4.

Inflação, desemprego e
ciclos económicos

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4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

A inflação

v Taxa de inflação – é a taxa de variação do nível geral de preços.

nível preços (t) - nível preços (t -1)

Tx. Inflação = × 100
nível preços (t -1)

v Deflação – ocorre quando o nível geral de preços diminui.

v Desinflação – significa a redução da taxa de inflação.

v Estagflação – descreve a coexistência de desemprego elevado, ou

estagnação, e de inflação persistente.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Quando se refere ao aumento da inflação, de facto está-se a referir à

evolução de um índice de preço .

é uma média ponderada dos preços de um certo número de

bens e serviços.

Os índices de preços mais importantes são: o índice de preços

no consumidor (IPC) e o deflator do PIB.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

vIPC (índice de preços no consumidor) - é a medida mais amplamente

utilizada da inflação.

O IPC mede o custo de um cabaz de bens e serviços de

consumo. Nele se incluem os preços dos alimentos, vestuário,
alojamento, transportes, cuidados de saúde, etc.

Um índice de preços é construído através da ponderação de

cada preço de acordo com a importância económica do bem em
questão.

No caso do IPC, a cada bem é atribuída uma ponderação fixa

proporcional à sua importância relativa nos orçamentos de despesa do
consumidor.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

vIPC (índice de preços no consumidor) - é a medida mais amplamente

utilizada da inflação.

IPC (t) IPC(t -1)

Tx. Inflação = × 100
IPC(t -1)

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

O INE divulga três medidas do crescimento dos preços no consumidor:

Ø Variação Mensal: mede o crescimento do nível geral de preços entre

o mês n-1 e o mês n.

Ø Variação Homóloga: mede o crescimento do nível geral de preços

entre o mês n do Ano N-1 e o mês n do Ano N.

Ø Variação Média dos Últimos 12 Meses: mede o crescimento do nível

geral de preços entre os 12 últimos meses do Ano N-1 e os últimos 12
meses do Ano N.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

vDeflator do PIB - é o rácio entre o PIB nominal e o PIB real. É um índice

de preços que converte uma quantidade “nominal” noutra “real”.

Este índice difere do IPC por duas ordens de razões:

1ª - é um índice com ponderação variável em que os preços

são ponderados pelas quantidades correntes;

2ª - o deflator mede os preços de um grupo muito mais amplo

do que o IPC (mede os preços dos bens de consumo).

D (t) D(t -1)

Tx. Inflação = × 100
D (t -1)

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Graus de inflação

Ø Inflação moderada – é caracterizada pelo aumento dos preços em

ritmo lento. Podemos classificar como moderada uma inflação com
taxas anuais de um só dígito.

Ø Inflação galopante – uma inflação de dois a três dígitos é dita

galopante.

Ø Hiperinflação – trata-se de uma inflação com taxas extremamente

elevadas (p.ex. 1000 ou 1 milhão por cento ao ano).

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Fontes/Causas da inflação

a) inflação pela procura (excesso de procura agregada sobre a oferta

agregada da economia) - é a explicação mais ligada à análise

económica de inspiração keynesiana. Transpõe para a globalidade do

sistema económico aquilo que se verifica a nível dos mercados

individualmente considerados: em geral, um excesso de procura sobre

a oferta faz aumentar os preços.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Fontes/Causas da inflação (cont.)

b) inflação pelos custos - a inflação pode resultar de um aumento dos

custos que as empresas repercutem nos preços de venda.

Normalmente atribui-se esta inflação aos custos salariais e aos custos

das matérias-primas e produtos intermédios importados.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Custos da inflação

a) a inflação leva a redistribuições forçadas e indesejáveis do

rendimento e da riqueza - com efeito, se existirem rendimentos fixos ou
com mais dificuldade de adaptação ao crescimento dos preços, este
fará descer rapidamente o valor real desses rendimentos, os quais
muitas vezes (pensões, salários) são recebidos por classes já de si menos
favorecidas. Também quem possui riqueza financeira expressa em
títulos que vençam uma taxa de juro nominal fixa perderá com a
aceleração do crescimento dos preços.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Custos da inflação (cont.)

b) a inflação é um imposto escondido - os agentes económicos

precisam sempre de manter um saldo monetário imediatamente
disponível para facilitar as suas transações. Ora, com a evolução dos
preços, esse saldo irá perdendo o seu valor real, o que é compensado
pelos agentes económicos fazendo novas adições ao saldo para que
mantenha o seu valor real. Estas adições são rendimento que os
agentes não gastam e também não são poupança efetiva, uma vez
que não vão aumentar a sua riqueza real. Trata-se, pois, de um imposto
que é apropriado por quem emite a moeda, o Estado.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Custos da inflação (cont.)

c) a inflação tem custos de eficiência a nível microeconómico -

quando o processo inflacionista é rápido, existe uma disparidade entre
os preços do mesmo produto consoante os locais de venda, o que
obriga os consumidores a perder tempo e dinheiro à procura de bens a
melhor preço. Além disso, os que recebem rendimentos têm de os
aplicar imediatamente para evitar perder poder de compra, retendo
demasiado tempo o dinheiro. A escolha e o risco das aplicações têm o
seu custo. Por outro lado, as empresas (especialmente as comerciais)
têm o custo adicional de mudar frequentemente os preços (etiquetas,
máquinas contadoras, etc.) e torna-se também mais custosa e difícil a
gestão financeira.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Custos da inflação (cont.)

d) A inflação pode transformar-se num processo completamente

descontrolado: hiperinflação.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

O desemprego

v Taxa de Desemprego – percentagem da população ativa que se

encontra desempregada.

Nº Desempregados
Tx. Desemprego = × 100
População Ativa

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Palavras-chave (cont.):

v População ativa – inclui as pessoas que têm emprego e as pessoas

que não estando empregadas, estão à procura de emprego
(empregados + desempregados).

População Ativa
Tx. Atividade = × 100
População Total

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Palavras-chave (cont.):

v Inativos – é a parte da população adulta que não está à procura de

emprego. Neles se incluem aqueles que estudam, as domésticas, os
reformados, os que estão demasiadamente doentes para trabalhar ou
simplesmente não procuram emprego.

População Inativa
Tx. Inatividad e = × 100
População Total

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Importa distinguir entre:

v Desemprego voluntário – as pessoas são desempregadas
voluntariamente no sentido de que não querem trabalhar com o nível
salarial corrente. Aqui, o que existe é uma recusa a procurar emprego,
seja porque motivo for.

Uma tal situação, em rigor, não constitui verdadeiro

desemprego, uma vez que não se verifica qualquer rejeição pelas
condições de mercado de trabalho.

v Desemprego involuntário – ocorre se existem trabalhadores

qualificados que desejariam trabalhar ao nível corrente de salários, mas
que não encontram trabalho.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Tipos de Desemprego
v Desemprego friccional – trata-se de desemprego temporário causado
por modificações nos mercados particulares. Ocorre devido ao
movimento incessante de pessoas entre regiões e empregos ou nas
diferentes etapas do ciclo de vida.
v Desemprego estrutural – significa um desequilíbrio entre a oferta e a
procura de trabalhadores. É o desemprego resultante da estrutura
regional ou ocupacional dos postos de trabalho por preencher não
coincidir com a estrutura dos trabalhadores que procuram trabalho.
v Desemprego cíclico – este tipo de desemprego existe quando a
procura global de trabalho é diminuta. Quando a despesa e o produto
totais diminuem, o desemprego aumenta praticamente em todo o
lado.

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 4. Inflação, desemprego e ciclos económicos

Consequências do Desemprego

Ø Impacto económico - quando o desemprego é elevado, os recursos

são desaproveitados e os rendimentos das pessoas reduzidos.

­ desemprego ® produção ¯ ® rendimentos ¯.

Ø Impacto social – apesar dos custos económicos serem muito

elevados, estes não refletem suficientemente os prejuízos humanos,

sociais e psicológicos que podem advir de períodos de desemprego

persistente.

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