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A partir de 1868, houve uma liberalização para a ocupação da Ilha pela população negra,
que entretanto, deveria se restringir a Macuti. De acordo com Pereira (1994, p. 12), em
1868 a Postura Camarária estabeleceu a linha divisória da costa (atual mercado do peixe)
à contra-costa (Alto Mrangonha). Ao sul da linha divisória ficaria o denominado “Bairro
Indígena”. Essa linha limitava também os usos: só ao sul se permitiam usos indesejados
na Cidade e Cal como pedreiras, currais, matadouros, fornos de cal, depósitos de lenha
ou carvão. Estabeleceu-se, a partir desse período, a proibição de construir ou reconstruir
palhotas dentro da Cidade e definiu-se que todas anteriormente construídas fossem
destruídas em um prazo de cinco anos, tendo, no entanto, a Câmara se responsabilizado
por indenizar os proprietários.
PATRIMONIO CULTURAL DE MOCAMBIQUE
Patrimônio é tudo aquilo que pertence a uma região. É a herança do passado e o que o
povo cria hoje. É obrigação de todos as pessoas, preservar, transmitir e deixar todo esse
legado às gerações vindouras.
Do patrimônio cultural fazem parte bens imóveis tais como castelos, igrejas, casas,
praças, conjuntos urbanos, e ainda locais dotados de expressivo valor para a história, a
arqueologia, a paleontologia e a ciência em geral. Nos bens móveis incluem-se, por
exemplo, pinturas, esculturas e artesanato. Nos bens imateriais considera-se a literatura,
a música, o folclore, a linguagem e os costumes.
Mulheres reúnem-se para dançar Tufo trajando capulanas e blusas com cores vivas. Os
seus rostos estão cobertos por mussiro, uma espécie de creme facial usado pelas mulheres
Macuas. Com um lenço enrolado na cabeça, e para dar o toque final no visual, elas abusam
das joias, colares e pulseiras.
Simbologia da dança
O Mussiro é uma componente que não é obrigatória na dança, mas as mulheres aplicam
para sentirem mais identificadas com a sua terra. “Para estar bem, sentir que estou a
dançar algo da minha terra tenho que colocar mussiro. Com este produto me sinto uma
Mutiana orera (mulher) de Nampula, uma moçambicana” explica Zaquia.
As mulheres que dançam tufo são vaidosas. Na apresentação desta dança as mulheres
ficam preocupadas em mostrar-se belas e para isso elas usam vários artifícios como a
maquilhagem. “Os brincos, pulseiras, anéis são um capricho. A capulana e o lenço não
podem faltar. Eu gosto de corres vivas, pois gostamos de ser vistas. Desejamos captar a
atenção do público quando dançamos” clarifica a Rainha do Tufo.
Na sua performance estas mulheres saltam a corda ao ritmo nas batidas dos pandeiros.
Zaquia conta que a corda, Ntxoco em Macua, era algo usado pelas crianças nas
brincadeiras mas elas levaram ao palco. Nas apresentações, geralmente, nos deparamos
com esteiras que servem proteger as dançarinas da sujeira.
Rotina de um grupo
O grupo Tufo da Mafalala é composto por mais de 30 membros, dentre eles família e
amigos. A entrada no grupo é voluntária. Este é liderado por Momade Matano Saide de
55 anos, sua esposa trata da organização das composições e coreografia os seus filhos são
os instrumentistas e os amigos são as restantes bailarinas.
Fundação
Momade Saide conta que o agrupamento tem suas origens em Nampula. “Este surgiu bem
antes do meu nascimento, Matano Saide, meu pai e fundador do grupo, ainda morava em
Nampula. O grupo antes era denominado associação familiar, só homens faziam parte do
mesmo. Mais tarde entraram as mulheres” disse.
No início dos anos 70, por convite de apreciadores desta dança, Matano Saide vem para
Maputo, bairro da Mafalala, para ensinar a dança.
Momade conta que nos finais dos anos 80 por causa da saúde frágil de seu pai teve de
pegar os rumos do grupo. “No início não estava muito interessado no grupo, mas tive de
me importar porque meu pai já estava velho e não podia guiar sozinho o grupo. Um dia,
no ano de 1989, meu pai chamou-me e reuniu-me com todos e explicou que “hoje meu
filho vai pegar o grupo é melhor começaram a respeita-lo”. No momento era muita
responsabilidade, mas logo me adaptei e agora sou o líder do grupo.
Em 2012 o ministro da cultura, Armando Artur, anunciou que Moçambique vai candidatar
a dança Tufo, à lista do património cultural e imaterial da humanidade. Passado dois anos
esta declaração ainda não se tornou realidade. Para que este processo seja efectivo é
necessário percorrer uma serie de passos.
A Unesco faz a salvaguarda do património (i)material dos países membros. Para um país
ser membro desta organização internacional a condição número um é ratificar, aceitar, as
convecções. Moçambique é um estado membro da UNESCO, ratificou as convenções.
Por vezes os estados membros da UNESCO não têm recursos para executar tais acções.
A nossa fonte, Representante da UNESCO, clarificou que, “quando isso acontece o
governo submete um pedido de apoio técnico e a UNESCO compromete-se a ajudar com
um fundo de até 25 mil dólares. Além disso a UNESCO envia técnicos para inventariar e
no fim faz relatório”.
Ofélia da Silva revelou que o ministério já pediu, em Agosto de 2013, apoio técnico para
garantir o apoio das danças tufo, mapico, e xigubo. Mas como explica a representante,
“isso aconteceu numa reunião não tão formal e é necessário que a Unesco e o ministério
discutam melhor os pontos”.
“Candidatar Tufo é uma forma de salvaguardar. Para além de esta dança estar
inventariada será promovida para outros lugares a nível mundial. Elevar a dança significa
promover a diversidade cultural de Moçambique. O mundo saberá que o nosso país tem
uma dança chamada Tufo”, concluiu da Silva.
Actividades do Ministério em coordenação com o ARPAC
Ilha de Moçambique
Descrição
Nos finais do século XVI, as duas fortalezas, o hospital, as diversas igrejas e as casas
religiosas atestavam a importância que a ilha tinha adquirido.
A Capela de Nossa Senhora do Baluarte foi fundada em 1522 e é tida como único
exemplar de arquitectura manuelina existente em Moçambique. Construída no esporão da
Ilha, só a ela se tem acesso pelo interior da Fortaleza de S. Sebastião. A capela, de
pequenas dimensões, apresenta paredes robustas e cobertura abobadada, rematando os
fechos de abóbada com a cruz de Cristo e a esfera armilar. No seu interior encontram-se
várias lajes tumulares.
Cidade de Maputo
• A Casa de Ferro
• A Catedral de Maputo
• O Cenáculo da Fé
• A Fortaleza de Maputo
• O Hotel Polana
• A Igreja da Polana
• O Jardim Tunduru
• O Monumento aos Mortos da Primeira Guerra Mundial
• Associação Indo-Portuguesa
• Avenida Marginal
• Bazar do Povo
• Câmara do Comércio
• Casa do Azulejo
• Casa-Museu Malangatana
• Mercado de Artesanato
• Mercado Central
• Mercado Janet
• Mercado do Peixe
• Mercado Xipamanine
• Mesquita da Baixa
• Mesquita de Maputo
• Museu da Revolução
• Núcleo de Arte
• Porto de Maputo
• Vila Algarve
Província de Maputo
• Fortificações do Ibo
Província de Inhambane
• Farol do Bazaruto
Província de Manica
Província de Nampula
• Farol de Pinda
Cidade de Nampula
• Museu de Etnografia
Ilha de Moçambique
• Hospital
• Igreja da Misericórdia
• Jardim da Memória
• Mesquita
Província de Sofala
Província de Tete
Província da Zambézia
• Fortim de Quelimane
CONCLUSAO
MOÇAMBIQUE possui um vasto leque de locais históricos. Muitos deles em bom estado
de conservação e outros não. E continuam por ser identificados muitos locais e sítios
dentro das fronteiras nacionais. Enquanto isso não acontece, a Universidade Eduardo
Mondlane (UEM) e a sua congénere de Athabasca, no Canadá, procuram saídas urgentes
para preservar o que já existe, bem como torná-los cada vez mais atractivos. É neste
contexto que as duas instituições de ensino superior assinaram, recentemente em Maputo,
um acordo para o desenvolvimento de acções conducentes à preservação do património
cultural nacional. Rubricado pelos reitores Filipe Couto, da UEM, e Frits Pannekoek, da
Athabasca.
A Ilha de Moçambique sempre foi e vai continuar a ser alvo de estudantes acadêmicos,
quando falamos de estudantes acadêmicos, há um instrumento de pesquisa que se chama
“advogado do diabo”. Muitas das vezes, porque sinto bastante e vou falar isso claramente,
você deve ser a sétima ou a oitava pessoa moçambicana que está me fazendo esta
entrevista, mas eu já recebi mais de 80 ou mais estudantes europeus, americanos,
australianos e por aí afora. Quando eles chegam aqui, acham que devem promover ou
dizer que o patrimônio da Ilha de Moçambique é isto mais aquilo, ao advogarem ao diabo
para chegarem à verdade, trazem uma carga de ceticismo na maneira de ser das pessoas,
as pessoas locais a quem eles vão entrevistar.
BIBLIGRAFIA