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MOTORISTA
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COMO PROMOVER UMA VIAGEM COM O MÍNIMO DE IMPREVISTOS E EM
SEGURANÇA?
A planificação das viagens deve ser feita em conjunto com os motoristas, sendo
desejável:
Estabelecer “timings” realistas e ajustados à experiência e conhecimento do
itinerário por parte do motorista, de modo a respeitar os tempos de condução e
repouso e a não sujeitar o motorista a tempos de trabalho que comprometam a
realização da viagem em segurança;
Preparar o itinerário e a duração das viagens, escolhendo os trajetos mais
adequados;
Sensibilizar o motorista para a adoção de um estilo defensivo de condução, de
modo a prevenir acidentes. A atenção constante à condução e a capacidade de
prever/antecipar os movimentos dos outros condutores permite a tomada de
decisões corretas em tempo útil;
Afetar um veículo a cada motorista sempre que possível, de modo a proporcionar
um melhor conhecimento do veículo, a criar uma relação de fidelidade e confiança
e a facilitar o apuramento de responsabilidades quando se detetam danos na
viatura;
Promover a utilização de cadernos de bordo, sobretudo em viagens internacionais,
onde o motorista possa registar as principais ocorrências de modo a tomar
precauções antes do início de nova viagem;
- Dotar de seguro o motorista, o veículo e a mercadoria transportada.
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QUE OUTRAS AÇÕES A EMPRESA PODE ADOTAR PARA PROPORCIONAR O
DESENVOLVIMENTO DE UMA CULTURA DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA?
Elaborar um Manual do Motorista
O Manual do Motorista é um verdadeiro “código de conduta”, que deve conter
instruções de trabalho práticas e úteis para o desempenho quotidiano das tarefas
dos motoristas e para quando estes se deparam com situações pontuais de
resolução urgente.
Apostar na formação dos motoristas, proporcionando:
Aperfeiçoamento de um estilo de condução promotor da segurança e do
baixo consumo energético: condução defensiva e racional;
Compreensão detalhada das características do veículo:
Adaptação às suas dimensões e peso, efetuando transporte em
carga e em vazio;
Utilização correta de dispositivos como o travão antibloqueio e
antideslizante;
Controlo da velocidade de cruzeiro;
Manutenção dos pneus;
Climatização;
Inspeção rotineira do veículo;
Encaixe do reboque;
Identificação da postura ideal de condução;
Conhecimentos dos procedimentos administrativos:
Preenchimento diário do caderno de bordo;
Correta utilização do disco tacógrafo e do cartão do condutor
(tacógrafo digital);
Identificação dos melhores itinerários a percorrer;
Conhecimentos sobre os trâmites aduaneiros e documentação necessária;
Conhecimentos sobre procedimentos seguros de carga/descarga do veículo;
Criar um sistema de avaliações de desempenho
A avaliação das capacidades dos motoristas é essencial para a fundamentação da
tomada de decisões pela empresa, devendo ser considerados separadamente:
Os novos motoristas;
Os motoristas que sofrem muitos acidentes (ex.: dois ou mais por ano);
Os demais motoristas, que deverão ser sujeitos a avaliações periódicas (ex.:
de dois em dois anos).
Requisitos a avaliar nos motoristas:
Controlo do veículo;
Conhecimentos técnicos do veículo;
Comportamento de condução;
Conhecimento das regras de circulação;
Capacidade de observação e de antecipação das situações;
Destreza na execução de manobras;
Manuseamento do equipamento de carga e descarga.
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VEÍCULOS
MERCADORIA
DURANTE A VIAGEM
MOTORISTA
A velocidade
O excesso de velocidade está no topo das causas da elevada sinistralidade
rodoviária, pelo que os motoristas devem sempre adotar a velocidade média que
melhor se adapte ao percurso, sem nunca exceder os limites de velocidade
autorizados, de modo a conseguirem executar as manobras e preverem com a
antecipação necessária a imobilização do veículo no espaço livre e visível à sua
frente.
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Comportamento preventivos a incutir pelo empresário:
Cumprir os limites gerais de velocidade;
Regular a velocidade de acordo com:
Características e estado da via;
Características e estado do veículo;
Carga transportada;
Condições meteorológicas ou ambientais;
Intensidade do trânsito;
Respeitar as distâncias de segurança.
O uso do telemóvel:
Na generalidade dos países europeus é proibido utilizar o telemóvel durante a
marcha do veículo dado que aumenta em 50% o tempo de reação, origina
dificuldades de descodificação e retenção da informação transmitida pela
sinalização vertical e reduz a capacidade de avaliação das distâncias e da
velocidade.
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As manobras de trânsito
- Pré-sinalização:
Adotar as medidas necessárias para que os outros se apercebam da sua
presença enquanto o veículo (ou carga) não for devidamente estacionado
ou removido da faixa de rodagem, usando para o efeito:
Luzes de perigo
Triângulo retrorrefletor de pré-sinalização de perigo
Colete retrorrefletor (obrigatório apenas em alguns países como
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Portugal, Áustria, Espanha ou Itália). Em Portugal o colete deve
obedecer às seguintes especificações e regras de utilização:
- Modelo oficialmente aprovado (NP EN 471 ou NP EN 1150)
- Etiqueta com especificações técnicas em qualquer uma das
línguas oficiais da UE
- Pode ser transportado quer no habitáculo, quer na bagageira
- Tem de ser obrigatoriamente usado na colocação do triângulo
de pré-sinalização de perigo, na realização de reparações no
veículo e na remoção de carga caída na via.
- Ação imediata:
Se houver pouca visibilidade:
Iluminar com as luzes do veículo o local do acidente para alertar os
outros motoristas.
- Se existirem feridos:
Solicitar ambulância;
Não deslocar nem puxar os acidentados pelos membros de modo a não
agravar as lesões, exceto em caso de incêndio, risco de afogamento ou queda;
Não retirar o capacete;
Não permitir a sua exposição ao frio e intempéries;
Não fornecer comida, bebida ou qualquer medicamento.
- Se eclodir um incêndio:
Evitar o pânico e manter a calma;
Agir com firmeza e decisão, sem correr riscos desnecessários;
Desligar o motor e os circuitos elétricos envolvidos;
Pedir o socorro e sinalizar o local (com triângulos refletores ou cones ou
lanternas que emitam luz cor de laranja/ou com outros meios que tenha ao
seu dispor);
Verificar e constatar que não existe risco de explosão;
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Cumprir as prescrições da ficha de segurança rodoviária;
Utilizar o extintor, se estiver habilitado;
Gastar todo o agente extintor e direcioná-lo à base da chama e nunca contra o
vento.
- Alertar as autoridades:
Discar o número nacional de emergência (112) através dos meios disponíveis
(postos SOS, telemóvel, telefone mais próximo) e indicar de forma clara e
objetiva:
O local do acidente (quilómetro da estrada e sentido do trânsito);
O número de vítimas e o seu estado aparente;
A eventual existência de pessoas encarceradas;
O número e o tipo de veículos envolvidos no acidente (se algum dos
veículos envolvidos transportar mercadorias perigosas, indique os
números inscritos sobre o painel cor de laranja, bem como o símbolo
da etiqueta de perigo);
A eventual ocorrência de um incêndio num dos veículos.
- Outros procedimentos:
Preenchimento do formulário interno de declaração de acidente (consulte
anexo1).
VEÍCULO
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QUAIS SÃO OS PROCEDIMENTOS ADICIONAIS QUE DEVERÃO SER FEITOS PELO
MOTORISTA SE A VIAGEM SE PROLONGAR POR UM PERÍODO SUPERIOR A UMA
SEMANA?
Verificar:
- O fluido hidráulico da direção e dos travões;
- O líquido da bateria e o líquido de lavagem do para-brisas.
Vidros Limpar
Tanques de ar Esvaziar
MERCADORIA
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A operação deve efetuar-se:
Pela retaguarda ou pelo lado da faixa de rodagem junto de cujo limite o veículo
esteja parado ou estacionado;
O mais rapidamente possível, salvo se o veículo estiver devidamente estacionado
e as pessoas ou a carga não ocuparem a faixa de rodagem;
Sempre de modo a não causar perigo ou embaraço para os outros utentes;
De modo a evitar ruídos incómodos.
DEPOIS DA VIAGEM
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Nota: A classificação dos acidentes (menores ou graves) varia consoante a companhia
de seguros.
Relação entre o prémio pago pela empresa à companhia de seguros e a verba paga
por esta, em caso de acidente:
Verba paga pela companhia de seguros;
Valor dos prémios pagos à companhia de seguros;
Outros:
Existe uma quantidade enorme de indicadores que a empresa poderá criar de
modo a conhecer:
O registo qualitativo dos motoristas e veículos;
A relação entre o número de acidentes e a idade/experiência do motorista;
As principais causas de acidentes (falha humana, mecânica, condições
climatéricas, etc.)
A relação entre os acidentes e o tipo de viagens;
A relação entre os acidentes e o tipo de vias;
A relação entre os acidentes e as diferentes alturas do dia, etc.
É com base na análise destes indicadores que a empresa poderá conhecer os pontos
fortes e fracos do desempenho da sua empresa, o que lhe permitirá adquirir uma
vantagem competitiva, face aos seus concorrentes, através da obtenção de um registo
exemplar em termos de segurança rodoviária.
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SÍNTESE DO QUADRO SANCIONATÓRIO DO CÓDIGO DA ESTRADA
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QUAIS AS SITUAÇÕES QUE PODEM ORIGINAR A APREENSÃO DO VEÍCULO?
O veículo deve ser apreendido pelas autoridades de investigação criminal ou de
fiscalização ou seus agentes quando:
Transite com números de matrícula que não lhe correspondam ou não tenham sido
legalmente atribuídos;
Transite sem chapas de matrícula ou não se encontre matriculado, salvo nos casos
previstos por lei;
Transite com números de matrícula que não sejam válidos para o trânsito em
território nacional;
Transite estando o respetivo documento de identificação apreendido, salvo se este
tiver sido substituído por guia;
O respetivo registo de propriedade ou a titularidade do documento de
identificação não tenham sido regularizados no prazo legal;
Não tenha sido efetuado seguro de responsabilidade civil nos termos da lei;
Não compareça à inspeção prevista no n.º 2 do artigo 116.º, sem que a falta seja
devidamente justificada (inspeção extraordinária);
Transite sem ter sido submetido a inspeção para confirmar a correção de
anomalias verificadas em anterior inspeção, em que reprovou, no prazo que lhe for
fixado;
A apreensão seja determinada ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 147.º
(sanção de inibição de condução a pessoa coletiva);
A apreensão seja determinada ao abrigo do disposto no n.º 6 do artigo 114.º
(circulação sem acessórios, componentes ou sistemas aprovados ou circulando
com eles, não estando aprovados) ou no n.º 3 do artigo 115.º (transformação do
veículo);
A apreensão seja determinada ao abrigo do disposto nos n.ºs 5 e 6 do artigo 174.º
(sanções por cumprir).
Nos casos previstos no número anterior, o veículo não pode manter-se apreendido por
mais de 90 dias devido a negligência do titular do respetivo documento de
identificação em promover a regularização da sua situação, sob pena de perda do
mesmo a favor do Estado.
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ANEXO 1 – FORMULÁRIO DE DECLARAÇÃO INTERNA DE ACIDENTE
(EXEMPLO DE CONTEÚDOS)
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ANEXO 2 – RELATÓRIO DE AVARIAS
Motorista:________________________________________ Data:_____/____/___
Matrícula:_______________ Kms:__________
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