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Campus de Palmas
Curso de Medicina
LUISA C. MILHOMEM
SAÚDE DO ADULTO 1
MÓDULO CIRURGIA GERAL
DR. PEDRO CUELLAR
Palmas
2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 3
2. CASO CLÍNICO............................................................................................ 4
2.1 Anamnese................................................................................................. 4
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................ 9
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................ 18
1. INTRODUÇÃO
As neoplasias malignas primárias de apêndice cecal são doenças raras que, quanto à
histologia, podem se apresentar como tumores carcinóides, adenocarcinomas ou
adenocarcinóides, os últimos apresentando características comuns aos dois outros tipos.
Existem algumas controvérsias sobre a classificação dos adenocarcinóides entre os
adenocarcinomas, como um subtipo de tumor carcinóide ou como uma entidade
separada. Os tumores carcinóides são neoplasias derivadas de células neuroendócrinas e
representam cerca de 80-88% das neoplasias do apêndice cecal. No trato gastrintestinal,
o apêndice é o sitio mais comum de carcinóides, representando cerca de 35-44% do
total. Os sintomas de síndrome carcinóide são raros neste sítio (1%); e, geralmente,
indicam metástase para o fígado.
Embora quase sempre apresentando-se com quadro clínico de apendicite aguda, por
ser uma neoplasia mais agressiva e de caráter mais invasivo que o carcinoide, o
adenocarcinoma pode apresentar-se de forma incomum: como massa pélvica com sinais
urinários, hidronefrose, infiltração de bexiga, sangramento vaginal, melena e
intussuscepção.
2. APRESENTAÇÃO DO CASO
2.1 ANAMNESE
QUEIXA PRINCIPAL
Paciente relata que em 2012 iniciou um quadro de dor abdominal em região hipogástrio,
de caráter em indefinido, de intensidade 4 em uma escala de 0 a 10, com irradiação para
fossa ilíaca direita, com piora durante o período noturno, não identificou fatores de
melhora ou piora. Paciente relata que procurou o serviço de saúde e houve suspeita de
apendicite aguda, foi realizada apendicectomia e descoberto um tumor de apêndice.
Paciente relata ter realizado tratamento com quimioterapia e radioterapia. Em 2015 o
paciente relatou que voltou a sentir dores em fossa ilíaca direita como mesmo padrão de
dor que teve em 2012 e agora acompanhada por um quadro de retenção urinária. Foram
feitas novas avaliações e descoberta uma tumoração que estava comprimindo a bexiga.
Foi realizado quimioterapia, sem atingir regressão completa da tumoração, fato que
culminou no encaminhamento do paciente ao HGPP para avaliação cirúrgica. Paciente
relata que no último ano teve uma perda de aproximadamente 7kg.
INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO
Sintomas Gerais
Paciente nega febre e astenia. Relata inapetência, associada aos episódios álgicos, além
de anorexia, calafrios e sudorese intensa durante os episódios álgicos.
Pele e Anexos
NDN
Cabeça e Pescoço
NDN
Linfonodos
Sistema Cardiovascular
Sistema Respiratório
Paciente nega tosse, dispneia, ortopnéia, dor torácica, cianose, expectoração, hemoptise,
vômica, roncos e sibilos, rouquidão e disfonia.
Sistema Digestório
Sistema Urinário
Paciente relata dificuldade para urinar e no momento estava com sonda vesical.
Sistema Genital
NDN
Sistema Nervoso
NDN
Paciente relata ter nascido de parto normal, em ambiente domiciliar, sem intercorrências.
Relata ainda desenvolvimento neuropsicomotor adequado para a idade. Paciente relata
possuir cartão de vacinação completo, porém o mesmo não foi apresentado.
Paciente relata ter tido sarampo, durante a infância. Nega hipertensão arterial sistêmica,
diabetes mellitus e histórico de neoplasias. Relata como cirurgia prévia apenas em 2012
para o tratamento do tumor de apêndice. Nega outras comorbidades. Nega realização de
transfusão sanguínea ou internações prévias.
Paciente relata morar em casa de alvenaria, em ambiente urbano. Relata consumo de água
filtrada e tratada. Paciente nega tabagismo e etilismo. Paciente relata dieta normossódica,
normocalórica e normolipídica. Relata não praticar atividade física.
Ectoscopia
Paciente REG, LOTE, afebril, acianótico e anictérico, normolíneo, com fala e linguagens
preservadas, hipocorado, hidratado, paciente se encontrava debilitado, emagrecido,
fáscies atípica, com atitude ativa no leito, sem preferência de decúbito no leito. Não foi
observado edema de membros inferiores. Não foram observadas linfonodomegalias nas
cadeias auriculares, cervicais, axilares e inguinais.
Sinais Vitais
Inspeção Estática
Paciente normolíneo, tórax atípico, simétrico, com pele normocorada, hidratado, sem
lesões, circulação colateral, abaulamentos e/ou retrações.
Inspeção Dinâmica
Palpação
Percussão
Ausculta
Murmúrios vesiculares presentes bilateralmente em ápices, terços-médios e bases
pulmonares. Não foram evidenciados roncos, sibilos, estertores ou quaisquer outros
ruídos. Na ausculta cardíaca evidenciaram-se bulhas normofonéticas, ritmo cardíaco
regular em dois tempos sem sopros ou estalidos.
Inspeção
Ausculta
Percussão
Paciente pediu que essa etapa não fosse realizada pois estava com o abdome dolororso.
Palpação
Tumor Carcinoide
Fonte: www.portalesmedicos.com/pesquisaporimagem-
turmor_carcinoide_apendice/biopsia
Fonte: www.revista-portalesmedicos.compesquisaporimagem
Fonte: INCA
A partir destes estágios é possível identificar as taxas de sobrevida em cinco anos dos
pacientes, levando-se em consideração a evolução da doença.
Com relação ao tratamento dos tumores carcinoides, o mesmo pode seguir duas linhas,
podendo ser clínico ou cirúrgico.
Com relação ao tratamento adjuvante, estes tumores não são radiossensíveis, como
também a quimioterapia não traz resultados significativos, embora possa ser aplicada em
caráter paliativo, nos pacientes cuja lesão for irressecável ou nos casos em que há
carcinomatose peritoneal.
A maioria dos autores defende a execução de uma ooforectomia bilateral para a alta
propensão a desenvolver metástases ovarianas. O papel da quimioterapia não está
claramente estabelecido. Seguimento pós-operatório deve ser realizado para detectar
recorrência local ou metástases à distância.
4. DISCUSSÃO DO CASO
O paciente deu entrada no hospital dia 29 de fevereiro, realizou como único exame
de imagem uma tomografia computadorizada, a qual ainda não havia laudo até o dia 06
de março. O paciente decidiu procurar outro serviço, saiu do hospital dia 05 de março e
irá para o hospital Araújo Jorge em Goiânia –GO.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ROBBINS E COTRAN. Patologia - As bases patológicas das doenças. 5ª ed. Elsevier, 2005.