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I – trabalhadores que já estavam aqui

A força de trabalho representou um problema para o Brasil durante o século


XIX. Composta basicamente de cerca de dois milhões de escravos, a oferta de
mão-de-obra nessa época era extremamente escassa, sendo inelástica. Como
o crescimento vegetativo era negativo, sendo a taxa de mortalidade dos
escravos era maior que a taxa de natalidade, ou seja, a população de escravos
estava diminuindo com o passar dos anos, é possível fazer uma crítica às
condições de vida dos escravos brasileiros.

Comparando os Estados Unidos com o Brasil, é notável que, apesar de o país


latino importar três vezes mais escravos, partindo de um ponto de partida igual,
ou seja, da mesma quantidade de escravos, em 1861 os EUA possuíam
aproximadamente 3 vezes mais escravos. Dessa forma, podemos dizer que as
condições de trabalho e alimentação nos estados norte-americanos eram mais
favoráveis que nos estados brasileiros, sendo que era muito mais benéfico para
os escravos nascer nos Estados Unidos, onde já estariam integrados nas
comunidades de plantação, eram bem alimentados, etc.

Com as plantações de café no sul, que pagavam bem, a procura por mão-de-
obra aumenta o tráfico interno de escravos, com as regiões decadentes do
algodão, como o Maranhão, cedendo escravos para o café. Houve até mesmo
um projeto de lei que visava a proibição do tráfico interno, que não obteve
aprovação. Por causa disso é possível dizer que a região norte formou mais
rapidamente a ideologia emancipacionista. Com a proibição do tráfico negreiro,
houve a eliminação da maior fonte de mão-de-obra, acentuando ainda mais o
problema da oferta de trabalho.

Ao pensar na economia brasileira da época, pode-se afirmar que seu


crescimento se originava da extensão territorial, em oposição às economias
europeias, cujos crescimentos se basearam em revoluções tecnológicas,
capazes de intensificar a urbanização, o que acabava gerando crescimento
vegetativo. No Brasil, como havia terras em abundância, os sistemas de
subsistência cresciam, todavia, sua produtividade marginal era infíma, e o
recrutamento de sua mão-de-obra para as lavouras de café era complicado, já
que essa economia ficava dispersa pelo país. Além da grande massa de
trabalhadores com baixa produtividade nas roças, bases das economias de
subsistência, havia também uma população urbana que não conseguia
trabalhos permenentes. Como tanto a população das zonas urbanas quanto os
trabalhadores da roça possuíam dificuldades para se adaptar à vida nas
grandes fazendas, surgiu a opinião de que a mão de obra livre do país não
servia para trabalhar na grande lavoura.

Então, pode-se dizer que o Norte sofria porque o Sul drenava sua mão-de-
obra, e o Sul, apesar disso, ainda não conseguia atender as necessidades da
cultura cafeeira em crescimento. Assim, com o fim da escravidão e as crenças
de que a mão-de-obra não eram suficientes, outras alternativas foram
analisadas, como a importação de semi-servidão asiáticas, que não foi bem
vista pela Inglaterra e não obteve sucesso. Finalmente, pensou-se na
imigração de mão-de-obra europeia.
ii - A imigração europeia

Os ingleses tiveram dificuldades de suprir a força de trabalho nas Antilhas,


tanto que parte dos escravos africanos apreendidos a caminho do Brasil eram
enviados como trabalhadores livres para o Caribe. Nos EUA, a solução para o
problema da mão-de-obra foi o grande crescimento da população escrava,
além da corrente migratória, que foi aumentada devido a baixa no preços das
passagens provocada pela importação do algodão americano, que ocupava
muito espaço nos navios que iam para a Europa. Não apenas isso, mas
também a existência de um mercado em expansão ocasionou na grande
migração voluntária de europeus para os EUA.

A princípio, no Brasil foram instaladas colônias amplamente subsidiadas pelo


império. Os grandes proprietários não estavam acostumados com o trabalho
livre e mantiveram os colonos trabalhando ao lado dos escravos,
desconsiderando suas qualidades de trabalhadores livres. Dessa forma, as
condições de trabalho para os imigrantes não agradavam, e surge então uma
forte campanha contra a imigração para o Brasil por parte da Europa, sendo
que na Alemanha foi até mesmo proibido que se imigrasse para o Brasil. A
situação dos colonos foi chamada, em Berlim, de escravidão disfarçada.

Com a elevação dos preços do café no fim dos anos sessenta, a expansão dos
cafezais aumentou o problema da mão-de-obra, e por fim houve melhora nas
condições dos colonos. O pagamento, que antes se dava por meio de cotas de
produção, tornando o rendimento do colono imprevisível, passou a ser um
salário monetário anual, mais uma porcentagem em função do volume das
colheitas. Além disso, o transporte para o Brasil passou a ser pago pelo
governo, sendo o proprietário responsável por cobrir os custos de instalação e
por colocar uma terra a disposição do imigrante para que este conseguisse se
manter a princípio.

Com o processo de unificação da Itália, o processo migratório dessa região


para o Brasil se intensificou, sendo usado como válvula de escape para a
agitação social do período. Além disso, o italiano se adaptava melhor que o
alemão tanto ao clima brasileiro quanto ao trabalho mais pesado das lavouras
de café.

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