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Empresas de Segurança
MÓDULO 7
Avaliação e Gestão de Riscos
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREÇÂO DE SEGURANÇA
AVALIAÇÃO E
GESTÃO DE RISCOS
Por
Lu ís Manu el Tavares de Jesus
CONTEÚDOS
Objectivos
Conceitos e Terminologia
Introdução
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Tradução e adaptação das OHSAS 18001:1999 da British Standards Instituition.
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trabalho ou com ele relacionado, do qual resulta uma lesão corporal ou mental ou a
morte, de um ou vários trabalhadores.2
Modelos Acidentológicos
O dano é, invariavelmente, causado por um acidente e este, por seu turno, é sempre o
resultado do factor que imediatamente o precede.
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Definição estabelecida nas “Resoluções sobre as estatísticas das lesões profissionais devidas a acidentes de
Trabalho” adoptada pelas 10ª, 13ª e 16ª Conferências Internacionais dos Estaticistas do Trabalho, promovidas pela
OIT, bem como na Metodologia de Estatísticas Europeias de Acidentes de Trabalho (EEAT) da Comissão Europeia.
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A Teoria do Dominó constitui, ainda hoje, uma base para a maior parte das técnicas de
investigação de acidentes industriais, pelo que têm vindo a ser realizadas diversas
actualizações da mesma. Teorias mais recentes, como a Teoria do dominó de Bird,
e mais adequadas às realidades de trabalho actuais, tendem a introduzir a gestão, ou
melhor, o erro de gestão, como factor determinante na génese do acidente. Assim, por
detrás de uma causa próxima do acidente (acto e/ou condição perigosa) estão as
práticas de gestão no que diz respeito a política, prioridades, estrutura organizativa,
decisão, quantificação, controlo e administração.
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(influenciada pela entidade patronal, pela Direcção da Empresa, pelo pessoa ligado à
Segurança), a sua própria personalidade (ego), o facto de se sentir ou não realizado
no trabalho que executa, factores de motivação inerentes ao próprio trabalho
(promoção, responsabilidade), grupo de trabalho e sindicato.
Dimensão do Risco
Para além das suas características objectivas, os riscos laborais têm dimensões
subjectivas e sociais que incidem no funcionamento da empresa em geral e dos
sistemas preventivos em particular. Cada grupo percebe os riscos do seu modo, que
não coincidem necessariamente com os identificados, através de meios técnico-
científicos, pelos serviços de prevenção da empresa.
Por isso a avaliação de riscos deve assentar num modelo participativo, com canais de
comunicação bem estruturados em todos os sentidos hierárquicos e funcionais, bem
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Conceitos Gerais
De facto, os termos "perigo" e "risco" nem sempre são utilizados de forma unívoca em
todos os países e nas diversas situações, pelo que é conveniente estabilizar a
expressão adequada destes conceitos.
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O risco residual como o próprio nome indica, é o risco que subsiste após as medidas
de prevenção e de protecção terem sido tomadas. A designação de risco residual
conduz inevitavelmente à abordagem de um conceito que suscita alguma discussão: o
do carácter aceitável ou não do risco, também abordado neste manual.
O risco deve ser reduzido ao valor mais baixo possível o que, um pouco ao contrário
da prática estabilizada significa:
reduzir a exposição ao valor-limite não é suficiente, se for possível fazer melhor;
não devem ser poupados esforços para reduzir a exposição, mesmo se os valores-
limite forem ultrapassados.
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Identificação
dos factores de Risco
Análise
do risco
Estimação
do risco
Avaliação
do risco
Valoração
do risco
Avaliação e
e controlo de risco
Eliminação Risco
Sim
de perigos Controlado
Controlo
do risco
Vejamos, de modo mais detalhado, quais as actividades previstas nas fases principais:
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Nos casos mais simples, os factores de risco podem ser identificados por mera
observação, através da comparação entre a situação verificada e a informação
pertinente. Os edifícios com apenas um piso, por exemplo, não apresentam perigos
associados ao uso de escadas.
a) Cheklists
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Este conjunto de informações não forma o que se designa por checklist, antes fornece
indicações dos factores que devem ser analisados na sua elaboração. Por vezes é
difícil elaborar uma checklist que integre a totalidade da organização. Note-se que as
situações (temperatura, ruído, iluminação, etc.) podem variar de secção ou sector. Não
é aconselhável atribuir um grau de análise médio em circunstâncias diversas. Para
cada circunstância (sector, secção) poderá ser repetida a verificação, mencionando-se
sempre com precisão a que se refere.
Existem outros elementos, que podem ser cruzados com os acima indicados, de forma
a elaborar um documento de análise mais adequado.
Equipamentos de trabalho
(Peças móveis em rotação; peças ou materiais em movimento livre; movimentos
de máquinas e veículos; perigo de incêndio e explosão, etc);
Práticas de trabalho e características do local
(Superfícies perigosas (arestas, cantos, saliências, etc.);
Trabalhos em altura; Trabalhos que impliquem posturas/movimentos forçados;
Deslizar e escorregar; Estabilidade do piso; Técnicas e métodos de trabalho, etc);
Exposição a substâncias perigosas
(Inalação, ingestão ou absorção pela pele; Asfixia; Substâncias corrosivas e/ou
reactivas,etc);
Agentes físicos
(Radiações electromagnéticas; Raios laser; Ruído; Vibrações; Ar comprimido;
ventilações, etc);
Agentes biológicos
(Exposição a bactérias, etc);
Factores ambientais/climatéricos
(Iluminação; Temperatura; humidade; Poluentes, etc);
Interacção de local de trabalho/factores humanos
(Dependência do sistema de segurança e da percepção e processamento da
informação; Dependência dos conhecimentos e aptidões; Dependência de normas;
Abandono do posto de trabalho; Adequação do EPl; Factores ergonómicos (altura
da bancada, alcances, informação, etc.).;
Factores psicológicos
(Tipo de Trabalho (intenso, monótono); Reacções a emergências; Relações
sociais, etc);
b) Cartas de Risco
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4. Prevenção
a) Princípios
b) Técnicas
5. Regulamentação técnica de prevenção
Em primeiro lugar identifica-se a operação que vai ser analisada. Normalmente, deve
colocar-se o sector (ou a classe) a que pertence a tarefa em análise.
Os dois primeiros vectores Equipamentos e Materiais não são limitados pelas linhas
horizontais. Tal procedimento permite que estes elementos sejam abrangidos por
todos os outros.
A terceira coluna, Riscos, tenta identificar os riscos associados aos equipamentos, aos
materiais e às tarefas.
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Estimação do Risco:
Estimar os riscos integra a medição tão objectiva quanto possível, da probabilidade de
ocorrência de dano e da sua gravidade. Abrange, entre outras, as seguintes tarefas:
- conceber instrumentos de avaliação (listas de verificação);
- desenvolver técnicas de segurança indutivas (exemplo: análises preliminares
de risco, análises de modos de falhas e efeitos, análises de circulação de
fluidos...);
- efectuar inspecções de segurança com recurso a determinadas técnicas (listas
de verificação, medição de determinados indicadores, nomeadamente
concentração de gases e poeiras, pressão, temperatura, humidade e
condutibilidade eléctrica);
- desenvolver técnicas de segurança dedutivas através de investigação de
acidentes e incidentes (exemplo: análises de árvore de causas, técnicas de
incidentes críticos,...);
- definir estratégias de medição de agentes físicos e químicos, compatíveis com
metodologias pré-definidas;
- efectuar medições utilizando aparelhos de leitura directa;
- proceder a recolha de amostras destinadas a análise laboratorial;
- interpretar os resultados das medições directas ou por análise laboratorial;
- utilizar técnicas a procedimentos que permitam avaliar riscos associados a
factores ergonómicos, a organização e à carga de trabalho e aos factores
psicossociais;
- determinar a tempo de exposição do pessoal aos diversos factores de risco.
Valoração do Risco:
Valorar o risco é um processo que compara os riscos estimados (quantitativa e
qualitativamente).
A avaliação de riscos deve ser feita na fase de projecto. A antecipação do risco faz-se
primordialmente nos seguintes momentos:
- projecto;
- introdução de novos equipamentos ou alteração dos existentes;
- introdução de novas tecnologias;
- alteração funcional;
- introdução de novos produtos;
- incremento de novos métodos;
- implementação de novos processos;
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Métodos e Modelos
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- Modelização do Sistema
Como nesta etapa já se conhecem os riscos relacionados com o sistema,
passa-se, então, à selecção dos riscos mais importantes. Aos riscos
seleccionados aplica-se um método de análise dedutiva de riscos (parte dos
eventos para as causas) com o objectivo de identificar as várias causas
possíveis para cada evento perigoso seleccionado; (método de árvore de
falhas);
- Avaliação de Riscos
Realização da avaliação dos riscos profissionais relacionados com o sistema e
determinação do nível de risco do sistema em estudo.
Este método aplica-se, geralmente, às fases iniciais de um novo projecto, pois, como o
nome indica, é preliminar; todavia, a sua aplicação pode ser muito importante para
reduzir custos, bem como preocupações desnecessárias e, até, evitar acidentes
graves.
O método consiste na aplicação de um processo indutivo que parte das causas para
identificar as suas possíveis consequências, através da identificação de eventos
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Para cada trabalho e/ou operação deve ser realizado um quadro de apresentação dos
resultados da aplicação do método, devendo utilizar-se um quadro que sistematize a
informação, como o que se apresenta seguidamente.
Operação:
Modos Medidas de
Equipamentos Materiais Riscos
Operatórios Prevenção
(a) (b) (c) (d) (e)
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Este método de AMFE tem por objectivo analisar as consequências das falhas que
podem afectar um equipamento e os seus componentes.
Componentes/Subsistema
Gravidade
Probabilidade
Magnitude
Ordem
(a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) (j) (i) (k)
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Operação normalizada
SIM SIM Condição segura
NÃO
NÃO
Reacção em cadeia;
condição insegura;
Operador alertado
A AAF é uma técnica que parte do evento perigoso de topo analisando e decompondo
as falhas de equipamentos ou erros humanos que sequencialmente podem contribuir
para a ocorrência desse evento perigoso de topo em estudo.
O presente método constitui, assim, uma técnica dedutiva (parte do evento de topo
para as causas) de análise pró-activa (aplicação do método a priori) de riscos
profissionais, que tem por principal objectivo identificar os eventos básicos que
desencadeiam a ocorrência dos eventos intermédios ate ao evento perigoso de topo.
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Nível Definição
1 Menos de uma vez por dia
2 Várias vezes ao dia
3 Muitas vezes ao dia
Nível Definição
1 Baixa
2 Média
3 Alta
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Legenda:
a) indicação de todas as tarefas inventariadas;
b) identificação dos perigos e possíveis perdas referentes a cada tarefa identificada;
c) atribuição do índice de gravidade;
d) atribuição do índice de frequência;
e) atribuição do índice de probabilidade;
f) soma dos valores atribuídos nos parâmetros do risco profissional (G+F+P);
g) identificação das tarefas críticas com (x).
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Equipamento (a)
Acções
Palavra Guia Desvio Causa Possível Consequências
Recomendadas
(b) (c) (d) (e) (f)
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Sistema de Pontuação
Deficiências ligeiras
3, 4, 5
Algumas melhorias poderiam aumentar a comodidade do trabalhador
Deficiências médias
6, 7
Existe risco de fadiga
Deficiências graves
8, 9
Fadiga
10 Nocividade
Análise gráfica dos dados obtidos - A partir das tábuas de valoração, todos os
parâmetros são quantificados de acordo com as pontuações estabelecidas, as quais
são susceptíveis de ser colocadas em diagramas de barras ou histogramas.
Vantagens do Método:
Difusão dos conhecimentos necessários para o estudo das condições de
trabalho - para cada elemento estudado das condições de trabalho abordam-se
diferentes componentes do trabalho para os quais são formuladas questões e
define-se um sistema de pontuação de 0 a 10;
Servir de base a programas de formação sobre as condições de trabalho - a
relação entre a aquisição de conhecimentos sobre o trabalho e a sua aplicação
imediata e um incentivo ao estudo dos problemas do trabalho, podendo, assim,
constituir uma base para a criação de uma formação permanente a todos os
níveis da empresa;
Proporcionar uma linguagem comum para aqueles a quem interessa a melhoria
das condições de trabalho - a melhoria das condições de trabalho pressupõe a
realização de uma acção conjunta da direcção e dos trabalhadores e seus
representantes, dos quadros técnicos e administrativos internos e externos da
empresa.
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Quais são os objectivos de gestão a alcançar, por que meios e mediante que
estratégia?
Contudo este método é alvo de algumas críticas, dado que a sua eficácia óptima não
se situa tanto na sua capacidade enquanto utensílio de identificação de riscos, mas
fundamentalmente, na função de regulador social que pode assegurar.
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Etapa III - Exame no terreno - O questionário apresentado por este método deve ser
encarado como um guia e adaptado a cada caso por pessoas que trabalhem na
dependência ou que a conheçam suficientemente.
São propostos nove temas globais, cada um dos quais devendo ser avaliado através
de uma série de indicadores.
Critérios de Ponderação
- 0 - sem importância;
- 1 - ter em conta;
- 2 - bastante importante;
- 3 - muito importante.
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Existem várias soluções para as diferentes causas, pelo que se torna necessário
prever as repercussões de cada uma sobre a vida da empresa antes de se tomar a
decisão para certos problemas.
Quanto mais ampla e profunda for a investigação dos acidentes e dos incidentes mais
detalhado será o conhecimento das falhas da prevenção e, consequentemente, mais
amplo será o leque de soluções de melhoria a adoptar e mais eficazes podem ser
essas soluções na gestão da prevenção.
Árvore de Causas
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Y (antecedente) X (facto)
b) Relação de disjunção - vários factos (x1), (x2) que não têm relação entre si,
apenas são explicáveis através de um único antecedente (y) e qualquer
deles não se produziria se o facto (y) não tivesse acontecido previamente.
Esta relação representa-se graficamente do seguinte modo:
X2 (facto)
Y (antecedente)
X1 (facto)
Z (antecedente)
As questões são aplicadas até à identificação das causas básicas que não têm causas
antecedentes. O diagrama da árvore de causas considera-se terminado quando se
identificaram todas as causas básicas que estilo na origem do acidente e não carecem
de uma situação anterior para serem explicadas ou quando se desconhecem os
antecedentes que propiciaram uma dada situação de facto.
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Facto X1
Facto X2
Facto X6
Com a árvore de causas de um acidente obtém-se toda a informação que pode ser
usada para a definição de medidas de correcção.
Uma vez identificadas as causas básicas que desencadearam o acidente, pode-se agir
sobre elas de forma a impedir que aquele tipo de acidente se repita. Nesta etapa é
elaborada uma lista de soluções possíveis para a eliminação e ou controlo das causas
do acidente. Como causas iguais podem originar diversos acontecimentos e
consequências, é muito importante considerar que quanto mais básicas ou
elementares sejam as causas do acidente a que se aplicam medidas correctivas,
maior será o número de acontecimentos não desencadeados que se evitarão.
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Métodos de Qualitativos
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GRAVIDADE
R=GxP Ligeiramente Extremamente
Danoso
Danoso Danoso
PROBABILIDADE
Estimativa do risco.
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Quadro 1 –
Valoração do risco.
Métodos de Quantitativos
do peso do contributo da falha humana, das falhas interactivas ou das falhas múltiplas
ocasionadas no mesmo facto, constituem um outro conjunto de dificuldades de monta
para a completa apreensão da realidade analisada. Por isso, se questiona se os
resultados da avaliação qualitativa ou semi-quantitativa, por comparação com a
avaliação quantitativa, determinam uma diferença significativa na hierarquização de
cenários para a decisão ou na configuração das opções por medidas de controlo. Será
ainda de, ter presente que o processo de valoração de riscos é não somente um
processo de comunicação, mas também um processo em que se procura gerir a
confiança.
Assim, por exemplo, quando se atinja um nível de acção diária de ruído igual ou
superior a 85 dB(A) representa-se o momento a partir do qual é necessário
desenvolver medidas de controlo para reduzir aquele nível de exposição abaixo
daquele valor. Sempre que aquele valor médio diário atinja 90 dB(A), ou se verifique
um valor limite de pico de 140 dB, o trabalhador não poderá estar exposto a tais
situação de trabalho sem que se desenvolvam medidas imediatas de controlo (de tipo
organizacional ou de engenharia) para recondução do ruído a níveis inferiores.
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Métodos Semiquantitativos
R=PxG
R = P x G x Extensão
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Métodos Simplificados
Para isso:
Inicia-se o processo com a detecção das deficiências existentes no objecto de
estudo;
Em seguida, procede-se à estimação da probabilidade de ocorrer um acidente
e, considerando a magnitude esperada das consequências, avalia-se o risco
associado a cada uma deficiências detectadas.
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Para a elaboração do nível de deficiência devem ser utilizadas listas de verificação das
condições de segurança aplicáveis ao objecto de estudo (e.g. uma situação de
trabalho, uma máquinas, um equipamento, uma instalação ou um processo). A lista de
verificação deve ser preparada especificamente para cada objecto de estudo e é
importante dispor-se de documentação técnica, de regulamentação aplicável e de
dados estatísticos de sinistralidade sobre o objecto de estudo, sendo, ainda, por
vezes, aconselhável consultar-se peritos com conhecimentos especializados sobre
aquele objecto de estudo.
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de
Nível de Exposição
4 3 2 1
Deficiência
10 40 30 20 10
(ND)
Nível
6 24 18 12 6
2 8 6 4 2
Como os indicadores que suportam esta metodologia têm um valor orientador, cabe
considerar outro tipo de estimativas quando se dispuser de critérios de valoração mais
precisos.
Assim, se para um determinado risco se dispuser de dados estatísticos de
sinistralidade ou outras informações que nos permitam estimar a probabilidade de
manifestação do risco, devem ser utilizados e comparados com os resultados obtidos
a partir da aplicação do método.
Nível de consequência
Para o nível de consequência (NC) consideram-se também quatro níveis de
classificação das consequências normalmente esperadas.
Para a definição das consequências consideram-se:
Os danos (lesões corporais);
As perdas (associadas aos bens materiais). A atribuição do valor monetário
das perdas é em função de:
• O tipo de empresa;
• A sua dimensão;
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A escala numérica das consequências deve ser muito superior à escala numérica das
probabilidades, porque as consequências devem ter um peso maior na valoração do
risco profissional. No quadro seguinte apresenta-se a escala e os critérios para a
determinação do nível de consequências:
Nível de Critérios
NC
Consequências
Uma morte ou mais;
Mortal ou Destruição total das instalações;
100 Lesões que podem provocar
Catastrófico (M) Instalações irrecuperáveis.
incapacidade permanente total.
Lesões que podem provocar Destruição parcial das
incapacidade permanente parcial; instalações;
Muito Grave (MG) 60
Lesões graves – com 30 dias de Instalações recuperáveis com
baixa ou mais. elevados custos.
Lesões que provocam
Paragem do processo de fabrico
Grave (G) 25 incapacidade temporária de 3 a
para realizar reparações.
30 dias de baixa.
Pequenas lesões e não requerem
hospitalização. Reparação possível sem
Leve (L) 10
Lesões que provocam até 2 dias paragem do processo de fabrico.
de baixa.
NR = NP x NC
(NC)
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Nível de
NR Critérios
Intervenção
Situação crítica;
I 4000 – 600
Correcção urgente.
Corrigir situação;
II 500 – 150
Adoptar medidas de controlo.
Melhorar a situação se possível;
III 120 – 40
Justificar a intervenção e a sua eficácia.
Não é necessário intervir a não ser que uma análise mais precisa
IV 20
o justifique.
Aplicação do Método
Para a aplicação do método devem seguir-se os seguintes passos:
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Para a aplicação do método deve ser elaborada uma matriz do método. A matriz pode
ser adaptada ao objecto de estudo para se tornar mais fácil de utilizar e ou analisar.
Operação: a)
de
Probabilidad
Intervenção (NI)
Equipamentos
Consequência
Medidas de
e (NP)
Risco (NR)
Nível
Materiais
Perigosa
Controlo
Situação
Nível de
Nível de
Nível de
Tarefas
Risco/
(NC)
N.º
ND NE NP
b) c) d) e) f) g) h) i) j) k) l) m)
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PROTECÇÃO AUDITIVA
TAMPÕES
Os tampões auditivos são um dos métodos mais eficazes para a prevenção destes
riscos.
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ABAFADORES
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PROTECÇÃO DA CABEÇA
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Estes EPI devem de ter capacidade de absorção de choque evitando quaisquer lesões
na cabeça, bem como terem características adequadas de conforto (peso, ventilação,
estanquidade e de isolamento térmico).
Peça rígida que se utiliza para cobrir completamente a cabeça contra agressões e
acidentes. Um capacete é uma forma protectora usada na cabeça e feita geralmente
de metal ou de algum outro material duro, tipicamente para a protecção da cabeça
contra objectos que caem ou colisões a alta velocidade.
Os capacetes antimotins são parecidos aos militares, mas com viseira articulada,
transparente e ampla para proteger a cara.
Os Capacetes de tipo I diferem dos de tipo II apenas por estes não terem pala e
possuírem aba de dimensão que pode ser variável em toda a periferia do Casco.
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Para a primeira (estrutura do casco), a resistência deve ser mais uniforme possível e
não ter reforços especiais em qualquer ponto, bem como as superfícies exteriores e
interiores, serem cuidadosamente acabados e apresentarem bordos lisos e
arredondados.
Características Opcionais
Selecção e utilização
Quanto à cor, devem ser adaptadas cores claras para maior reflexão dos raios solares
e conforto térmico no Verão, podendo a entidade empregadora definir um código de
cores específico que permita distinguir a categoria dos seus empregados.
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• Número da norma;
• País de origem;
• Nome do fabricante;
• Mês e ano de fabrico;
• Referência a características opcionais que tenham sido consideradas.
PROTECÇÃO DA VISTA
Óculos ULTRAVISION
Óculos I-VO
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Os olhos são órgãos muito sensíveis do corpo humano e como tal propícios a
acidentes cujas causas podem ser das mais variadas, nomeadamente as devidas a:
Deste modo, quando a protecção dos olhos não puder ser assegurada por dispositivos
de protecção colectiva, as protecções oculares individuais (tais como óculos, viseiras
faciais, máscaras para soldadores e máscaras respiratórias) devem ser objecto de
selecção criteriosa em função dos riscos associados à execução de cada tipo de
trabalho.
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• Óculos isolantes: protector dos olhos, de uma ou duas oculares, que isola a
região orbitaria;
• Filtro: ocular concebida para atenuar a radiação incidente.
Viseiras
As máscaras podem ser seguras com a mão ou mantidas na cabeça por uma correia
ou por um capacete de protecção, sendo esta última situação a indicada quando for
indispensável a utilização das duas mãos na execução do trabalho.
Selecção
Em qualquer caso, deve-se procurar o filtro com melhor conforto visual óptico que
proteja contra os riscos de lesões oculares relacionados com o procedimento utilizado.
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Utilização e Manutenção
Como recomendações gerais para utilização das protecções dos olhos e da face, além
do objectivo fundamental de serem eficazes na protecção dos utentes quanto aos
riscos que podem surgir no local, salienta-se o seguinte:
PROTECÇÃO RESPIRATÓRIA
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Máscara Oro-Nasal
Máscara facial
Os ambientes de trabalho podem assim ser poluídos essencialmente, quer por falta de
oxigénio, quer pela existência de partículas e/ou por gases e vapores cujos graus de
contaminação podem ser avaliados com base nas propriedades dos contaminantes.
Deste modo, tendo em consideração os agentes poluidores, os aparelhos de
protecção individual podem ser de dois tipos: uns dependem da atmosfera ambiente e
têm a função de purificar o ar recebido pelo trabalhador, sendo designados por
aparelhos filtrantes (máscaras para filtragem física ou química do ar inalado); e outros
são independentes da atmosfera ambiente e têm a função de fornecer o ar ou oxigénio
puro.
Aparelhos filtrantes
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Os filtros anti-aerossóis são marcados com uma faixa branca e a sua duração de
utilização depende da velocidade de colmatagem, isto é, do grau de empoeiramento e
do ritmo de respiração do utilizador.
Selecção e utilização
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Os ferimentos nas mãos são os mais frequentes por serem as partes mais vulneráveis
do corpo, pois são elas que manipulam os objectos, utilizam equipamentos e
contactam com produtos agressivos.
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Uma luva é definida como um EPI que protege a mão ou parte dela contra riscos,
podendo em alguns casos cobrir também parte do antebraço e o braço. Como
características gerais a considerar salientam-se as seguintes:
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Selecção e utilização
É admissível relacionar o tipo de material das luvas com a utilização indicada para as
mesmas, como se exemplifica a seguir:
A marcação das luvas deve ser constituída por dois grupos de informação em que
uma deve ser aplicada na luva de um modo legível e indelével, durante toda a vida útil
do produto, e outra na sua embalagem.
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• Identificação do fabricante;
• Designação da luva (nome comercial);
• Tamanho;
• Período de validade (se as funções protectoras são afectadas pelo
envelhecimento);
• Pictograma apropriado aos riscos que a luva visa proteger;
Caso não seja possível efectuar marcação directamente na luva, esta deve ser
efectuada na embalagem.
A embalagem que contém a luva deve ainda ser marcada de uma forma legível com a
seguinte informação:
Sempre que seja detectado algum defeito aquando da utilização deste equipamento,
deve proceder-se à sua imediata substituição.
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PROTECÇÃO DA PELE
Doseador Creme
CALÇADO DE SEGURANÇA
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Bota Malta
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Classificação e exigências
Selecção e utilização
Tamanho do calçado
Nome ou marca do fabricante
Data de fabrico
País de fabrico
Número da EN correspondente
Símbolos apropriados as exigências específicas
VESTUÁRIO DE PROTECÇÃO
A protecção do corpo contra os efeitos indesejáveis que resultam dos diferentes riscos
conduz à confecção de diferentes tipos de vestuário que podem ou não proteger o
corpo inteiro, como por exemplo batas, aventais, fatos de uma ou duas peças.
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Protecção Chuva
Protecção Térmica
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Selecção e utilização
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EQUIPAMENTO ANTI-QUEDAS
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Sistema anti-quedas
Este tipo de protecção deve ser sempre colocado à disposição dos trabalhadores em
casos excepcionais de curta duração, de modo a evitar quedas livres superiores a
1metro. No entanto deve ser sempre preferível a utilização de protecção colectiva
através de barreiras protectoras.
Sistemas pára-quedas
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Modo de utilização
Arestas vivas
Superfícies rugosas
Pontos quentes
Matérias corrosivas
Manutenção
Estes sistemas devem ser instalados e mantidos de acordo com regras precisas, pois
só assim permitem a realização dos trabalhos em segurança:
Estes sistemas são compostos por componentes que são interligados de formas a
constituírem um EPI. É um sistema utilizado para diversos trabalhos, nomeadamente,
trabalhos em altura em que seja essencial uma posição apoiada, na qual as mãos
estejam livres para executar as seguintes tarefas.
Exigências
Utilização e manutenção
Devem ser fornecidas indicações claras na língua nacional sobre o ajuste de cada um
dos cintos e amarrações, bem como da seguinte informação:
• Nome do fabricante;
• Aviso de que o equipamento não é indicado para sistema pára-quedas
• Instruções de posicionamento da amarração à estrutura ou ancoragem, para
que uma eventual queda seja limitada a 0,5 metros no máximo;
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No que concerne à protecção individual, esta será uma opção que resultará de não se
conseguir controlar eficazmente o risco, pelo que se torna apenas possível proteger o
homem. Ou seja, uma vez que não foi possível realizar a verdadeira prevenção, isto é,
adaptar o trabalho ao homem, tenta-se adaptar o homem ao trabalho.
Para ventilar um local pelo sistema de Ventilação Geral ou Ambiental o primeiro que
deve ser considerado é o tipo de actividade dos ocupantes do mesmo. Num escritório
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moderno, espaçoso, com baixo índice de ocupação, não é igual a um café, uma sala
de festas, uma oficina de confecção ou de pintura.
• Sistemas AVAC;
• Linhas de vida.
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Rede anti-intrusão
Exaustor de gases
Comando bimanual
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Equipamentos de medição
Sonómetro
Luxímetro
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MEDIDAS DE PREVENÇÃO
PLANOS DE SEGURANÇA
Temos então:
Áreas de comércio: UT VIII, local do tipo B? (é necessários mais dados para
confirmar este), 1ª categoria
Áreas de habitação: UT I, local do tipo A?´, 2ª categoria
Quanto aos extintores existem critérios mínimos que têm de ser cumpridos (art.
163º):
18 L de Agente extintor padrão por 500m2 do piso em que se situem
1 por cada 200 m2 de piso
2 por piso no mínimo
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Um edifício pode conter no seu interior mais do que uma UT. Pode ter uma
utilização mista como estacionamento na cave (UT II), lojas no rés-do-chão (UT
VIII Comerciais), um restaurante (UT VII Hoteleiros e restauração), um lar de
idosos no primeiro e segundo pisos (UT V) e habitação no último andar (UT I).
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As coimas previstas na lei, vão desde 370€ para pessoas singulares, até um
máximo de 44.000€ para pessoas colectivas (art.º 25º do DL 220/2008).
Prevenção – como?
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Responsável de Segurança
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Período
máximo entre
UT Descrição Categoria de risco
exercícios (em
anos)
I Habitação 4ª 2
II Parques de estacionamento 3ª e 4ª 2
VI e IX Espectáculos / Desportivos e lazer 2ª e 3ª 2
VI e IX Espectáculos / Desportivos e lazer 4ª 1
III, VIII, X, Administrativos / Comerciais e gares /
2ª e 3ª 2
XI e XII Museus / Bibliotecas / Industriais
III, VIII, X, Administrativos / Comerciais e gares /
4ª 1
XI e XII Museus / Bibliotecas / Industriais
2ª (com locais de
IV, V e VII Escolares / Hospitalares / Hoteleiros risco D ou E), 3ª e 1
4ª
Conclusões e Recomendações
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Estudo de Caso
RESENHA HISTÓRICA
O início da actividade da ITD deu-se em 2000. A empresa começou por implementar soluções
integradas na área das redes e das infra-estruturas de comunicação.
A partir de 2005 a ITD inicia uma nova etapa, com especial enfoque na área das soluções para
a actividade Aeronáutica, com participação efectiva na criação de módulos específicos para
controlo de aeronaves comerciais, tendo como principais clientes as empresas EADS, Boeing e
Embraer.
No início de 2008, depois da aquisição da empresa Security Defense and Research, a ITD ganha
competências ao nível dos sistemas de telecomunicações, sistemas de guiamento de mísseis,
sistemas de controlo de aviões não tripulados e sistemas de navegação e controlo de satélites.
SITUAÇÃO ACTUAL
Com o crescente desenvolvimento verificado nos últimos anos (facturação e colaboradores), a
ITD mudou de instalações, situando-se actualmente nos arredores de Freeland - Portugal, num
terreno adquirido para o efeito.
O sucesso alcançado pela ITD nestes últimos anos tem vindo a provocar nas empresas
concorrentes algum desconforto e intriga, relativamente ao modelo e estratégia de negócio
seguida, pelo que não é de descurar abordagens pouco éticas (ou ilegais) das empresas
concorrentes de modo a obter detalhes das metodologias e alguns segredos comerciais em
uso na ITD.
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organizar-se (em te rmos de segurança), a poder ser credenciada e poder fazer face à previsão
de ser alvo de acções de espionagem industrial e económica.
Assim, com recurso aos serviços de uma conceituada empresa de gestão de recursos humanos,
lançou uma oferta de trabalho.
O PROCESSO DE RECRUTAMENTO
Depois de recebidas 38 candidaturas, a empresa de recurso humanos, após 5 fases (entre teste
e entrevistas), seleccionou 2 candidatos: um português e um angolano.
No entanto, o candidato angolano foi eliminado, por ser estrangeiro e (não haver nenhum
acordo bilateral de segurança entre Portugal e Angola para o tratamento de matérias
classificadas), uma vez que não poderia ser credenciado, sendo este um dos requisitos
fundamentais para a credenciação da ITD nos grau e marcas requeridas.
Tendo sido o respectivo auditor recrutado para a empresa ITD para o cargo de Director do
Departamento de Segurança.
ORGANOGRAMA DA ITD
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Para além desta situação, que é o foco principal, estou bastante preocupado com a atenção
que os nossos concorrentes têm dedicado às nossas actividades, pois um dos guardas
informou-me que há três dias atrás foram vistas pessoas junto à vedação no local onde se situa
a zona dos lixos e zona dos Geradores.
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Cartão Magnético 10
Leitor biométrico (impressão digital): 400
Leitor biométrico (Íris): 5000
Outros:
Trituradora de papel (duplo corte) 2500
Trituradora de papel (corte simples) 500
Destruidor de suportes informáticos (desmagnetização) 1500
Cofre para suportes magnéticos 4000
Porta de segurança 7500
Cofres para Suportes magnéticos 4000
Porta de segurança 7000
Câmara de Segurança modular (por m2) 2500
Protecção TEMPEST (por m2) 2000
A ITD localizada em Freeland - Portugal, é constituída por 3 edifícios: Um frontal onde esta
localizada a área de Human Resources (HR), a área de Comunication and Information System
(CIS) e Research and Development (R&D). As áreas de CIS e R&D, estão separadas da área de
HR por parede de betão, sem qualquer porta de ligação;
Um lateral direito onde está localizado uma área de expediente e arquivo (de material e
informação não sensível) e um armazém de material informático;
A ITD tem um contentor de lixo localizado na parte traseira da área de cais de carga/descarga,
a aproximadamente 50 metros do edifício.
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TESTES REALIZADOS
Testes efectuados, permitem concluir que uma pequena explosão de um carro-bomba em
frente da entrada principal, no interior da ITD provocaria danos estruturais significativos na
frontaria e áreas adjacentes, mas provavelmente o edifício não iria ruir. A fachada frontal do
edifício é de aproximadamente 75 por cento de vidro temperado, sendo o terreno em redor do
estacionamento junto à entrada principal ajardinado (com canteiros e árvores). A área de
Recursos Humanos e Administrativa, situadas na frontaria do edifício e a área da cantina,
ginásio e biblioteca situadas na zona esquerda seriam as mais atingidas com grande
probabilidade de destruição total. O Centro de Informática e Comunicações e a área de R&D
permaneceriam sem danos significativos.
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TESTES REALIZADOS
A explosão de um carro-bomba na rodovia principal (exterior da ITD) provocaria danos
estruturais significativos num raio de 30 metros.
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ESTUDO DE CASO
Pedido n.º 1
O Auditor assume a função Director do Departamento de Segurança, deve elaborar um Plano
de Segurança Global de acordo com o nível da ameaça.
Pedido n.º 2
Deve planear e dotar as novas instalações e os elementos humanos da ITD de condições de
segurança adequadas, de modo a poder garantir o correcto funcionamento (em
segurança) das actividades da empresa.
Pedido n.º 3
Deve elaborar um plano de evacuação de emergência
Pedido n.º 4
Avalie os riscos para os trabalhadores e colaboradores que ocupam o Edifício utilizando as
matrizes mais apropriadas e proponha as respectivas medidas correctivas.
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Bibliografia
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