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EI 103 – Desenho Técnico

EI 103 – DESENHO TÉCNICO

APRESENTAÇÃO

A execução dos projetos das áreas técnicas ainda é dependente dos desenhos bidimensionais
que são utilizados para fazer o detalhamento dos detalhes construtivos que envolvem o objeto
projetado.

Diferentemente das imagens tridimensionais, que podem ser entendidas por qualquer pessoa,
os desenhos bidimensionais se constituem em uma linguagem gráfica que só pode ser entendida por
quem a estuda.

Assim, um desenhista técnico deve, não só insinuar a sua intenção, mas dar uma informação
exata e positiva de todos os detalhes de máquina ou estrutura existente em sua imaginação. Eis por
que o desenho é mais do que uma simples representação de um objeto, é uma linguagem gráfica
completa, por meio da qual pode descrever minuciosamente cada operação e guardar um registro
completo da peça, para reprodução ou reparos.

O objetivo desse curso, portanto, é que o mantenedor eletricista entenda esta linguagem e
consiga lê-la prontamente quando escrita por outras pessoas e, de certa forma, também expressá-la
com clareza.

Para que isso seja possível, o texto foi estruturado em quatro capítulos, a saber:

No Capítulo 1 apresenta-se conceitos e definições básicas, visando esclarecer a necessidade


e aplicabilidade do desenho técnico.

No Capítulo 2, por outro lado, relaciona-se alguns dos instrumentos necessários para a
elaboração de desenhos técnicos.

O desenho técnico, como linguagem gráfica técnica, tem necessidade fundamental do


estabelecimento de regras e normas. Por exemplo, a representação de uma determinada peça deve
possibilitar a todos que intervenham na sua construção, mesmo que em tempos e lugares diferentes,
interpretar a produzir peças tecnicamente iguais. Portanto, no Capítulo 3 são apresentadas as
padronizações e normas empregadas para a elaboração e interpretação de desenhos técnicos.

Finalmente, o Capítulo 4 fornece os procedimentos para o traçado de figuras geométricas


básicas, as quais podem ser empregadas na elaboração de desenhos técnicos.
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

ÍNDICE

CAPÍTULO 1: CONCEITOS BÁSICOS _____________________________________________ 1


RESUMO __________________________________________________________________________ 1
1.0 - INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 1
2.0 - VISÃO ESPACIAL ______________________________________________________________ 1
3.0 – ORIGEM DO DESENHO TÉCNICO_______________________________________________ 1
4.0 - TIPOS DE DESENHO TÉCNICO__________________________________________________ 1
5.0 – ELABORAÇÃO DE DESENHOS TÉCNICOS _______________________________________ 2
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA _____________________________________________________ 2

CAPÍTULO 2: INSTRUMENTOS PARA DESENHO __________________________________ 3


RESUMO __________________________________________________________________________ 3
1.0 - INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 3
2.0 - LISTA DE INSTRUMENTOS E MATERIAIS _______________________________________ 3
3.0 - PRECAUÇÕES COM OS MATERIAIS: ____________________________________________ 5
4.0 – LÁPIS E LAPISEIRA____________________________________________________________ 5

CAPÍTULO 3: NORMAS TÉCNICAS_______________________________________________ 7


RESUMO __________________________________________________________________________ 7
1.0 - INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 7
2.0 – NORMAS ABNT________________________________________________________________ 7
3.0 – FORMATOS DE PAPEL _________________________________________________________ 8
4.0 - LEGENDA _____________________________________________________________________ 9
5.0 – NOTAS ADICIONAIS ___________________________________________________________ 9
5.0 – CALIGRAFIA TÉCNICA _______________________________________________________ 10
6.0 - LINHAS ______________________________________________________________________ 11
6.1 - Linha Para Contornos e Arestas Visíveis ___________________________________________________ 11
6.2 - Linha Para Contornos e Arestas Não Visíveis _______________________________________________ 11
6.3 - Eixo de Simetria ______________________________________________________________________ 11
6.4 – Linhas de Cota _______________________________________________________________________ 12
6.5 - Linhas de Chamada ou Extensão _________________________________________________________ 12
6.6 - Linhas de corte _______________________________________________________________________ 12
6.7 - Linhas Para Rupturas Curtas_____________________________________________________________ 12
6.8 - Linhas Para Rupturas Longas ____________________________________________________________ 12
6.9 - Linhas Para Hachuras __________________________________________________________________ 12
7.0 - ESCALAS _____________________________________________________________________ 13
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

CAPÍTULO 4: CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS BÁSICAS __________________________ 15


RESUMO _________________________________________________________________________ 15
1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________ 15
2.0 - TRAÇADO DE RETAS PERPENDICULARES COM RÉGUA E COMPASSO___________ 15
3.0 - TRAÇADO DE RETAS PERPENDICULARES COM PAR DE ESQUADROS ___________ 16
4.0 - TRAÇADO DE RETAS PARALELAS COM RÉGUA E COMPASSO __________________ 17
4.1 - Paralela Passa Por Um Ponto Dado _______________________________________________________ 17
4.2 - Paralela Passa a Determinada Distância da Reta Dada _________________________________________ 17
5.0 - TRAÇADO DE RETAS PARALELAS COM PAR DE ESQUADROS ___________________ 18
6.0 - TRAÇADO DA MEDIATRIZ DE UM SEGMENTO DE RETA ________________________ 18
7.0 – DIVISÃO DE SEGMENTO DE RETA EM PARTES IGUAIS _________________________ 18
8.0 - TRAÇADO DE RETAS OBLÍQUAS ______________________________________________ 18
9.0 - ÂNGULOS ____________________________________________________________________ 19
9.1 - Traçado da Bissetriz de Um Ângulo _______________________________________________________ 19
9.2 – Traçado de um Ângulo Igual a Outro na Extremidade de Uma Semi-reta__________________________ 19
9.3 - Traçado da Bissetriz de Um Ângulo Cujo Vértice Não Se Conhece ______________________________ 19
9.4 – Divisão de Ângulo em Três Partes Iguais __________________________________________________ 20
9.5 – Divisão de Ângulo em Quatro Partes Iguais ________________________________________________ 20
10.0 - TRAÇADO DE TRIÂNGULO EQÜILÁTERO _____________________________________ 20
11.0 - CIRCUNFERÊNCIAS _________________________________________________________ 20
11.1 - Tangente a Uma Circunferência _________________________________________________________ 20
11.2 – Traçado de Circunferência a Partir de Três Pontos Não Alinhados ______________________________ 20
11.3 – Divisão da Circunferência em Três Partes Iguais____________________________________________ 21
11.4 – Divisão da Circunferência em Quatro Partes Iguais__________________________________________ 21
11.5 – Processo Geral Para a Divisão da Circunferência em Partes Iguais ______________________________ 21
12.0 – CONCORDÂNCIAS___________________________________________________________ 22
12.1 - Concordância de Arco Com Duas Retas Quaisquer __________________________________________ 22
12.2 - Concordância Externa de Arco Com Dois Arcos ____________________________________________ 22
12.3 - Concordância Interna de Arco Com Dois Arcos_____________________________________________ 23
12.4 - Concordância Interna e Externa de Arco Com Dois Arcos_____________________________________ 23
12.5 - Concordância de Arco Com Arco e Reta __________________________________________________ 23
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

“Uma imagem vale mais que mil palavras."

Provérbio chinês
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

CAPÍTULO 1: CONCEITOS BÁSICOS

RESUMO Em outras palavras, a visão espacial permite a


percepção (o entendimento) de formas espaciais, sem
Este capítulo apresenta conceitos e definições estar vendo fisicamente os objetos.
básicas, visando esclarecer a necessidade e
aplicabilidade do desenho técnico.
3.0 – ORIGEM DO DESENHO TÉCNICO

1.0 - INTRODUÇÃO
O desenho técnico, tal como ele é entendido
hoje, foi desenvolvido graças ao matemático francês
O desenho técnico é uma forma de expressão Gaspar Monge (1746-1818). Os métodos de
gráfica que possui a finalidade de representar tanto a representação gráfica que existiam até aquela época
forma quanto as dimensões e posição de objetos de não possibilitavam transmitir a idéia dos objetos de
acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas forma completa, correta e precisa.
diversas atividades na construção de máquinas e Monge criou um método que permite
estruturas. representar, com precisão, os objetos que têm três
Utilizando-se de um conjunto constituído por dimensões (comprimento, largura e altura) em
linhas, números, símbolos e indicações escritas superfícies planas, como, por exemplo, uma folha de
normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é papel, que tem apenas duas dimensões (comprimento e
definido como linguagem gráfica universal da área largura).
técnica. Esse método, conhecido como mongeano,
Assim como a linguagem verbal escrita exige quando foi publicado em 1715, foi chamado de
alfabetização, a execução e a interpretação da geometria descritiva, sendo os seus princípios a base
linguagem gráfica do desenho técnico exige do desenho técnico.
treinamento específico, porque são utilizadas figuras No século XIX, com a revolução industrial,
planas (em duas dimensões) para representar formas foi necessário normalizar a forma de utilização da
espaciais. geometria descritiva para transformá-la numa
O desenho técnico, não mostrando o objeto tal linguagem gráfica que, a nível internacional,
como ele é visto quando terminado, só pode ser simplificasse a comunicação e viabilizasse o
interpretado por quem compreender a sua linguagem. intercâmbio de informações tecnológicas.
Assim, conhecendo-se a metodologia utilizada Desta forma, a Comissão Técnica TC 10 da
para elaboração do desenho em duas dimensões é International Organization for Standardization – ISO
possível entender e conceber mentalmente a forma normalizou a forma de utilização da geometria
espacial representada na figura plana. descritiva como linguagem gráfica da área técnica e da
Na prática pode-se dizer que, para interpretar arquitetura, chamando-a de desenho técnico [1].
um desenho técnico, é necessário enxergar o que não é Na atualidade, a expressão desenho técnico
visível e a capacidade de entender uma forma espacial inclui todos os tipos de desenhos utilizados nas áreas
a partir de uma figura plana é chamada visão espacial. técnicas incorporando também os desenhos tais como
gráficos, diagramas, fluxogramas e outros.

2.0 - VISÃO ESPACIAL


4.0 - TIPOS DE DESENHO TÉCNICO
Conforme descrito em [1], visão espacial é
um dom que, em princípio todos têm, dá a capacidade O desenho técnico é dividido em dois grandes
de percepção mental das formas espaciais. Perceber grupos, a saber:
mentalmente uma forma espacial significa ter o
sentimento da forma espacial sem estar vendo o objeto. Desenho projetivo
Por exemplo, fechando-se os olhos pode-se São os desenhos resultantes de projeções do
imaginar a forma espacial de um motor ou outro objeto em um ou mais planos de projeção e
equipamento qualquer correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas.
________________________________________________________________________________________________
Capítulo 1: Conceitos Básicos - 1
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

Desenho não-projetivo Apesar dos nomes diferentes, as diversas


Na maioria dos casos corresponde a desenhos formas de apresentação do desenho projetivo têm uma
resultantes dos cálculos algébricos e compreendem os mesma base, e todas seguem normas de execução que
desenhos de gráficos, diagramas e outros. permitem suas interpretações sem dificuldades e sem
mal-entendidos.
Os desenhos projetivos compreendem a maior
parte dos desenhos feitos nas indústrias e alguns
exemplos de utilização são, conforme [1]: 5.0 – ELABORAÇÃO DE DESENHOS TÉCNICOS

a) Projeto e fabricação de máquinas, Às vezes, a elaboração de um desenho técnico


equipamentos e de estruturas nas envolve o trabalho de várias pessoas.
indústrias de processo e de manufatura No caso de um desenho técnico mecânico, por
(indústrias mecânicas, aeroespaciais, exemplo, um projetista planeja a peça e imagina como
químicas, farmacêuticas, petroquímicas, ela deve ser. Depois representa suas idéias por meio de
alimentícias etc.); um esboço, isto é, um desenho técnico à mão livre.
b) Projeto e construção de edificações com O esboço serve de base para a elaboração do
todos os seus detalhamentos elétricos, desenho preliminar ou anteprojeto. O desenho
hidráulicos, elevadores etc.; preliminar corresponde a uma etapa intermediária do
c) Projeto e construção de rodovias e processo de elaboração do projeto, que ainda pode
ferrovias mostrando detalhes de corte, sofrer alterações.
aterro, drenagem, pontes, viadutos etc.; Depois de aprovado, o desenho que
d) Projeto e montagem de unidades de corresponde à solução final do projeto será executado
processos, tubulações industriais, por um desenhista técnico. O desenho técnico
sistemas de tratamento e distribuição de definitivo, também chamado de desenho para
água, sistema de coleta e tratamento de execução, contém todos os elementos necessários à sua
resíduos; compreensão.
e) Representação de relevos topográficos e Os desenhos para execução, atualmente, na
cartas náuticas; maioria dos casos, são elaborados em computadores,
f) Desenvolvimento de produtos mas também pode ser feito em prancheta. Em qualquer
industriais. caso, entretanto, deve atender rigorosamente a todas as
g) Projeto e construção de móveis e normas técnicas que dispõem sobre o assunto.
utilitários domésticos; O desenho técnico deve chegar pronto às mãos
h) Promoção de vendas com apresentação do profissional que vai executar a peça ou montagem.
de ilustrações sobre o produto. Muitas vezes, nesses casos, é necessário
efetuar-se a traçagem, ou seja, a marcação de curvas,
Pelos exemplos apresentados em [1], conclui- retas ou pontos sobre a chapa para visualização dos
se que o desenho projetivo é utilizado em todas as locais a serem cortados, furados, dobrados, etc.
modalidades técnicas e, em função disso, apresentam Observe-se que, tais operações, normalmente,
nomes que correspondem a alguma utilização precedem às de conformação.
específica, como:

a) Desenho Mecânico;
b) Desenho de Máquinas;
c) Desenho de Estruturas; REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
d) Desenho Arquitetônico;
e) Desenho Elétrico; [1] Ribeiro, A.C.; Peres, M.P; Izidoro, N. “Leitura e
f) Desenho Eletrônico; Interpretação de Desenho Técnico” – Faenquil –
g) Desenho de Tubulações. Faculdade de Engenharia Química de Lorena.

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Capítulo 1: Conceitos Básicos - 2
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

CAPÍTULO 2: INSTRUMENTOS PARA DESENHO

RESUMO 2.0 - LISTA DE INSTRUMENTOS E MATERIAIS

Este capítulo relaciona alguns dos Uma lista de materiais para desenhos manuais
instrumentos necessários para a elaboração de pode ser extensa, como, por exemplo:
desenhos técnicos.
a) compassos;

1.0 - INTRODUÇÃO

Os desenhos técnicos podem ser efetuados de


várias formas, tais como mecanicamente, com
instrumentos mecânicos e desenhos criados através da
utilização de programas gráficos computacionais,
CAD/CAM, projeto assistido por computador.
Atualmente, na maioria dos casos, os
desenhos são elaborados por computadores, pois
existem vários softwares que facilitam a elaboração e b) lápis;
apresentação de desenhos técnicos.
Um dos programas mais populares nesse
sentido é o AutoCad, da empresa Autodesk.

c) lapiseiras,

d) Minas de grafite e porta grafite

Figura 1 – Exemplo de desenho utilizando o AutoCad,


da Autodesk. e) Régua “T”;
No entanto, esse assunto é tratado em um
curso específico.
A forma tradicional de se desenhar
(manualmente) é empregando instrumentos
apropriados, inclusive para que eles se tornem fáceis e
precisos.
Desta forma, este capítulo é dedicado a uma
rápida descrição dos aparelhos usualmente necessários
no desenho. Alguns outros que não de uso diário, mas
destinados a trabalho especiais.
________________________________________________________________________________________________
Capítulo 2: Instrumentos Para Desenho - 3
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

f) prancheta; k) Curvas francesas;

l) Transferidor;

g) Esquadros de 45º e 60º;

m) Estilete;

h) Escala (três de seção achatada com duas


graduações) com escalas proporcionais
em pés e polegadas;

n) Lixa para grafite;

i) Régua

o) Tecnígrafo de mola para prancheta;

j) Borracha branca macia;

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Capítulo 2: Instrumentos Para Desenho - 4
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

p) Normógrafo; h) espetar o compasso na prancheta;


i) azeitar as articulações do compasso;
j) usar o compasso de ponta seca como martelo
ou pinça;
k) colocar pesos sobre o "T”, para conservá-lo
em posição;
l) traçar uma linha a lápis ou a tinta voltando
para traz;
m) passar a borracha por todo o desenho depois
de terminado. Isso tiraria o brilho das linhas a
nanquim;
n) começar o trabalho antes de limpar a mesa de
instrumentos;
o) deixar os instrumentos sem limpar,
principalmente tratando-se do tira-linhas;
p) guardar os compassos de mola, sem distender,
q) Aranha; para descanso das molas;
q) dobrar o papel de um original ou de uma
cópia;
r) introduzir no tinteiro de nanquim uma pena
que tenha sido usada com tinta comum de
escrever;
s) diluir o nanquim na água. Se estiver espesso é
melhor jogar fora.

r) Caneta Nankin;
4.0 – LÁPIS E LAPISEIRA

A grafite foi descoberta na Baviera por volta


de 1400, não lhe tendo sido dado na época o devido
valor.
O grafite começou a ser empregado como
lápis a partir do ano de 1564, com a descoberta das
minas da Inglaterra e hoje é comumente utilizado em
lápis escolares, técnicos e de escritório, além do lápis
de carpinteiro. Componente básico das minas normais
e minas finas utilizadas em lapiseiras, a indústria do
lápis busca no grafite características que permitam
atingir condições ideais de resistência mecânica e
suavidade, associadas ao baixo coeficiente de atrito,
além de uma excelente coloração negra.
Há uma enorme variedade de qualidades de
grafite. Envolvida em madeira (lápis), em minas
3.0 - PRECAUÇÕES COM OS MATERIAIS: simples de várias espessuras para porta minas, desde as
mais vulgares 0,5 mm, 0,7 mm, 1,2 mm, até às mais
Em relação ao uso dos vários materiais, grossas apenas envolvidas em plástico para desenhos
nunca: que exigem um grande depósito de grafite.
Atualmente, os lápis são produzidos com uma mistura
a) usar a escala como régua; de grafite e argila que permite que eles possuam
b) desenhar com a aresta inferior da régua "T";diversas durezas, desde extra-duras a extra-macias. As
c) cortar papel com canivete ou lâmina, mais duras permitem traços finos cinzento pálido, as
empregando a régua “T” como guia; mais macias produzem traços mais grossos e mais
d) usar a régua “T” como martelo; negros, pois depositam mais grafite no papel.
e) por qualquer das extremidades do lápis na Para desenho técnico tem-se, basicamente, a
boca; seguinte escala de grafites:
f) trabalhar com lápis de ponta gasta;
g) aparar o lápis sobre a prancheta; 3H, 2H, H e HB.
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Capítulo 2: Instrumentos Para Desenho - 5
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

Por H entende-se Hard, ou seja, uma mina


dura e por HB entende-se Hard/Brand, ou seja, uma
mina de dureza média
Associados ao uso da grafite estão sempre os
afiadores ou canivetes para afiar, as borrachas mais ou
menos macias e os porta-minas.
A grafite pode ser usada praticamente em Figura 3 – Grafite tocando papel.
todas as superfícies, exceto nas plastificadas, onde
adere mal. Assim, é importante apontar o lápis com
O afiamento da mina é executado sobre papel estilete, como ilustrado na figura 4 e, posteriormente
ou lixa fina colada numa tabuinha de madeira afiado, como na figura 2.
compensada; esta é mantida com a extremidade para
baixo, de modo a impedir que o pó da grafite caia sobre
o desenho, sujando-o.

Figura 4 – Apontamento de lápis.


Para as lapiseiras, é conveniente usar a mina
apontada com estilete utilizando-se o mesmo
procedimento anterior, principalmente naqueles casos
Figura 2 – Afiamento de mina. em que deseja traçar muitas linhas retas finas de grande
comprimento (tracejadas nas secções, linhas de cota),
Na maioria das vezes, os lápis são apontados para que esta se consuma mais lentamente.
por apontadores, elétricos ou não, mas o fato é que as Observa-se, entretanto, que para minas de
suas pontas são curtas e com um ângulo muito pequeno diâmetro (0,5 mm ou menor), não há
acentuado. Para que o desenho seja bem, executado é necessidade de afiamento.
necessário pontas mais longas, com ângulos suaves Durante o uso de lapiseiras com minas muito
para que a grafite toque o papel em toda a sua finas, deve-se ter o cuidado de que a mina não saia
extensão, como ilustrado na figura 3. muito da ponteira, pois se quebram facilmente.

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Capítulo 2: Instrumentos Para Desenho - 6
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

CAPÍTULO 3: NORMAS TÉCNICAS

RESUMO aparecem em normas gerais que abordam desde a


denominação e classificação dos desenhos até as
Neste capítulo são apresentadas as formas de representação gráfica, como é o caso da NBR
padronizações e normas empregadas para a elaboração 5984 – Norma Geral de Desenho Técnico (Antiga NB
e interpretação de desenhos técnicos. 8) e da NBR 6402 – Execução de Desenhos Técnicos
de máquinas E Estruturas Metálicas (Antiga NB 13),
bem como em normas específicas que tratam os
1.0 - INTRODUÇÃO
assuntos separadamente, conforme os exemplos
O desenho técnico, como linguagem gráfica seguintes:
técnica, tem necessidade fundamental do
estabelecimento de regras e normas. Por exemplo, a a) NBR 10647 – Desenho Técnico – Norma
representação de uma determinada peça deve Geral;
possibilitar a todos que intervenham na sua construção, b) NBR 10068 – Folha de Desenho Layout e
mesmo que em tempos e lugares diferentes, interpretar Dimensões,
e produzir peças tecnicamente iguais. c) NBR 10582 – Apresentação da Folha para
Isso, naturalmente, só é possível, quando se Desenho Técnico;
tenham estabelecido de forma fixa e imutável, todas as d) NBR 13142 – Desenho Técnico –
regras necessárias para que o desenho seja uma Dobramento de Cópias;
autentica e própria linguagem técnica, que possa e) NBR 8402 – Execução de Caracteres para
cumprir a função de transmitir ao executor da peça as Escrita em Desenhos Técnicos;
idéias e desejos do desenhista. f) NBR 8403 – Aplicação de Linhas em
Assim, foi necessário padronizar os desenhos – Tipos de Linhas – Larguras das
procedimentos de representação por meio de normas Linhas;
técnicas seguidas e respeitadas internacionalmente. g) NBR 10067 – Princípios Gerais de
Observa-se que cada país elabora suas normas Representação em Desenho Técnico;
técnicas e estas são acatadas em todo o seu território h) NBR 8196 – Desenho Técnico – Emprego de
por todos os que estão ligados, direta ou indiretamente, Escalas;
a este setor. i) NBR 12298 – Representação de Área de Corte
Por outro lado, como há o comércio de Por Meio de Hachuras em Desenho Técnico;
produtos e serviços entre as nações, os órgãos j) NBR 10126 – Cotagem em Desenho Técnico;
responsáveis pela normalização em cada país, criaram k) NBR 8404 – Indicação do Estado de
a ISO - International Organization for Standardization Superfície Em Desenhos Técnicos;
(Organização Internacional de Normalização). l) NBR 6158 – Sistema de Tolerâncias e
Quando uma norma técnica proposta por Ajustes;
qualquer país membro é aprovada por todos os países m) NBR 8993 – Representação Convencional de
que compõem a ISO, essa norma é organizada e Partes Roscadas em Desenho Técnico.
editada como norma internacional.
No Brasil, as normas são aprovadas e editadas Existem outras normas que regulam a
pela ABNT - Associação Brasileira de Normas elaboração dos desenhos de uma área técnica
Técnicas e seguem as normas internacionais aprovadas específica, como, por exemplo:
pela ISO.
a) NBR 6409, que normaliza a execução dos
desenhos de eletrônica;
2.0 – NORMAS ABNT
b) NBR 7191, que normaliza a execução de
desenhos para obras de concreto simples ou
A execução de desenhos técnicos é armado;
inteiramente normalizada pela ABNT. Os c) NBR 11534, que normaliza a representação de
procedimentos para execução de desenhos técnicos engrenagens em desenho técnico.
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Capítulo 3: Normas Técnicas - 7
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

3.0 – FORMATOS DE PAPEL Desta forma, os formatos da série “A” seguem


as dimensões em milímetros fornecidas na tabela 1.
Conforme a NBR 10.068, as folhas de papel
podem ser utilizadas tanto na posição vertical como na Formato Dimensões
posição horizontal.
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 297 x 420
A4 210 x 297
A5 148 x 210

Tabela 1 – Dimensões básicas das folhas da série A.

Qualquer que seja o formato do papel, os


elementos mostrados na figura 3 devem aparecer em
Figura 1 – Posição de folhas normalizadas. um desenho técnico.

Os tamanhos das folhas seguem os formatos


da série A, devendo o desenho ser executado no menor
possível, desde que não comprometa a sua
interpretação.
O formato básico dessa série é chamado de
A0, o qual corresponde a retângulo com lados de 841
mm e 1.189 mm e área igual a 1 m2. Os demais
formatos são formados por divisão ao meio, sempre
pelo lado maior, do A0 e dos formatos subseqüentes.
Por exemplo: o formato A1 é metade do A0, o formato
A2 é metade do A1, o A3 é metade do A2 e, assim,
sucessivamente.

Figura 3 – Elementos de uma folha para desenho


técnico.

Conforme a normalização da ABNT, a margem


esquerda em desenhos técnicos sempre é igual a 25
mm, como ilustrado na figura 3, independentemente do
formato do papel. Desta forma, as demais margens são
as dadas na tabela 2, com as respectivas espessuras das
linhas para traçá-las.

Espessura das
Margens
Formato linhas das
(mm)
margens (mm)
A0 10 1,4
A1 10 1,0
A2 10 0,7
A3 10 0,5
A4 5 0,5
A5 5 0,5

Tabela 2 – Dimensões das margens.

Figura 2 – Representação de uma folha A0 e demais A figura 4 exemplifica para uma folha de
formatos derivados. formato A3.
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Capítulo 3: Normas Técnicas - 8
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

formatos A3, A2, A1 e A0, ou ao longo da largura da


folha de desenho no formato A4.
A direção da leitura da legenda deve
corresponder a do desenho. Ela deve ter 178 mm para
formatos A4, A3, A2 e 175 mm nos A1 e A0.
Em uma legenda de desenhos técnicos devem
constar as seguintes informações:
a) Titulo do desenho;
b) Número do desenho;
c) Designação da revisão.
d) Escala;
e) Designação da firma;
f) Projetista, desenhista ou outro
responsável pelo conteúdo do
desenho.
Figura 4 – Dimensões de uma folha de formato A3. g) Nome e localização do projeto.
h) Data e nome;
i) Local, data, assinatura.
4.0 - LEGENDA j) Conteúdo do desenho
k) Unidade utilizada no desenho.
A legenda é usada para informação, indicação l) Indicação do método de projeção.
e identificação do desenho e deve ser traçada conforme m) Descrição dos componentes:
a NBR 10086. - Quantidade;
A posição da legenda deve estar dentro do - Denominação;
quadro para desenho de tal forma que contenha a - Peça;
identificação do desenho. - Materiais, normas e dimensões.
Tanto nas folhas verticais quando horizontais,
a legenda deve ficar no canto inferior direto nos A figura 5 apresenta um layout de legenda.

Figura 5 – Layout de legenda.

5.0 – NOTAS ADICIONAIS diversas maneiras; uma delas é numa lista geralmente
localizada acima ou ao lado da legenda.
Após se completar a representação de uma Nessa lista estão contidos os elementos
peça por intermédio do desenho cotado, determinados específicos relativos à peça ou as peças desenhadas na
dados técnicos relativos à peça ou a seu processo de folha.
fabricação, necessitam, às vezes, ser acrescentados sob A figura 6 apresenta um exemplo de uma
a forma de notas escritas. Eles podem ser colocados de situação como esta.
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Capítulo 3: Normas Técnicas - 9
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

Figura 6 – Notas adicionais.

5.0 – CALIGRAFIA TÉCNICA A altura das letras minúsculas é 2/3 da altura


das maiúsculas correspondentes.
As letras de altura de 2,5 e 3,5 mm são
Um dos mais importantes requisitos dos normalmente feitas á mão; podem ser executadas
desenhos mecânicos é a caligrafia simples, indiferentemente em pé ou inclinada.
perfeitamente legível e fácil de desenhar. As letras de 5 mm de altura são feitas a
Desta forma, adota-se a caligrafia técnica, normógrafo.
cujas letras e algarismos podem ficar na vertical ou Os interespaços entre as linhas podem ser de
inclinados para a direita, formando um ângulo de 750 duas dimensões. Os espaços menores são indicados
com a linha horizontal. para linhas sucessivas escritas com caracteres de
As letras maiúsculas servem para cabeçalho e mesma dimensão; as entrelinhas maiores para linhas
títulos; as minúsculas para subtítulos, anotações, etc. O sucessivas escritas com caracteres de diferentes
tipo de escrita com letras altas (10 mm) não dimensões: neste caso empregar entrelinhas adequadas
compreende as letras minúsculas. para os caracteres de maior dimensão.

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Capítulo 3: Normas Técnicas - 10
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

6.0 - LINHAS Na figura 7, as letras A B C D indicam as


As linhas de qualquer desenho devem ser linhas para contornos e arestas visíveis da elevação. As
negras, densas e nítidas. letras E F G H indicam as linhas para contornos e
São necessárias três espessuras de linhas, ou arestas visíveis da planta. As letras I J L M indicam as
seja, grossa, média e fina. linhas para contornos e arestas visíveis da lateral.
A grossa possui espessura livre determinada As linhas para contornos e arestas visíveis
pelo tamanho do desenho, a média possuirá a metade estão indicando as arestas do dado que são visíveis ao
da espessura da grossa e a fina, metade da espessura da observador.
média.
6.2 - Linha Para Contornos e Arestas Não Visíveis
Os tipos de linha convencionais são os
seguintes:
A linha para contornos e arestas não visíveis é
uma linha tracejada de espessura média, como visto
No desenho técnico, a linha para contornos e
arestas não visíveis indica as arestas que não são
visíveis ao observador, isto é, as arestas que ficam
encobertas.
Para exemplificar, analise-se na figura 8 um
modelo com todas as faces projetadas de uma só vez.
No desenho técnico deste modelo você é possível
reconhecer a linha para contornos e arestas visíveis e a.
linha para contornos e arestas não visíveis.

6.1 - Linha Para Contornos e Arestas Visíveis

A linha para contornos e arestas visíveis é


uma linha grossa cheia, como mostrado.
No desenho técnico, a linha para contornos e
arestas visíveis indica o contorno de modelos esféricos
ou cilíndricos e as arestas do modelo que são visíveis
ao observador.
A título de esclarecimento, observe-se o
desenho de um dado, como o da figura 7.

Figura 8 – Arestas não visíveis (tracejadas).

6.3 - Eixo de Simetria

Como mostrado anteriormente, o eixo de


simetria, bem como a linha de centro, é uma linha fina
formada por traços e pontos alternados.
No desenho técnico, a função do eixo de
simetria é indicar que o modelo é simétrico.
De forma a um maior esclarecimento, as
figura 9 e 10 apresentam, respectivamente, um modelo
simétrico e um não simétrico com indicação de linha
Figura 7 – Desenho de um dado. de centro.
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Capítulo 3: Normas Técnicas - 11
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

6.6 - Linhas de corte

As linhas de corte são empregadas para


indicar cortes e seções.

Figura 9 - Modelo simétrico.

Figura 13 – Utilização de linha de corte.

6.7 - Linhas Para Rupturas Curtas

Servem para indicar pequenas rupturas e


cortes parciais, como na figura 14.

Figura 10 – Modelo não simétrico com indicação de


linha de centro.

6.4 – Linhas de Cota

As linhas de cota são de espessura fina, traço


contínuo, como citado, porém limitadas por setas nas
extremidades.

Figura 14 – Utilização de linhas de rupturas curtas.

6.8 - Linhas Para Rupturas Longas

São utilizadas como na figura 15.


Figura 11 – Utilização de linha de cota.

6.5 - Linhas de Chamada ou Extensão

São de espessura fina e traço contínuo. Não


devem tocar o contorno do desenho e prolongam-se
além da última linha de cota que limitam.

Figura 15 – Utilização de linhas de rupturas longas.

6.9 - Linhas Para Hachuras

São de espessura fina, traço contínuo ou


tracejadas, geralmente inclinadas a 45º, e mostram as
partes cortadas da peça. Servem também para indicar o
material de que é feita, de acordo com as convenções
Figura 12 – Utilização de linha de extensão. recomendadas pela ABNT.
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Capítulo 3: Normas Técnicas - 12
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

7.0 - ESCALAS Além disto, pelo menos um dos lados da razão


sempre terá valor unitário, o que resulta nas seguintes
Como o desenho técnico é utilizado para possibilidades:
representação de máquinas, equipamentos, prédios e
até unidades inteiras de processamento industrial, é a) escala natural, ou seja, para desenhos em
fácil concluir que nem sempre será possível representar tamanho natural
os objetos em suas verdadeiras grandezas. Assim, para
viabilizar a execução dos desenhos, os objetos grandes
precisam ser representados com suas dimensões
reduzidas, enquanto os objetos, ou detalhes, muito
pequenos necessitarão de uma representação ampliada.
Para evitar distorções e manter a
proporcionalidade entre o desenho e o tamanho real do
objeto representado, foi normalizado que as reduções
ou ampliações devem ser feitas respeitando uma razão
constante entre as dimensões do desenho e as
dimensões reais do objeto representado.
A razão existente entre as dimensões do b) escala de redução, ou seja, para desenhos
desenho e as dimensões reais do objeto é chamada de reduzidos:
escala do desenho.
É importante ressaltar que, sendo o desenho
técnico uma linguagem gráfica, a ordem da razão
nunca pode ser invertida, e a escala do desenho
sempre será definida pela relação existente entre as
dimensões lineares de um desenho com as respectivas
dimensões reais do objeto desenhado.
Existem três tipos de escalas, a saber:

a) escala natural;
b) escala de redução;
c) escala de ampliação. c) escala de ampliação, ou seja, para desenhos
ampliados:
A escala natural é aquela utilizada, quando o
tamanho do desenho do objeto é igual ao tamanho real
do mesmo.
A escala de redução é aquela que é utilizada
quando o tamanho do desenho do objeto é menor que o
tamanho real do mesmo.
A escala de ampliação é aquela utilizada
quando o tamanho do desenho de um objeto é maior
que seu tamanho real.
Para facilitar a interpretação da relação
existente entre o tamanho do desenho e o tamanho real
do objeto, a ABNT recomenda que nas indicações de
escalas se utilize a notação das razões que utiliza o A norma NBR 8196 da ABNT recomenda, para
símbolo ‘:’, como, por exemplo 1:1. O numeral da o desenho técnico, a utilização das seguintes escalas:
esquerda dos dois pontos sempre representa as medidas
do desenho, enquanto que o numeral da direita dos dois Escalas de Redução:
pontos representa a medida real da peça. 1 : 2; 1 : 20; 1 : 200; 1 : 2000;
A indicação é feita na legenda dos desenhos 1 : 5; 1 : 50; 1 : 500; 1 : 5000;
utilizando a palavra ESCALA, ou abreviada por ESC., 1 : 10; 1 : 100; 1 : 1000; 1 : 10000
seguida dos valores da razão correspondente.
Quando, em uma mesma folha, houver Escalas de Ampliação:
desenhos com escalas diferentes daquela indicada na 2 : 1; 20 : 1;
legenda, deverá existir abaixo dos respectivos desenhos 5 : 1; 50 : 1
a identificação das escalas utilizadas. 10 : 1
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Capítulo 3: Normas Técnicas - 13
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

A figura 16 apresenta um exemplo de escala Observação Importante:


de redução, referente à planta baixa de uma oficina. Infelizmente, por problemas de editoração do
Neste caso, naturalmente, não é possível desenhá-la em texto, não foi possível que a figura estivesse realmente
tamanho real. na escala 1:100. Não adiantará, pois, medir as
Note-se que, neste caso, as dimensões que dimensões porque elas não corresponderão aos valores
estarão no desenho serão 100 vezes menores que as reais que deveriam estar em uma planta. Mas, o
reais, pois a escala é 1:100. importante é o exemplo e o conseqüente entendimento.

Figura 16 – Exemplo de escala de redução.

A figura 17, por outro lado, apresenta um


exemplo de escala de ampliação, referente à trava do
bloco complementar de um contator com contatos
auxiliares. Neste caso, se o desenho fosse feito em
escala natural, seria impossível observar os seus
detalhes.
Note-se que, neste caso, as dimensões que
estarão no desenho serão 5 vezes menores que as reais,
pois a escala é 5:1.

Observação Importante:
Infelizmente, por problemas de editoração do
texto, não foi possível que a figura estivesse realmente
na escala 5:1. Não adiantará, pois, medir as dimensões
porque elas não corresponderão aos valores reais que
deveriam constar no desenho. Mas, o importante é o
exemplo e o conseqüente entendimento. Figura 17 – Exemplo de escala de ampliação.

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Capítulo 3: Normas Técnicas - 14
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

CAPÍTULO 4: CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS


BÁSICAS

RESUMO c) o plano emprega-se letras minúsculas do


alfabeto grego, como ilustra a figura 3:
Este capítulo fornece os procedimentos para o
traçado de figuras geométricas básicas, as quais podem
ser empregadas na elaboração de desenhos técnicos.

1.0 - INTRODUÇÃO

Os conceitos geométricos são estabelecidos


por meio de definições, enquanto as noções primitivas
são adotadas sem definição. Figura 3 – Notação para os planos
O ponto, a reta e o plano são noções
primitivas dentre os conceitos geométricos, pois como O segmento de reta é representado pelas
é possível imaginar ou formar idéias sobre eles de extremidades (pontos) e uma barra (ex. AB )
modo intuitivo, são aceitos sem definição.
O ponto não possui dimensões, enquanto a
reta é imaginada sem espessura, não possuindo começo 2.0 - TRAÇADO DE RETAS PERPENDICULARES
COM RÉGUA E COMPASSO
e nem fim. O plano, por sua vez, é imaginado como um
conjunto infinito de pontos sem limites em todas as Podem ocorrer três casos:
direções. O conjunto de todos os pontos é denominado
de espaço. 1º caso: A perpendicular passa por um ponto
Em geral, emprega-se a seguinte notação para pertencente à reta dada;
designar tais elementos, ou seja, para:
a) o ponto emprega-se letras maiúsculas do
alfabeto latino, como ilustra a figura 1:
Construção
Com uma abertura qualquer, centrar o
compasso no ponto P e marcar dois pontos auxiliares
(1 e 2) na reta r. Aumentando sua abertura, centrar o
compasso no ponto 1 e traçar um arco. Com a mesma
Figura 1 – Notação para os pontos. abertura, centrar o compasso no ponto 2 e traçar outro
arco. A intersecção dos dois arcos resultará no ponto 3.
b) a reta emprega-se letras minúsculas do
A reta que passa pelo ponto P e pelo ponto 3 é a reta
alfabeto latino, como ilustra a figura 2:
procurada.

Figura 2 – Notação para as retas


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Capítulo 4: Construções Geométricas Básicas - 15
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

2º caso: A perpendicular passa por um ponto não


pertencente à reta dada.

Construção
Com uma abertura qualquer, centrar o
compasso no ponto P e marcar dois pontos (1 e 2) na
reta r. Com uma abertura qualquer, centrar o compasso
nos pontos 1 e 2 e traçar dois arcos que se interceptam
no ponto 3. A reta que passa pelo ponto P e pelo ponto 3.0 - TRAÇADO DE RETAS PERPENDICULARES
3 é a reta procurada. COM PAR DE ESQUADROS

Os três casos anteriores são de construção


idêntica. Basta arrastar o esquadro de 45º até onde
desejar.

Construção
Colocar o esquadro de 45º com o maior lado
(hipotenusa) encostado em reta dada r.
Encostar o esquadro de 60º no esquadro de
45º. O esquadro de 60º é fixo e não deve se mover.
Girar o esquadro de 45º e encostá-lo no
esquadro fixo, de forma que o maior lado (hipotenusa)
fique “em pé”, isto é, esse lado do esquadro fique
perpendicular a r.
Escorregar o esquadro de 45º sobre o esquadro
fixo, até que a hipotenusa (já na posição perpendicular)
passe por cima do ponto P (não importa se P está ou
não em r). Traçar a reta perpendicular a r passando por
P (reta s).
3º caso: A perpendicular passa na extremidade de um
segmento de reta AB.

Construção
Com a ponta seca do compasso em A e qualquer
abertura, traçar o arco CD. Continuando com a mesma
abertura do compasso e a ponta seca em D, traçar o
arco E. Com a ponta seca em E (e mesma abertura do
compasso) traçar o arco F. Ainda com mesma abertura
do compasso e ponta seca em E e depois em F, traçar
dois arcos acima que se cruzem no ponto G. A linha
que une o ponto C ao ponto A é a perpendicular
procurada.
________________________________________________________________________________________________
Capítulo 4: Construções Geométricas Básicas - 16
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

4.0 - TRAÇADO DE RETAS PARALELAS COM


RÉGUA E COMPASSO

Retas paralelas são retas coplanares que não


possuem pontos em comum, pois não se interceptam,
ou seja, mantêm sempre a mesma distância uma da
outra. Podem ocorrer dois casos, ou seja:

4.1 - Paralela Passa Por Um Ponto Dado

1o Processo
Para traçar a reta s que passe pelo ponto P e 4.2 - Paralela Passa a Determinada Distância da
seja paralela à reta r tem-se o seguinte procedimento: Reta Dada

Para traçar a reta um par de paralelas (r’ e r”)


que passe pelo ponto P e seja paralela à reta r tem-se o
seguinte procedimento:

Construção
Construção Marcar na reta r dois pontos auxiliares
Com uma abertura qualquer, centrar o distintos quaisquer (1 e 2). Em cada ponto, traçar uma
compasso no ponto P e traçar um arco que determine reta perpendicular a r.
na reta r o ponto auxiliar 1. Com a mesma abertura, Nas perpendiculares, a partir de r, marcar para
centrar o compasso no ponto 1 e traçar um arco que os dois lados a distância desejada, obtendo os pontos 3,
determine em r o ponto auxiliar 2. Abrir o compasso 4, 5 e 6. As retas que passam por 3 e 5 e por 4 e 6 são
com medida igual à distância de 2 a P. Transportar essa as paralelas r’ e r” procuradas.
medida para o outro arco, a partir do ponto 1, obtendo-
se, assim, o ponto 3. A reta que passa pelos pontos P e
3 é a reta s procurada.

2o Processo

Construção
Marcar um ponto O (centro) em qualquer
lugar da reta r. Centrar o compasso em O e, com
abertura até o ponto P, traçar um arco, que determinará
na reta r dois pontos auxiliares (1 e 2). Com o auxílio
do compasso, transportar a distância 1P para o outro
arco, a partir do ponto 2, obtendo-se o ponto 3. A reta
que passa pelos pontos P e 3 é a reta s procurada.
________________________________________________________________________________________________
Capítulo 4: Construções Geométricas Básicas - 17
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

5.0 - TRAÇADO DE RETAS PARALELAS COM PAR


DE ESQUADROS

A construção de paralelas é semelhante à


construção de perpendiculares, porém é mais fácil, pois
não é necessário girar o esquadro.

Construção
Colocar o esquadro de 45º com o maior lado
(hipotenusa) encostado em r.
Encostar o esquadro de 60º no esquadro de
45º. O esquadro de 60º é fixo e não vai mais se mover.
Arrastar o esquadro de 45º sobre o esquadro
fixo. A hipotenusa do esquadro de 45º dá origem à
paralela.
Arrastar o esquadro até o ponto P e trace a reta
s paralela a r.

7.0 – DIVISÃO DE SEGMENTO DE RETA EM


PARTES IGUAIS

Construção
Do ponto A conduz.-se uma semi-reta
qualquer r e nesta marcam-se, com compasso, a partir
de A, e com comprimento qualquer, as divisões
desejadas, por exemplo, 7.
Liga-se a última divisão (7) com a
extremidade B do segmento.
Pelos pontos 6, 5, etc, traçam-se outras
paralelas ao segmento 7-B.

6.0 - TRAÇADO DA MEDIATRIZ DE UM


SEGMENTO DE RETA

Mediatriz é a reta que passa


perpendicularmente ao segmento em seu ponto médio.
Para traçar a mediatriz de um segmento de
reta AB, como o da figura a seguir, emprega-se o
seguinte procedimento:

Construção
Com uma abertura maior do que a metade de 8.0 - TRAÇADO DE RETAS OBLÍQUAS
AB, centrar o compasso numa das extremidades do
segmento e traçar um arco. Repetir o processo na outra Retas oblíquas são aquelas que interceptam-se
extremidade de AB, traçando-se outro arco com a formando ângulos diferentes de 90o
mesma abertura. A intersecção dos dois arcos resulta Para traçar uma reta s, oblíqua a r no ponto P,
nos pontos auxiliares 1 e 2. A reta que passa pelos formando, por exemplo, um ângulo de 60o, tem-se o
pontos 1 e 2 é a mediatriz procurada. seguinte procedimento:
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Capítulo 4: Construções Geométricas Básicas - 18
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

Construção Construção
Traçar um arco qualquer de centro P. Com o Com a ponta seca do compasso no vértice do
compasso, transportar a medida do raio para o arco, angulo dado, traçar um arco que corte seus dois lados
determinando o ponto auxiliar 1. A reta que passa pelos nos pontos E e F. Depois, com a ponta seca na
pontos P e 1 é a reta s procurada. extremidade A da reta (sem mudar a abertura do
compasso) traçar outro arco. Em seguida, com abertura
EF e ponta seca em E, traçar outro arco que corte o
primeiro no ponto F.
Ligando-se o ponto A da extremidade da reta
com F, obtém-se outro angulo igual ao primeiro.

9.0 - ÂNGULOS 9.3 - Traçado da Bissetriz de Um Ângulo Cujo


Vértice Não Se Conhece
9.1 - Traçado da Bissetriz de Um Ângulo
Construção
Bissetriz é a semi-reta de origem no vértice do AB e CD são os lados do angulo de vértice
ângulo eqüidistaste de seus lados, ou seja, que o divide desconhecido. Em um ponto qualquer do lado CD
em duas partes congruentes. levantar uma reta que toque o lado AB formando a
linha EF. Centrar em E e traçar um arco que toque nos
Construção pontos G e H, marcando também o ponto 1. Centrar em
Com uma abertura qualquer, centrar o F e traçar outro arco que toque nos pontos I e J,
compasso no vértice e marcar dois pontos auxiliares (1 marcando também o ponto 2. Centrar no ponto 1 e
e 2), um em cada lado do ângulo. Com uma abertura depois em H e traçar dois arcos que se cruzem no
qualquer (pode ser a mesma utilizada anteriormente), ponto 3. Centrar em 1 e depois em G, e traçar outros
centrar o compasso em 1 e traçar um arco interno ao dois arcos que se cruzem no ponto 4. Centrar em 2 e I e
ângulo. Repetir o processo centrando o compasso em 2. traçar dois arcos que se cruzem no ponto 5. Centrar em
A intersecção dos arcos resulta no ponto 3. A semi-reta 2 e J e traçar dois arcos que se cruzem no ponto 6.
de origem no vértice e que passa por 3 é a bissetriz Ligar E com 4 e F com 5 de modo que se cruzem no
pedida. ponto 7. Ligar E com 3 e F com 6 de modo que se
cruzem no ponto 8. A linha de centro que liga 7 a 8 é a
bissetriz do angulo.

9.2 – Traçado de um Ângulo Igual a Outro na


Extremidade de Uma Semi-reta

Sendo ABC um determinado ângulo, para traçar


um outro ângulo igual na extremidade de uma semi-
reta AB, têm o seguinte procedimento:
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Capítulo 4: Construções Geométricas Básicas - 19
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

9.4 – Divisão de Ângulo em Três Partes Iguais arcos, um centrado em A e outro centrado em B. O
ponto de intersecção dos arcos é o ponto C. Ligando-se
Sendo ABC um determinado ângulo e X o seu os pontos AB, BC e CA, tem-se um triângulo que é
vértice do ângulo, tem-se que para dividi-lo em três eqüilátero.
partes iguais, emprega-se a seguinte

Construção
Centrar em X e com uma abertura qualquer do
compasso traçar o arco DE. Em seguida, com a mesma
abertura, centrar em E e traçar um arco marcando o
ponto G. Centrar em D com mesma abertura e marcar o
ponto H. Ligando X com G e X com H o ângulo reto
fica dividido em três partes iguais.

11.0 - CIRCUNFERÊNCIAS

11.1 - Tangente a Uma Circunferência

Construção
Traçar a circunferência e marcar nela o ponto
X. Ligar o ponto O (centro da circunferência) ao ponto
X.
Centrar o compasso em X e traçar um arco
marcando o ponto 1. Centrar em 1 e com a mesma
9.5 – Divisão de Ângulo em Quatro Partes Iguais
abertura do compasso marcar o ponto 2. Centrar em 2 e
marcar o ponto 3. Centrar em 3 e depois em 2 e traçar
Construção
dois arcos que se cruzem no ponto 4.
O procedimento é muito simples. Basta
A linha que liga 4 com X é a tangente
determinar a bissetriz do ângulo dado e as bissetrizes
desejada.
dos dois novos ângulos.

10.0 - TRAÇADO DE TRIÂNGULO EQÜILÁTERO


11.2 – Traçado de Circunferência a Partir de Três
Para o traçado de um triângulo eqüilátero (3 Pontos Não Alinhados
lados congruentes), pode-se utilizar o seguinte
procedimento: Construção
Sendo ABC os pontos dados, uni-los através
Construção de retas.
Dado um segmento de reta AB, abrir o Dividir tais retas ao meio e traçar as retas EF e
compasso de A até B. Com essa medida traçar dois GH de modo que se cruzem no ponto 1. O ponto 1 é o
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Capítulo 4: Construções Geométricas Básicas - 20
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

centro da circunferência que passa pelos pontos dados Ligar A com C e A com D. Ligar B com C e B
anteriormente. com D, formando o quadrado dentro da circunferência .

11.3 – Divisão da Circunferência em Três Partes


Iguais

Construção
Traçada a circunferência, traçar também a 11.5 – Processo Geral Para a Divisão da
linha AB. Depois, centrar o compasso em B e com Circunferência em Partes Iguais
abertura igual a B1, traçar o arco CD. Ligar A com C e
A com D. Finalmente, ligar D com C, formando assim O processo geral é exemplificado a seguir para
o triângulo. a divisão da circunferência em sete partes iguais, mas,
naturalmente, é válido para qualquer divisão desejada.

Construção
Traçar a circunferência e também os
diâmetros 1C e AB, prolongando um pouco para além
da circunferência a linha de diâmetro AB. Depois, ao
lado do diâmetro 1C, traçar outra linha formando um
angulo qualquer. Abrir o compasso com uma medida
qualquer e marcar na linha inclinada tantas vezes
quantas se quer dividir a circunferência (no caso 7
vezes).
Continuando, com o auxilio da régua e
esquadro, ligar 7 a C, e mantendo a mesma inclinação,
ligar os outros números à linha de centro e marcar
nessa linha apenas o número 2. Abrir o compasso com
medida igual a 1C, centrar em C e traçar um arco que
corte o prolongamento do diâmetro AB. Centrar em 1 e
traçar outro arco que corte o primeiro, marcando o
ponto D.
Ligar D ao ponto 2 do diâmetro vertical e
prolongar até tocar a circunferência, marcando o ponto
11.4 – Divisão da Circunferência em Quatro Partes 2'.
Iguais A distancia 1-2' é uma das partes que dividirá
em 7 partes iguais. Atenção: sejam quantas forem as
Construção partes em que se queira dividir a circunferência, a linha
Traçada a circunferência, traçar também as que parte de D deverá sempre passar pelo ponto 2 do
linhas AB e CD. diâmetro vertical.
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Capítulo 4: Construções Geométricas Básicas - 21
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

12.1 - Concordância de Arco Com Duas Retas


Quaisquer

Construção
Sejam duas retas quaisquer s e t e um raio de
concordância r.
Traçar uma reta auxiliar perpendicular à reta s,
marcando nela a distância r.
Traçar s1 paralela a s com distância r;
Traçar uma reta auxiliar perpendicular à reta t,
marcando nela a distância r.
Traçar t1 paralela a t com distância r;
O encontro das duas paralelas auxiliares é o
centro (C) do arco concordante.
Traçar uma perpendicular à reta s, passando
pelo centro (C), encontrando os pontos 1 de
concordância na reta s.
Traçar uma perpendicular à reta t, passando
pelo centro (C), encontrando o ponto 2 de
concordância na reta t.
Centrar em (C) com abertura C1 ou C2 e
12.0 – CONCORDÂNCIAS traçar o arco.
Concordar dois segmentos ou dois arcos
significa uni-los através de um ou mais arcos de
circunferência, satisfazendo à propriedade de
tangências.
A concordância entre arcos de círculos e reta,
e entre arcos e arcos se baseia em dois princípios
fundamentais:

a) Para concordar um arco com uma reta, é


necessário que o ponto de concordância e o
centro do arco esteja ambos sobre a mesma
perpendicular à reta;

12.2 - Concordância Externa de Arco Com Dois


Arcos

Construção
Sejam as circunferências C1(O1;r1) e C2(O2;r2)
e um raio concordante r.
Em uma reta suporte, marcar
consecutivamente o raio r e o raio r1. OO1 = soma dos
raios.
Com a abertura OO1, centrar em O1 e traçar
b) Para concordar dois arcos, o ponto de um arco.
concordância assim como os centros dos arcos Em outra reta suporte, marcar
devem estar sobre uma mesma reta, que é a consecutivamente o raio r e o raio r2. OO2 = soma dos
normal aos arcos no ponto de concordância. raios.
Com a abertura OO2, centrar em O2 e traçar
outro arco. Ponto M = Interseção dos arcos.
Unir M a O1, encontrando o ponto 1 de
concordância na circunferência (O1; r1).
Unir M a O2, encontrando o ponto 2 de
concordância na circunferência (O2; r2).
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Capítulo 4: Construções Geométricas Básicas - 22
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

Centrar em M com abertura M1 ou M2 e 12.4 - Concordância Interna e Externa de Arco


traçar o arco concordante. Com Dois Arcos

Construção
Sejam as circunferências C1(O1;r1) e C2(O2;r2)
e um raio concordante r.
Em uma reta suporte, marcar os pontos A, B e
C, onde AC = r + r1.
Centrar em O1, com abertura AB e traçar um
raio.
Em outra reta suporte, marcar os pontos D, E e
F, onde EF = d1 = r - r2.
Centrar em O2, com abertura EF e traçar um
raio. A interseção dos raios é o ponto M = centro do
arco concordante.
Unir M a O1, encontrando o ponto de
concordância 1.
12.3 - Concordância Interna de Arco Com Dois
Unir M a O2, encontrando o ponto de
Arcos concordância 2.
Centrar em M, com abertura M1 ou M2, e
Construção traçar o arco concordante.
Sejam as circunferências C1(O1;r1) e C2(O2;r2)
e um raio concordante r.
Em uma reta suporte, marcar o raio r e, em
seguida, marcar o raio r1 internamente ao r, a partir de
sua origem. O segmento restante (AB) é a diferença r -
r1.
Com a abertura AB, centrar em O1 e traçar um
arco.
Em outra reta suporte, marcar o raio r e, em
seguida, marcar o raio r2 internamente ao r, a partir de
sua origem. O segmento restante (CD) é a diferença r -
r2.
Com a abertura CD, centrar em O2 e traçar
outro arco. Ponto M = Interseção dos arcos, centro do
arco concordante;
Unir M a O1, encontrando o ponto 1 de
concordância na circunferência (O1; r1);
Unir M a O2, encontrando o ponto 2 de
concordância na circunferência (O2; r2);
Centrar em M com abertura M1 ou M2 e
traçar o arco concordante.

12.5 - Concordância de Arco Com Arco e Reta

Construção
Seja a circunferência C1(O1,r1) e a reta t e r o
raio do arco concordante.
Traçar uma reta perpendicular auxiliar à reta t,
e marcar a distância r.
Traçar uma reta paralela à reta t, com distância
de r.
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Capítulo 4: Construções Geométricas Básicas - 23
EI 103 – DESENHO TÉCNICO

Em uma reta suporte, marcar o raio r e,


consecutivamente, marcar o raio r1. O segmento AC = r
+ r 1.
Centrar em O1, com abertura AC e traçar um
arco. A interseção da paralela com o arco é o ponto P =
centro do arco concordante.
Traçar uma perpendicular à reta t, passando
por P, encontrando o ponto 1 de concordância.
Unir P a O1, encontrando o ponto 2 de
concordância na circunferência.
Centrar em P, com abertura P1 ou P2, e traçar o
arco concordante.

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Capítulo 4: Construções Geométricas Básicas - 24

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