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Aula 12

Curso on-line de Aperfeiçoamento em Agricultura Orgânica


Prof. Silvio Penteado
Aula 12

Modulo 5 - MANEJO DO SOLO


12ª aula: O solo, propriedades e características

1ª PARTE: CONHEÇA O SOLO

NESTA LIÇÃO SERÁ ABORDADO

● Origens do solo e sua constituição

● As propriedades e características dos solos

● Como os fatores do solo afetam a exploração agrícola

1. Importância

Como o solo é considerado a vida do sistema orgânico, fator fundamental para o


funcionamento de todo sistema orgânico, vamos repetir propositalmente várias vezes os
seus conceitos básicos, princípios e técnicas de manejo..

O solo possui importância vital para os seres vivos, pois serve-lhes de suporte dando
abrigo às plantas e aos animais e contribui para a sua alimentação, e conjuntamente com
os seres vivos, constitui a biosfera.

.O solo é uma camada superficial da crosta terrestre, constituída por matéria mineral não
consolidada e pelos organismos vivos bem como os produtos da sua decomposição. No
solo ocorrem constante e simultaneamente complexas reações em que a matéria mineral
se transforma em matéria orgânica e vice-versa.

É importante entendermos o solo, como um organismo vivo, constituído de 3 aspectos:


físico, químico e biológico, para que possamos manejá-lo de forma que ele possa oferecer
tudo que as plantas necessitam para um bom desenvolvimento – ar, água, nutrientes,
nas quantidades e nas épocas certas.

2.Formação dos solos

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Na agricultura o solo pode ser caracterizado como o ambiente, região ou camada de terra
que a planta explora ou utiliza para germinar, crescer, produzir e multiplicar-se. Solo
pode ser definido também como o meio onde as plantas desenvolvem as suas raízes para
fixarem-se e retirar os materiais necessários à sua nutrição.

Os solos são o resultado da desintegração de diferentes tipos de rochas (granitos,


gnaisses, basaltos, diabásios, etc), pela ação do calor, do frio, da água, do vento e de
outros agentes, que foram lentamente dando origem aos diferentes tipos de solos que
temos hoje.

Á medida que a rocha original foi sofrendo processo de desintegração foi constituindo
camadas diferenciadas, sendo esta disposição de camadas denominada de perfil. As
camadas recebem nomes, que são os horizontes A,B,C, D.

Os solos se formaram a partir de rochas que sofreram a ação da temperatura, da chuva,


dos ventos, e se dividiram em partes menores. O desenvolvimento de microorganismos e
plantas inferiores – bactérias, fungos, algas, líquens, musgos e samambaias, promoveu
outros desdobramentos, tanto em relação ao tamanho como em relação à composição
química.

As plantas superiores começaram a se instalar assim que se formou uma fina camada de
solo – inicialmente as ervas, depois os arbustos, as arvoretas, até as árvores de grande
porte. Esse processo levou milhares de anos e as transformações continuam
acontecendo. Nas condições tropicais e sub-tropicais, dependendo também do relevo, as
transformações da rocha mãe ocorreram até profundidades superiores a um metro,
resultando em solos profundos.

Há vários tipos de solos, que se diferem entre si devido à rocha-mãe a partir da qual se
formaram. A formação de um solo iniciase com a degradação da rocha-mãe, seguindo-se
processos erosivos como o vento e a chuva que desagregam a rocha e provocam
alterações químicas que levam à sua fraturação; a temperatura que provoca contrações/
dilatações fazendo com que apareçam fendas; a ação dos seres vivos (bactérias, fungos,
líquenes, insetos, etc.) que se instalam nos fragmentos rochosos contribuindo também
para a sua desagregação; etc.

Após a ação destes agentes verifica-se o enriquecimento do solo em matéria orgânica,


formando-se assim o solo primitivo. Ocorre a fixação de seres vivos mais complexos e
acentua-se a acumulação de matéria orgânica, havendo também a degradação dos
fragmentos rochosos. Deste modo vai-se verificando a evolução do solo. Podemos
concluir que a pedogênese (formação, diferenciação e evolução de um solo) ocorre com a
sua decomposição física, química e biológica.

3. Camadas ou horizontes do solo

Um solo maduro, após sofrer a ação mecânica, química e incorporação da matéria

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orgânica, encontra-se dividido em camadas (horizontes). O solo deve apresentar 4


horizontes que se podem dividir em sub-horizontes. Ao conjunto destes horizontes, a sua
ordem e constituição dá-se o nome de perfil pedológico.

As camadas distinguem-se pelas diferentes características de composição química,


textura, cor, porosidade, riqueza em matéria orgânica e/ou mineral, etc. Nestas
condições, um solo deve apresentar:

Horizonte 0 é uma camada orgânica constituída por restos de plantas e animais em


decomposição – a manta morta. Existe apenas em locais onde haja vegetação.

Horizonte A é uma camada superficial rica em detritos orgânicos de partes de plantas e


de seres vivos em estado de decomposição estabilizado – o húmus, apresentando por
isso coloração escura. Está sujeito ao processo de lixiviação no qual os seus constituintes
são arrastados pelas águas infiltradas para o horizonte B. Sua espessura vai de 5 a 15
cm, dependendo da sua proteção superficial com material orgânico.

Horizonte B é um horizonte que inclui partículas minerais, substâncias coloidais, materiais


argilosos, óxidos, hidróxidos metálicos, carbonatos, etc. provenientes do horizonte A
arrastadas pela infiltração da água (lixiviação). Acumulam-se aqui também materiais
rochosos provenientes do horizonte C. Por ser pobre em matéria orgânica apresenta cor
mais clara que o horizonte A.

Horizonte C é essencialmente constituído pela rocha-mãe pouco alterada, fracamente


fragmentada. Aqui verifica-se fraca meteorização, tem por isso características muito
próximas da rochamãe.

Horizonte D OU R ou Rocha-mãe é constituída por massasrochosas praticamente


inalteradas. É a partir desta camada que se formam os solos. A sua profundidade pode
oscilar entre alguns centímetros e vários metros.

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4. Constituição dos solos

Os principais constituintes do solo são a matéria mineral, a matéria orgânica, a água e o


ar dependendo as proporções destes constituintes do tipo de solo.

Matéria Orgânica: No solo ela é constituída por restos vegetais e animais. Uma parte da
matéria orgânica constituinte do solo, que corresponde à matéria orgânica decomposta
estabilizada, é designada por húmus e acumula-se à superfície.

O húmus tem propriedades coloidais, que se deve à existência de partículas


eletronegativas (por exemplo a argila) que se associam às partículas de matéria orgânica
formando o complexo argilo-húmico. Este complexo é muito importante na nutrição das
plantas pois fixa os ions existentes nas soluções de solo.

A matéria orgânica existente no solo facilita a penetração das raízes, a retenção de água
e o arar dos solos. Esta forma complexos com a matéria mineral, o que facilita a nutrição
das plantas, fornecendo-lhe nutrientes essenciais.

Ar :O ar entra na constituição do solo para preencher os espaços existentes entre as


partículas sólidas que não são preenchidos pela água. O ar presente nos interstícios entre
as partículas de solo resulta da combinação dos gases da atmosfera com os gases
libertados durante as atividades biológicas e químicas ocorridas ao nível do solo, daí ser
também chamado atmosfera do solo. Um solo pouco arejado é também pouco produtivo
e sujeito às doenças, pois não oferece oxigénio suficiente para a respiração das raízes.

A presença de ar no solo influencia não só a sua produtividade mas também a sua cor.
Assim, a existência de oxigénio na constituição do solo vai permitir oxidações dos
compostos de ferro.

Água: A água o constituinte do solo onde se encontram substâncias dissolvidas.


Desempenha uma importante função na formação de um solo e é indispensável às
formas de vida dos solos.

A quantidade de água no solo (umidade) depende de vários fatores como o clima, a


textura, estrutura e permeabilidade do solo, a ação dos seres vivos e varia com o tempo
e a situação geográfica do solo considerado. A sua percentagem num solo não é
constante porque se encontra sempre em movimento; pode infiltrar-se, evaporar-se ou
ser absorvida pelas plantas.

A água de um solo pode ser classificada da seguinte maneira:

● Água de constituição é aquela que entra na estrutura química dos minerais. Não
está disponível para as plantas. Por possuir muitas substâncias dissolvidas, a água
existente no solo é também designada por solução de solo.

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● Água higroscópica é a que esta adsorvida à superfície dos minerais; encontra-se


por cima da superfície dos minerais. Não está disponível para as plantas.

● Água capilar forma películas em volta dos minerais. Constitui a principal fonte para
as plantas.

● Água gravitacional desloca-se de poro em poro e provoca alagamento do solo se


não for drenada.

Deve ser feito um planejamento para armazenar no solo a água da chuva, evitando que
cause erosões.

Matéria Mineral: A parte mineral do solo pode ser de 3 tipos: areia – partículas mais
grosseiras, silte – partículas intermediárias e argila – partículas mais finas, com carga
elétrica negativa, que atraem os nutrientes com carga elétrica positiva, como o cálcio,
potássio, sódio,etc. Um solo com menos de 20% de argila é considerado arenoso; entre
20 e 40% é areno-argiloso e com mais de 40% de argila é argiloso. Estes são os tipos de
textura do solo, que nós não podemos modificar.

5.Propriedades e Características dos solos

O solo apresenta algumas propriedades, tais como a cor, a textura, a estrutura, o pH, a
porosidade e a permeabilidade resultando estas últimas da textura e estrutura do solo. A
porosidade e a permeabilidade são propriedades que estão diretamente relacionadas com
a textura e estrutura do solo.

6.Propriedades físicas: elas dizem respeito à capacidade de absorver e reter água, de


circular o ar e à facilidade que oferece para a penetração das raízes das plantas. A
textura de um solo nos revela muitas coisas sobre suas propriedades físicas e químicas.

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● A textura é a quantidade e proporção em que se encontram as diferentes partículas


minerais que fazem parte da constituição do solo. A textura de um solo depende da
rocha-mãe que esteve na sua origem, da topografia, do clima e do grau de
evolução do solo.

● A estrutura de um solo consiste na forma como os seus constituintes se organizam,


o tamanho das partículas e os espaços vazios entre estas.

● A porosidade do solo é o espaço que existe entre as partículas e que pode ser
preenchido por ar ou água.

❍ A permeabilidade está relacionada com a porosidade e consiste na


capacidade que o solo tem de se deixar atravessar pela água. Quanto maior
for a permeabilidade do solo, menor é a sua capacidade de retenção da água
e um solo muito poroso é muito permeável e um solo pouco poroso é pouco
permeável

❍ Propriedades químicas: dizem respeito à capacidade de reter e fornecer


nutrientes para as raízes e possibilitar reações químicas entre os seus
componentes.
● O pH de um solo depende da composição química de um solo e das reações que
nele ocorrem. Varia com a quantidade de água e com as culturas que nele existem.

7.INFLUÊNCIA DA TEXTURA NOS SOLOS

Solos arenosos – são leves, soltos; a água, o ar e as raízes penetram com facilidade,
porém, a água se movimenta muito rapidamente, tanto para as camadas mais profundas,
até atingir o lençol freático, como para cima, evaporando para o ar. Como a areia não
tem a capacidade da argila de segurar os nutrientes, estes são levados para as camadas
mais profundas, resultando em solos pobres em nutrientes nas camadas superiores.

Solos argilosos – são mais pesados; a água e o ar circulam com dificuldade, oferecem
maior resistência à penetração das raízes; mas, como a argila é capaz de armazenar
utrientes, são solos mais ricos nas camadas superiores.

O tipo de argila que se forma nas condições de clima tropical e sub-tropical tem uma
capacidade bem menor de reter nutrientes quando comparada com a argila que se forma
em clima temperado, o que quer dizer que os nossos solos são mais pobres que os solos
das regiões temperadas; mas, em compensação, os nossos solos são mais profundos e
oferecem um volume muito maior para as raízes explorarem, desde que não haja
nenhum impedimento para o desenvolvimento delas, como a formação de camadas
adensadas, frequentes em solos altamente mecanizados – o famoso pé-de-arado.

8. Como melhorar a estrutura dos nossos solos:

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Como já foi visto, não podemos modificar a textura de um solo. Entretanto, existe um
outro fator muito mais importante para a fertilidade que é a estrutura do solo, e ela nós
podemos construir, manter ou destruir.Um solo é estruturado quando as partículas de
areia, silte e argila estão ligadas, formando blocos maiores - os grumos ou agregados, os
quais deixam entre si espaços maiores – os macroporos, que são de imensa importância
para a circulação do ar e da água.

No interior do agregados os espaços são bem menores – os microporos, que são muito
importantes para a retenção de água através do efeito da capilaridade. Os grumos se
formam pela ação cimentante de várias substâncias entre as quais destacamos o húmus,
que é um dos produtos da decomposição da matéria orgânica

Propriedades Biológicas: O solo é conhecido tradicionalmente como uma camada


organizada de minerais, matéria orgânica, ar e água. No entanto, o solo não serve só
como meio de apoio mecânico ou substrato no qual se fixam e se nutrem as raízes das
plantas, mas também como um sistema complexo de interações de organismos, cujas
ações permitem e criam condições e fatores necessários para que se desenvolvam as
plantas.

Estes seres (micro/macro flora e fauna) são de fato importantes agentes de constituição
dentre os fatores de formação do solo. Estima-se que em um metro quadrado de solo
fértil, com 30 cm de profundidade, contenha 1.500.000 protozoários, 21.000.000 de
nematóides, 100.000 ácaros e 40.000 insetos; além de 500.000 bactérias, 400.000
fungos e 50.000 algas.

Todos estes micro e macrorganismos presentes no solo participam, cada um a seu modo,
na elaboração do alimento para as plantas a partir da matéria orgânica e de minerais e
na fixação do nitrogênio do ar.

Por essas razões, o solo não é um material inerte, mas ao contrário, um complexo vivo e
ordenado de interações biológicas, com uma dinâmica própria de ações e reações com
um metabolismo próprio e cíclico, o que nos leva a concluir que o solo é um organismo
vivo.(El concepto de fertilidad; Eng. Agr. Omar Guillermo M. Hernández)

2ª PARTE: MANEJO DO SOLO

1. IMPORTÂNCIA

Há vários fatores que influenciam a produção agrícola, como a escolha de variedades,


espaçamento adotado, forma e época de plantio, condução da planta, tipo e níveis de
adubação, métodos de combate ás pragas e controle ás ervas invasoras. São todos
fatores importantes, porém nenhum deles supera o manejo do solo.

Uma plantio pode ser feito com a melhor semente ou variedade, utilizado adubo de

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qualidade, feito o plantio na época correta, empregado um trato cultural adequado,


porém se o solo não for adequadamente trabalhado, não teremos uma planta sadia ,
produtiva, que remunere os investimentos feitos.

Para compensar a falha inicial de não ter sido feito um adequado trabalho com o solo,
gasta-se muito com insumos, principalmente adubos e defensivos, o resultado financeiro
será cada vez menor e o ambiente em processo contínuo de degradação.

O manejo adequado de um solo representa dar as condições ideais para a germinação,


crescimento e produtividade para uma planta. O solo é o ambiente onde as plantas
nascem e se desenvolvem, porisso vão refletir em crescimento vegetativo, sanidade e
produtividade as condições que encontram no ambiente do solo. Podemos até afirmar
que mais de 80% daquilo que as plantas são, é reflexo direto ou indireto das condições
do solo.

Desta forma, um solo adequadamente manejado vai permitir a formação de uma planta
rústica e sadia, com elevada produção, sem o emprego excessivo de adubos e
defensivos, como é a prática da agricultura convencional.

2. CONHECENDO O SOLO COM MAIS DETALHES

O solo e seu manejo são muito importantes, por esta razão, apesar de ter já termos
apresentado os conceitos, voltamos ao assunto, pois convém conhecer melhor as suas
principais características, para que possamos manejá-lo adequadamente.

2.1. TIPOS DE SOLOS

Em uma região pode haver um ou mais tipos de solos. Os solos são identificados pela sua
coloração, textura (tamanho das partículas), profundidade, teor de matéria orgânica, pH,
relevo, grau de erosão, etc. Isto significa que os solos possuem características físicas,
químicas e biológicas diferentes.

Inicialmente, devemos considerar que as características de um solo, é o reflexo direto do


tipo de rocha que lhe deu origem, das condições climáticas locais (calor, umidade, vento)
e do nível de conservação das suas características originais (nível de degradação
ambiental).

Um solo cuja rocha original é basalto resulta um solo diferente daquele que tem como
rocha original um arenito. O primeiro solo é mais rico em nutrientes e oferece maior
retenção de água, porém oferecem maior dificuldade para a penetração das raízes,
enquanto que o segundo, é mais pobre em nutrientes e umidade, porém as raízes
encontram maior facilidade para penetrarem em profundidade no solo. Assim, o primeiro
solo poderá ter menores condições para a agricultura se suas características originais não
forem preservadas, pela ação da erosão das águas e do manejo inadequado no cultivo
agrícola.

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Há vários tipos de solo: arenoso, argiloso, areno-argiloso, barrento, turfoso, etc, com
diferentes quantidades de nutrientes, tamanhos de partículas, teores de matéria
orgânica, cobertura vegetal, etc. Regionalmente os solos são identificados de acordo com
a classificação oficial: Latossóis, Poldzolizados, Terra Roxa, etc. Para a produção agrícola
é importante o tipo de solo, pois podem favorecer as plantas, como exemplo pelo maior
teor de nutrientes e matéria orgânica, no entanto quaisquer outro solo poderá ser
utilizado com mesmo sucesso, desde que corrigido suas características físicas, químicas e
biológicas.

Solo: aquilo que chamamos por solo, consiste principalmente naquela camada superficial
de 8 a 20 cm, rica em matéria orgânica, que é o ambiente onde vivem as raízes das
plantas. Se as condições forem adequadas, podemos ter uma planta saudável, resistente
e produtiva, caso contrário será sempre uma planta frágil e dependente de insumos e
tratamentos especiais.

Cada tipo de solo deve ser identificado nas suas características físicas, químicas e
biológicas, conforme apresentamos abaixo e depois trabalhados e regenerados para que
venham a ser produtivos, com baixo emprego de recursos materiais e preservados para
as próximas gerações.

2.2. IDENTIFIFICAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES

Os solos devem ser reconhecidos através da identificação das suas características físicas,
químicas e biológicas, que dada sua importância, influenciam toda atividade agrícola :

2.2.1. FÍSICAS:

● Camadas do solo: A decomposição da rocha original pela ação do calor, umidade e


vento, vão permitir a formação contínua de camadas sucessivas em profundidade
do solo. A camada A (0 a 15 cm) é a camada superficial onde estão as principais
raízes das plantas, rica em matéria orgânica, já totalmente decomposta. Camada B
é o subsolo, material de recente decomposição da rocha, geralmente mais pobre
em nutrientes. A camada C, encontra-se ainda em processo de decomposição.
Camada D é a rocha mãe ou rocha original. Solos erodidos ou rasos tem menor
número de camadas, com baixo aproveitamento agrícola.

● Composição do solo: Um solo ideal deve ter a seguinte composição física: 25% de
ar + 25% de água + 45 % de partículas minerais e 5% de matéria orgânica. Esse
não é somente um dado teórico, mas extremamente importante e necessário para
dar um ambiente adequado para o desenvolvimento das plantas, devendo porisso
ser buscado a sua correção, fazendo na fase inicial uma análise física e química do
solo.

● Textura: Consiste no tamanho das partículas constituintes do solo, que são: areia,

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silte e argila. A areia é a partícula grosseira do solo, com tamanho superior a 0,2
mm. O silte tem tamanho entre 0,2 a 0,02 mm, enquanto a argila consiste em
partículas menores que 0,02 mm. Estas duas últimas são muito pequenas, vistas
somente com microscópios. A quantidade dessas partículas, dão ao solo
características especiais, assim um solo com menos de 20% de argila é um solo
arenoso; de 20 a 40% de argila é areno-argiloso e com mais de 40% de argila, é
um solo argiloso.

Uma diferente composição de partículas, conferem propriedades distintas aos solos. Um


solo argiloso devido ao menor tamanho e poder de coesão química de suas partículas,
retém melhor a umidade e os adubos minerais, porém é menos permeável á penetração
das raízes das plantas e ás águas das chuvas. Um solo arenoso oferece maior facilidade
ao crescimento das raízes, porém não retém a umidade e os nutrientes minerais,
permitindo que se percam por ocasião das chuvas, o que vai ser prejudicial ás plantas.
Os solos são herdados, assim dificilmente podemos escolher um solo com a textura ideal
para implantar uma cultura. Considerando que temos que utilizar os solos que temos
disponíveis, não podemos modificar suas texturas, porém poderemos melhorar a sua
estrutura, como isso teremos condições adequadas para as plantas.

● Permeabilidade: É a condição de permitir a penetração do ar, da água e das raízes


nas camadas do solo. Um solo é permeável quando tem boa drenagem das águas
das chuvas e irrigação e as raízes crescem sem impedimento físico ou químico em
profundidade. Em solos não permeáveis, as raízes das plantas tem baixa
oxigenação, causando reduzido crescimento e plantas com baixa resistência. Os
principais fatores que afetam a permeabilidade são a 1) A textura ou seja o
tamanho das suas partículas, 2) A quantidade de matéria orgânica, 3) A estrutura
do solo, 4) Toxidez de alumínio das camadas inferiores do solo, 5) Compactação
física, 6) A forma do preparo do solo.

● Profundidade: Consiste na profundidade da camada de solo disponível para o


crescimento do sistema radicular das plantas. A profundidade do solo deve ter no
mínimo 1,50 m, permitindo boa drenagem das águas e desenvolvimento das
raízes. Problemas de compactação física, lençóis freáticos elevados e camadas
inferiores com teores elevados de alumínio também afetam a profundidade dos
solos.

❍ Estrutura : É a forma como estão arranjadas ou estruturadas as partículas no


solo. Elas poderão estar individualizadas ou formando estruturas, na forma
de grânulos ou aglomerados em blocos. No primeiro caso, se for um solo
arenoso haverá boa drenagem e penetração das raízes no solo, caso for um
solo argiloso

❍ será ao contrário. Para melhorar a estrutura de um solo, utiliza-se então


matéria orgânica, que ao decompor-se libera ácidos húmicos que agregam as
partículas do solo, com ação cimentante, formando grumos, com o
conseqüente aumento da permeabilidade e a retenção de nutrientes pelo

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solo. A mobilização excessiva do solo com máquinas e o emprego de


equipamentos inadequados no preparo do solo, como grades e arados,
podem destruir os aglomerados com a pulverização das suas partículas.
● Teor de matéria orgânica: Um solo adequado tem em torno de 5% de matéria
orgânica. A sua presença melhora as características físicas, químicas e biológicas
do solo, vindo a ser fator de menor custo de produção, resistência natural, menor
emprego de insumos e defensivos, e preservação dos recursos naturais.

● Umidade: Um solo adequado mantém umidade para fornecimento ás plantas. O


solo deve manter 60% da capacidade de umidade do solo, que corresponde á água
retida depois da drenagem das chuvas e irrigações. São fatores para a conservação
do teor de umidade de água no solo, a presença de elevado teor de matéria
orgânica, cobertura do solo, plantio direto ou preparo mínimo do solo, proteção de
quebra-ventos e de um solo estruturado com grânulos. Solos com excessiva
umidade favorecem doenças, acumulam gases tóxicos e não permitem a respiração
pelo sistema radicular

● Ar: Tão importante quanto a umidade é a presença de ar na região radicular. Solos


com baixa oxigenação trazem como conseqüência plantas frágeis, doentes e com
baixo desenvolvimento vegetativo e produtivo. Todas as operações de manejo e
preparo do solo devem ser direcionadas a permitir um solo solto e arejado. Um
adequado preparo do solo, quebras de camadas compactadas no solo, plantio
direto, presença de grânulos e da matéria orgânica, drenagem adequada das águas
e plantio de adubos verdes, são medidas recomendadas para promover uma maior
aeração dos solos.

❍ Minerais: São os componentes nutricionais presentes no solo, que pela maior


presença no solo e elevada exigência pelas plantas são chamados de
macronutrientes (nitrogênio, fósforo,

❍ potássio, cálcio, magnésio e enxofre) e outros pela menor quantidade no solo


e serem absorvidos em menor quantidade pelas plantas, são chamados de
micronutrientes, como boro, zinco, manganês, molibdênio, cobalto, ferro,
cobre e sódio.
● Cobertura do solo: Os solos tropicais e subtropicais necessitam ser protegidos por
cobertura viva ou morta (matéria orgânica) dos fatores que provocam erosão,
como as águas das chuvas e irrigação, assim como pela ação dos ventos. A
cobertura dos solos, também devem proteger contra a movimentação de máquinas
sobre o solo, que causam compactação de camadas inferiores e da ação da alta
temperatura.

● Relevo: Nos terrenos inclinados, como nos planos, devese proceder medidas de
conservação do solo, com drenagem das águas, plantio em nível, cordões de
proteção, terraços, entre outras medidas.

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❍ Grau de erosão: Os solos podem sofrer graves danos pela ação das águas,
com arrastamento de terra, degradando o solo. Estas erosões são conhecidas
por laminares ( quando arrastamento superficial da terra), em sulco (na
forma de estrias no terreno) e voçorocas, todas causando sérios prejuízos
para o uso e preservação dos solos. Um solo com elevado grau de erosão,
deverá ser recuperado antes do seu emprego agrícola, com práticas de
conservação do solo e plantio de adubos verdes

❍ 2.2.2. QUÍMICAS:
❍ pH : As partículas dos solos possuem cargas (+) e (-), que lhes conferem
reação química entre si, levando o solo á diferentes graus de acidez ou
alcalinidade, de acordo com a presença maior ou menor dessas cargas nos
solos. São notadamente bases positivas os elementos cálcio e magnésio e
negativas os ânions hidrogênio (OH) e alumínio. O pH apresentado na análise
do solo de 1 a 6 representa um solo ácido ; pH 7,0 = solo neutro e acima de
7,0 = solo alcalino. Os nossos solos são geralmente ácidos, com pH entre 5 a
6,0. Os solos muito baixos (abaixo de 5,5) tem baixa disponibilidade de
nutrientes para as plantas, sendo mais recomendados em torno de 6,0. Para

❍ corrigir a acidez, emprega-se o calcário, que é rico em cálcio e magnésio.


● Toxidade de alumínio: Camadas inferiores do solo podem conter teores muito
elevados de alumínio, o que é tóxico para o crescimento das plantas. É necessário
a correção com calcário incorporado ao solo ou em mistura com gesso, aplicado
sobre a superfície do solo.

● CTC: É a capacidade de troca catiônica dos solos, significando o grau de


disponibilidade dos nutrientes para as plantas. Quanto maior for a CTC é maior o
potencial de fornecimento dos nutrientes dos solos para as plantas. A CTC é
influenciada pelo tamanho das partículas do solo, pois quanto menor, é maior sua
retenção química e troca com a solução do solo e raízes das plantas. Desta forma
as argilas são as que tem maior CTC, havendo diferenças em função da quantidade
e da qualidade (ex: caulinita ou montmorilonita) A presença da matéria orgânica
favorece ao aumento da CTC, pois na sua decomposição forma-se partículas
coloidais orgânicas, com alta capacidade de reter e trocar nutrientes, superiores á
argila.

● EQUILÍBRIO DE NUTRIENTES: Um solo é considerado adequado para as plantas


não somente pela quantidade de nutrientes que possui, mas principalmente pelo
equilíbrio que deve ser mantido entre os teores desses nutrientes. Dessa forma, a
relação de equilíbrio no solo entre o cálcio e o magnésio é 3 a 4 partes do primeiro
para 1 parte do segundo. Assim há uma relação ótima entre os macros e
micronutrientes no solo. A aplicação de adu bos químicos ou orgânicos deve ser
precedido de análise do solo e avaliação das condições do solo, para evitar
desequilíbrios nutricionais, que afetam a sanidade da planta e a sua produtividade.

2.2.3. BIOLÓGICAS:

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O solo consiste num ecossistema, que comprende o conjunto formado pelos fatores
abióticos (minerais, água e ar), conforme foi apresentado anteriormente, com os fatores
bióticos, que compreende toda população de seres vivos, seja animal, como vegetal.
Desta forma, o solo possui incontável quantidade espécies e variedades de
microrganismos (fungos, bactérias, actomicetos, leveduras, vírus, baculovírus,
nematóides, etc); macrorganismos (aranhas, besouros, larvas, minhocas, formigas, etc)
e riquíssima flora vegetal (raízes de plantas, plantas secundárias, algas, etc). A presença
de toda esta fauna, compreende a teia da vida, favorecendo a produção agrícola e a
preservação das suas características através das gerações. A cobertura morta do solo, o
plantio de adubos verdes, a incorporação de matéria orgânica, a conservação do solo,
são algumas das medidas para sua recuperação das áreas degradadas e a sua
manutenção.

CÁLCULO DA ADUBAÇÃO PELO EQUILÍBRIO DE BASES

1. Importância

Os solos brasileiros possuem baixa quantidade de matéria orgânica (M.O.) e Boro. O


primeiro diminui a retenção e adsorção de nutrientes no solo, diminui vida e diversidade
de organismos no solo, ciclagem de nutrientes, bem como diminui aeração, a retenção de
água e penetração das raízes no solo, aumenta a compactação, ou seja, diminui o
volume de solo explorado pelas raízes e conseqüentemente aumentam as chances das
plantas passarem fome e sede.

O boro, quando ausente ou em baixa quantidade, reduz o crescimento das raízes e


ocasiona quase os mesmos efeitos na planta, descritos acima; além de diminuir a
translocacao de fotoassimilados, pegamento e enchimento de frutos.

O pH não é um parâmetro tão importante, mas a conseqüência do atendimento dos


demais níveis. Se fosse tão importante ao se colocar uma planta em água com pH 7 ela
se desenvolveria bem sem precisar dos nutrientes.

2. Regras do Equilíbrio de Bases:

● Não acrescentar mais de 2,5 t/ha de calcário por ano.

● Não colocar todos os nutrientes nas proporções ideais logo no primeiro ano, pois ao
se acrescentar adubos orgânicos e adubos verdes, os microrganismos passam por
um período de estresse para conseguirem agir no sentido de equilíbrio do solo.

● Fazer composição de calcários, cinzas, fosfatos naturais e pós de rocha, no sentido


de se atender as proporções sugeridas pela tabela.

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● Acrescentar fosfato natural e pós de rocha sempre em conjunto com matéria


orgânica, seja composto, biofertilizante ou chorume.

O excesso de magnésio presente em solos que receberam exclusivamente calcário


dolomítico provoca: perda de nitrogênio pela formação de nitrato de magnésio, altamente
lixiviável no solo, competição com o potássio na absorção pela planta, diminuição da
floculação do solo, compactação e maior pegajosidade do solo.

3. Manejo da Fertilidade

O manejo da fertilidade do solo inicia-se pela amostragem correta e analise química,


física e biológica do solo realizado em laboratórios confiáveis. Com o resultado de analise,
poderemos inferir algumas características como:

● Magnésio acima de 15% da CTC – plantas amareladas e solo pegajoso e com


lentidão na infiltração de água

● Potássio (K) além de 7% da CTC – presença de caruru como principal planta


espontânea

● Boro abaixo de 0,5 ppm – problemas sérios de pragas em brotações e pegamento


de frutos

● Cálcio abaixo de 30% da CTC – alta incidência e predominância de capins como


plantas expontâneas e problemas de ataque de cochonilhas em arvores.

● Cobre abaixo de 1 ppm – problemas sérios de doenças

4. Proposta de Willian Albrecht

O que e um solo equilibrado? Estudando matéria orgânica e a resposta das plantas ao


seu acréscimo ao solo, o pesquisador Albrecht citado por Zimmer (2000), estabeleceu as
proporções dos nutrientes na matéria orgânica e testou esta proporção em solos lavados
(areia), acrescentando os nutrientes nas quantidades relativas semelhantes á matéria
orgânica.

Com relação as proporções dos nutrientes no solo, Albrecht citado por Zimmer (2000)
sugere:

1. Porcentagem adequada no solo da Matéria Orgânica: O ideal é elevar para 5%


quando está abaixo de 2,5%, falta alimento no solo para os microrganismos.

1. Porcentagem dos nutrientes na C.T.C. (capacidade de troca de cátions)

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● Cálcio (Ca): 55 a 65% - Relação Ca/Mg: 5 :1 a 7:1

● Magnésio (Mg): 10 a 15% = Relação Mg/K: 2:1

● Potássio (K): 3 a 5%

● Hidrogênio (H): 5 a 15%,

● pH Ideal 5,8 a 6,8 (o pH é conseqüência)

1. Porcentagem dos macronutrientes no solo

● Fósforo: mínimo 25 ppm com 3% de M.O. ideal: 50 ppm solúvel


(Relação fósforo disponível / fixado: 1/2)

● Potássio (K): 3 a 5% = solos leves: 3,5% --solos médios: 3,0% solos


pesados: 3,0%

● Enxofre: 25 ppm (Relação S:N ideal 1:10)

1. Porcentagem adequada dos micronutrientes no solo

● Boro (B): 1 ppm ou mg/dm3

● Cobre (Cu): 2 ppm

● Ferro (Fe): 20 ppm

● Manganês (Mn): 20 ppm

● Zinco: (Zn): 5 ppm

● Molibdênio, Cobalto, Silício, Selênio, Lítio, Cloro, Iodo etc

● pós de rochas magmáticas (basalto, diabásio, granito)paramagéticas

5.Cálculo de adubação (Equilíbrio de Bases)

Este pequeno programa de computador, construído pelo técnico da CATI, Paulo César
Montalvão, faz de maneira simples um cálculo de Equilíbrio de Bases, mostrando quanto
preciso de cada nutriente puro por hectare (kg/ha), de todos os nutrientes, com exceção
do nitrogênio.

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Para saber quanto devo aplicar do nutriente nitrogênio por hectare, devo levar em
considerar vários fatores, entre os quais: a exigência da cultura, o teor de matéria
orgânico do solo, cultura anterior, recomendações de orgãos oficiais, entre outros.

Para fazer o cálculo neste programa, é preciso colocar os dados da análise de solo nos
quadros abaixo e obter os teores ideais dos nutrientes para cada cultura,

O que fazer com os resultados do programa

Para cálcio e magnésio, o resultado final aparece as carências de óxidos de cálcio e


magnésio em kg, que deveremos utilizar para calcular a necessidade de calcário (kg/ha)

Este programa apresenta a quantidade dos elementos puros: potássio, fósforo, enxofre,
boro, ferro, manganês, cobre e zinco, necessária por hectare, de acordo com a cultura
que vamos implantar.

Não temos adubos orgânicos com estas quantidades de elementos puros/ha. O que mais
aproxima disto, são os adubos químicos concentrados, que não devemos utilizar.. Então
para sabermos a quantidade de adubos por hectare temos que calcular quantos quilos de
adubos orgânicos precisamos para conter estas quantidades de nutrientes.

PROGRAMA PARA CÁLCULO DE ADUBAÇÃO PELO EQUILÍBRIO DE BASES

Proposto por William Albrecht

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No exemplo temos:

❍ Calcário: Necessidade de CaO 1009 Kg/ha , com um calcário

❍ calcítico com CaO 50%, MgO 2% e PRNT 85%, temos: 1009/0,5 = 2018 /
0,85 = 2374 Kg/ha de calcário calcítico sendo que ele já está acrescentando
2374 x 0,02 x 0,85 = 40 Kg/ha de MgO, satisfazendo a necessidade do solo
e planta.

● Potássio: se for colocado cinza + carvão moído, e sulfato de potássio, temos: 67/
0,03 = 2230 Kg/ha, mas como não é recomendado se colocar mais de 1.500 Kg/ha/
ano, então:

2230-1500=730 x 0,03 = 21,9 ainda faltam de K, então faltam 21,9 / 0,42 = 52 Kg/ha
de Sulfato de potássio. A recomendação é 1500 Kg de cinza e carvão + 52 Kg de K2SO4
por hectare. Pode ser colocado também pó de rocha, como o Itafértil que tem 6% de K
desta forma, colocar 1116 Kg/ha em área total + um pouco de sulfato de potássio no

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sulco de plantio.

• O fósforo, colocando-se fosfato natural que tem 6% de P solúvel e 23% de fósforo


total, fazemos: 28/0,06 = 466 Kg/ha em área total

• Micronutrientes:

Boro: necessidade de 1,4 Kg/ha então: 1,4/0,11 = 12,7 Kg/ha de Bórax ou 1,4/0,17 =
8,2 Kg/ha de ácido bórico espalhado em área total junto com o biofertilizante no solo.

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