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Um relatório inédito, divulgado neste sábado (23), mostra que os municípios da região

amazônica estão bem abaixo da média nacional nos indicadores sociais e ambientais.
Pesquisadores do instituto Imazon, de Belém, se debruçaram sobre os dados do IBGE e de
outras fontes oficiais para traçar o perfil dos 772 municípios da Amazônia legal - que abrange
toda a Região Norte, mais os estados do Maranhão e de Mato Grosso.
Os números foram usados para definir o chamado IPS: índice de progresso social.
Depois de analisar 43 indicadores nas áreas de saúde, educação, segurança, meio ambiente e
direitos individuais, especialistas atribuíram uma pontuação para cada município, de zero a cem.
Na média, o IPS da Amazônia foi de 57,31 pontos – 15% menor que o IPS do Brasil, divulgado
em abril.
De acordo com o relatório, os problemas mais graves estão relacionados à oferta de água e
saneamento, acesso à educação superior e direitos individuais, que incluem, por exemplo, a
violência contra os índios e os conflitos de terra.
O único indicador considerado satisfatório é o da sustentabilidade dos ecossistemas, já que a
maior parte da floresta amazônica ainda está preservada.
Os pesquisadores acreditam que esse índice é um retrato mais próximo da realidade dos
municípios, porque é calculado apenas levando em conta os desempenhos nas áreas sociais e
ambientais, sem considerar nenhum indicador econômico que pudesse trazer uma possível
distorção dos números.
“Muitas vezes você tem um município em um território que tem um alto progresso social e às
vezes tem uma economia, uma renda per capita relativamente baixa e vice versa, você tem
municípios relativamente ricos, mas que o progresso social é relativamente baixo”, comenta
Adalberto Veríssimo, coord. pesquisa / Imazon.
O IPS foi criado em 2013, como uma alternativa a outros estudos, que só levam em conta o
crescimento econômico.
No ranking de 132 países, o Brasil está na quadragésima sexta posição. Se fosse um país, a
Amazônia apareceria 47 posições abaixo.
“Significa que nós estamos realmente muito longe de um progresso social compatível com a
importância ambiental que a Amazônia tem para o Brasil e para o mundo”, diz o coordenador da
pesquisa.

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