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linhas de
campo elétrico
equipotencial
–1–
◮ Os pontos equidistantes do condutor (linha tracejada) são equipotenciais
(apresentam a mesma intensidade de campo elétrico)
E int = ρ J
I
ε E dS = Q
S
em que:
ε − permissividade do meio:
ε = εr ε0
–2–
◮ Para a solução da equação de Gauss, deve-se imaginar uma superfı́cie gaussiana,
cilı́ndrica, concêntrica ao condutor e de raio igual a x :
x
+q condutor
dℓ
retificando a faixa da
superfı́cie gaussiana
dℓ
2πx
◮ Integrando:
Q
ε · E · 2πx ℓ = Q ⇒ E= V/m
2πx εℓ
q
E= V/m
2πx ε
–3–
5.8.2 Diferença de potencial entre dois pontos
linhas equipotenciais
P1
D1
q P2
D2
Z D2
V12 = V1 − V2 = E dx
D1
Z D2
q
= dx
D1 2πx ε
q D2
= ln V
2πε D1
–4–
◮ Caso particular – ddp entre os pontos a e b:
r a b
q
q D
Vab = ln V
2πε r
rb
qa ra qb
D
superposição
qa a b
a b qb
–5–
Considera-se que:
qa D qb rb
Vab = Vabdevido a qa + Vabdevido a qb = ln + ln
2πε ra 2πε D
1 D rb
= qa ln + qb ln
2πε ra D
Observações:
Na equação:
q B
Vab = ln
2πε A
a referência está em q, ou seja:
V
a b
denominador numerador
distância da distância da
carga a a carga a b
–6–
5.8.4 Capacitância de uma linha monofásica
◮ Capacitância:
q
C= F/m
v
D
os raios dos condutores são iguais: ra = rb = r q r
qa = −qb = q
q r
q D q r
Vab = ln − ln
2πε r 2πε D
2
q D
= ln
2πε r
q D
= ln V
πε r
–7–
◮ Considere a seguinte situação:
+ a
linha de transmissão
+ a
linha de transmissão
–8–
e a reatância capacitiva fase-terra é dada por:
1
XC =
2πf C
2,8622 D
= · 109 · ln Ω·m
f r
1,7789 D
= · 106 · ln Ω·mi
f r
1,7789 1 1,7789
XC = · 106 · ln + · 106 · ln D
| f {z r} | f {z }
Xa′ Xd′
= Xa′ + Xd′
em que Xa′ é a reatância capacitiva para um pé de afastamento (Tabela A.3) e Xd′ é
o fator de espaçamento (Tabela A.5).
r é o raio externo do condutor (se for encordoado, é uma aproximação que leva a
erros muito pequenos). Este valor é obtido na tabela de dados dos condutores
(Tabela A.3).
–9–
Exemplo
0,642′′ 1′
r= · ′′ = 0,0268′
2 12
Capacitância entre condutores:
ou, multiplicando por 1609, Cab = 6,7626 · 10−9 F/mi. A reatância capacitiva é:
1
XC = = 0,3922 MΩ·mi
2πf Cab
Susceptância capacitiva:
1
BC = = 2,5497 · 10−6 S/mi
XC
A capacitância fase-terra (por condutor) é:
1
XC = = 0,1961 MΩ·mi
2πf Can
– 10 –
ou, aplicando a fórmula direta mostrada anteriormente:
1,7789 20
XC = · 106 · ln = 0,1961 MΩ·mi
60 0,0268
1
BC = = 5,0985 · 10−6 S/mi
XC
Da tabela A.3:
– 11 –
5.8.5 Influência do solo
linhas de
campo elétrico
equipotenciais
q −q
linhas de
campo elétrico
equipotenciais
q −q
solo
– 12 –
O solo também é uma superfı́cie equipotencial, causando uma distorção nas linhas
de campo elétrico, que serão normais a ele
◮ Imagine uma continuação das linhas de campo elétrico abaixo do solo e simétrica ao
plano do solo (como em um espelho), terminando em cargas sob o solo:
linhas de
campo elétrico
equipotenciais
q −q
solo
−q q
– 13 –
Exemplo
Considere a superfı́cie do solo como um espelho. Assim, tem-se uma linha idêntica à
original, localizada abaixo da terra, e com carga oposta à primeira:
D
condutor a, carga +q condutor b, carga −q
M M
H H
solo
H H
– 14 –
A tensão Vab deve levar em conta o efeito de todas as quatro cargas:
1 D r M 2H
Vab = q ln + −q ln + −q ln + q ln
2πε0 | {z r} | {z D} | {z 2H} | {zM}
devido a qa devido a qb devido a qa′ devido a qb′
q
q D2 (2H)2
= ln 2 + ln 2
M = D2 + (2H)2
2πε0 r M
2
q D (2H)2
= ln ·
2πε0 r 2 (2H)2 + D2
q 2πεo
Cab = = 2
Vab D (2H)2
ln r 2 · (2H)2 +D2
′ πεo
Cab = lim Cab =
H→∞ ln (D/r )
– 15 –
A figura a seguir mostra o valor da capacitância em função da altura da linha em
relação ao solo:
4,5
4,4
C ×10−12 F/m
4,3
4,2
4,1
4,0
0 50 100 150 200
H [ft]
– 16 –
5.8.6 Cabos
εr ≫ 1
ε ≫ ε0
132 kV → 40 mi
200 kV → 25 mi
400 kV → 15 mi
– 17 –
Solução: colocar reatores shunt ao longo da linha
cabo
reator shunt
VAB P11 P12 P13 qA
VBC = P21 P22 P23 · qB
VCA P31 P32 P33 qC
– 18 –
5.8.8 Capacitância de linhas trifásicas com espaçamento simétrico
D D
a c
D
condutores idênticos: ra = rb = rc = r
linha equilibrada: qa + qb + qc = 0
Material complementar
a
1 D r D
Vab = qa ln + qb ln + qc ln D D
2πεo r D D
|{z}
=0
1 D r c b
Vbc = qb ln + qc ln D
2πεo r D equipotencial
1
r D
devido a qc
Vca = qa ln + qc ln
2πεo D r
– 19 –
◮ Considere os fasores de tensão:
√
Van = V ∠0◦ V Vab = 3V ∠30◦ V
√
Vbn = V ∠ − 120◦ V Vbc = 3V ∠ − 90◦ V
√
Vcn = V ∠120◦ V Vca = 3V ∠150◦ V
1
Van = (Vab − Vca )
3
◮ Fazendo as substituições:
1 1 D r r D
Van = · qa ln + qb ln −qa ln − qc ln
3 2πε0 | r {z D} | D{z r}
de Vab de Vca
◮ Considerando qc = − (qa + qb ):
3
qa D qa D
Van = ln = ln V
6πε0 r 2πε0 r
qa 2πε0
Can = = F/m
Van ln (D/r )
– 20 –
5.8.9 Capacitância de linhas trifásicas com espaçamento assimétrico
D31
D23
1 2
D12
◮ Hipóteses:
Material complementar
– 21 –
x
Analogamente para os outros 2 trechos:
b
1 D23 r D31 D31 D23
Vab2 = qa ln + qb ln + qc ln
2πε0 r D23 D12
c D12 a
a
1 D31 r D12 D31 D23
Vab3 = qa ln + qb ln + qc ln
2πε0 r D31 D23
b D12 c
√
1 1 3
D12D23D31 r
Vab = (Vab1 + Vab2 + Vab3 ) = qa ln + qb ln √
3 2πε0 r 3
D12D23D31
◮ Analogamente:
√
1 1 r 3
D12D23D31
Vca = (Vca1 + Vca2 + Vca3 ) = qa ln √ + qc ln
3 2πε0 3
D12D23D31 r
◮ Lembrando que:
1
Van = (Vab − Vca )
3
– 22 –
e:
x
qa
Can =
Van
Fim de material complementar
2πε0
Can = Cbn = Ccn = F/m
ln (Deq /r )
√
em que Deq = 3
D12D23D31 é o espaçamento equilátero da linha.
Exemplo
20′ 20′
38′
Da tabela A.3, o diâmetro externo do condutor é 1,108′′. O raio externo em pés é:
1′ 1
′′
r = 1,108 · ′′ · = 0,0462′
12 2
– 23 –
Espaçamento equilátero equivalente:
√
20 · 20 · 38 = 24,7712′
3
Deq =
Capacitância fase-neutro:
2πε0
Can = = 8,8482 · 10−12 F/m
ln (24,7712/0,0462)
Reatância capacitiva:
1
XC = = 299,7875 MΩ·m = 0,1863 MΩ·mi
2πf Can
)
Xa′ = 0,0912 · 106
6
⇒ XC = Xa′ + Xd′ = 0,1865 MΩ·mi
Xd′ = 0,0953 · 10
XC
X= = 1065,7143 Ω
175
– 24 –
Para o cálculo da corrente de carregamento, considere a seguinte situação:
condutor da fase a
+ Icar
Van Can
−
terra
Portanto:
√
Van 220 · 103/ 3
Icar = = = 119,2 A
X 1065,7143
QC = 3 Van Icar
Vab
= 3 √ Icar
3
√
= 3 Vab Icar = 45,4 Mvar
A potência reativa gerada nesta linha é bem menor que a gerada em cabos, conforme
visto anteriormente.
– 25 –
5.8.10 Efeito do solo sobre a capacitância de linhas trifásicas
a c
H2 H31
H1 H3
solo
H12 H23
a′ c′
b′
obtendo-se uma expressão para a capacitância que leva em conta as distâncias entre
os condutores e as distâncias entre os condutores e as imagens:
2πε0
Can = √
3
F/m
Deq H1 H2 H3
ln r · √
3
H12 H23 H31
– 26 –
5.8.11 Condutores múltiplos por fase
2πε0
Can = b
F/m
ln Deq /DsC
em que:
b
√
DsC = rd dois condutores por fase
√
b 3
DsC = rd2 três condutores por fase
√
b 4
DsC = 1,09 r d 3 quatro condutores por fase
b
Os DsC são RMG modificados em relação aos RMG usados no cálculo das
indutâncias, pois o raio externo substitui o raio efetivo
Exemplo
– 27 –
Da tabela A.3, o raio externo em metros é:
1,382 · 0,3048
r= = 0,0176 m
2 · 12
b
√
DsC = 0,0176 · 0,45 = 0,0890 m
√
3
Deq = 8 · 8 · 16 = 10,0794 m
Capacitância:
2πε0
Can = = 11,7570 · 10−12 F/m
ln (10,0794/0,0890)
1
XC = = 225,6173 MΩ·m = 0,1402 MΩ·mi
2πf Can
XC 225,6173 · 106
X= = = 1410,11 Ω
ℓ 160 · 103
– 28 –
5.8.12 Linhas trifásicas de circuitos em paralelo
Material complementar
Exemplo
Obtenha a susceptância capacitiva por fase da linha trifásica de circuito duplo mostrada
a seguir, que é composta por condutores CAA 26/7 Ostrich 300.000 CM.
18′
a c′
10′
21′
b b′
10′
18′
c a′
• Pela tabela A.3, o diâmetro externo do condutor tipo Ostrich é Ds = 0,680′′. O raio
externo em pés é:
0,680 1
r= · = 0,0283′
2 12
– 29 –
• DMG entre as fases e espaçamento equilatero equivalente:
p
Dab = 102 + 1,52 = 10,1119′ = Da′ b′
p
Dab′ = 102 + 19,52 = 21,9146′ = Da′ b
h i1/4
2
DMGab = (10,1119 · 21,9146) = 14,8862′
• RMG:
h i1/4
2
RMGa = (r · Daa′ ) = 0,873′
h i1/4
2
RMGb = (r · Dbb′ ) = 0,771′
b
DsC = (RMGa RMGb RMGc )1/3 = 0,837′
– 30 –
• Capacitância por fase:
2πε0
Cn = b
= 18,58 pF/m
ln Deq /DsC
Exercı́cio
18′
a a′
10′
′
21
b b′
10′
18′
c c′
– 31 –
Exercı́cio(s) proposto(s): (8) , (9)
◮ Como representá-los?
k m
R L R L
k m k m
G C G C
– 32 –
◮ Existem ainda outras possibilidades de representação
∆x
R, L, C, G
– 33 –
5.9.1 Modelo da linha longa
◮ Considere o seguinte modelo de uma linha de transmissão, que pode ser uma linha
monofásica ou uma fase (fase-neutro) de uma linha trifásica:
IS I I + ∆I IR
+ + + +
VS V V + ∆V VR
− − − −
∆x
◮ Considere:
– 34 –
◮ A corrente pela impedância série é a média das correntes no inı́cio e no fim do
trecho diferencial:
I + (I + ∆I) ∆I
=I+
2 2
V + (V + ∆V ) ∆V
=V +
2 2
| +{z∆V} = |{z}
V V − z ∆ x Imédio
| {z }
fim inı́cio queda
∆I z ∆x ∆I
∆V = − (z ∆x ) · I + = −z I∆x − ≈ −z I∆x
2 2 }
| {z
≈0
I| +{z∆I} = |{z}
I − y ∆ x Vmédio
| {z }
fim inı́cio desvio
∆V y ∆x ∆V
∆I = − (y ∆x ) · V + = −y V ∆x − ≈ −y V ∆x
2 2 }
| {z
≈0
– 35 –
◮ Note que os produtos de termos diferenciais são desprezados (muito pequenos)
d
V = −z I
dx
d
I = −y V
dx
◮ Derivando em relação a x :
d2 d
V = −z I
dx2 dx
d2 d
I = −y V
dx2 dx
d2
V = zyV
dx2
d2
I = zyI
dx2
d2
V (x ) = γ 2 V (x )
dx2
d2
2
I(x ) = γ 2 I(x )
dx
– 36 –
que são as equações de onda e:
√ p
γ= zy = (R + jωL) (G + jωC) = α + jβ
Material complementar
V (x ) = A cosh γx + B senh γx
I (x ) = C cosh γx + D senh γx
em que:
e γx + e −γx
cosh γx =
2
e γx − e −γx
senh γx =
2
– 37 –
◮ Supondo conhecidas a tensão e a corrente no inı́cio da linha:
V (x = 0) = V (0) e I (x = 0) = I (0)
tem-se:
A = V (0) e C = I (0)
d
V (x ) = −z I(x )
dx
d
I(x ) = −y V (x )
dx
Lembrando que:
d d
cosh x = senh x e senh x = cosh x
dx dx
obtém-se:
– 38 –
◮ Para x = 0:
γB = −z C = −z I (0)
γD = −y A = −y V (0)
r
z z
B = − I (0) = − I (0) = −Zc I (0)
γ y
r
y y 1
D = − V (0) = − V (0) = − V (0)
γ z Zc
S (x ) = V (x ) I (x )∗ = P (x ) + jQ (x )
– 39 –
◮ Se, ao invés da tensão e corrente no inı́cio da linha, forem fornecidas a tensão e
corrente no final da linha, as equações ficam:
Material complementar
θ2 θ4 θ6
cosh θ = 1 + + + + · · ·
2! 4! 6!
θ3 θ5 θ7
senh θ = θ + + + + ···
3! 5! 7!
– 40 –
Exemplo
Considere uma linha monofásica cujos condutores têm um raio de 2 cm, estão
espaçados de 1 m, e:
• a frequência é 60 Hz
µ0 D −7 1
L= ln ′ = 4 · 10 ln = 1,6648 µH/m
π r 0,02 · 0,7788
πε0 8,85π · 10−12
C= = = 7,1071 pF/m
ln (D/r ) ln (1/0,02)
– 41 –
Os parâmetros caracterı́sticos da linha são:
p p
Zc = z /y = L/C = 483,9883 Ω
√ √
γ = z y = jω LC = j1,2968 · 10−6 m−1
α = ℜ{γ} = 0
β = ℑ{γ} = 1,2968 · 10−6 m−1
Tem-se ainda:
e jβx + e −jβx
cosh γx = cosh jβx = = cos βx
2
e jβx − e −jβx
senh γx = senh jβx = = j sen βx
2
V (x ) = 130 · 103 ∠0◦ · cos 1,2968 · 10−6x − 24,2 · 103 ∠70◦ · sen 1,2968 · 10−6x V
I (x ) = 50 ∠ − 20◦ · cos 1,2968 · 10−6x − 268,6015 ∠90◦ · sen 1,2968 · 10−6x A
– 42 –
x
150
123,7
100
V [kV]
50
0
0 200 1000 2000 3000 4000 5000
x [km]
150
130
123,7
100
V [kV]
50
0
0 50 100 150 200
x [km]
– 43 –
x
300
200
I [A]
100
97
0
0200 1000 2000 3000 4000 5000
x [km]
◮ para uma linha com essas caracterı́sticas e de comprimento igual a 200 km, a
tensão no inı́cio da linha é de 130 kV e no final da linha é de aproximadamente
123,7 kV, apresentando uma regulação de:
130 − 123,7
Regulação = · 100 = 5,1%
123,7
– 44 –
Exemplo
Este exemplo refere-se a uma linha trifásica cujos parâmetros da representação por
fase são fornecidos. Deve-se tratar uma fase da linha trifásica como uma linha
monofásica:
√
γ= zy
p
= (R + jωL) · (G + jωC)
p
= jωL · jωC
√
= jω LC
= j4,0925 · 10−7 m−1
p
Zc = z /y
p
= (R + jωL) (G + jωC)
p
= L/C
= 122,5206 Ω
– 45 –
(c) a tensão, a corrente e a potência no final da linha se o seu comprimento é de 300 km
∗
S (0)
I (0) = = 1244,9913 ∠ − 18,43◦ A
V (0)
V (x ) = 127 · 103 · cos 4,0925 · 10−7 · x −
152,5371 · 103 ∠ − 18,43◦ · sen 4,0925 · 10−7 · x
I (x ) = 1244,9913 ∠ − 18,43◦ · cos 4,0925 · 10−7 · x −
1036,5604 · sen 4,0925 · 10−7 · x
– 46 –
x
200
150
V [kV]
100
50
0
0 300 1000 2000 3000 4000 5000
x [km]
200
150
127
121,4
V [kV]
100
50
0
0 50 100 150 200 250 300
x [km]
– 47 –
x
1500
1000
I [A]
500
0
0 300 1000 2000 3000 4000 5000
x [km]
Nota-se que a potência ativa no final da linha é igual à do inı́cio da linha (linha sem
perdas) e que a potência reativa no final da linha é menor que à do inı́cio da linha,
indicando que a linha apresenta um comportamento predominantemente indutivo.
– 48 –
◮ É possı́vel interpretar as equações de onda de tensão e corrente como ondas
viajantes → pode-se decompor a onda em onda incidente e onda refletida, que
resultam nas variações observadas nos exercı́cios anteriores
De outra forma: se a impedância vista pela fonte é igual a Zc → não há onda
refletida → linha plana ou linha infinita → formas de onda de tensão e corrente
planas
◮ Valores tı́picos de Zc são 400 Ω para linhas aéreas de circuito simples e 200 Ω para
dois circuitos em paralelo. O ângulo de fase de Zc está normalmente entre 0◦ e 15◦
2π
λ=
β
Para linhas sem perdas:
2π 1
λ= √ = √
ω LC f LC
v =f λ
– 49 –
Exemplo
π
∠V [rad]
−π
2π 2π
λ= = = 4845 km
β 1,2968 · 10−6
v = f λ = 2,91 · 108 m/s
– 50 –
Material complementar
1
c=√
µ0 ε0
Considere uma linha monofásica sem perdas com dois condutores de raio r e
separados por uma distância D. A indutância e a capacitância da linha valem:
µ0 D 2πε0
L= ln e C=
2π r ′ ln (D/r )
z = jωL e y = jωC
√ √ √ √
γ= z y = jω LC ⇒ β = ℑ{γ} = ω LC = 2πf LC
2π 1
λ= = √
β f LC
– 51 –
A velocidade de propagação é:
1
v = λf = √
LC
−1/2
µ0 D 2πε0
= ln ·
2π r ′ ln (D/r )
−1/2
D 1
= µ0 ε0 ln ′
r ln (D/r )
1
v=q
µ0ε0 ln(D/r )′
ln(D/r )
1
v =c=√ = 2,9986 · 108 ≈ 3 · 108 m/s
µ0 ε0
– 52 –
Exemplo
r ′ = e −1/4r = 0,0078 m
µ0 D
L= ln ′
= 1,9421 · 10−6 H/m
π r
πε0
C= = 6,0374 · 10−12 F/m
ln (D/r )
Impedância série:
– 53 –
Admitância shunt:
Constante de propagação:
√
γ= z · y = j1,2909 · 10−6 m−1
Comprimento de onda:
2π
λ= = 4,8674 · 106 m
β
Velocidade de propagação:
– 54 –
(b) R = 4 · 10−5 Ω/m.
– 55 –
Exemplo (para ser estudado em casa)
3,6 m
d = 0,2 m
d = 0,2 m
9,27 m 9,27 m
– 56 –
O raio médio geométrico do condutor composto é:
√ 1/4
Ds = RMG · d · d · d · 2 = 0,1036 m (para o cálculo da indutância)
C
√ 1/4
Ds = r · d · d · d · 2 = 0,1093 m (para o cálculo da capacitância)
Reatância indutiva:
DMG
x = 2 π · f · 2 · 10−7 · ln = 0,3597 Ω/km
Ds
Susceptância capacitiva:
(2 π)2 · f · ǫ0
b= = 4,4 µS/km
ln (DMG/DsC )
Constante de propagação:
√ p
γ = z · y = (R + j x ) · j b = α + j β = 4,36 · 10−5 + j 1,265 · 10−3 km−1
Impedância caracterı́stica:
p p
Zc = z /y = (R + j x ) /j b = 284,89 ∠ − 1,97◦ Ω
Comprimento de onda:
2π
λ= = 4967,03 km
β
– 57 –
A tensão no inı́cio da linha (Sending end) é dada por:
VR 1
G (ℓ) = =
VS cosh (γℓ)
20
18
16
14
G (ℓ)
12
10
8
6
4
2
0
0 1000 2000 3000 4000 5000
ℓ [km]
A tensão em vazio de regime permanente no final da linha pode chegar a ser quase 20
vezes maior que a tensão no inı́cio da linha.
– 58 –
replacements
Para comprimentos de linha reais:
1,25
1,2
G (ℓ)
1,15
1,1
1,05
1
0 100 200 300 400 500
ℓ [km]
– 59 –
Exemplo (para ser estudado em casa)
20
18
16
14
G (ℓ)
12
10
8
6
4
2
0
0 1000 2000 3000 4000 5000
ℓ [km]
1,02 λ/2
G (ℓ)
0,99
2300 2350 2400 2450 2500 2550 2600
ℓ [km]
– 60 –
◮ Para meio comprimento de onda a tensão em vazio no final da linha é
aproximadamente igual à tensão no inı́cio da linha → não há necessidade de
compensação de reativo.
◮ Para transmissão de grandes blocos de energia por distâncias muito elevadas existe
a proposta de se trabalhar com elos em corrente alternada convertendo os
comprimentos reais da linha em comprimentos elétricos um pouco acima de meio
comprimento de onda.
◮ A vantagem destes elos CA é que eles seriam compostos somente pela linha trifásica
(circuito simples ou duplo) e pelas subestações tradicionais com um pequeno
montante de compensão reativa inversa caso necessário, o que iria reduzir o custo
da interligação frente ao elo de corrente contı́nua. O elo CC é composto pela linha
com os dois polos e pelas estações conversoras nos extremos. As estações
conversoras têm um custo muito maior que as subestações tradicionais.
◮ Mesmo para interligações ponto a ponto um pouco menores (1500 km) a correção
do comprimento da linha para transformá-la para linha mais longa tem um custo
menor do que a solução tradicional de encurtar a linha para comprimentos elétricos
muito menores do que um quarto do comprimento de onda (para comprimentos em
torno de 200 km).
– 61 –
◮ Não existe no mundo nenhuma aplicação do elo CA proposto. Isto ocorre porque
não há até o momento interligações com comprimentos desta ordem. São poucos
os paı́ses ou regiões que têm dimensões como o Brasil.
75% mais barata que o elo CA convencional (com alto nı́vel de compensação)
– 62 –
5.9.2 Circuito equivalente com parâmetros concentrados
I (0) Z I (ℓ)
+ +
V (0) Y1 I1 I2 Y2 V (ℓ)
− −
Linha de transmissão
– 63 –
Linhas longas (mais que 240 km)
◮ Idéia: obter equações para V (ℓ) e I (ℓ) em função de V (0) e I (0) e comparar com
as equações do modelo distribuı́do.
Material complementar
– 64 –
tem-se
cosh γx − 1 1 cosh γx − 1
Y1 = =
Z Zc senh γx
e γx +e −γx
1 2 − 1 1 e γx + e −γx − 2
= e γx −e −γx
=
Zc 2
Zc e γx − e −γx
1 senh2 γx
2 1 senh γx
2
= γx γx = γx
Zc senh 2 · cosh 2 Zc cosh 2
1 γx
Y1 = tanh = Y2
Zc 2
Fim de material complementar
Zc senh γℓ
1
Zc tanh γℓ
2
1
Zc tanh γℓ
2
– 65 –
Exemplo
Para uma linha de transmissão trifásica, 60 Hz, tem-se R = 0,107 · 10−3 Ω/m,
L = 1,35 · 10−6 H/m e C = 8,45 · 10−12 F/m. A tensão no inı́cio da linha é igual a
220 kV e o seu comprimento é de 362 km.
(a) Determine Zc e γ.
– 66 –
(c) Determine a impedância vista pela fonte caso uma impedância igual a Zc seja
conectada no final da linha.
Zvista = Y1−1// Z + Zc //Y1−1 = 404,0493 ∠ − 5,94◦ Ω = Zc
Exercı́cio
x x2
e ≈1+x +
2! → termos de ordem maior que 2
2 foram desprezados
x
e −x ≈ 1 − x +
2!
– 67 –
◮ Se o comprimento da linha ℓ é pequeno, então | γℓ | será pequeno e as seguintes
aproximações são válidas:
senh γℓ ≈ γℓ
cosh γℓ ≈ 1 + (γℓ)2 /2
γℓ γℓ
tanh ≈
2 2
r
z √
Z = Zc senh γℓ ≈ Zc γℓ = · z y · ℓ = z ℓ = (R + jωL) ℓ
y
r
1 γℓ 1 γℓ y √ ℓ ℓ ℓ
Y1 = Y2 = tanh ≈ · = · z y · = y = (G + jωC)
Zc 2 Zc 2 z 2 2 2
(R + jωL) ℓ R L
ℓ ℓ C C
jωC 2 jωC 2 2 2
– 68 –
◮ Observações:
Quase todas as linhas são modeladas como linhas médias (modelo π-nominal)
R L
– 69 –
Exemplo
| parâmetro-π-equiv | − | parâmetro-π-nom |
erro% = · 100%
| parâmetro-π-equiv |
– 70 –
parâmetro π equivalente π nominal erro%
√
3
Deq = 23,8 · 23,8 · 47,6 = 30 ft
– 71 –
Das tabelas A.3, A.4 e A.5 tem-se:
215
VR = √ ∠0◦ = 124,13 ∠0◦ kV (tensão de fase, tomada como ref. angular)
3
∗ ∗
S/3 125 · 106/3
IR = = √ = 335,7 ∠0◦ A
VR 3
215 · 10 / 3
VS = VR cosh γℓ + Zc IR senh γℓ
= 124,13 · 103 · 0,8904 ∠1,34◦ + 406,4 ∠ − 5,48◦ · 335,7 · 0,4596 ∠84,94
= 137,851 ∠27,77◦ kV
– 72 –
Na barra transmissora:
√
Tensão de linha = 3 · 137,851 = 238,8 kV
Corrente de linha = 332,27 A
Fator de potência = cos (27,77 − 26,33) = 0,9997
√
Potência = 3 · 238,8 · 332,27 · 0,9997 = 137,4 MW
VS
VRvazio =
cosh γℓ
ℑ {γℓ} 0,4750
β= = = 0,002065 mi−1
ℓ 230
2π
λ= = 3043 mi
β
v = f λ = 182580 mi/s = 2,94 · 108 m/s
– 73 –
Exemplo (para ser estudado em casa)
– 74 –
5.10 Carregamento caracterı́stico da linha
r r
z L
Zc = = Ω → impedância de surto (surge impedance)
y C
LT IL
√ p
VL / 3 Zc = L/C
– 75 –
Material complementar
V (x ) = VR cosh γx + Zc IR sinh γx
p
Zc = L/C cosh γx = cos βx
√
γ = jβ = jω LC senh γx = j sen βx
p
◮ Se uma carga com impedância Zc = L/C for conectada na barra receptora, a
corrente será:
VR
IR =
Zc
e a equação de tensão fica:
VR
V (x ) = VR cos βx + jZc sen βx
Zc
= VR (cos βx + j sen βx )
= VR e jβx
| V (x ) | = | VR |
ou seja, para uma carga cuja impedância é igual à impedância de surto, o perfil de
tensão será plano
– 76 –
◮ Análise semelhante para a equação de corrente fornece:
VR
I (x ) = IR cosh γx + senh γx
Zc
VR jβx
= e
Zc
| I (x ) | = | IR |
S (x ) = V (x ) I (x )∗
| VR |2
=
Zc
ou seja, a potência ativa é constante ao longo da linha e não há fluxo de potência
reativa
Fim de material complementar
√
VL / 3
IL = p A
L/C
– 77 –
◮ Potência total entregue à carga (carregamento caracterı́stico):
√
√ √ VL / 3
SIL = 3VL IL = 3VL p
L/C
VL2
=p
L/C
2
Vnominal
SIL = p
L/C
◮ SIL não corresponde à máxima potência que pode ser transmitida pela linha. Esta
depende de outros fatores, como o comprimento da linha etc.
– 78 –
5.11 Perfil de tensão da linha
Exemplo
IS IR
+ +
∼ VS VR ZL
− −
– 79 –
(a) Em vazio: tem-se ZL → ∞ e, portanto, IR = 0. Da equação de onda de corrente:
VS VS
IR = IS cosh γℓ − senh γℓ = 0 → IS = tgh γℓ
Zc Zc
V (x ) = VS cosh γx − Zc IS senh γx
= VS (cosh γx − tgh γℓ senh γx )
VS
VR = VS cosh γℓ − Zc IS senh γℓ = 0 → IS =
Zc tgh γℓ
V (x ) = VS cosh γx − Zc IS senh γx
senh γx
= VS cosh γx −
tgh γℓ
– 80 –
Conforme visto anteriormente, a equação de onda da tensão neste caso fica:
VS
IR = IS cos βℓ − j sen βℓ
Zc′
ZL
!
VS cosh γℓ + Zc VS senh γℓ
IS = (3)
ZL cosh γℓ + Zc senh γℓ
– 81 –
Portanto, a equação de onda de tensão fica:
V (x ) = VS cosh γx − Zc IS sinh γx
(e) Carga leve: vale a equação do item (d) com o valor apropriado de ZL .
(f) Carga pesada: vale a equação do item (d) com o valor apropriado de ZL .
300
250
220
200
V [kV]
150
Vazio
Curto−circuito
SIL
Carga nominal
100 Carga leve
Carga pesada
50
0
0 50 100 150 200 230 250
x [mi]
– 82 –
5.12 Limites térmico e de estabilidade
VS = AVR + BIR
em que:
◮ Considerando:
VR = VR ∠0◦
VS = VS ∠δ
A = A ∠α
B = B ∠β
tem-se:
VS − AVR VS AVR
IR = = ∠ (δ − β) − ∠ (α − β)
B B B
– 83 –
◮ A potência complexa na barra receptora é:
VS VR AV 2
SR = VR IR∗ = ∠ (β − δ) − R ∠ (β − α)
B B
VS VR AV 2
PR = cos (β − δ) − R cos (β − α)
B B
VS VR AVR2
QR = sen (β − δ) − sen (β − α)
B B
A = cosh γℓ ≈ 1 ∠0◦
B = Zc senh γℓ ≈ Zc γℓ = z ℓ = (jωL) ℓ = jX = X ∠90◦
VS VR VS VR
PR = cos (90◦ − δ) = sen δ
X X
P
P max
90◦ δ
– 84 –
◮ Mantendo VS e VR constantes, um aumento da carga implica em um aumento do
ângulo δ. Existe um limite máximo de potência ativa que pode ser entregue:
d VS VR
PR = cos δ = 0
dδ X
ou δ = 90◦ e:
VS VR
PRmax =
X
◮ Considere que:
VS = VR = V
δ = 90◦
X=xℓ
Logo:
VS VR V2 K
PRmax = = =
X xℓ ℓ
– 85 –
Na prática, no entanto, considera-se (por motivos de segurança):
VS = V
VR ≈ 0,95V
δ ≈ 30◦
X=xℓ
Logo:
VS VR 0,95V 2 V2 K′
PRmax ′ = sen δ = ◦
sen 30 = 0,475 max
= 0,475 PR =
X xℓ xℓ ℓ
estabilidade estabilidade
prático
teórico
P
térmico
limite de
operação
– 86 –
◮ A utilização do limite prático de estabilidade visa manter a estabilidade durante
transitórios provocados por distúrbios na rede
Exemplo
A figura a seguir mostra a interligação entre as regiões Norte e Sul do Brasil, feita
através de linhas de transmissão de 500 kV.
Tucuruı́ Imperatriz
MA TCSC
Marabá
Imperatriz
PA
Colinas Colinas
PI
Miracema
Miracema
TO
MT
Gurupi
BA Gurupi
Serra da Mesa
Brası́lia
TCSC
MG
GO Serra da Mesa
– 87 –
• O trecho Imperatriz-Serra da Mesa tem aproximadamente 1020 km → linha longa
2 2
Vnom Vnom
SIL = =p
Zc L/C
Considerando que a tensão nominal seja definida, conclui-se que um aumento do SIL
pode ser obtido através da diminuição da indutância e/ou o aumento da capacitância.
– 88 –
em que:
Fonte: www.cepel.br
– 89 –
Aumento da indutância mútua Lm :
Benefı́cios da LPNE:
◮ Postergação de investimentos.
– 90 –
5.13 Capacidade e custos da transmissão
Custo
350 kV
para ℓ = 500 km
750 kV
Potência
Custo
350 kV
750 kV
500 km
300 km
150 km
Potência
– 91 –
Custo
Fixo
Total
Variável
Tensão
– 92 –
5.14 Fluxos de potência nas linhas de transmissão
Ek Em
k zkm m
Ikm Imk
sh sh
jbkm jbkm
◮ Impedância série:
Admitância série:
1 rkm −xkm
ykm = = gkm + jbkm = 2 + x2 + j 2 + x2
zkm rkm km rkm km
– 93 –
Tem-se:
rkm ≥ 0 ; gkm ≥ 0
sh
bkm ≥ 0 (parâmetro shunt capacitivo)
sh
Ikm = ykm (Ek − Em ) + jbkm E
| {z } | {z }k
série shunt
sh
Imk = ykm (Em − Ek ) + jbkm E
| {z } | {z m}
série shunt
∗
Skm = Pkm − jQkm = Ek∗ Ikm
sh
= Ek∗ ykm (Ek − Em ) + jbkm Ek
= ykm Vk2 − ykm Ek∗ Em + jbkm
sh 2
Vk
sh
2
= gkm + jbkm + jbkm Vk − (gkm + jbkm ) Vk Vm (cos θkm − j sen θkm )
Pkm = ℜ {Skm } = gkm Vk2 − Vk Vm (gkm cos θkm + bkm sen θkm )
sh
2
Qkm = ℑ {Skm } = − bkm + bkm Vk − Vk Vm (gkm sen θkm − bkm cos θkm )
– 94 –
De maneira análoga:
◮ Note que as expressões dos fluxos de potência foram obtidas considerando que estes
estão entrando na linha:
Ek Em
k Pkm Pmk m
Linha de transmissão
Qkm Qmk
– 95 –
Note que:
sh
−bkm Vk2 + Vm2 corresponde à geração de potência reativa nos elementos shunt
sh
(bkm > 0; potência negativa – fornecida)
Exemplo
k Ek Em m
Rede elétrica
sh
Os parâmetros da linha k-m são: zkm = 0,01 + j0,05 pu e bkm = 0,2 pu. Em um
determinado instante durante a operação da linha, suas tensões terminais são
Ek = 1,015 ∠ − 1,3◦ pu e Em = 1,020 ∠ − 6,3◦ pu. Calcule os fluxos de potência e as
perdas de potência na linha.
– 96 –
A admitância série da linha é:
1
ykm = gkm + jbkm = = 3,8462 − j19,2308 pu
zkm
Pkm = gkm Vk2 − Vk Vm (gkm cos θkm + bkm sen θkm ) = 1,7309 pu
sh
2
Qkm = − bkm + bkm Vk − Vk Vm (gkm sen θkm − bkm cos θkm ) = −0,5749 pu
Pmk = gkm Vm2 − Vk Vm (gkm cos θkm − bkm sen θkm ) = −1,7005 pu
sh
2
Qmk = − bkm + bkm Vm + Vk Vm (gkm sen θkm + bkm cos θkm ) = 0,3128 pu
k 1,7309 −1,7005 m
Linha de transmissão
−0,5749 0,3128
– 97 –
Realizando o cálculo das perdas de potência:
−bkm | Ek − Em |2 = 0,1520 pu
sh
−bkm Vk2 + Vm2 = −0,4141 pu
ou seja, a susceptância série resulta em consumo de potência reativa (> 0), enquanto
que a susceptância shunt resulta em geração de potência reativa (< 0). Neste caso em
particular, a geração é maior que o consumo.
– 98 –
5.15 Transmissão em corrente contı́nua
◮ Utilização de HVDC:
transmissão submarina
– 99 –
5.16 Tipos de elos c.c.
◮ Back-to-back
– 100 –
◮ Elo monopolar: terra é usada como retorno de corrente
Elo c.c.
c.a. c.a.
– 101 –
◮ Elo bipolar: um condutor com tensão positiva e outro com negativa. A terra não é
usada como retorno de corrente em condições normais de operação (em
emergências isso pode ocorrer). Conversores ligados em série em cada lado
Elo c.c.
c.a. c.a.
Menores perdas
– 102 –
◮ Comparação entre um sistema c.a. trifásico e um elo c.c. bipolar:
√
Pca = 3 Vℓ Iℓ
Potência c.c.
Pcc = 2 Vd Id
Vd = Vccmax
√
Como o valor de pico da tensão de fase é 2 vezes maior que o respectivo valor
eficaz (rms), tem-se:
√
3
Vℓ = √ Vcamax
2
Pca = Pcc
√
3V I = 2 Vd Id
√ √3 maxℓ ℓ
3 √2 Vca Iℓ = 2 Vccmax Id
3
√ I
2 2 ℓ
= Id
Id = 1,06 Iℓ
– 103 –
Perdas c.a.
p
Pca = 3 Iℓ2 Rℓ
Perdas c.c.
p
Pcc = 2 Id2 Rℓ
p p
Pca = 1,33 Pcc
As perdas em c.a. são 33% maiores que as perdas c.c. para uma mesma
potência transmitida
3 Iℓ2 R = 2 Id2 R
r
3
Id = Iℓ
2
r r
3 Vℓ 3
Vd = √ = Vf
2 3 2
– 104 –
Em termos das tensões máximas:
r
3 Vcamax
Vccmax = √
2 2
max
= 0,87 Vca
◮ A linha c.c. é mais barata que a linha c.a.: menos condutores, torres mais simples,
menor nı́vel de isolamento
Porém, são também necessárias as estações conversoras (c.a./c.c. e c.c./c.a.), que
são muito caras.
◮ A decisão sobre qual sistema adotar (c.a. ou c.c.) sob o ponto de vista de custos
depende basicamente do comprimento da linha:
custo
c.a.
c.c.
custo dos
conversores
≈ 800 km comprimento
– 105 –
5.18 Conversores – visão geral
Linha
Retificador Ld Rℓ
1 3 5
ea L c ia + + Id
∼
eb L c ib
n ∼ vd Vd Inversor
ec L c ic
∼
− −
4 6 2
– 106 –
A alimentação c.a. é feita através de rede trifásica equilibrada e senoidal
A ignição das válvulas é feita pelos gates e ocorrem a intervalos de tempo iguais.
No caso tem-se 6 válvulas, portanto, elas são disparadas a cada 60◦ (1/6 de
ciclo de tensão)
ec ea eb
ωt
π 2π
0 3 3
◮ A análise a seguir será feita para a operação da ponte sem controle de ignição dos
tiristores (tiristores comportando-se como diodos). O controle de ignição será
incluı́do adiante
◮ Dois tiristores conduzem por vez: aquele cuja tensão no catodo é a maior e aquele
cuja tensão no anodo é a menor
– 107 –
No intervalo 0 ≤ ωt ≤ π/3 a maior tensão é ea , logo, o tiristor 1 conduz. A menor
tensão é ec , logo, o tiristor 2 também conduz. A tensão vd será:
vd = eac = ea − ec
O mesmo tipo de raciocı́nio vale para os outros intervalos (de 60◦ em 60◦). A
tensão vd será:
vd
Vd
ωt
π 2π
0 3 3
√ √
3 2 3 3
Vd = Vℓ = Em ≈ 1,65Em
π π
◮ Com controle de ignição, ou seja, com ângulo de atraso não nulo (α 6= 0):
Vd = Vdo cos α
– 108 –
◮ A faixa de variação do ângulo de ignição é de 0 a 180◦. De 0 a 90◦, Vd assume
valores positivos. De 90◦ a 180◦, Vd é negativo. Neste último caso, como o sentido
da corrente não pode mudar, a ponte passa a operar como inversor
◮ A comutação não é de fato instantânea, mas leva um certo tempo para ocorrer. Por
exemplo, para ωt = π/3 o tiristor 1 deixa de conduzir, passando o tiristor 3 a
conduzir. Essa transição não é instantânea. Os tiristores 1 e 3 conduzem
simultaneamente por um certo tempo, e este fato é denominado overlap. Isso
implica em uma diminuição de Vd :
√
Vdo 3 2Vℓ
Vd = [cos α + cos (α + µ)] = [cos α + cos (α + µ)]
2 2π
= Vdo cos α − Rc Id
3ωLc 3Xc
Rc = = = 6f Lc
π π
e, embora seja considerada como resistência para efeitos de queda de tensão, não
consome potência ativa
– 109 –
Vℓ
Id = √ [cos α + cos (α + µ)]
2Xc
em que Xc = ωLc
r
2
Iℓ = Id
3
Iℓ = Ip + j Iq
em que:
√
6Id cos α + cos(α + µ)
Ip =
π 2
e:
√
6Id 2µ + sin 2α − sin 2(α + µ)
Iq =
4(cos α − cos(α + µ)
π
◮ Mostra-se que:
1
cos φ ≈ [cos α + cos (α + µ)]
2
– 110 –
◮ Circuito equivalente do retificador:
Rcr
+ Id +
+
Vdor Vdor cos α Vdr
−
− −
Rci
+ Id +
+
Vdi Vdoi cos β Vdoi
−
− −
– 111 –
◮ O fator de potência no lado c.a. do inversor é:
1
cos φ ≈ [cos γ + cos (γ + µ)]
2
γ =π−δ
Retificador Inversor
Rcr Rℓ Rci
+ + Id + +
+ +
Vdor Vdor cos α Vdr Vdi Vdoi cos β Vdoi
− −
− − − −
– 112 –
◮ Controle lento (≈ 5 segundos) → mudanças em Vdor e Vdoi através dos taps
dos transformadores alimentadores dos conversores
◮ Configuração:
Sul
SE Eletrosul
Foz do Iguaçú Foz do Iguaçú
Tijuco Preto
Ivaiporã
60 Hz
Itaberá
Itaipu 345 kV
50 Hz
Ibiúna
±6300 MW
SE ANDE
Elo c.c.
Paraguai
– 113 –
◮ Torres de transmissão em c.c.:
guarda (pára-raios)
estal estal
linha c.c. bipolar
torre estaiada
(mais simples e leve que torres c.a.)
Estaiada
guarda (pára-raios)
Autoportante
– 114 –
◮ Sistema bipolar de 12 pulsos:
Elo c.c.
Y +600 kV Y
Y Y
monopólo 1
∆ ∆
c.a. Y Y c.a.
Y Y
monopólo 2
∆ −600 kV ∆
– 115 –
5.20 Conexão HVDC Brasil-Argentina (Garabi)
50 Hz → 60 Hz – 20 kV – 70 MW
50 Hz → 60 Hz – ±79,3 kV – 500 MW
– 116 –
5.22 Material de apoio
◮ http://www.dee.ufc.br/ rleao/GTD/Transmissao.pdf
– 117 –
5.23 Referências
◮ J.D. Glover, M.S. Sarma, T.J. Overbye, Power system analysis and design, Cengage
Learning, 2008.
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