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Mestre em filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Professora no
Departamento de Filosofia da Universidade de Caxias do Sul (UCS). E-mail:
jaquelinestefani@yahoo.com.br
1
Sobre isso, veja-se KRONBAUER, Gilberto. Para uma fundamentação da abordagem centrada
na pessoa. Estudos Leopoldenses, São Leopoldo, v. 32, n. 149, set./out., 1996.
2
Conforme a interpretação heideggeriana.
3
Entenda-se aqui o autor do Tractatus lógico-philosophicus.
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Diz ainda Heidegger sobre isso: “A ciência natural só pode observar o homem como algo
simplesmente presente na natureza. Surge a questão: seria possível atingir dessa forma o ser-
homem? Dentro desse projeto científico-natural, só podemos vê-lo como ente natural, quer dizer,
temos a pretensão de determinar o ser-homem por meio de um método que absolutamente não foi
projetado em relação à sua essência peculiar.” (2001, p. 53).
Hermenêutica e fenomenologia
Considerações finais
Há no enunciado apofântico uma inclusão de determinações em
seu dizer. Essa determinação perpassa não somente a determinação do
ser enquanto categoria, mas também o pensamento científico e toda
atitude explicativa em relação ao ente. Porém, essa é uma base de
orientação não originária do problema, e esse modo impróprio torna-se
perigoso quando se mostra como o único a ser adotado.
A proposta de Heidegger – nessa busca pela compreensão do
logos – acena a um retorno; uma volta à anterioridade do logos
apofântico, ou seja, um modo de compreensão pelo zuhanden e não
pelo vorhanden [ser simplesmente dado]. A linguagem é – para usar
uma expressão de Wittgenstein – uso da linguagem. Desse modo,
Heidegger ressalta a importância do contexto de cada coisa e da relação
dessa com sua totalidade, com seu contexto específico. Isso se opõe de
modo decisivo à generalização e objetificação de conceitos pretensamente
imutáveis e eternos tomados em sua singularidade.
A hermenêutica, por sua vez, explicitará o fato de que, quando
se descobre algo, quando se interpreta um texto, quando se é
interpelado pelo outro, ou seja, no processo interpretativo e ético,
explicita-se conjuntamente o Dasein, o ser-aí do homem e, então, ao
conhecer algo, se conhece também a si mesmo. Heidegger contribuiu
para essa diferente forma de conceber a linguagem e,
consequentemente, o sujeito e o mundo de várias maneiras. Sua
dúbia relação com Husserl – de filiação e de parricídio –; seu des-
velamento da noção de logos; sua análise do sujeito como histórico e
finito e, primordialmente, sua noção de linguagem como a casa do
ser.
Com Heidegger tomamos a linguagem em sua característica mais
própria: a possibilidade de criação; a fala é a busca do sentido que o
Referências