Sei sulla pagina 1di 4

Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Departamento de Ciências Humanas – Campus III


Bacharelado em Jornalismo em Multimeios
1º Período - Ana Luísa da Rocha Sá
Fichamento

DORNELLES, João Ricardo W. O que são Direitos Humanos?. São Paulo: Brasiliense,
2013.
Apresentação – (p. 7-12)

 Na apresentação do livro, Dornelles mostra pequenos trechos de declarações históricas


relacionadas aos direitos das pessoas, em seguida abre um questionamento sobre o que
seria Direitos Humanos que será respondida ao longo do livro.
 O autor também chama atenção para os diversos tipos de interpretação da expressão
Direitos Humanos e a importância de não generalizar um tema tão importante.

“É, portanto, fundamental entender que os direitos humanos, antes de qualquer coisa,
apresentam um claro conteúdo político.” (DORNELLES, 2013 p. 10)

Fundamentação Teórica e Filosófica dos Direitos Humanos – (p. 14-17)

 Neste capítulo, Dornelles fala um pouco a respeito da origem das primeiras manifestações
acerca dos direitos da pessoa humana.
 Destaca que os direitos humanos variavam de acordo com a organização social de cada
povo, sendo, portanto, impossível existir apenas uma fundamentação relativa aos direitos
humanos.
 O autor cita pelo menos três grandes concepções filosóficas para fundamentar os direitos
humanos, que são: concepções idealistas, concepções positivistas e as concepções crítico-
materialistas.
 Partindo da concepção idealista, pode-se fundamentar os direitos humanos como algo que
pertence naturalmente ao homem, sem a necessidade da intervenção do Estado, pois
seguindo essa concepção os homens já nasceriam com os direitos básicos garantidos.

A primeira das concepções fundamenta os direitos humanos a partir de uma


visão metafísica e abstrata, identificando os direitos a valores superiores
informados por uma ordem transcendental, supraestatal, que pode se
manifestar na vontade divina (como no feudalismo) ou na razão natural
humana (a partir do século XVII, com a moderna Escola do Direito Natural).
É dessa concepção que vem a ideia de que os direitos humanos são inerentes
ao homem, ou nascem pela força da natureza humana. Assim, os homens já
nasceriam livres, iguais, dignos, etc., ou pela obra e graça do "espírito
santo", ou como expressão de uma razão natural. Os direitos dos seres
humanos à vida, à segurança e à liberdade existiriam independentemente do
seu reconhecimento pelo Estado. Os direitos são um ideal. (DORNELLES,
2013 p. 16)

 Sob uma perspectiva positivista, os direitos precisam da intervenção estatal pra serem
considerados fundamentais, não reconhecendo os direitos como inerente ao homem, como
na concepção idealista.

“A segunda concepção apresenta os direitos como sendo fundamentais e essenciais desde que
reconhecidos pelo Estado através de sua ordem jurídica positiva.” (DORNELLES, 2013 p.16)

 A concepção crítico-materialista é uma crítica ao pensamento liberal, e é fundamentada


pelo materialismo, que entendia que os direitos humanos eram visto apenas como um
recurso ideológico reivindicado por lutas sociais.

A terceira concepção se desenvolveu durante o século XIX, partindo de uma


explicação de caráter histórico-estrutural para fundamentar os direitos
humanos. Surgiu como crítica ao pensamento liberal, e entende que os
direitos humanos [...] não passavam de expressão formal de um processo
político-social e ideológico realizado por lutas sociais no momento da
ascensão da burguesia ao poder político. (DORNELLES, 2013 p. 17)

Direitos Individuais – (p. 18-21)

 Dornelles enfatiza que a primeira geração dos direitos humanos (seculos XVI – XVIII) foi
marcada pelo reconhecimento dos direitos humanos como expressão racional do ser
humano e não mais pela perspectiva divina.
 Cita também a teoria da liberdade natural do ser humano, de Jonh Locke, que diz que o
individuo deveria limitar a sua liberdade para proteger a propriedade.

Assim, para Locke, a verdadeira liberdade decorreria do exercício do direito


à propriedade. Dessa concepção individualista burguesa, que marca o
pensamento lockeano, nasceu a moderna ideia do cidadão e de uma relação
contratual entre os indivíduos, na qual a propriedade, a livre iniciativa
económica e uma certa margem de liberdades políticas e de segurança
pessoal seriam garantidas pelo poder público. (DORNELLES, 2013 p. 19)

 Fala também do contexto político-social do século XVII, que foi marcado pelo confronto
direto contra o antigo regime absolutista e pelo momento de luta política e ideológica.
 Nesse período declarações como a Declaração da Virgínia de 12 de junho de 1776 e a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da Assembleia Nacional francesa, de
1789 foram importantes para compor o cenário de lutas contra o regime absolutista e pela
independência das colônias americanas.
 O autor também cita o filósofo Rousseau, que contraria o pensamento de Locke, dizendo
que não bastava à garantia da propriedade para satisfazer a felicidade humana.
 Para concluir, Dornelles deixa claro que apesar das lutas de caráter revolucionário contra
regimes absolutistas, a primeira geração interpretava os direitos humanos como
necessidades individuais e naturais do homem e satisfaziam apenas os interesses da
burguesia.

Os Direitos Coletivos – (p. 22-31)

 Nesse capítulo, Dornelles explana sobre a segunda geração dos direitos humanos e como
ela foi marcada pela consolidação do Estado Liberal, com a sua economia capitalista, e
pela formação de uma nova classe social: o proletariado. Além dos grandes confrontos
sociais e políticos.
 O autor fala que esse período foi fundamental para as lutas operárias e populares que
levantavam a bandeira da coletivização dos direitos e questionavam grandes problemas
como a desigualdade social.
 E, portanto, essa geração fazia uma crítica ao liberalismo e ao modo capitalista de
exploração de trabalho, que ia de encontro à declaração formal dos direitos humanos.
Surge então à necessidade do Estado como agente fundamental na garantia dos direitos,
além de formalizar como lei, o Estado deveria promover também ações práticas.

Os Direitos do Povo ou Os Direitos da Solidariedade – (p. 32-36)

 Dornelles fala nesse capítulo sobre a universalização dos direitos humanos, fundamental
para a terceira geração, que foi marcada por um cenário pós-guerra.
 A partir desse cenário pós-guerra, os direitos do povo se desenvolveram caracterizados
tanto como direitos individuais (primeira geração), tanto como direitos sociais, coletivos
(segunda geração).

Junto com a valorização de um ideal democrático, o mundo do pós-guerra


nasceu dividido em blocos de poder [...] sob o fantasma da guerra fria
dramaticamente vivida após a explosão das bombas atómicas em Hiroxima e
Nagasáqui, macabro ensaio geral da "Era Nuclear", que, pela primeira vez na
história humana, mostrou corno o conhecimento e a ciência podem ser
utilizados para o exercício ilimitado do poder, possibilitando a completa
destruição do mundo. Pela primeira vez o ser humano passou a viver não
mais apenas sob a ameaça de guerras convencionais [...] mas sob o signo da
destruição completa, não deixando vivalma para contar a versão histórica
dos vencedores. E a solução final, sem vencedores. Todos vencidos.
(DORNELLES, 2013 p. 34)
 Além disso, o autor destaca o crescimento do capitalismo, com a era das
multinacionais, que afetou diretamente os países de terceiro mundo.

Por fim a nova divisão internacional do trabalho possibilitava o início de uma


nova era de acumulação econômica do capital: a "Era das Multinacionais". O
período que vai de 1945 até fins da década dos 1960 foi marcado por um grande
impulso econômico com base no capital das grandes multinacionais, e com a
ampliação do uso intensivo das fontes de energia e dos recursos naturais de todas
as regiões do mundo. Tal modelo de desenvolvimento ampliou a níveis
inimagináveis o quadro de destruição ambiental, afetando principalmente os
países do Terceiro Mundo.
Toda essa nova e complexa realidade nascida no bojo do pós-guerra colocou na
ordem do dia uma série de novos anseios e interesses reivindicados por novos
movimentos sociais. São direitos a serem garantidos com o esforço conjunto do
Estado, dos indivíduos, dos diferentes setores da sociedade e das diferentes
nações. (DORNELLES, 2013 p. 35)

 Toda essa conjuntura político-social transformou as lutas pelos direitos humanos,


trazendo novas necessidades fundamentais para reparar as marcas deixadas por esse
cenário.
 Direito a paz, ao desenvolvimento e o direito à autodeterminação dos povos, a um
meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado e à utilização do patrimônio
comum da humanidade se tornaram novas necessidades humanas.

A Proteção Internacional dos Direitos Humanos – (p. 37-44)

 Nesse capítulo, Dornelles aborda sobre o processo de internacionalização dos direitos.


 Destaca a criação de dispositivos, textos e declarações por parte de organizações como a
ONU, OIT, UNESCO entre outros em defesa e proteção internacional dos direitos humanos,
ainda no século XX.
 Com as duas grandes guerras, regimes totalitários, genocídios e as constantes ameaças a paz
internacional fez-se necessário também medidas para garantia dos direitos humanos com a
criação de sistemas regionais de proteção e promoção dos direitos fundamentais.
 Apesar disso, existe ainda um grande problema na proteção dos direitos, pois, não existe um
órgão internacional que fiscalize as ações violadoras de um Estado.
 Contudo, é importante destacar também que o processo de universalização dos direitos é
marcado pelas lutas populares contra as opressões, explorações econômicas e sociais.
 Para concluir, Dornelles diz que é fundamental a criação de uma nova ordem econômica
internacional que rompa com os laços de exploração dos países de Terceiro Mundo.

Potrebbero piacerti anche