Genericamente, ano é o intervalo de tempo decorrido entre
duas passagens consecutivas do centro do Sol pelo mesmo ponto da
eclíptica; se esse ponto for:
• um ponto fixo – tem-se o ano sideral
• o ponto vernal – tem-se o ano trópico
• o perigeu – tem-se o ano anomalístico
No ano trópico, o Sol em seu movimento aparente no sentido
direto, não percorre inteiramente a eclíptica devido à precessão
retrograda do ponto vernal de 50,3”; assim, o arco realmente
descrito pelo Sol é de 359º59'09,7".
Já no ano anomalístico ocorre o contrário, pois as
perturbações planetárias determinam um deslocamento do perigeu,
no sentido direto, da ordem de 11,6" por ano; com isso, em um ano
anomalístico o Sol percorre 360º00'11,6".
Portanto: ano trópico < ano sideral < ano anomalístico
Ainda existe um outro tipo de ano, que é o Ano Juliano,
definido como o intervalo de tempo igual a 365,25 dias médios.
Desse modo o Ano Juliano conduz a um múltiplo inteiro: o
século juliano, com 36 525 dias médios.
4.16  Relação Entre Dia Sideral e Dia Médio
Na figura abaixo representamos a Terra e a esfera celeste
projetados sobre o plano do equador celeste.
Consideramos o momento em que o ponto vernal e o Sol
Médio são alcançados simultaneamente pelo semi-meridiano
superior (SMS) do observador (ponto S1).
Decorridas as 24 horas siderais a Terra terá completado uma
rotação (desprezando a precessão) em torno do seu eixo, de oeste
para leste, estando o SMS a passar novamente pelo ponto vernal ():
cumpriu-se um dia sideral. Porém o Sol
médio, devido ao seu movimento anual
aparente que o obriga a deslocar-se no
sentido direto, ainda não foi alcançado pelo
SMS, o que ocorrerá numa posição S2,
quando então se terá completado um dia
médio.
O atraso nas sucessivas passagens do SMS pelo sol médio
irá se acentuando dia a dia.
Após exatamente um ano trópico o Sol Médio e o ponto
vernal cruzarão juntos novamente o meridiano do observador.

Assim, se a Terra executa n rotações, tomando como


referência o ponto vernal, executará apenas n – 1 rotações em
relação ao Sol médio.

Portanto,
1 ano trópico = 365,242 198 79 dias médios
1 ano trópico = 366,242 198 79 dias siderais
4.17  Transformação de Intervalos de Tempo Médio em Sideral.

Seja IS o intervalo de tempo sideral correspondente a um


intervalo de tempo médio IM.
Nessas condições podemos escrever:
I S 366 ,242198 79
  1,002 737 909
I M 365,242198 79
I S  1,002 737 909  I M
I S  I M  0 ,002 737 909  I M
IS  IM    IM
sendo,
λ  0 ,002 737 909 (constante)
4.18  Transformação de Intervalos de Tempo Sideral em Médio.

Seja IM o intervalo de tempo médio correspondente a um


intervalo de tempo sideral IS. Nessas condições podemos escrever:

I M 365,242198 79
  0,997 269 566
I S 366 ,242198 79
I M  0,997 269 566  I S
I M  (1  0 ,002 730 434)  I S
IM  IS    IS
sendo,
  0,002 730 434 (constante)
Observação :  (leia LAM DA) e  (leia M I).
4.19  Transformação de Hora Média em Hora
Sideral
O problema consiste em calcular a hora
sideral S em um local de longitude L no instante
em que são M horas médias neste local.
Se no local de longitude L são M horas
médias, serão em Greenwich, neste mesmo
instante, M-L horas médias.
Portanto, terá decorrido em Greenwich, desde
o instante 0h(TU) até o instante considerado, o
intervalo de tempo médio IM = M-L.
4.20  Transformação de Hora Sideral em Hora Média
O problema consiste em calcular a hora sideral M em um
local de longitude L no instante em que são S horas siderais neste
local.
Parte da página 8F do Anuário do Observatório Nacional
Exercício :
Calcular a hora legal da passagem no SMS de uma estrela num local
de longitude L  2 h 51m10s W e fuso horário F   3h , no dia 26/07/2011,
conhecendo - se a sua ascensão reta neste dia :   11h 17 m14,702 s.

Solução :
1) Cálculo da hora média
Na passagem meridiana temos  S    11h17 m14,702 s.
L    2 h 51m10s  0,002737909  28,12 s
S0  20 h13m 23,161s (retirado do Anuário ...)
L   28,12 s
( S0  L   )  20 h13m51,281s
S  11h17 m14 ,702 s
( S0  L   )  20 h13m51,281s
S  ( S 0  L   )  8h56 m36,579 s
 24 h (porque resultou
S  ( S 0  L   )  15h 03m 23,421s negativo)
M  0,997269566  ( S  ( S0  L   ))
M  0,997269566  15h 03m 23,421s
M  15h 00 m55,42 s

2) Cálculo da hora legal


HL  F  M  L  HL  M  L  F
H L  15h 00 m55,42 s  (2 h51m10 s )  (3h )
H L  15h 00 m55,42 s  2 h51m10 s  3h
H L  14 h52 m 05,42 s
5 – Determinação do Meridiano
5.1 – Medida de Ângulos Horizontais
5.2 – Medida de Ângulos Verticais
5.2 – Medida de Ângulos Verticais
5.2 – Medida de Ângulos Verticais
5.3 – Correção dos Ângulos Verticais
a) Correção de Refração
5.3 – Correção dos Ângulos Verticais
b) Paralaxe Diária
Ao medir a distância zenital de um astro, o observador
encontra-se na superfície física da Terra. Porém o sistema de
coordenadas horizontais tem origem no centro da Terra. Torna-se
necessário, portanto, corrigir a distância zenital, ou seja, reduzi-la a
uma distância zenital geocêntrica.
Suponhamos que um
observador, situado em um ponto P
da superfície física da Terra, suposta
esférica, observe um astro E com
uma distância zenital (topocêntrica)
z. Se o observador estivesse no
centro da Terra, a distância zenital
(geocêntrica) seria z'. Da figura ao
lado, retiramos:
z' = z - p
Ao ângulo p dá-se o nome de paralaxe diária ou
simplesmente paralaxe, e é definido como sendo o ângulo com
vértice no astro que subentende o raio da Terra que passa pelo ponto
de observação P.
Vejamos a seguir como calcular a paralaxe.
Devido às grandes distâncias que separam a Terra das
estrelas (a estrela mais próxima da Terra é a  Centauri, que dista
4,2 anos-luz), a relação R/D é nula. Portanto, não fazemos
correção de paralaxe para observações a estrelas.
No caso do Sol, a relação R/D já não é nula (a distância da
Terra ao Sol é de apenas 8 minutos-luz).
Fazendo,
R  6370 km (raio da Terra)
D  149,6 106 (distância da Terra ao Sol)
sen 1  0,000004848
Na fórmula,
p  R sen z
D  sen1
Obtemos, p  6370 sen z
149,6 10  0,000004848
6

Ou ainda, p  8,78sen z


Portanto, a expressão acima nos dá a paralaxe do Sol.
5.3 – Correção dos Ângulos Verticais
- c) Correção de Semi-diâmetro
- O Sol, ao contrário das estrelas, apresenta-se no campo da
luneta de um teodolito como um disco e não como um ponto. Então,
desde que não tenhamos um dispositivo especial chamado prisma de
Roelofs, somos forçados a visar um dos bordos (ou ambos) do Sol.
Parte da pagina 12C do Anuário do Observatório Nacional
5.3 – Correção dos Ângulos Verticais
- d) Resumo das Correções -
Para o Sol: z = z' + R – p ± sd
Para estrelas: z = z' + R
5.4 – Expressão Geral do Azimute da Mira
5.5 – Meridiano pelo Método das Distâncias Zenitais Absolutas (Sol)
Operações de Campo:
1) Centrar o teodolito (já com uma ocular de cotovelo) no ponto e
calar os níveis.
2) Visar a mira em posição direta da luneta (PD) e fazer a leitura do
limbo horizontal ( ).
3) Visar a mira em posição inversa (PI) e fazer a leitura do limbo
horizontal ( ).
4) Visar o Sol em posição direta (PD) e, ao conseguir a dupla
tangência dos bordos do Sol respectivamente com os fios médio e
vertical do retículo (veja figura abaixo), deixar de atuar no
instrumento e ler imediatamente a hora legal ( ). Ler em seguida
a temperatura (T), a pressão atmosférica (P), o limbo vertical ( )
e o limbo horizontal ( ).
5) Visar o Sol em posição inversa (PI) e, ao conseguir a dupla
tangência dos bordos do Sol respectivamente com os fios médio e
vertical do retículo (veja figura abaixo), deixar de atuar no
instrumento e ler imediatamente a hora legal ( ). Ler em seguida
o limbo vertical ( ) e o limbo horizontal ( ).
Observações:
1) As cinco etapas acima constituem o que chamamos de “uma
observação”. Devemos fazer quatro observações para que
possamos ter quatro valores do azimute da mira e, deste modo,
obter a média e o desvio padrão. Admite-se, por este método, um
erro (desvio padrão) de até 30, mas um bom operador consegue
um azimute com erro de até 6.
2) Termômetro e aneróide não devem está situados sobre objetos
que possam aumentar as suas temperaturas.
3) Antes de visar o Sol, não esquecer de colocar um filtro na ocular.
Cálculos :
1) Cálculo da distância zenital do Sol
a a
360ºDv  Iv
z 
2
R m  55,797tgz  0,0636tg z  0,0000952tg z
3 5

Ctp  P  273
760 253  T
R  R m  Ctp p  8,78senz
z  z  R  p
2) Cálculo da declinação do Sol
0 : declinação do Sol a 0h (TU) para o dia da observação
0 : declinação do Sol a 0h (TU) para o dia seguinte
F : fuso horário
δ0  δ0 HL  HL
Δδ  HL    0  (HL - F)  Δδ
24 2
3) Cálculo do azimute do Sol
sen cos z  sen
cosAa   : latitude (deve ser conhecida)
cos sen z
4) Cálculo da leitura da mira
Dm  Im
Lm  h h  90º Dm
h  Im
h 
2
Dmh  Im
h 
5) Cálculo da leitura do astro
Dah  Iah
La   90º Dah  Iah  
2
a a
Dh  Ih  
6) Cálculo do azimute da mira
Am  Aa  Lm  La
Exercício:
Calcular o azimute da mira com os dados da caderneta abaixo.
Solução :
1) Cálculo da distância zenital
z  360º  52º 45'16,4"-303º 25' 46,8"  z  54º 39' 44,8"
2
Rm  55,797  tg 54º 39' 44,8"  0,0636  tg 54º 39' 44,8" 
3

5
0,0000952  tg 54º 39' 44,8"
Rm  78,5
Ctp  673  273  Ctp  0,879
760 253  22
R  78,5  0,879  R  69,0
p  8,78  sen 54º 39' 44,8"  p  7,1
z  54º 39' 44,8"  69,0 - 7,1  z  54º4046,7
2) Cálculo da declinação do Sol
0  19º3825,0 (declinação a 0h TU retirada para o dia da observação)
0  19º51 27,4 (declinação a 0h TU retirada para o dia seguinte)
19 º5 1 27,4  19º3825,0 
   /h
h
   32,6
24
h m h m
HL  14 22  14 26  14h 24m
2
h
F  -3 (fuso horário conhecido)
h m h h m
HL  F  14 24  (3 )  17 24
  19º3825,0  17h24m  32,6/h    19º4752,2

3) Cálculo do azimute do Sol


sen(25º2550)  cos 54º4046,7  sen 19º4752,2
cos Aa 
cos(25º2550)  sen 54º4046,7
Aa  142º4812,4
Como o Sol estava a oeste, usamos o valor positivo :
Aa  142º4812,4
4) Cálculo do leitura da mira
   
Lm  272º28 58,1  92º28 53,9  90º
2
Lm  272º2856,0

5) Cálculo do leitura do astro


La  38º 2912,2  218º 21 05,8  90º
2
La  38º 2509,0

6) Cálculo do azimute da mira


Am  142º 4812,4  272º 2856,0  38º 2509,0
Am  376º 51 59,4
Am  16º 51 59,4
Referências Bibliográficas:
NADAL, Carlos Aurélio; HATSCHBACH, Fernando. INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE MEDIÇÃO DO
TEMPO
NADAL, Carlos Aurélio.SISTEMAS DE COORDENDAS CELESTES

Reda, Ibrahim; Andreas , Afshin. Solar Position Algorithm for Solar Radiation Applications

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