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INTRODUCAO

O presente trabalho, visa abordar sobre os Patrimônios Culturais de Moçambique. O povo


moçambicano ao longo da sua história criou bens materiais de valor cultural fundamental
para o património comum da humanidade e particularmente para o nosso próprio povo.
Importa, portanto conservar, como símbolo da tenacidade determinação estrangeira e
como fonte de inspiração e ensinamento para gerações vindouras, todos os vestígios
históricos da criatividade e luta do povo moçambicano, assim como os da presença
estrangeira em Moçambique

Quando se fala do patrimônio histórico na Ilha de Moçambique, rapidamente vem à mente


das pessoas a ideia dos fortins, fortaleza, palácios, templos, igrejas e mesquitas, o
conjunto de casarões típicos do modelo indo-português e de outros povos que marcaram
a sua presença nesta parcela do país. O acevo do patrimônio histórico-cultural data entre
os séculos XVI e XX. O reconhecimento do seu valor histórico lhe valeu, em 1991, a
inclusão na Lista do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural. No entanto, associar o
patrimônio cultural prioritariamente a esses monumentos levaria ao esquecimento do
valor histórico de todo o conjunto das práticas culturais da população que vivencia esses
bens, estabelece o ambiente que os significa de modo peculiar e de toda a difícil
participação que houve na construção dos mesmos. O distrito e o município da Ilha de
Moçambique é formado por uma porção insular e uma continental. Neste artigo, Ilha
refere-se sempre à porção insular.

A partir de 1868, houve uma liberalização para a ocupação da Ilha pela população negra,
que entretanto, deveria se restringir a Macuti. De acordo com Pereira (1994, p. 12), em
1868 a Postura Camarária estabeleceu a linha divisória da costa (atual mercado do peixe)
à contra-costa (Alto Mrangonha). Ao sul da linha divisória ficaria o denominado “Bairro
Indígena”. Essa linha limitava também os usos: só ao sul se permitiam usos indesejados
na Cidade e Cal como pedreiras, currais, matadouros, fornos de cal, depósitos de lenha
ou carvão. Estabeleceu-se, a partir desse período, a proibição de construir ou reconstruir
palhotas dentro da Cidade e definiu-se que todas anteriormente construídas fossem
destruídas em um prazo de cinco anos, tendo, no entanto, a Câmara se responsabilizado
por indenizar os proprietários.
PATRIMONIO CULTURAL DE MOCAMBIQUE

Património (português europeu) ou patrimônio (português brasileiro) cultural é o conjunto


de todos os bens, manifestações populares, cultos, tradições tanto materiais quanto
imateriais (intangíveis), que reconhecidos de acordo com sua ancestralidade, importância
histórica e cultural de uma região (país, localidade ou comunidade) adquirem um valor
único e de durabilidade representativa simbólica/material. Assim, de acordo com sua
particularidade e significativa forma de expressão cultural, é classificada como
patrimônio cultural, determinando-se sua salva-guarda (proteção), para garantir a
continuidade e preservação. Com a intenção de assegurar, para as gerações futuras
conhecer seu passado, suas tradições, sua história, os costumes, a cultura, a identidade de
seu povo.

Patrimônio é tudo aquilo que pertence a uma região. É a herança do passado e o que o
povo cria hoje. É obrigação de todos as pessoas, preservar, transmitir e deixar todo esse
legado às gerações vindouras.

Do patrimônio cultural fazem parte bens imóveis tais como castelos, igrejas, casas,
praças, conjuntos urbanos, e ainda locais dotados de expressivo valor para a história, a
arqueologia, a paleontologia e a ciência em geral. Nos bens móveis incluem-se, por
exemplo, pinturas, esculturas e artesanato. Nos bens imateriais considera-se a literatura,
a música, o folclore, a linguagem e os costumes.

Tufo: Património cultural de Moçambique

Mulheres reúnem-se para dançar Tufo trajando capulanas e blusas com cores vivas. Os
seus rostos estão cobertos por mussiro, uma espécie de creme facial usado pelas mulheres
Macuas. Com um lenço enrolado na cabeça, e para dar o toque final no visual, elas abusam
das joias, colares e pulseiras.

O Tufo tem origens árabes, mas se incorporou no litoral oriental de Moçambique,


maioritariamente na província Nampula e Cabo Delgado. Esta manifestação cultural vai
se candidatar a património cultural imaterial da humanidade mas pouco se sabe sobre a
mesma.
Zaquia Rachid, 47 anos, Rainha do Tufo como se autointitula, pratica a dança desde os
seus 10 anos. Entrou no grupo Tufo da Mafalala em 2000 depois da morte de seu sogro.
“Quando Malatana Saide estava para morrer deixou o grupo em minhas mãos, desde ai é
cantar e dançar” conta alegre. Para esta mulher a dança tufo é para si uma terapia.
“Quando danço tufo as preocupações que apertam o meu peito desaparecem, logo esqueço
a dor e fico feliz”.

Simbologia da dança

O Mussiro é uma componente que não é obrigatória na dança, mas as mulheres aplicam
para sentirem mais identificadas com a sua terra. “Para estar bem, sentir que estou a
dançar algo da minha terra tenho que colocar mussiro. Com este produto me sinto uma
Mutiana orera (mulher) de Nampula, uma moçambicana” explica Zaquia.

As mulheres que dançam tufo são vaidosas. Na apresentação desta dança as mulheres
ficam preocupadas em mostrar-se belas e para isso elas usam vários artifícios como a
maquilhagem. “Os brincos, pulseiras, anéis são um capricho. A capulana e o lenço não
podem faltar. Eu gosto de corres vivas, pois gostamos de ser vistas. Desejamos captar a
atenção do público quando dançamos” clarifica a Rainha do Tufo.

Na sua performance estas mulheres saltam a corda ao ritmo nas batidas dos pandeiros.
Zaquia conta que a corda, Ntxoco em Macua, era algo usado pelas crianças nas
brincadeiras mas elas levaram ao palco. Nas apresentações, geralmente, nos deparamos
com esteiras que servem proteger as dançarinas da sujeira.

Rotina de um grupo

O grupo Tufo da Mafalala é composto por mais de 30 membros, dentre eles família e
amigos. A entrada no grupo é voluntária. Este é liderado por Momade Matano Saide de
55 anos, sua esposa trata da organização das composições e coreografia os seus filhos são
os instrumentistas e os amigos são as restantes bailarinas.
Fundação

Momade Saide conta que o agrupamento tem suas origens em Nampula. “Este surgiu bem
antes do meu nascimento, Matano Saide, meu pai e fundador do grupo, ainda morava em
Nampula. O grupo antes era denominado associação familiar, só homens faziam parte do
mesmo. Mais tarde entraram as mulheres” disse.

No início dos anos 70, por convite de apreciadores desta dança, Matano Saide vem para
Maputo, bairro da Mafalala, para ensinar a dança.

Momade conta que nos finais dos anos 80 por causa da saúde frágil de seu pai teve de
pegar os rumos do grupo. “No início não estava muito interessado no grupo, mas tive de
me importar porque meu pai já estava velho e não podia guiar sozinho o grupo. Um dia,
no ano de 1989, meu pai chamou-me e reuniu-me com todos e explicou que “hoje meu
filho vai pegar o grupo é melhor começaram a respeita-lo”. No momento era muita
responsabilidade, mas logo me adaptei e agora sou o líder do grupo.

Elevação da dança Tufo a património Cultural imaterial da


humanidade

Em 2012 o ministro da cultura, Armando Artur, anunciou que Moçambique vai candidatar
a dança Tufo, à lista do património cultural e imaterial da humanidade. Passado dois anos
esta declaração ainda não se tornou realidade. Para que este processo seja efectivo é
necessário percorrer uma serie de passos.

Condição para a elevação

A Unesco faz a salvaguarda do património (i)material dos países membros. Para um país
ser membro desta organização internacional a condição número um é ratificar, aceitar, as
convecções. Moçambique é um estado membro da UNESCO, ratificou as convenções.

Segundo a responsável pela área da Cultura no Escritório da Organização da Educação


Ciência e Cultura, Unesco, em Moçambique, Ofélia da Silva, “todos os membros do
estado podem propor a elevação de um bem cultural a património da humanidade. A
proposta destes é apresentada ao governo de moçambique (Ministério da cultura), que
representa o estado de Moçambique). Em seguida ministério da cultura faz a submissão
da proposta.”.

Outra condição para a elevação é a elaboração de um inventário. Como explica Ofélia da


Silva “O ministério da cultura vai trabalhar com o ARPAC (Arquivo do Património
Cultural) no sentido de reunir arquivos, documentos, entrevistas e outras informações
sobre a dança Tufo”.

O inventário é preciso, pois é necessário conhecer a génese desta manifestação: quem a


pratica, onde se dança, quais os rituais tradicionais por de traz desta dança, em que
momento. Todos estes elementos serão documentados através de entrevistas, inquéritos,
vídeos, áudios que vão constituir o inventário.

Por vezes os estados membros da UNESCO não têm recursos para executar tais acções.
A nossa fonte, Representante da UNESCO, clarificou que, “quando isso acontece o
governo submete um pedido de apoio técnico e a UNESCO compromete-se a ajudar com
um fundo de até 25 mil dólares. Além disso a UNESCO envia técnicos para inventariar e
no fim faz relatório”.

Ofélia da Silva revelou que o ministério já pediu, em Agosto de 2013, apoio técnico para
garantir o apoio das danças tufo, mapico, e xigubo. Mas como explica a representante,
“isso aconteceu numa reunião não tão formal e é necessário que a Unesco e o ministério
discutam melhor os pontos”.

A última condição para a elevação é a elaborar programas de salvaguarda. Estes


programas vão traçar as estratégias de modo a fazer a formação dos fazedores desta dança.

Significado da elevação da dança Tufo

Para Ofélia da Silva a elevação da dança tufo a património imaterial da humanidade é


algo bom porque vai de encontro aos programas e objectivos da UNESCO.

“Candidatar Tufo é uma forma de salvaguardar. Para além de esta dança estar
inventariada será promovida para outros lugares a nível mundial. Elevar a dança significa
promover a diversidade cultural de Moçambique. O mundo saberá que o nosso país tem
uma dança chamada Tufo”, concluiu da Silva.
Actividades do Ministério em coordenação com o ARPAC

O Ministério da Cultura negou a pronunciar-se, mas fontes próximas a esta instituição


revelaram que várias actividades estão em curso com vista à submissão da candidatura.
Paralelamente a isso, o ARPAC por intermédio de um dos seus pesquisadores, Sérgio
Manuel, está a reunir o material. “Já foram realizadas expedições, viagem para várias
províncias de modo a inventariar esta dança” conclui Sérgio.

Ilha de Moçambique

Descrição

A Ilha de Moçambique, localizada na costa oriental africana e banhada pelo Oceano


Índico, constituiu, nos séculos XV e XVI, um importante ponto estratégico na rota
comercial portuguesa para a Índia.

Nos finais do século XVI, as duas fortalezas, o hospital, as diversas igrejas e as casas
religiosas atestavam a importância que a ilha tinha adquirido.

O século XVII constituiu, na história da Ilha de Moçambique, uma época atribulada.


Tendo os holandeses percebido a importância estratégica daquele território, operaram
várias investidas e tentativas de ocupação, entre as quais se incluem os cercos de 1607 e
1608, que causaram enormes prejuízos na cidade. Foi também neste período que ali se
instalaram os jesuítas, e que se deu início ao comércio de exportação de escravos para o
Brasil.

No século XIX, a Ilha de Moçambique decresce em importância. Centrada no comércio


de escravos, factos como a independência do Brasil em 1822, e a abolição da escravatura
em 1837, contribuíram para a sua decadência. Como resultado, em meados do século
XIX, a Ilha é aberta à população negra e uma divisória natural atribui ao espaço uma
característica original: de um lado a cidade de pedra e cal, com os remanescentes
testemunhos da presença portuguesa, e do outro lado, a cidade de macúti, construída pelos
autóctones com os materiais e técnicas construtivas inerentes à sua cultura.
Da presença portuguesa na Ilha de Moçambique salientam-se obras como a Fortaleza de
S. Sebastião, o Forte de S. Lourenço, o Fortim de Santo António, a Capela de Nossa
Senhora do Baluarte, o Palácio e a Capela de S. Paulo, a Igreja da Misericórdia, o
Convento de S. Domingos, a Igreja de Nossa Senhora da Saúde, o Hospital, entre outros.

A Fortaleza de S. Sebastião, concluída em 1583, tem a configuração de um quadrilátero


irregular rematado por quatro baluartes em cada um dos ângulos. Dos baluartes, em forma
de orelhão, salienta-se o de S. Gabriel pela sua concepção. Na praça da Fortaleza,
estruturada em quadrado, encontram-se a cisterna e a antiga Igreja de S. Sebastião.

O Forte de S. Lourenço, situado num pequeno ilhéu a sul-poente da ponta da Ilha, é


acessível a pé na hora de baixa-mar. O seu traçado e estrutura permanecem praticamente
intactos graças ao isolamento em que o fortim se encontra.

O Fortim de Santo António, implantado na contra-costa da Ilha, sofreu no século XX uma


campanha de restauros que desvirtuou o conjunto arquitetônico.

A Capela de Nossa Senhora do Baluarte foi fundada em 1522 e é tida como único
exemplar de arquitectura manuelina existente em Moçambique. Construída no esporão da
Ilha, só a ela se tem acesso pelo interior da Fortaleza de S. Sebastião. A capela, de
pequenas dimensões, apresenta paredes robustas e cobertura abobadada, rematando os
fechos de abóbada com a cruz de Cristo e a esfera armilar. No seu interior encontram-se
várias lajes tumulares.

Os actuais Palácio e Capela de S. Paulo correspondem aos edifícios do antigo Colégio e


da Igreja de S. Francisco Xavier da Companhia de Jesus, construídos na primeira metade
do século XVII. O Palácio foi sucessivamente ampliado e remodelado, tendo sido
adaptado a diversas funções ao longo do tempo.

A Igreja da Misericórdia é um dos monumentos históricos mais característicos da Ilha,


apresentando frontaria de dois pisos, igreja e coro, e a sua construção é posterior ao
incêndio de 1607 provocado pelos holandeses.

A construção primitiva do Convento de S. Domingos remonta à segunda metade do século


XVI. Em 1607, durante o cerco holandês, o edifício foi destruído, sendo a actual
construção datável do século XVII.
A Igreja de Nossa Senhora da Saúde, fundada no século XVII, sofreu sucessivas
reconstruções. Contudo, a sua composição arquitetônica e a interessante inserção no
terreno, tornam-na um elemento relevante na estrutura urbana da Ilha.

O Hospital constitui um dos valiosos exemplos de arquitectura civil da Ilha e foi


construído nos finais do século XIX.

Lista do património edificado em Moçambique

Cidade de Maputo

• O Aeroporto Internacional de Maputo

• A Biblioteca Nacional de Moçambique

• O Bloco Habitacional O Leão Que Ri

• A Casa Amarela (que alberga o Museu Nacional da Moeda)

• A Casa de Ferro

• A Catedral de Maputo

• O Cenáculo da Fé

• O Edifício do Conselho Municipal de Maputo

• O Edifício dos Correios de Maputo

• A Estação de Biologia Marítima

• A Estação do Caminho de Ferro

• O Estádio Nacional do Zimpeto

• A Fortaleza de Maputo

• O Hotel Polana

• A Igreja da Polana

• O Jardim Tunduru
• O Monumento aos Mortos da Primeira Guerra Mundial

• O Museu de História Natural de Moçambique

• O Palácio da Ponta Vermelha

• Associação Indo-Portuguesa

• Avenida Marginal

• Bazar do Povo

• Câmara do Comércio

• Casa do Azulejo

• Casa-Museu Malangatana

• Centro Cultural Franco-Moçambicano

• Edifício de Sua Alteza Agha Khan

• Estátua de Eduardo Chivambo Mondlane

• Estátua de Samora Machel

• Hospital Central de Maputo

• Mercado de Artesanato

• Mercado Central

• Mercado Janet

• Mercado do Peixe

• Mercado Xipamanine

• Mesquita da Baixa

• Mesquita de Maputo

• Memorial de Louis Trichardt

• Ministério dos Negócios Estrangeiros

• Monumento dos Heróis Moçambicanos


• Mural Naguib (Ode a Samora Machel)

• Museu Nacional de Arte

• Museu Nacional de Geologia

• Museu da Revolução

• Núcleo de Arte

• Observatório Meteorológico Campos Rodrigues

• Palácio dos Casamentos

• Praça dos Heróis

• Praça dos Trabalhadores

• Porto de Maputo

• Rádio Moçambique (paineis em bronze)

• Teatro Gil Vicente

• Vila Algarve

Província de Maputo

• Estádio da Machava (na Matola)

• Museu Alberto Chissano (na Matola)

• Santuário de Nossa Senhora de Fátima (na Namaacha)

Província de Cabo Delgado

• Fortificações do Ibo

• Farol de Cabo Delgado


Província de Gaza

• Local Histórico de Chilembene

• Local Histórico de Nwadjahane

• Monumento a Ngungunhane (em Chaimite)

Província de Inhambane

• Pórtico das Deportações

• Farol do Bazaruto

• Farol da Ponta da Barra

• Forte de Nossa Senhora da Conceição

• Igreja Velha de Nossa Senhora da Conceição

Província de Manica

• Fortim de Dona Amélia de Massangano

Província de Nampula

• Farol de Pinda

Cidade de Nampula

• Museu de Etnografia

• Catedral Católica de Nampula

Ilha de Moçambique

• Capela de Nossa Senhora do Baluarte

• Fortaleza de São Sebastião

• Fortim de Santo António

• Fortim de São Lourenço

• Igreja de Santo António

• Palácio dos Capitães-Generais


• Convento de São Domingos

• Hospital

• Igreja da Cabeceira Grande

• Igreja da Misericórdia

• Igreja de Nossa Senhora da Saúde

• Jardim da Memória

• Mesquita

Província de Sofala

• Casa dos Bicos

• Estação Ferroviária da Beira

• Forte de São Caetano de Sofala

Província de Tete

• Barragem de Cahora Bassa

• Forte de São Tiago Maior do Tete

• Missão de São José de Boroma

• Missão de Lifidzi - Ulónguè, Angónia

• Monumento a Francisco Manyanga - Charre, Mutarara

• Ponte Dona Ana

Província da Zambézia

• Fortim de Quelimane
CONCLUSAO

MOÇAMBIQUE possui um vasto leque de locais históricos. Muitos deles em bom estado
de conservação e outros não. E continuam por ser identificados muitos locais e sítios
dentro das fronteiras nacionais. Enquanto isso não acontece, a Universidade Eduardo
Mondlane (UEM) e a sua congénere de Athabasca, no Canadá, procuram saídas urgentes
para preservar o que já existe, bem como torná-los cada vez mais atractivos. É neste
contexto que as duas instituições de ensino superior assinaram, recentemente em Maputo,
um acordo para o desenvolvimento de acções conducentes à preservação do património
cultural nacional. Rubricado pelos reitores Filipe Couto, da UEM, e Frits Pannekoek, da
Athabasca.

Na ocasião, o reitor holandês proferiu uma palestra subordinada ao tema “Preservação do


Património Cultural”, tendo sugerido a necessidade de, em cada dólar ganho por qualquer
instituição, seja ela estatal ou privada, um por cento ser canalizado para actividades de
prevenção do vasto património cultural de que o nosso país dispõe. Para ele, o património
não é só físico, envolvendo também tudo que envolve o meio ambiente e os membros da
sociedade.

A Ilha de Moçambique sempre foi e vai continuar a ser alvo de estudantes acadêmicos,
quando falamos de estudantes acadêmicos, há um instrumento de pesquisa que se chama
“advogado do diabo”. Muitas das vezes, porque sinto bastante e vou falar isso claramente,
você deve ser a sétima ou a oitava pessoa moçambicana que está me fazendo esta
entrevista, mas eu já recebi mais de 80 ou mais estudantes europeus, americanos,
australianos e por aí afora. Quando eles chegam aqui, acham que devem promover ou
dizer que o patrimônio da Ilha de Moçambique é isto mais aquilo, ao advogarem ao diabo
para chegarem à verdade, trazem uma carga de ceticismo na maneira de ser das pessoas,
as pessoas locais a quem eles vão entrevistar.
BIBLIGRAFIA

A Ilha de Moçambique em Perigo de Desaparecimento, Lisboa, FCG, Agosto de 1983.

Lobato, Alexandre, A Ilha de Moçambique, Lourenço Marques, Imprensa Nacional de


Moçambique, 1945.

Lobato, Alexandre, A Ilha de Moçambique (Monografia), Lourenço Marques, Imprensa


Nacional de Moçambique, 1945.

Lobato, Alexandre, Ilha de Moçambique, Lisboa, Agência Geral do Ultramar, 1967.

Lobato, Alexandre, Ilha de Moçambique: Panorama Histórico, Lisboa, Agência-Geral do


Ultramar, 1967.

por Hélio Nguane

Palcos | 21 Maio 2015 | moçambique, tufo

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