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Marcus Vinicius Ginez da Silva

Advogado – OAB-PR.30.664

Atendendo a solicitação do Ilustre colega Sr.


Osvaldo Cezar Américo, acadêmico do 1º ano do curso de Direito
da Unopar de Londrina-PR., venho manifestar meu humilde
entendimento a cerca da matéria publicada na Folha de Londrina
do dia 13/03/2003, da Parte Geral folha 7.

Primeiramente a que se destacar, a complexidade


da matéria, que a muito tem sido alvo da mídia em suas
matérias que abordam, principalmente, pontos críticos como, o
conflito do MST na busca da terra e os Fazendeiros que buscam
a proteção de seu patrimônio.

Sob este prisma, a Ouvidora Agrária Nacional


Maria de Oliveira, garantiu na matéria em epigrafe, que o
Governo Federal não ira tolerar ações armadas seja da parte
dos movimentos sociais ou de fazendeiros.

Tal medida será tomada a fim de evitar que os


Fazendeiros se unam para constituir o chamado “Primeiro
Comando Rural” contratando seguranças armados para defenderem
suas terras contra eventuais invasões a serem praticadas pelo
MST que já perdera sua paciência com o Atual Governo.

É incontroverso que toda pessoa que visa proteger


seu patrimônio buscará através dos meios Legais defender seu
patrimônio, assim também, são os fazendeiros, que buscam a
proteção de suas terras objeto de ameaça.

O MST (Movimento Sem Terra), comandado por alguns


Líderes como José Rainha, conhecido líder do movimento sem
terra de Mirante do Paranapanema interior do Estado de São
Paulo, agruparam-se com o intuito de conquistar as chamadas
“terras improdutivas” que a muito tempo vem sendo debate da
Reforma Agrária.

O que ocorre, é que a situação vem chegando a seu


limite, assim, o MST aproveitando do interesse de muitos em
possuir sua própria terra, unem-se com foices, facões e outras
armas para conquistarem temporariamente seu espaço de terra se
assim pode ser chamado. Digo isto, porque nem todo integrante
do MST tem a intenção de conquistar sua terra para produzir,
quando na verdade o que vem ocorrendo é a existência no
interesse de se comercializar a terra conquistada, como
ocorrera na Região Oeste do Estado.

Talvez este seja um, dos muitos motivos pelo qual


o Governo ainda não tenha realizado a tão esperada Reforma
Agrária, posto que, o Incra ao tomar conhecimento que a terra

Rua Minas Gerais, 297 - 9º Andar-Sala 94 – Ed. Palácio do Comércio Fone/Fax (43)321-3562 / 344-
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Marcus Vinicius Ginez da Silva
Advogado – OAB-PR.30.664

cedida fora vendida, tenta reavê-la através da Reintegração de


Posse.
Quanto aos fazendeiros que procuram constituir
seguranças armados para se protegerem das ações criminosas
intentadas pelo MST, vejo que, apesar de perigosa é acima de
tudo necessária, uma vez que tal união visa tão e somente a
proteção de um bem patrimonial que constantemente vem sendo
objeto de ameaças. Ademais, entendo que os Fazendeiros não
podem ser impedidos de proteger suas terras uma vez que se
encontram protegidos pela Excludente da Ilicitude prevista no
artigo 23, inciso II do Código Penal, exercendo assim seu
Direito a Legítima Defesa in casu a Propriedade.

Seria por lado hipocrisia fechar os olhos para


alguns integrantes do MST que se mesclam aos demais com o
intuito de enriquecimento ilícito, quando na verdade se sabe
que existem denúncias de pessoas que adquirem terras para
venderem como ocorrera no Assentamento Santa Terezinha.

Assim, seria absurdo aceitar que pessoas como


estas se locupletem em detrimento alheio. Malgrado, verifica-
se ainda que em invasões como algumas já praticadas pelo MST,
deixará para trás rastro de destruição, cujos Fazendeiros são
obrigados a arcar com os danos. Não vejo assim que os
Fazendeiros estariam cometendo qualquer ilícito ao
organizarem-se em prol da defesa de suas propriedades, posto
que, reagiriam nos termos do artigo 25 do CP.

Concordo, entretanto, com a observação da Ilustre


Ouvidora, ao tecer que: “não será através da utilização de
armas que será consolidada a Reforma Agrária no Pais”,
outrossim, vale dizer que quanto mais o Governo estender sua
negociação com os Sem Terra, a situação pouco a pouco vai se
agravando e o limite se esgotando.

MARCUS VINICIUS GINEZ DA SILVA


Advogado OAB-PR.30664

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