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Síntese da Guanilisina

Cianoacetil-ureia (1a) reage em NaOH alcoólico sob aquecimento, dando 4-aminouracil (2a).

2-N-acetil-L-lisina (1b) sofre desaminação oxidativa no carbono 6, por um reagente tal como o
ácido nitroso (HNO2) produzindo um derivado contendo um grupo aldeído no carbono 6 (2b).

A reação entre o 4-aminouracil (1b) e o derivado desaminado (2b) em meio ácido produz um
produto de condensação, a base de Schiff (3).

A ligação dupla C=N da base de Schiff (3) é hidrogenada usando um redutor tal como o
borohidreto de sódio (NaBH4) dando o composto (4).

O composto (4) reage com uma mistura de nitrito de potássio (KNO2) e ácido clorídrico (HCl)
em ácido acético (CH3COOH), produzindo o derivado nitrosado (5).

O produto (5) é reduzido por ditionito de sódio (Na2S2O4), o qual reduz o grupo nitroso a
amina, gerando o composto (6).

O produto (6) reage com ortoformiato de etila em meio levemente ácido, gerando o composto
(7), "2-N-acetil-L-xantilisina".

Este composto, então, é aminado gerando "2-N-acetil-L-guanilisina" (8).

Este último produto é submetido a solução básica (NaOH) sob aquecimento, para remover o
grupo acetil dando, por fim, o aminoácido L-guanilisina (9).

Muita gente sabe que certas substâncias possuem uma característica chamada radioatividade,
uma propriedade demonstrada por certos átomos com núcleos instáveis que emitem
partículas subatômicas ou ondas eletromagnéticas para se estabilizarem, em geral se
transformando em outros elementos químicos mais estáveis. Mas em que consiste a
radioatividade? Quais as forças envolvidas? O que desencadeia os fenômenos de
transformação radioativa? O que torna um núcleo instável e porque isso ocorre? Este é o tema
deste artigo. Vou tentar explicar de outra forma, meio diferente daquela dos livros, para você
ficar por dentro do assunto e aproveitar melhor a parte “gostosa” que, por julgarem muito
difícil, não se ensina na escola...

Sabe-se que existem três formas básicas de fenômenos que ocorrem durante o decaimento
radioativo dos elementos:

1 – Decaimento alfa: ocorre entre elementos radioativos pesados com número atômico maior
que 82, tais como o polônio (Po, 84), o rádio (Ra, 88) urânio (U, 92), plutônio (Pu, 94) e fleróvio
(Fl, 114), ocorrendo também, em casos excepcionais, em certos isótopos de telúrio (Te, 52) e
de alguns lantanídeos. O núcleo radioativo emite uma partícula composta de 2 prótons e 2
nêutrons, correspondente ao núcleo atômico do elemento hélio (He), que é conhecida como
partícula alfa. Por serem núcleos de He, elas possuem massa 4 e carga elétrica +2 e, ao
colidirem com algum material, retira dele 2 elétrons e se tornam átomos do gás hélio. Ao sofrer
este tipo de decaimento o elemento em questão muda de identidade, transformando-se em
um átomo de outro elemento com número atômico duas unidades menor e massa 4 unidades
menor que o átomo original. As partículas alfa são pesadas e por isso possuem uma baixa
velocidade e uma capacidade de penetração muito baixa, podendo ser barradas até por uma
folha de papel. Mas podem ser perigosas quando o produto radioativo é ingerido ou inalado.

2 – Decaimento beta: ocorre entre elementos radioativos com excesso de nêutrons em seu
núcleo, tanto entre átomos leves quanto entre átomos pesados. Ocorre em radioisótopos tais
como o trítio (hidrogênio-3), carbono-14, tecnécio, alumínio-28, césio-137, estrôncio-90,
promécio e entre alguns dos elementos que sofrem decaimento alfa. O decaimento beta
consiste em elétrons altamente energéticos emitidos a partir do núcleo atômico dos
elementos. Estes elétrons (chamados de partículas beta) são produzidos a partir de uma
transformação sofrida por um dos nêutrons do núcleo, que se transforma em um próton mais
o elétron emitido e uma pequena partícula chamada antineutrino (que, devido à sua falta de
interação com a matéria, normalmente é ignorada). O próton permanece no núcleo; o elétron
e o antineutrino são expelidos. Com um próton a mais, o elemento se transforma em outro
com número atômico uma unidade maior, porém com a mesma massa atômica que tinha
antes. Os elétrons emitidos possuem uma grande quantidade de energia e se movem a uma
velocidade bem próxima à da luz (cerca de 90%), se comportando quase como uma onda
eletromagnética. Devido à massa reduzida e à grande velocidade, as partículas beta possuem
um alto poder de penetração, podendo penetrar até 1 cm no corpo humano e atravessar
facilmente papelão e lâminas metálicas delgadas.

Alguns elementos emitem um outro tipo de partículas beta: os pósitrons. Estes são partículas
idênticas aos elétrons em massa e outras propriedades, exceto a carga elétrica: enquanto o
elétron tem carga negativa -1, o pósitron tem carga positiva +1. O pósitron é a antipartícula do
elétron: sempre que se encontram, eles se destroem mutuamente transformando-se em
energia bruta na forma de raios gama (este fenômeno é conhecido como aniquilação matéria -
antimatéria). Um próton do radioisótopo se transforma em um nêutron gerando como
subprodutos um pósitron e um neutrino. O decaimento por pósitrons ocorre principalmente
entre radioisótopos sintéticos com excesso de prótons em seu núcleo, tais como o carbono-11,
nitrogênio-13, flúor-18, fósforo-30, potássio-40, etc.

3 – Radiação gama: é formada por ondas eletromagnéticas compostas por fótons (“partículas
de luz”) altamente energéticos. Os raios gama são emitidos por praticamente todos os átomos
radioativos como forma de dissipar o excesso de energia do núcleo durante as transformações.
Estes raios não possuem massa nem carga elétrica; se propagam à velocidade da luz (300.000
km/s) e possuem um extraordinário poder de penetração: atravessam paredes e o corpo
humano com grande facilidade, sendo barrados apenas por grossas paredes de concreto e
paredes metálicas com mais de 30 cm de espessura. Contudo, são facilmente barrados por
paredes de chumbo de 5 cm de espessura. Os raios gama são formados por fótons energéticos
eliminados do núcleo durante seu decaimento. Núcleos radioativos geralmente possuem uma
quantidade extra de energia para reforçar a atração entre suas partículas e evitar a quebra.
Quando se transformam num núcleo mais estável, esta energia extra torna-se desnecessária e
é eliminada. Estes fótons se formam a partir desta energia que estava em excesso no núcleo
depois do decaimento.

Retornando ao assunto anterior abordado na introdução, a grande questão é o que ocorre no


interior do núcleo quando o processo de decaimento radioativo está em andamento. Por que o
núcleo emite as partículas? Como o nêutron faz pra se “quebrar” em outras partículas? Por
que isso acontece? Há também um enigma no que se refere à própria coesão do núcleo
atômico: se os prótons são positivos, e se cargas iguais se repelem, por que os prótons do
núcleo não se repelem e o núcleo não se despedaça? E se os nêutrons não têm carga, o que faz
com que eles e os prótons fiquem “colados”?

Sabe-se que as diversas forças presentes na Natureza podem ser resumidas como
manifestações de apenas quatro forças fundamentais: a Gravidade, o Eletromagnetismo, a
Força Nuclear Fraca e a Força Nuclear Forte. A gravidade é a força de atração que age entre as
massas dos objetos: quanto mais massivos, maior a força de atração. Cada objeto no Universo
possui seu próprio campo gravitacional. Esta força é responsável pela queda dos corpos e pelo
movimento dos corpos celestes. O eletromagnetismo é a junção entre as interações elétricas e
as forças magnéticas. É a responsável pelas forças de atração e repulsão de corpos eletrizados,
pelos fenômenos magnéticos e também as ondas eletromagnéticas como a luz, raios gama,
raios x, ondas de rádio e outras radiações eletromagnéticas. A Interação Fraca é a responsável
pelos fenômenos radioativos como o decaimento beta e a Interação Forte é a responsável por
manter a integridade do núcleo atômico e da estrutura interna dos prótons e dos nêutrons.

Cada uma destas forças possui intensidades diferentes e alcances distintos. A força mais fraca
é a gravidade, seguida pela interação fraca, eletromagnetismo e a mais poderosa, a interação
forte. Quanto ao alcance, a gravidade e o eletromagnetismo possuem um campo de alcance
infinito, enquanto as outras duas têm um alcance curto e limitado, apenas cerca de 10-12 cm,
correspondente ao diâmetro de um núcleo atômico como o do chumbo.

Força Intensidade Alcance (cm) Partícula mediadora


(relativa) (bóson gaugeano)
1 -12
Forte 10 10 Glúon

Eletromagnética 10-2 Infinito Fóton

Fraca 10-38 10-12 Bósons W+, W- e Z0

Gravidade 10-42 Infinito Gráviton (hipotético)


A força da gravidade é de longe a mais fraca de todas. É tão fraca que ela se torna significativa
apenas quando o objeto em que atua é extremamente grande e massivo, como por exemplo,
um planeta. Só para ter uma idéia, a força magnética de um pequeno ímã de 1 cm e 5 g atrai
um prego com mais intensidade que a gravidade do planeta Terra inteiro, com seus mais de 40
mil quilômetros de circunferência e suas incontáveis trilhões de trilhões de toneladas. Portanto
ela é irrelevante no mundo subatômico, devido à massa extremamente pequena das
partículas.

As forças mais importantes no mundo atômico são as três outras: a Força Eletromagnética, a
Força Nuclear Forte e a Força Nuclear Fraca.

Qual é a força que mantém os prótons e os nêutrons unidos no núcleo?

Os prótons são partículas com carga elétrica positiva +1 e os nêutrons são partículas com
praticamente a mesma massa do próton, mas sem carga elétrica. Por serem positivos, os
prótons deveriam se repelir intensamente e não deveriam ficar juntos. A força que mantém o
núcleo inteiro não pode ser a força eletromagnética, pois os nêutrons, sem carga, não são
afetados por ela, já que partículas neutras são imunes à força eletromagnética. Logo, pela
força eletromagnética, o próton não atrai nem repele o nêutron, nem os nêutrons fazem nada
entre si. Deve haver uma outra força que atue independente da carga elétrica das partículas e
seja forte o suficiente para suprimir a repulsão elétrica entre os prótons. É a Força Nuclear
Forte. Esta força é mais de 100 vezes mais poderosa que a força eletromagnética, sendo por
isso capaz de unir dois prótons independentemente de sua repulsão elétrica. Contudo, ela tem
um alcance muito limitado: sua intensidade decresce rapidamente à medida que aumenta a
distância entre as partículas, até desaparecer completamente quando a distância entre as
partículas é maior que alguns raios nucleares. Se assim não fosse, todos os núcleos atômicos
iriam se atrair e se unir numa única massa esférica extremamente densa, o que traria
consequências trágicas para o Universo. Esta força é “sentida” apenas pelas partículas
elementares chamadas de quarks e glúons e pelas partículas formadas pela associação entre
eles, conhecidas como hádrons, que incluem os prótons e os nêutrons. Esta força não afeta os
elétrons e outras partículas elementares do grupo dos léptons (múon, táuon, neutrinos, etc).

Só para lembrar: os prótons e nêutrons não são partículas elementares, pois são compostos
por partículas ainda menores, os quarks. Existem seis tipos de quark, dos quais apenas dois
tipos formam os prótons e nêutrons: o quark up (u) e o quark down (d). Os prótons e nêutrons
são bárions, ou seja, hádrons por grupos de três quarks inseparáveis unidos pela força forte
(glúons), sendo que os prótons são formados por dois quarks u e um d (uud) e os nêutrons por
dois quarks d e um u (udd). Os elétrons, por outro lado, são partículas verdadeiramente
elementares.

Já a força que mantém os elétrons em torno do núcleo é a Força Eletromagnética. Ela é


responsável pela atração elétrica entre os prótons (positivos) e os elétrons (negativos) e a
organização dos elétrons na eletrosfera, desencadeada pela repulsão entre os elétrons e as
interações magnéticas entre os elétrons com spins opostos nos orbitais, além dos níveis de
energia. Também é esta força a responsável pelas ligações entre os átomos, que é uma
interação tanto elétrica (o núcleo de um átomo atrai os elétrons do outro) quanto magnética
(os elétrons da ligação são mantidos juntos pela força de atração magnética que há entre
elétrons com spins opostos). Os elétrons são imunes à Força Nuclear Forte, por isso não ficam
no núcleo junto com os prótons e nêutrons.

E a Força Nuclear Fraca? Qual a sua função?

Ela está envolvida nos fenômenos de transformação radioativa. Esta força transforma um tipo
de partícula em outro, sendo responsável pelo decaimento de outras partículas elementares.
Quanto mais pesada for uma partícula, menos estável ela é, sendo maior a tendência de ela
decair em outras mais leves. Por isso os átomos são formados apenas pelos prótons, nêutrons
e elétrons, pois eles (além dos fótons e neutrinos) são as partículas subatômicas mais estáveis
da Natureza. Os dois primeiros são os bárions mais leves e o elétron é a partícula negativa mais
leve.

Esta força é muito fraca e tem um campo de atuação muito limitado, cerca de um diâmetro
nuclear. Portanto, as partículas afetadas só sentem esta força se estiverem a uma distância
menor que o diâmetro de um núcleo atômico. Está envolvida na transformação do nêutron
durante o decaimento beta, em que ele se transforma em um próton, um elétron e um
antineutrino. A rigor, é um dos quarks d do nêutron que se transforma, tornando-se um quark
u e transformando o nêutron em próton. Isso, em Mecânica Quântica, é chamado de troca de
sabor (o termo “sabor”, aqui, significa a identidade da partícula; não tem nada a ver com o
gosto das coisas!).

Dentro do núcleo atômico, os prótons e nêutrons permanecem unidos pela Força Forte,
trocando glúons entre si. Mas os glúons jamais podem existir isolados do lado de fora dos
prótons e nêutrons, pois ali eles se encontrariam separados dos quarks, de quem eles munca
podem se afastar. Para que os glúons possam fluir entre as partículas nucleares, eles precisam
"pegar carona" em partículas instáveis transitórias chamadas mésons pi ou píons. Estas
partículas são formadas por um par quark-antiquark criado a partir de parte da energia de
ligação dos quarks no interior de um próton ou nêutron. O píon formado deixa a partícula
onde foi criado transportando dentro de si os glúons que serão trocados na interação e, após
ser absorvido por outra partícula do núcleo, o par quark-antiquark se aniquila logo em seguida,
liberando a energia de ligação novamente. Os píons podem ser positivos (π+), negativos (π-) ou
neutros (π0).

A interação pode se dar da seguinte forma:

- Um próton (ou nêutron) emite um píon neutro que será absorvido por outro próton (ou outro
nêutron);

- Um nêutron emite um píon negativo e se transforma em próton. Ao mesmo tempo, um


próton absorve esse píon negativo e se converte num nêutron.

- Um próton muito energético emite um píon positivo e se transforma em nêutron, enquanto


um nêutron o absorve e se torna próton (este último caso é menos comum, devido à maior
estabilidade do próton).

Quando um átomo tem nêutrons demais, é normal que um píon π- se perca. E, como ele é uma
partícula instável e de vida muito curta, se não for absorvido por outra partícula logo, sofrerá
decaimento em um fóton de raio gama e um bóson W- (uma das partículas que transportam a
Força Nuclear Fraca) que, quase imediatamente, decai gerando um elétron e um antineutrino.
Isto explica o decaimento beta: ele nada mais é do que um efeito colateral da interação entre
as partículas do núcleo, quando ele tem nêutrons em excesso. Um nêutron se torna próton e
emite um píon negativo que não consegue ser absorvido por um outro próton e, por ser
instável, decai em um elétron e um antineutrino que deixam o núcleo.

O que torna os átomos instáveis?

Os átomos se tornam instáveis principalmente em dois casos: quando a proporção entre os


prótons e os nêutrons no núcleo está muito desequilibrada ou quando o núcleo é muito
grande. Ilustrando o primeiro caso, temos o decaimento beta do carbono-14: a proporção
ideal de partículas em um núcleo de carbono é de 6 prótons para 6 nêutrons, sendo aceitável
até 7 nêutrons. O 14C tem 6 prótons e 8 nêutrons, portanto está fora desta proporção e o
núcleo perde sua estabilidade. Mas, por estar fortemente preso ao pequeno núcleo, este
nêutron a mais não pode sair do átomo; o único jeito de o átomo se livrar dele é
transformando-o em próton via decaimento beta. Ao sofrer o decaimento, um nêutron se
transforma em próton e o núcleo passa a ter 7 prótons e 7 nêutrons, tornando-se um átomo de
nitrogênio. Este novo núcleo é bastante estável, pois a proporção ideal do núcleo do N é de 7
prótons para 7 (ou até 8) nêutrons. Logo, o carbono radioativo, instável por causa da
proporção inadequada de partículas no núcleo, se tornou um átomo estável de nitrogênio que
segue perfeitamente esta proporção. É a Natureza buscando o caminho mais fácil para
resolver seus problemas...

No segundo caso, os núcleos se tornam instáveis por serem muito grandes, de modo que seu
diâmetro começa a exceder o limite de alcance da Força Nuclear Forte. Nestes casos, se tem
lugar o decaimento alfa e outros processos de quebra do núcleo.

O decaimento alfa ocorre quando o núcleo do átomo se torna tão grande que não consegue
mais manter sua integridade. Ele começa a se despedaçar e um destes “pedaços” consiste
num pequeno núcleo de hélio que é eliminado. Isso ocorre devido à única “fraqueza” da Força
Forte: a distância. A estabilidade de um núcleo depende do equilíbrio entre duas forças que se
opõem: a repulsão elétrica entre os prótons e a atração exercida pela Força Nuclear Forte.
Sabemos que a força forte é mais de cem vezes mais intensa que a eletromagnética. Porém seu
alcance é muito curto, enquanto o da força eletromagnética é ilimitado. Logo, à medida que a
distância entre as partículas aumenta, a intensidade da força forte diminui.

Em um núcleo pequeno como o de hélio, carbono, oxigênio, magnésio, alumínio, cálcio e ferro,
a força nuclear forte reina absoluta, devido à pequena distância entre as partículas. A repulsão
dos prótons se torna quase desprezível. Cada partícula do núcleo atrai fortemente todas as
outras, gerando uma extraordinária força de coesão. Mas a coisa muda de figura à medida que
o núcleo aumenta de tamanho, com o aumento do número atômico. Com o aumento da
distância entre as partículas, a força forte esmorece, mas a eletromagnética não é afetada.
Com a Força Nuclear Forte cada vez mais enfraquecida, a repulsão elétrica dos prótons começa
gradualmente a ganhar importância, diminuindo a força de coesão do núcleo. O ponto máximo
acontece no átomo de chumbo-208, o último núcleo estável: a distância entre as partículas do
interior do núcleo e as mais externas já é tão grande que a repulsão dos prótons começa a
querer se igualar com a força forte. Uma partícula já não consegue mais atrair todas as outras,
apenas as mais próximas. Finalmente, nos elementos acima de 82 (número atômico do
chumbo) como o polônio (84), a repulsão elétrica começa a predominar sobre a força forte. O
equilíbrio começa a se quebrar e os núcleos se tornam instáveis. Para reduzir a instabilidade,
ele começa a expelir pequenos grupos de prótons e nêutrons, na grande maioria os formados
por 2 prótons e 2 nêutrons, as partículas alfa. Um elemento pesado irá emitir partículas alfa
até se transformar em um átomo estável de chumbo, cessando o processo. Com átomos
muitíssimo pesados como o rontgênio (Rg, 111), começa a ocorrer algo ainda mais radical: Ao
invés de eliminar pequenos pedaços, o núcleo se quebra no meio. É a fissão espontânea.

Obs.: O Bismuto-209 (número atômico 83) sofre decaimento alfa tão lentamente que, na
prática, pode ser considerado um isótopo estável e não-radioativo, embora seu núcleo seja
grande demais para ser estável. A meia-vida do decaimento deste elemento é extremamente
grande, bem maior que a idade do Sistema Solar (4,6 bilhões de anos)!

Outras formas de radiação:

--> Raios x: São ondas eletromagnéticas formadas por fótons menos energéticos que os raios
gama, mas ainda milhares de vezes mais energéticos que os da luz. Os raios x são produzidos
quando um elétron mais interno de um átomo é arrancado por algum processo e um elétron
mais externo desce para ocupar seu lugar. Quando um elétron mais externo (mais energético)
desce para uma camada eletrônica mais baixa, ele precisa perder energia, que é liberada na
forma de fótons de raios x. Os elétrons mais internos são arrancados por meio de
bombardeamento de um fluxo de partículas aceleradas contra uma superfície metálica (como
ocorre num aparelho de radiografia) ou durante o decaimento por captura eletrônica, uma
forma de decaimento radioativo alternativa ao decaimento por pósitrons.

Os raios x possuem um extraordinário poder de penetração: conseguem atravessar paredes e


o corpo humano com grande facilidade, sendo barrados apenas por grossas paredes de
concreto ou metal com mais de 30 cm de espessura, mas não conseguem atravessar o
chumbo. Os raios x atravessam facilmente o corpo humano, mas atravessa com mais facilidade
as partes mais moles do corpo. Os ossos, mais densos, são mais difíceis de atravessar. Por isso
eles aparecem e ficam visíveis nas radiografias: o desenho dos ossos nada mais é do que a
“sombra” dos raios x projetada e gravada na chapa.

Os raios x são geralmente produzidos de forma artificial, sendo relativamente raras as


emissões naturais desta radiação. Elas ocorrem geralmente entre os radioisótopos que decaem
por captura eletrônica, como o promécio (Pm), o berílio-7 (7Be) e o astatínio (At), que possuem
excesso de prótons mas não têm energia suficiente para gerar pósitrons. Vale lembrar que os
raios x são emitidos pela eletrosfera dos átomos, enquanto os raios gama são emitidos pelo
núcleo. Os raios x têm um poder de penetração menor que o dos raios gama.
--> Nêutrons: Alguns processos nucleares, tais como as reações de fissão e fusão nuclear e o
decaimento de certos elementos muito pesados, emitem nêutrons. A radiação de nêutrons
tem algumas características peculiares: podem tornar o material atingido radioativo e, apesar
de serem partículas pesadas, possuem um poder de penetração alto, pois não é barrada pela
eletrosfera dos átomos como as outras partículas. Como não interagem com a eletrosfera, os
nêutrons “passam direto” e, ocasionalmente, atingem o núcleo atômico. Uma vez que isso
ocorre, o núcleo pode absorver o nêutron tornando-se um isótopo mais pesado e
frequentemente instável, além de emitir raios gama para dissipar a energia do impacto. Isso
acaba tornando o material atingido radioativo também, tanto pelos raios gama quanto pelo
decaimento beta subseqüente do isótopo instável formado na maioria das vezes. O nêutron
livre, fora do núcleo, se torna instável e sofre decaimento beta sozinho com uma vida média de
cerca de 15 minutos, tornando-se um átomo de hidrogênio.

Os nêutrons são liberados em reações de fissão nuclear como a do urânio nas usinas nucleares
e na bomba atômica. Cada núcleo se quebra ao ser atingido por um nêutron, formando dois
núcleos mais leves e mais dois ou três nêutrons. Também são liberados no processo de fusão
nuclear entre trítio (hidrogênio-3) e deutério (hidrogênio-2), formando hélio-4 e um nêutron
livre. Alguns elementos como o califórnio-252 liberam nêutrons durante seu decaimento. A
radiação de nêutrons é especialmente perigosa para os organismos vivos e para o ambiente,
sendo um dos principais fatores de perigo das usinas nucleares.

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