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38 PRINCIPAIS MUDANÇAS E
NOVIDADES DO NOVO CPC
DRA. FLÁVIA T. ORTEGA
Sumário
PRINCIPAIS NOVIDADES
O mandado de citação do réu, nas ações de família, conterá apenas os dados necessários à
audiência de mediação e conciliação, devendo estar desacompanhado de cópia da petição inicial,
visando facilitar a solução consensual da demanda, com o auxílio de um terceiro imparcial, o
mediador.
No cumprimento de sentença ou decisão interlocutória que condene ao pagamento de pensão
alimentícia ou fixe alimentos, caso não seja efetuado o pagamento, sem justificativa, o juiz
protestará a decisão e decretará a prisão pelo prazo de 1 a 3 meses em regime fechado, devendo o
preso ficar separado dos presos comuns.
O novo CPC prevê que em todas as ações que tratem de direitos dos quais as partes
possam dispor, o Juiz deverá realizar uma audiência de conciliação antes da
apresentação de defesa pelo Réu.
Somente com o encerramento da audiência, não tendo havido transação, terá início o prazo para
contestação (art. 335, ICPC). A audiência não será realizada somente se autor e réu
manifestarem expressamente o desinteresse na composição consensual ou se não for admitida
autocomposição (art. 334, § 4º I e II CPC).
A contagem dos prazos será feita em DIAS ÚTEIS, sendo que ficará SUSPENSO POR
UM MÊS, nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive.
Ademais, os prazos para recursos foram unificados em 15 dias, salvo embargos de declaração,
cujo prazo será de 5 dias.
O juiz ou o relator poderá solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão
ou entidade especializada, com representatividade adequada como amicus curiae, cabendo ao
magistrado, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os seus poderes
(art. 138 CPC).
Assim, não será considerada fundamentada decisão interlocutória, sentença ou acórdão, que se
limite à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a
causa, que empregue conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua
incidência no caso, que invoque motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
não enfrente todos os argumentos deduzidos no processo capaz de infirmar a conclusão adotada
pelo julgador; se limite a invocar precedente ou enunciado de súmula, deixe de seguir enunciado
de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de
distinção ou a superação do entendimento.
Logo, proíbe-se a chamada FUNDAMENTAÇÃO-PADRÃO.
Vejamos o que dispõe o art. 11 do Novo CPC (princípio da motivação das decisões):
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentados
todas as decisões, sob pena de nulidade.
Além de prever expressamente o princípio da motivação das decisões no art. 11, o Novo CPC,
ainda, consagra, também expressamente, hipóteses em que a decisão judicial NÃO PODE SER
CONSIDERADA COMO FUNDAMENTADA no art. 489, em seu parágrafo primeiro.
Vejamos:
Art. 489. § 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação
com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua
incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Nota-se que, dentre as hipóteses acima supramencionadas, no inciso III consta que não considera
fundamentada qualquer decisão judicial "motivos que se prestariam a justificar qualquer outra
decisão". Esse dispositivo legal busca evitar a utilização de FUNDAMENTAÇÃO-PADRÃO, que
pode ser utilizada nas mais variadas situações.
Nota-se que essa forma de decidir não permite sequer que as partes tenham segurança que seu
pedido foi analisado, de fato, pelo magistrado, porque ela simplesmente não responde a seus
argumentos.
Dessa maneira, nota-se que NÃO é possível utilizar a "fundamentação-padrão" no Novo CPC, pois
o Novo CPC veda expressamente a chamada fundamentação-padrão, que são os motivos que se
prestariam a justificar qualquer outra decisão.
As questões prejudiciais, na vigência do CPC/73, não faziam coisa julgada, exceto se proposta
ação declaratória incidental. Com o advento do novo CPC, a decisão que julgar total ou
parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida,
aplicando-se essa força à questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo,
desde que dessa resolução dependa o julgamento do mérito; tenha havido a seu respeito
contraditório prévio e efetivo (não se aplica aos casos de revelia) e o juízo tiver competência em
razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal. Não haverá a coisa julgada
da questão prejudicial se no processo houver restrições probatórias ou limitações à cognição que
impeçam a análise profunda da questão prejudicial.
O artigo 833 do Novo CPC cria exceção à regra de que são impenhoráveis os vencimentos, os
subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os
pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e
O novo CPC prevê regras específicas para a condenação da Fazenda Pública, visando
evitar condenações exageradas ou ínfimas.
O novo CPC dispõe no art. 85, § 3º acerca de escalonamento de honorários, que podem variar de
10% a 20%, se a causa for de menor valor, até de 1% a 3%, se a condenação da Fazenda Pública
envolver valores maiores.
O novo CPC, no artigo 496, parágrafo 3º, assinala os casos em que NÃO haverá o duplo
grau de jurisdição obrigatório, AMPLIANDO, as hipóteses do código anterior.
Não ocorrerá o duplo grau quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de
valor inferior a 1.000 salários-mínimos para a União, autarquias e fundações de direito público,
500 salários-mínimos para os Estados, Distrito Federal, autarquias e fundações de direito
público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; 100 salários-mínimos para todos
os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. Também não se
aplica a regra do artigo 496 CPC quando a sentença estiver fundada em súmula de tribunal
superior; acórdão do STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos; entendimento firmado
em IRDR ou de assunção de competência; entendimento coincidente com orientação vinculante
firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação,
parecer ou súmula administrativa.
O artigo 937, parágrafo 3º assinala que nos processos de competência originária do Tribunal
previstos no inciso VI (na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação), caberá
sustentação oral no agravo interno interposto contra decisão de relator que o extinga. Nos
incidentes de resolução de demandas repetitivas, cada parte terá até 30 minutos para sustentar
oralmente.
Ao advogado com domicílio profissional em cidade diversa daquela onde está sediado o tribunal,
será facultada a realização de sustentação oral por meio de videoconferência ou outro recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que o requeira até o dia
anterior ao da sessão.
Após a decisão, serão convocados, para outra sessão de julgamento, juízes do tribunal para a
reversão no resultado do julgamento, sendo possível o seu prosseguimento quando houver
magistrados em número suficiente, podendo - aqueles que tiverem votado - rever seus votos.
De acordo com o artigo 941§ 3º, o voto vencido será considerado parte integrante do acórdão
para fins de pré-questionamento, ficando superada a Súmula 320 do STJ.
Portanto, os embargos infringentes DEIXAM DE SER RECURSO.
Vale destacar o disposto no artigo 190 CPC que informa ser possível, caso o processo verse sobre
direitos que admitam autocomposição, que as partes, desde que capazes em sua plenitude,
estipulem mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da demanda.
Para atingir esse ideal, o novo sistema processual, além do Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas, para casos de múltipla repetição, criou o Incidente de Assunção de
Competência, cabível quando o julgamento do recurso, da remessa necessária ou do processo
de competência originária do Tribunal envolver relevante questão de direito, com grande
repercussão social, mas sem múltipla repetição.
Finalmente, passa a caber RECLAMAÇÃO em qualquer Tribunal e não apenas no STF.
Será cabível reclamação para preservar competência; garantir a autoridade das decisões dos
Tribunais; resguardar a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle
concentrado de constitucionalidade; a observância de enunciado de súmula vinculante e de
precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de
competência.
TEMAS IMPORTANTES
1. FORMA
A Petição Inicial é o instrumento da demanda (é o conteúdo da petição inicial), ou melhor, é a
forma pela qual a demanda se apresenta. Em regra, a petição inicial deve ser escrita. No entanto,
há casos que é admitida a demanda oral:
a) Juizado especial;
b) Ação de alimentos;
c) Ação proposta pela mulher que se afirma vítima de violência doméstica.
No caso da petição inicial oral, a demanda pode ser formulada oralmente, mas deverá reduzida
a termo (escrita).
A demanda pode ser registrada em papel, mas existe também a demanda eletrônica.
Há, porém, algumas hipóteses em que leigo tem capacidade processual, não
necessitando de advogado (o qual possui capacidade postulatória):
a) Ação de alimentos;
b) Habeas corpus;
c) Juizados especiais cíveis, na primeira instância, em causas cujo valor não exceda a 20
salários mínimos;
d) Pedido de concessão de medida protetiva de urgência em favor da mulher que se afirma
vítima de violência doméstica ou familiar.
O Novo CPC, no art. 287, traz uma nova regra: o advogado tem que indicar na petição inicial o
seu endereço eletrônico e o não eletrônico e a petição deve, ainda, vir acompanhada de
procuração.
3. ENDEREÇAMENTO
A Petição Inicial deve ser dirigida ao órgão jurisdicional competente (Excelentíssimo Senhor
Doutor Juiz de Direito da Vara... Da Comarca de...).
Quando for endereçar a petição inicial, atentar:
a) Juiz Estadual chama-se JUIZ DE DIREITO (Comarca);
b) Juiz federal chama-se JUIZ FEDERAL (Seção ou Subseção judiciária).
Analisar se o caso não é de competência de TRIBUNAL, pois caso seja, chama-se de Egrégio
Tribunal (Ex. Ação rescisória; mandado de segurança contra ato judicial – casos de competência
originária de tribunal).
OBS: Nota-se que houve melhoria na redação do dispositivo quando comparado com o inciso I do
art. 282 do CPC/73, que previa o endereçamento para o "juiz ou tribunal". Agora, com o Novo
CPC, fala-se em "JUÍZO a que é dirigida".
Quando se trata de pessoa Jurídica – “Com sede no endereço tal”; “Com filial no
endereço tal”.
Quando o réu for incerto tem que constar isso na Petição Inicial, tendo que, ao
menos, fornecer elementos a fim de identificar o réu na petição inicial (Ex. Credor
do foro relativo ao imóvel tal).
Sempre que o réu for INCERTO, deverá ser citado por EDITAL.
Nos casos em que há uma multidão no polo passivo tem que designar alguns nomes e
dizer “e todos” (exemplo:... E todos os outros que estão ocupando o imóvel). Trata-se de
uma espécie de encerramento, pois é impossível se saber todos os dados de todas as
pessoas.
5. CAUSA DE PEDIR
Deve a Petição inicial conter a exposição dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido.
Compõem a causa de pedir: o fato (causa próxima) e o fundamento jurídico (causa remota).
É de grande valia salientar que o Novo CPC (assim como o CPC/73) adotou a teoria da
substancialização da causa de pedir (se exige do demandante indicar, na petição inicial, qual
o fato jurídico e qual a relação jurídica dele decorrente, não bastando indicar a relação jurídica,
efeito do fato jurídico, sem indicar qual o fato jurídico que lhe deu causa).
6. PEDIDO
É requisito essencial da petição inicial a indicação de sua pretensão jurisdicional.
O pedido pode ser analisado sob a ótica:
A) PROCESSUAL (pedido imediato - representa a providência processual pretendida, tal como a
7. VALOR DA CAUSA
O valor da causa deve ser certo e fixado em moeda corrente nacional, atribuída pelo autor
(não pode ser em salário mínimo, em valor inestimável, por exemplo).
É importante destacar que TODA causa deve ter um valor, ainda que não haja valor
econômico nela. Ex. Na ação de guarda de filhos deve ser atribuído um valor para a causa,
mesmo não havendo valor econômico.
O valor da causa cumpre diversos papéis no processo:
1. Define competência;
2. Define procedimento (ex. Juizados especiais).
3. Define custas judiciais (são calculadas a partir do valor da causa), possuindo uma função
tributária.
4. Serve como base de cálculo para diversas punições processuais.
5. Prevê a possibilidade de o juiz, de ofício, controlar a atribuição do valor da causa (§ 3º
art. 292, NCPC).
Existem duas espécies de valor da causa:
A. Valor da causa por previsão legal
A lei determina o valor que a causa deve ter, cabendo ao autor cumpri-la.
De acordo com o artigo 292 do Novo CPC, o valor da causa, em regra, é o VALOR DO
PEDIDO.
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros
de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a
resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
Assim, o juiz não controlará o valor da causa quando ele for legal (controle objetivo). Entretanto,
o juiz controlará o valor se houver irrazoabilidade na fixação do autor.
Art. 292, § 3º, CPC: O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando
verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito
econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas
correspondentes.
A impugnação ao valor da causa, feita pelo réu, é realizada na preliminar da
contestação e não mais em peça separada/avulsa, distinta da contestação, como era no CPC/73.
Acabou o incidente ao valor da causa
Art. 293 - O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa
pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a
complementação das custas.
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e
outras. (valor da causa = prestações vencidas + prestações vincendas).
De acordo com o § 2º, o valor das prestações vincendas será:
a) Igual a uma prestação anual, se:
ü A obrigação for por tempo indeterminado (Ex. Na ação de alimentos deve somar o valor das
12 prestações) ou;
CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
Por isso, vem o inciso VII do art. 319 e diz: a opção do autor pela realização ou não de
audiência de conciliação ou de mediação.
Assim, a audiência preliminar não ocorrerá se autor e o réu assim não desejarem. Logo, se
o autor silenciar, não cumprindo a exigência do inciso VII do art. 319 do CPC, há duas
correntes.
§ 1ª corrente – o silêncio do autor é uma não objeção à audiência – equivale que quer a
realização da audiência. Não quer dizer que não vá conciliar (é a melhor posição, segundo Fredie
Didier).
§ 2ª corrente – o silêncio vai gerar a emenda da PI, podendo ainda haver o indeferimento desta.
Está com terceiro o documento) e cabe a ele pedir a exibição do documento na própria petição
inicial, em relação a réu ou terceiro.
O Código de Processo Civil de 2015 reformulou o sistema de tutela judicial fundada em cognição
sumária.
Unifica-se em um mesmo regime geral, sob o nome de “tutela provisória”, a tutela antecipada e a
tutela cautelar, que se submetiam a disciplinas formalmente distintas no Código de 1973.
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS:
1.1. Conceito: A tutela provisória é uma tutela jurisdicional sumária e não definitiva.
É sumária porque fundada em cognição sumária, ou seja, no exame menos aprofundado
da causa. Na tutela provisória exige-se apenas um juízo de probabilidade e não um juízo de
certeza.
Não é definitiva porque pode ser revogada ou modificada em qualquer tempo. A tutela
provisória normalmente não dura para sempre e pode ser substituída por outra tutela.
É verdade que ela é chamada de provisória. Mas, o NCPC criou a possibilidade de estabilização da
tutela antecipada antecedente (nesta hipótese, concedida a tutela antecipada, se não houver
recurso de agravo de instrumento, ela ficará como definitiva).
1.2. Espécies: a tutela provisória pode ser de urgência ou de evidência.
Tutela de urgência: exige-se periculum in mora.
Tutela de evidência: não se exige periculum in mora.
A tutela de urgência, antecedente ou incidental, pode ser cautelar (quando for conservativa) ou
antecipada (quando for satisfativa).
1. Tutela provisória: é uma tutela jurisdicional sumária e não definitiva.
1.1. Tutela de urgência:
Exige-se periculum in mora.
1.1.1. Tutela cautelar: quando for conservativa.
1.1.2. Tutela antecipada: quando for satisfativa.
1.2. Tutela de evidência:
Não se exige periculum in mora.
OBS1. O NCPC acabou com o processo cautelar autônomo e com os procedimentos
cautelares específicos (arresto, sequestro, busca e apreensão, etc.). O pedido continua ser de
arresto, sequestro, mas não há um procedimento específico e não existirão requisitos próprios.
Há, a partir do NCPC, o poder geral de cautela.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto,
sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra
medida idônea para asseguração do direito.
OBS2. Com o Novo CPC não se utiliza mais a tutela cautelar para atribuir efeito suspensivo
a recurso. Há duas súmulas do STF abordando esse assunto (Súmula 634 e 635 do STF), que
do recurso.
No Novo CPC não precisa de uma medida cautelar, basta pedir ao relator o efeito suspensivo
ao recurso.
2. TUTELA DE URGÊNCIA
defira-a.
2.2. Espécies de tutela de urgência:
2.2.1. Tutela cautelar
2.2.2. Tutela antecipada
A) DISTINÇÃO: A distinção entre elas é que a tutela cautelar é conservativa (apenas assegura
e permite que o direito seja satisfeito um dia. Ex. Arresto), enquanto que a tutela antecipada é
satisfativa (já satisfaz o direito).
Como dizia Pontes de Miranda, “a tutela cautelar garante para satisfazer, já a tutela
antecipada satisfaz para garantir”.
A liminar significa o que? Na verdade, a liminar é um gênero, que pode ser tanto antecipada
quando cautelar, depende se ela é conservativa ou satisfativa.
B) FUNGIBILIDADE: O juiz pode converter a tutela antecipada inadequada em tutela cautelar
adequada e a tutela cautelar inadequada em tutelada antecipada adequada. O juiz pode converter
a medida considerada inadequada na considerada adequada.
Alexandre Câmara diz que não se trata de fungibilidade, usando a expressão “convertibilidade”,
pois não é o simples aproveitamento de uma em outra, mas sim a conversão de uma em out ra.
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva
assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza
antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303 (tutela antecipada).
Na vigência do CPC/73 nós tínhamos algumas questões sobre a fungibilidade.
a) A fungibilidade é uma via de mão dupla (da antecipada para a cautelar – fungibilidade
regressiva – e da cautelar para a antecipada – fungibilidade progressiva)?
I. CPC/73: Só da antecipada para a cautelar, pois quem pode o mais pode o menos.
II. NCPC: Sim, a fungibilidade é uma via de mão dupla, pois os requisitos da antecipada e
da cautelar são os mesmos.
b) A fungibilidade se dá com cautelar antecedente?
II. NCPC: Sim, a fungibilidade pode se dar com cautelar antecedente, pois tanto a tutela
antecipada como a tutela cautelar pode ser antecedente (preparatórias).
c) A fungibilidade se dá com cautelar nominada?
I. CPC/73: Não é possível.
II. NCPC: Sim, a fungibilidade se dá com cautelar nominada, pois não existem mais
requisitos próprios para os procedimentos especiais específicos. Então, não há mais
procedimento cautelar específico.
C) REQUISITOS:
I. CPC/73:
a) A tutela cautelar teria seus requisitos previstos no art. 798 (“fumus boni iuris” e o
“periculum in mora”). É possível concessão de tutela cautelar de ofício? De acordo com o art. 797,
só em casos excepcionais ou expressamente autorizados por lei poderá o juiz conceder de ofício a
tutela cautelar.
b) A tutela antecipada teria seus requisitos previstos no art. 273, que previa:
1. Requisitos cumulativos:
1.1. Requerimento (em princípio, não se pode conceder tutela antecipada de ofício, mas o
STJ admite em casos excepcionais tutela antecipada de ofício, conforme REsp 1.309.137/MG).
1.2. Prova inequívoca da verossimilhança;
1.3. Reversibilidade.
2. Requisitos alternativos:
2.1. Periculum in mora (risco de dano irreparável ou de difícil reparação);
2.2. Abuso do direito de defesa;
2.3. Pedido incontroverso ou parte incontroversa do pedido.
Há quem diz que é um caso de tutela antecipada por escolha do legislador. Há quem entenda que
é caso de sentença parcial de mérito (o juiz proferiria uma sentença agora sobre a matéria
incontroversa e depois sobre a matéria controvertida, isso porque a cognição do juiz é exaur iente
– aprofundada). Ex. Autor pede x e y. O réu contesta x, mas não contesta y. O y se tornou um
pedido incontroverso. Então, para parte da doutrina, o juiz já poderia proferir uma sentença
parcial de mérito quanto a y.
O STJ vem dizendo que se trata de decisão interlocutória e não de sentença parcial de mérito
(REsp 1281978/RS – 05.05.2015).
ATENÇÃO! A Lei 13.129/2015 que alterou a lei de arbitragem (Lei 9.307/96) disse,
em seu art. 23 que o árbitro pode proferir sentença parcial.
II. Novo CPC
Nas tutelas antecipada e cautelar, os requisitos são apenas dois (art. 300 do NCPC):
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
OBS: FPPC 143 - a redação do art. 300, caput superou a distinção entre os requisitos da
concessão para a tutela cautelar e para a tutela satisfativa de urgência.
Requisitos:
1. Fumus boni juris: segundo o Código consiste na probabilidade da existência do direito (faz-se
um juízo de probabilidade, e não de certeza, razão pela qual a cognição do juiz é sumária).
2. Periculum in mora: segundo o Código, consiste no perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo.
de urgência for revogada. A parte pode não querer se submeter a essa responsabilidade objetiva e,
nesta hipótese, não irá requerer a tutela de urgência. A responsabilidade objetiva impede a
concessão de ofício de tutela de urgência.
Seguindo uma tradição do CPC, os juízes concederão tutela cautelar de oficio e não concederão
tutela antecipada de oficio.
Logo, o juiz não pode conceder de oficio a tutela antecipada. Entretanto, no Novo
CPC não há previsão específica a respeito da concessão da tutela de urgência de ofício.
O REQUERIMENTO da tutela de urgência (antecipada e cautelar) pode ser formulado:
a) Pelo autor;
b) Pelo réu (em ações dúplices ou na reconvenção);
pedido principais); A exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano
ou risco ao resultado útil do processo (fumus boni juris e o periculum in mora); bem como a
indicação do valor da causa, conforme o pedido principal (que é para o cálculo das custas
judiciais).
b) Se a medida adequada for à tutela antecipada, ocorrerá a fungibilidade.
c) O réu será citado para contestar (esse pedido cautelar somente) em cinco dias, indicando as
provas.
d) Não havendo contestação, ocorrerá a confissão ficta.
coisa julgada material, mas a tutela se torna estável, cabendo contra ela à propositura de
uma ação revisional no prazo de dois anos.
E após o prazo de dois anos para a propositura da ação revisional, ocorre coisa julgada?
1ª posição: Para alguns autores, não há coisa julgada material, pois a cognição realizada é
sumária.
2ª posição: Para outros autores, há coisa julgada material, porque ocorre a imutabilidade da
decisão, ou seja, a decisão se torna imutável (indiscutível).
D) AÇÃO REVISIONAL: para rever, reformar ou invalidar a tutela estabilizada, será preciso
promover uma ação revisional.
Legitimidade: será de qualquer das partes.
Competência: O juízo que concedeu a tutela ficará prevento. Então, essa ação revisional
deve ser proposta ao juízo que concedeu a tutela.
Prazo: o prazo decadencial é de 02 anos e será contado da ciência da decisão que extinguiu
o prazo.
Tutela antecipada: na ação revisional pode se requerer uma tutela antecipada para
suspender os efeitos da decisão estabilizada.
E) ALGUMAS QUESTÕES:
I. Há estabilização de tutela cautelar? NÃO. A lei só disciplina para a tutela antecipada.
Neste sentido, enunciado 420 do FPPC.
II. Há necessidade de requerimento expresso para que a tutela se estabilize? NÃO há
necessidade. Basta que o autor dizer que pretende se valer do beneficio da petição simples.
O NCPC, no art. 303, § 5º prevê que o autor indicará na PI, ainda, que pretende valer-se do
benefício previsto no caput deste artigo.
III. Pode ocorrer estabilização contra a Fazenda Pública (em hipótese de reexame
necessário contra a sentença)? Entendem alguns doutrinadores que não é possível, pois
seria burlado o sistema do reexame necessário.
IV. Se não houver interposição de agravo de instrumento, mas a eficácia da tutela de
urgência for suspensa em razão de reclamação constitucional ou de pedido de
suspensão dirigido ao Presidente do Tribunal, haverá estabilização? A doutrina
majoritária entende que não ocorre a estabilização, embora a lei fale apenas em recurso.
V. É possível a estabilização de tutela antecipada antecedente em ação
rescisória? Não é possível, porque seria uma estabilização contra a coisa julgada material.
OBS: RPPC 421 -> Não cabe estabilização de tutela antecipada em ação rescisória.
VI. Como compatibilizar o dispositivo no art. 304 com o disposto no art. 303, § 2º?
Há quatro situações possíveis:
a) Se o autor aditou a petição e o réu agravou, o processo prosseguirá sem
estabilização (pacífico).
b) Se o autor não aditou a petição e o réu agravou, o processo será extinto sem
estabilização (pacífico).
c) Se o autor não aditou a petição e o réu não agravou, o processo será extinto com
estabilização (duvidoso).
OBS: alguns entendem que se o autor não aditou a petição abriu mão da estabilização.
d) Se o autor aditou a petição e o réu não agravou, haverá estabilização e o juiz com
fundamento no Princípio da cooperação (dever de consulta) deve proferir um despacho
perguntando se o autor deseja prosseguimento do processo, em direção a coisa julgada
(duvidoso).
OBS: alguns entendem que, não havendo agravo, o processo será extinto de qualquer forma, não
podendo consultar o autor.
3. TUTELA DE EVIDÊNCIA
3.1. Conceito: “trata-se de uma tutela jurisdicional sumária satisfativa, fundada em um juízo de
alta probabilidade ou de quase certeza da existência do direito que prescinde da urgência”.
3.2. HIPÓTESES (art. 311 do NCPC)
a) Inciso I – tutela punitiva;
b) Incisos II, III e IV – tutela documentada.
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório da parte;
a) Trata da tutela punitiva: ABUSO DO DIREITO DE DEFESA (a maioria sustenta que é uma
tutela punitiva ou sancionatória; outros dizem que não é uma punição, pois, se fosse, sobreviveria
à improcedência).
b) Abuso de direito é um desvio de finalidade, vale dizer, a parte se utiliza de um direito para
obter um fim não desejado pelo ordenamento jurídico (tem direito de defesa, mas está usando
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar
dúvida razoável.
a) Trata de tutela documentada, com ausência de contraprova documentada suficiente.
b) Exige-se prova pré-constituída do autor e ausência de prova pré-constituída do réu, ou seja, o
autor tem a prova pré- construída, quem não tem é o réu.
c) É preciso aguardar a defesa do réu para conceder a tutela.
OBS: é possível a concessão de tutela de evidência nos PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS. Neste sentido: Enunciado do FPPC 422 (a tutela de evidência é compatível com os
procedimentos especiais).
OBS2: A tutela de evidência é cabível no ÂMBITO RECURSAL (FPPC 423 – cabe tutela de
evidência recursal).
3.3. Tutela de evidência sem ouvir a outra parte
A tutela de urgência PODE ser concedida sem ouvir a outra parte (inaudita altera partes).
Na tutela de evidência, por sua vez, o juiz não poderá conceder a tutela de evidência sem ouvir a
outra parte nas hipóteses dos incisos I e IV, do art. 311 (tutela punitiva por abuso do direito de
defesa [não tem como saber se a parte contraria agiu de maneira abusiva se ela não foi ouvida] e
tutela documentada como ausência de contraprova, documentada suficiente [o réu deve ser
ouvido para saber se ele apresentou ou não a contraprova]). Nas demais hipóteses o juiz pode
conceder.
Art. 311, p. Único do NCPC: nas hipóteses dos incisos II e III o juiz poderá decidir liminarmente
(ou seja, sem ouvir a outra parte).
3.4. Questões
I. O juiz pode conceder tutela de evidência de ofício? NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL, mas o
professor pensa que não é possível. Isso porque é uma tutela satisfativa e não tem periculum in
mora.
II. É possível conceder tutela de evidência se houver risco de irreversibilidade
fática? NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL, mas o professor pensa que esse requisito também deve ser
exigido para tutela de evidência.
III. É possível requerer a tutela de evidência em caráter antecedente? Não há previsão
legal e professor pensa que não é possível. Trata de situação excepcional que se fosse possível
deveria estar expressa na lei. TODA TUTELA DE EVIDÊNCIA É INCIDENTAL.
IV. É possível a concessão de tutela de evidência contra a Fazenda Pública? NÃO HÁ
PREVISÃO LEGAL ESPECÍFICA, mas o NCPC limita a tutela provisória (de urgência ou de
evidência) contra a Fazenda Pública. Logo, ainda que indiretamente, admite-se a tutela evidência
contra a Fazenda Pública.
B) IRDR.
Art. 64, § 4º. A decisão proferida por juízo incompetente conserva os seus efeitos até que outra
seja proferida pelo juízo competente, se for o caso.
8.2. Revogação ou modificação da tutela provisória
A tutela provisória pode ser revogada ou modificada, em qualquer
tempo (art. 296 do NCPC).
O juiz pode revogar ou modificar a tutela provisória sem alteração do quadro fático probatório?
Alguns autores admitem a modificação por simples mudança de opinião (Marcelo Lima Guerra).
Não precisa ter alteração no quadro fático probatório, basta mudar de opinião. Outros autores
entendem que a modificação depende de alteração do quadro fático. Ademais, outros autores
admitem a modificação, desde que exista novo material probatório (Ovídio Baptista).
Se o juiz conceder a tutela provisória, a parte agravar e o Tribunal reformar a decisão, o juiz
poderá conceder a tutela provisória na sentença? Sim, desde que ocorra mudança no fato fático
ou probatório. Como houve o aprofundamento da cognição do juiz, é possível o juiz conceder
novamente a tutela provisória.
OBS: O Novo CPC exige a fundamentação analítica, qualificada ou legítima (clara e
precisa) da decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória.
Se revogada a tutela antecipada, o servidor público deve devolver ao erário os valores recebidos
em razão da decisão precária.
4.3. Cumprimento da tutela provisória
Para o cumprimento da tutela provisória, o juiz pode tomar as medidas adequadas, aplicando, no
que couber, o regime do cumprimento provisório da sentença (arts. 520 a 521 do NCPC).
OBS: Em se tratando de tutela específica, de obrigação de fazer ou não fazer ou de entrega de
coisa, o juiz, de ofício ou a requerimento, poderá tomar diversas medidas para o cumprimento,
tais como, a aplicação de multa cominatória (astreinte), busca e apreensão, desfazimento de
obras, impedimento de atividade nociva (essas medidas, exemplificativas, que o juiz pode tomar
estão nos arts. 536, caput e § 1º e 538, § 3º do NCPC). Há uma atipicidade do meio executivo.
O Novo CPC criou uma atipicidade das medidas executivas também para as obrigações de pagar
quantia?
De acordo com o art. 139, IV, NCPC, foi criada uma atipicidade dos meios executivos também
para as obrigações de pagar (ordem do juiz para a prestação de pagamento em pecúnia). Ex. Uma
pessoa não paga uma multa de trânsito e tentou-se por todas as vias tradicionais para obter o
cumprimento da obrigação. Mas não foi possível, será que um juiz não poderia, como medida
coercitiva, por exemplo, suspender a habilitação dele? Sim, deve ser tomada em ultimo caso.
A multa cominatória (astreinte) pode aplicada para o cumprimento de tutela provisória, de
A tutela provisória pode ser concedida em qualquer fase do processo, inclusive na sentença, no
âmbito recursal e na ação rescisória.
OBS: Se a tutela provisória na sentença, a apelação só terá efeito devolutivo, pois o juiz está
retirando o efeito suspensivo da apelação (art. 101, § 1º, inciso V).
4.5. Recursos
Que recurso é cabível quanto à tutela provisória? Cabe recurso de agravo de instrumento,
quanto a decisão que versar sobre tutela provisória (art. 1.015, I, NCPC). Nota-se que é qualquer
decisão sobre tutela provisória.
Se a tutela provisória for decidida pelo relator, caberá agravo interno (art. 1021 do NCPC).
Se for dentro da sentença, a antecipação de tutela cabe recurso de apelação.
Prevalece o entendimento de que NÃO CABE recurso especial e nem recurso extraordinário
quanto a decisão da tutela provisória. Nesse caso, haveria reexame de prova, e não se admite o
reexame de prova no RE e REsp (Súmulas 7 do STJ e 279 do STF). Isso porque não se
discute o fato, mas somente o direito nesses recursos.
Súmula 735 do STF – Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar.
4.6. Tutela provisória contra a Fazenda Pública
I. Argumentos contrários:
a) Exigência de remessa necessária;
b) Exigência da expedição do precatório.
II. Argumentos favoráveis:
a) A remessa ocorre apenas quanto às sentenças. A decisão interlocutória não está sujeita à
remessa.
b) O precatório é exigido apenas para sentenças de pagar quantia com trânsito em julgado.
c) Existem leis que limitam a concessão da tutela provisória contra a fazenda pública. Assim, se
elas limitam é porque elas admitem a tutela provisória contra a fazenda pública.
2. Lei 8.437/92;
3. Lei 12.016/09;
4. Lei 8.036/90;
5. Lei 9.494/97.
OBS: A doutrina majoritária entende que essas leis são inconstitucionais, pois violam o princípio
da inafastabilidade do controle jurisdicional. Existe posição minoritária, no sentido da
constitucionalidade.
Na ADC n. 04 o STF decidiu que é constitucional a concessão de tutela provisória contra a
Fazenda Pública.
De acordo com a Súmula 729 do STF, se for causa de natureza previdenciária não há restrição
Houve, de fato, inúmeras alterações sobre essa importante temática, desde a condenação da
Fazenda Pública em honorários mais condizentes com o exercício profissional até a denominada
sucumbência recursal.
direito do advogado e têm natureza alimentar...”. Mas não é só: inadmite-se a compensação na
hipótese de sucumbência recíproca.
Os honorários serão devidos inclusive na hipótese de o advogado atuar em causa própria
(parágrafo 17).
Nada impede, por outro lado, que o causídico, credor de honorários, requeira o levantamento dos
mesmos em favor da sociedade de advogados por ele integrada, na condição de sócio (parágrafo
15).
O princípio da causalidade continua a inspirar o legislador, como se infere do caput do artigo 85:
quem perdeu deve arcar com os honorários do advogado do vencedor.
Ademais, prestigiando, em vários aspectos, o posicionamento que tem prevalecido na
jurisprudência, o parágrafo 1º do artigo 85 estabelece que: são devidos honorários:
a) na reconvenção;
b) no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo;
c) na execução, resistida ou não; e
d) nos recursos.
OBS: Não é possível fixar honorários recursais quando o processo originário não preveja
condenação em honorários STF. 1ª Turma. ARE 948578 AgR/RS, ARE 951589 AgR/PR e
ARE 952384 AgR/MS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 21/6/2016 (Info 831).
Os honorários deverão ser fixados no percentual entre 10% e 20% da condenação, do proveito
econômico ou, na impossibilidade de estimar-se o quantum debeatur, sobre o valor atualizado da
causa (parágrafo 2º).
E isso tudo, independentemente da natureza da decisão, se de extinção do processo sem
julgamento do mérito, de procedência ou de improcedência do pedido (parágrafo 6º).
Na hipótese de perda superveniente de interesse de agir (perda de objeto), a parte que deu causa
ao processo deverá arcar com o pagamento dos honorários.
Curiosamente, inovando no procedimento da ação monitória, reza o artigo 701 que, determinada
a expedição do mandado de pagamento de entrega de coisa ou para execução de obrigação de
fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 dias para o respectivo cumprimento, os
honorários advocatícios serão fixados em 5% do valor atribuído à causa.
Nas demandas em que a Fazenda Pública for parte, a verba honorária será determinada em
consonância com a tabela prevista no parágrafo 3º do artigo 85. Verifica-se que, nesse particular,
o novo CPC prestigiou a atuação profissional do advogado, proibindo a condenação em montante
irrisório.
Tratando-se de fixação de honorários em quantia certa, os juros de mora incidirão a partir do
trânsito em julgado do respectivo ato decisório (parágrafo 16).
Pondo um basta ao esdrúxulo enunciado da Súmula 453 do Superior Tribunal de Justiça, o
parágrafo 18 do artigo 85 preceitua que caberá ação autônoma de cobrança no caso de ser omissa
a decisão transitada em julgado quanto à condenação da verba honorária.
Introduzindo importante novidade, que certamente exigirá maior comunicação entre cliente e
advogado, o artigo 85, parágrafo 1º, determina expressamente que são devidos honorários nos
recursos interpostos, de forma cumulativa. Isso significa que a soma geral da condenação em
honorários em 1º grau e ainda na esfera recursal não poderá ultrapassar 20%, de acordo, aliás,
com a regra do subsequente parágrafo 11.
Como bem escreve Heitor Sica, “é fácil imaginar o cabimento dessa nova disposição em sede de
apelação: quando improvida, o tribunal haverá de aumentar a condenação imposta ao vencido e m
1º grau (desde que observado o limite aqui referido); quando provida, não bastará “inverter” a
responsabilidade pelas verbas sucumbenciais, sendo necessário remunerar o advogado da parte
vencedora pelo trabalho adicional desenvolvido (respeitando-se, repita-se, o limite máximo de
20%)”.
Já no âmbito do cumprimento de sentença, além dos honorários fixados no processo de
conhecimento, o parágrafo 1º do artigo 523, quando não houver o pagamento voluntário pelo
devedor no prazo de 15 dias, pré-fixa expressamente o montante de 10% de multa, acrescido de
mais 10% de honorários de advogado.
Tal disposição aplica-se igualmente no procedimento do cumprimento provisório de sentença
(artigos 520, parágrafo 2º, e 527).
No entanto, a teor do parágrafo 7º, ainda do artigo 85, não serão devidos honorários no
cumprimento de sentença promovido contra a Fazenda Pública, na hipótese de expedição de
precatório, mas desde que não tenha sido impugnado.
Nos domínios do processo e execução, ao despachar a petição inicial, o juiz deverá fixar os
A ação monitória possui previsão legal nos artigos 700 a 702 do Novo CPC e teve mudança
significativa com o Novo CPC.
I) INTRODUÇÃO:
Há duas espécies de ação monitória:
a) Ação monitória pura: ela se basta na alegação do credor. Assim, se o credor alega que é
credor ele já tem direito a ação monitória. E adotada no direito alemão.
b) Ação monitória documental: trata de novidade do Novo CPC! É adotada no direito italiano
e, agora, também no Brasil. Nesta, existe uma prova, que é a chamada prova escrita (não é um
titulo monitório).
A prova escrita pode ser:
i. Prova documental;
ii. Prova documentada (art. 700, § 1º do NCPC): é uma prova oral ou pericial, produzida
antecipadamente (produção antecipada de provas – art. 381 do NCPC). Há um laudo pericial. Ex.
Termo de audiência.
OBS: Questão do Concurso TJRS 2016 - considerou como incorreta a seguinte afirmação:
"Nenhum dos dois Códigos admite o ajuizamento de ação monitória com base em prova oral
documentada, exigindo-se a presença de prova escrita da obrigação". Isso porque, no Novo
CPC - diferentemente do CPC/73 - é admitido o ajuizamento ação monitória baseada
em prova oral documentada, nos termos do art.700, parágrafo 1o.
Vale lembrar que não há rol das provas escritas, porque a função dessa prova escrita é, em
uma cognição sumária (portanto, em um juízo de probabilidade), convencer o juiz da
existência do direito. Desse modo, tudo depende do caso concreto. Ex. Contrato assinado por
apenas uma testemunha.
Há duas hipóteses:
Se o juiz se convencer da existência do direito, há a expedição do mandado
monitório e aí o procedimento vai seguir.
Se o juiz não se convencer da existência do direito, o art. 700, § 5º do NCPC fala que deve
o juiz mandar o autor EMENDAR a petição inicial, para converter a ação monitória em
procedimento comum.
II) PROCEDIMENTO:
A ação monitória começa por uma petição inicial, que tem previsão especial no
Situações:
b) Inércia -> nos termos do art. 700, § 2º do NCPC, há a constituição de pleno direito (ou seja,
não depende de nova decisão) do título executivo judicial. Assim, nesta hipótese há a conversão
do mandado monitório em titulo executivo judicial, independentemente de qualquer
formalidade.
De acordo com o art. 702, § 6º do NCPC, na ação monitória admite-se a reconvenção (Embora
no CPC/73 não havia previsão expressa, a Súmula 292 do STJ constava tal disposição), sendo
vedado o oferecimento de reconvenção à reconvenção.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Com o trânsito em julgado da sentença que reconhece o dever de pagar quantia certa, a respectiva
obrigação torna-se exigível.
A teor do novo artigo 526, o devedor, antecipando-se, poderá oferecer, mediante petição, o
pagamento do valor que acredita devido, instruindo-a com memória de cálculo.
O credor deverá manifestar-se em cinco dias, podendo impugnar a quantia apresentada e
levantá-la como parcela incontroversa.
Se for realmente insuficiente o depósito, a execução prosseguirá pela diferença, com a incidência
de 10% de multa e 10% de verba honorária, seguindo-se a penhora.
Contudo, se o credor não se opuser ou mesmo concordar com o valor depositado, o juiz declarará
adimplida a obrigação e, com fundamento nos artigos 526, parágrafo 3º c/c 924, inciso II,
extinguirá o processo.
Por outro lado, não satisfeito voluntariamente o direito do credor, inaugura-se, nos mesmos
autos, a fase de cumprimento definitivo da sentença, mediante requerimento do exequente
Ademais, paralelamente, o credor poderá levar a protesto o título executivo judicial (artigo 517),
que se presta a caracterizar a impontualidade do devedor, para todos os fins previstos em lei.
Transcorrido o lapso temporal acima aludido sem a quitação do débito, inicia-se o prazo de 15
dias para que o executado, “independentemente de penhora ou nova intimação”, ofereça
impugnação (artigo 525).
O artigo 525, parágrafo 1º, do novo Código de Processo Civil cataloga o rol de fundamentos
passíveis de alegação em sede de impugnação ao cumprimento de sentença, de sorte que delimita
acentuadamente o âmbito de cognição deduzível pelo devedor, a saber: “I — falta ou nulidade da
citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; II — ilegitimidade de parte; III —
inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; IV — penhora incorreta ou avaliação
errônea; V — excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; VI — incompetência
prosseguimento da execução puder causar dano de difícil reparação ao executado (artigo 525,
parágrafo 6º).
Todavia, assegura-se ao exequente pleitear a continuação dos atos executivos mediante a
prestação de caução nos próprios autos.
Por fim, cumpre esclarecer que o novo Código de Processo Civil ainda disciplina, em capítulos
específicos, o procedimento do cumprimento da sentença condenatória de débito alimentar
(artigos 528 a 533), de dívida da Fazenda Pública (artigo 535) e de obrigação de fazer, não fazer
ou de entrega de coisa (artigos 536 a 538).
1. Conceito
O cumprimento provisório da sentença nada mais é do que a execução provisória. Cumprimento
de sentença é o nome atribuído pelo legislador, pois pode ser cumprida inclusive decisão
interlocutória.
3. CAUÇÃO
3.1. Função: o título executivo judicial, que fundamenta o cumprimento provisório de sentença,
pode ser reformado ou anulado. Caso ele seja reformado o cumprimento provisório de sentença
revela-se injusto; se foi anulado o será ilegal, podendo gerar danos ao executado. Para criar
uma garantia de ressarcimento desse dano, o sistema exige do exequente a prestação de
caução.
3.2. Natureza jurídica: Para parcela da doutrina (Ovídio Baptista), essa caução é uma garantia
legal, ou seja, a caução deve ser prestada no momento previsto pela lei. Há outra corrente
(inclusive o STJ) entende que trata de caução de natureza cautelar, tendo em vista que deve
haver dois requisitos: “fumus boni iuris” e “periculum in mora”.
3.3. Requisitos formais (art. 520, IV, NCPC)
a) Idoneidade: uma caução idônea é confiável. Essa confiabilidade deve ser formal (sem vícios
formais) e material (caução concretamente capaz de ressarcir o dano do executado, ou seja, de
cumprir a sua função).
b) Suficiência: é uma caução que tenha um valor suficiente para ressarcir o dano. O problema é
que trata de dano futuro e eventual.
OBS: Se esses são os requisitos, a sua caução pode ser:
Real;
Fidejussória.
O art. 520, inciso IV do NCPC não impõe uma espécie especifica de caução. Logo, o juiz não pode
predeterminar a espécie de caução.
Essa caução acaba sendo “arbitrada de plano” e “prestada nos próprios autos”. Segundo
Dinamarco, a caução depende de pedido do executado. A caução interessa exclusivamente
ao executado. Não há nada que envolva matéria de ordem pública, mas sim de ordem privada. No
entanto, a partir do momento que o NCPC fala em “de plano” entende-se arbitrada de oficio (sem
a provocação das partes).
A caução no CPC/73 é uma das cautelares nominadas.
No Novo CPC não existe cautelares nominadas, bem como ação cautelar incidental.
como fundamento a tutela do exequente, que merece essa proteção. Já nos incisos III e IV, a
dispensa da caução decorre por pequeno risco do titulo executivo judicial ser reformado ou
anulado.
Outrossim, de acordo com o art. 521, p. Único, do Novo CPC, a exigência da caução será mantida
quando a dispensa puder gerar manifesto risco de grave dano, de difícil e certa reparação.
4. Multa
Atualmente é pacífico o entendimento do STJ que não cabe a multa na execução provisória. No
entanto, no Novo CPC, conforme previsão no art. 520, §§ 2º e 3º, a multa será cabível no
cumprimento provisório de sentença.
5. Responsabilidade do exequente
O art. 530, I, Novo CPC dispõe que o cumprimento provisório de sentença corre por iniciativa e
responsabilidade do EXEQUENTE (o exequente tem uma responsabilidade OBJETIVA na
execução provisória, que é aquela que prescinde da culpa). Assim, o exequente terá
responsabilidade objetiva para ressarcir esses danos.
Acórdão do recurso: Título executivo judicial em favor do executado provisório. Esse acórdão que
reforma ou anula o Título Executivo Provisório será usado como TEJ pelo executado contra o
exequente. Ademais, esse acórdão não trata dos danos do executado. Esses danos do executado
não estarão reconhecidos, devendo fazer uma liquidação de sentença. Apesar de existir um TEJ, a
obrigação é ILÍQUIDA, deverá haver a liquidação da sentença.
toda sentença que concede a ordem de MS (julga procedente - acolhe o pedido do impetrante)
está sujeita ao reexame necessário. O § 3º diz que CABE cumprimento provisório de sentença no
mandado de segurança. Logo, trata de reexame necessário que cabe cumprimento provisório de
sentença.
1. Aspectos gerais
O IRDR é uma das maiores novidades do Novo CPC.
Resumidamente, o IRDR se dá da seguinte maneira: Existindo processos repetitivos, sobre
uma mesma matéria de direito, em um determinado Estado ou Região, o aludido incidente
será suscitado perante o Presidente do Tribunal local. No caso de ser admitido o incidente, todos
os processos com a mesma matéria, no Estado ou Região, serão suspensos pelo prazo máximo de
01 (um) ano.
Nesse período o Tribunal irá julga-lo.
Julgado o incidente, a tese jurídica fixada será aplicada em todos os processos, presentes e
futuros. Logo, todos os juízes deverão aplicar a tese, uma vez que há uma vinculação.
2. Natureza jurídica
A natureza jurídica do IRDR é de incidente processual. Não tem natureza de recurso, pois falta a
taxatividade. Ademais, o Tribunal pode julgar apenas a tese jurídica, não está julgando em
concreto o processo, mas sim os juízes competentes. Diferentemente dos recursos, que julga -se a
causa em concreto. Além disso, também não possui natureza de ação, pois pressupõe a existência
de ações sobre uma mesma matéria. Assim, não se trata de ação coletiva.
3. Cabimento
Requisitos para que um IRDR seja admitido (artigo 976, incisos I e II e § 4º do NCPC) são os
seguintes:
a) Repetição efetiva de processos que possuem controvérsia sobre questão unicamente de direito.
b) Risco de ofensa à isonomia e à segurança.
c) Ausência de afetação de recurso repetitivo em tribunal superior.
Observações:
4. Legitimidade
O IRDR pode ser suscitado pelos seguintes legitimados:
a) Juiz ou Relator;
b) Partes;
c) Ministério Público;
d) Defensoria Pública.
Observações:
O juiz e o relator podem suscitar inclusive de ofício;
O Presidente do Tribunal, o Presidente do colegiado e os demais integrantes do colegiado
NÃO podem suscitar o incidente, ou seja, se o processo é no tribunal só o RELATOR poderá
suscitar o IRDR.
Caso não suscite o incidente, o Ministério Público participará do mesmo como fiscal da
ordem jurídica (Lembrar que no CPC/73 era “fiscal da lei”).
O membro do Ministério Público assume a titularidade do incidente caso ocorra desistência
ou abandono do processo.
Embora não esteja expressamente previsto no Novo CPC, cumpre salientar que a
legitimidade da Defensoria Pública é restrita à defesa dos necessitados ou dos
hipossuficientes.
O juiz e o relator suscitam o incidente por ofício; os demais legitimados, por petição.
5. Competência
O IRDR será dirigido ao Presidente do Tribunal Local e será julgado pelo órgão indicado no
regimento interno do tribunal, entre aqueles responsáveis pela uniformização de jurisprudência.
De acordo com o FPPC 343, o IRDR compete ao Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional, ou
seja, tribunal local (necessariamente!).
Ademais, destaca-se que quando o incidente se originar de processo que tramita em primeira
instância, o Tribunal fixará apenas a tese. Quando o incidente se originar de processo que tramita
no tribunal, este fixará a tese e julgará, em concreto, o processo (Art. 978, parágrafo
único do NCPC).
6. Procedimento
A) A parte legitimada suscita o incidente perante o Presidente do Tribunal, por ofício ou petição,
O NCPC admite expressamente (art. 292, parágrafo 3º) a correção de ofício do valor da causa
pelo juiz “quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao
proveito econômico perseguido”, permitindo que o juiz desde logo arbitre o novo valor e, se for o
caso (quando o valor da causa for utilizado como base de cálculo), determine o recolhimento das
custas correspondentes.
O dispositivo não estabelece limite temporal ao exercício deste poder-dever, mas, não obstante,
entende-se que a alteração do valor da causa de ofício somente poderá ocorrer até o saneamento
do processo (art. 357 do CPC), ficando preclusa para o juiz a partir deste momento.
Lembrando que no CPC/73 não havia previsão correspondente.
Nos termos do Novo CPC, em seu art. 319, inciso II, a petição inicial indicará, dentre outros, "o
endereço eletrônico".
A indicação do endereço suscita algumas questões.
Isso porque nem todos os litigantes tem endereço eletrônico. Ademais, haverá real dificuldade do
autor em saber o endereço eletrônico do réu.
Dessa maneira, fica o seguinte questionamento: Caso o autor omita essa informação, como o juiz
saberá se ele tem ou não o endereço eletrônico?
Em primeiro lugar, conforme dispõe o parágrafo 1o do artigo319 do novo CPC, caso não
disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor requerer ao juiz diligências
necessárias a sua obtenção, na própria petição inicial.
Outrossim, caso seja possível a citação do réu com as informações dispostas na PI do autor, o
magistrado não poderá indeferir a petição inicial (parágrafo 2º).
Por fim, a petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II do
art. 319 do NCPC, caso a obtenção de tais informações tornam-se: impossível ou excessivamente
oneroso o acesso à justiça.
Portanto, nota-se que caso o autor não saiba o endereço eletrônico do réu, a petição inicial
NÃO poderá ser indeferida pelo juiz se:
A) for possível citação do réu (com as informações constantes na petição inicial);
De acordo com o novo CPC, passa a haver a necessidade de se indicar na inicial, o correio
eletrônico, o número de CPF ou CNPJ do autor e réu, o que já se adotava na prática, bem como o
estado civil ou existência de união estável, este último requisito principalmente relevante para as
ações que versem sobre direitos reais. O § 1º do artigo 322 traz como pedidos implícitos os juros
legais, correção monetária e verbas de sucumbência, incluindo os honorários advocatícios, ou
seja, ainda que não haja pedido expresso, pode haver a condenação, sem que sentença seja ultra
petita.
Importante alteração também diz respeito à necessidade de fixação do quantum requerido nas
ações indenizatórias, inclusive por dano moral, não sendo cabível pedido genérico, nos termos do
art. 292, V. A decisão que indefere a inicial se dá por sentença e antes da citação do réu. É
recorrível por apelação, facultada a retratação do juiz em 5 dias (art. 331 do Novo CPC), e não
mais em 48 horas como previa o CPC de 1973.
No novo CPC há apenas um procedimento único comum, acabando com o sumário. As causar de
menor complexidade devem tramitar no rito sumaríssimo dos Juizados Especiais Cíveis ou se
submeter ao rito comum, conforme o caso. (Vide também lei 9.099/95).
O NCPC admite expressamente (art. 292, parágrafo 3º) a correção de ofício do valor da causa
pelo juiz “quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao
proveito econômico perseguido”, permitindo que o juiz desde logo arbitre o novo valor e, se for o
caso (quando o valor da causa for utilizado como base de cálculo), determine o recolhimento das
custas correspondentes.
O dispositivo não estabelece limite temporal ao exercício deste poder-dever, mas, não obstante,
entende-se que a alteração do valor da causa de ofício somente poderá ocorrer até o saneamento
do processo (art. 357 do CPC), ficando preclusa para o juiz a partir deste momento.
Lembrando que no CPC/73 não havia previsão correspondente.
No CPC/73:
Sem previsão legal;
Utilizado para alegação de matéria de ordem pública e privada (com prova pré-
constituída);
Prazo: pode ser alegada a qualquer momento.
No Novo CPC, há algumas mudanças. Vejamos:
Há previsão legal da exceção de pré-executividade nos seguintes artigos:
1) Art. 525, § 11, NCPC: As questões relativas a fato superveniente ao término do prazo
para apresentação da impugnação, assim como aquelas relativas à validade e à adequação
da penhora, da avaliação e dos atos executivos subsequentes, podem ser arguidas por
simples petição, tendo o executado, em qualquer dos casos, o prazo de 15 (quinze) dias
para formular esta arguição, contado da comprovada ciência do fato ou da intimação do
ato.
2) Art. 803, parágrafo único, NCPC:
Art. 803. É nula a execução se:
I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível;
II - o executado não for regularmente citado;
III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo.
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de
ofício ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução.
Há prazo para a exceção de pré-executividade no Novo CPC? SIM. No entanto, é
especificamente para os casos do art. 525, § 11, NCPC.
Logo, para as questões de ordem pública, assim como era no CPC/73, NÃO há prazo,
sendo que permanece podendo ser alegada a qualquer tempo.
Encontra-se no art. 47, parágrafo 2o. Vejamos: "A AÇÃO POSSESSÓRIA IMOBILIÁRIA será
proposta no foro da situação da coisa, cujo juízo tem competência ABSOLUTA".
Em regra, a competência territorial é relativa, podendo haver a prorrogação se o réu não alegá-la
em preliminar de contestação. No entanto, o Novo CPC trouxe expressamente uma hipótese
diversa. Isso porque, no caso de ação possessória imobiliária, o foro do local do imóvel é
absolutamente competente.
1.INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA:
interesse público (direito indisponível);
deve ser declarada de ofício (art. 64, § 1o);
vício não sujeito a prorrogação (cabe ação rescisória - art. 966, II).
2.INCOMPETÊNCIA RELATIVA:
interesse privado;
não pode ser declarada de ofício, conforme súmula 33 do STJ (EXCEÇÃO: art. 63, § 3o
Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de
ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu).
vício sujeito a prorrogação (art. 65).
OBSERVAÇÕES:
1. Ambas (relativa e absoluta) devem ser arguidas como PRELIMINAR DE CONTESTAÇÃO
(arts. 64 e 337, II, NCPC).
2. Quando acolhidas, os autos serão remetidos ao juízo competente (art. 64, §3o).
3. As decisões proferidas pelo juízo incompetente continuarão produzindo efeitos até que o novo
juízo delibere se irá ou não retificar tais atos (art. 64, §4o).
4. O MP pode alegar incompetência relativa? SIM! A incompetência relativa pode ser alegada
pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
Trata-se de mais uma novidade do CPC/15. Isso porque, no CPC/73 a incompetência relativa -
diferentemente da incompetência absoluta, que era alegada em preliminar de contestação -
somente podia ser arguida por meio de exceção (art. 112 do CPC/73).
A nota marcante do novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015) é a simplicidade, visando a
eliminar situações que, à luz do diploma vigente, propiciam a instauração de inúmeros
incidentes.
Assim é que a resposta do réu, disciplinada nos artigos 335 a 343 do código aprovado, concentra,
na própria contestação, além das preliminares processuais e das defesas de mérito, a exceção de
incompetência relativa, a reconvenção, a impugnação ao valor da causa, a impugnação à
gratuidade da Justiça e, ainda, se for o caso, a provocação de intervenção de terceiros.
No entanto, salienta-se que enquanto a incompetência absoluta pode ser conhecida de ofício pelo
juiz e alegada a qualquer tempo pela parte, a incompetência relativa, e também a convenção de
arbitragem — que é outra preliminar — são defesas sujeitas à preclusão, ou seja, se não forem
alegadas pela parte em contestação, nem o juiz poderá delas conhecer ex officio nem os litigantes
poderão vir a suscitá-las posteriormente (artigo 337, parágrafos 5° e 6°).
Na prática, a mudança trará celeridade ao processo, uma vez que evitará a aglomeração de
incidentes processuais, os quais só fazem retardar a prestação jurisdicional.
O Novo CPC inovou no que se refere à arguição preliminar de ilegitimidade passiva deduzida
pelo réu. Lembre-se que sob o domínio do CPC/73, reconhecida a impertinência subjetiva no
polo passivo da ação, sobretudo depois de contestada ação, impõe-se o decreto de improcedência
do pedido, ainda que à luz da legislação de 1973 a sentença seja considerada terminativa.
O novo artigo 338 altera substancialmente essa indesejada solução. Com efeito, arguindo o réu,
na contestação, a sua ilegitimidade ou a sua irresponsabilidade pelo prejuízo descrito na petição
inicial — o que, diga-se de passagem, é a mesma coisa —, o juiz deverá possibilitar ao autor a
mutatio libelli, isto é, a modificação subjetiva da demanda, para providenciar a
substituição do demandado.
Reconhecida a incorreção e aceita, pelo autor, no prazo de 15 dias, a indicação feita pelo réu, será
ele extrometido do processo, diante do manifesto reconhecimento explícito de sua ilegitimidade
passiva.
Sem embargo da possibilidade de haver, antes da citação, alteração do polo passivo por
determinação judicial, descortina-se, na verdade, deveras pragmática essa solução legislativa,
que, sem dúvida, traz notável efetividade e economia processual.
Note-se, contudo, que o “novo réu” será citado e, assim, passará a integrar o processo após
audiência de conciliação e mediação. Visando que seja cumprido um dos princípios gerais
do CPC/2015, que é exatamente o de robustecer a solução consensual dos litígios (artigo 3º,
parágrafos 2º e 3º), Heitor Sica sugere, com acerto, ser razoável que o juiz consulte as partes
acerca da disposição para uma “nova” audiência de conciliação ou de mediação.
Tendo-se equivocado por ocasião do ajuizamento da ação, visto que imaginara ser outro o sujeito
obrigado no plano do direito material, o autor naturalmente deverá responder, nos termos dos
artigos 85 e 338, parágrafo único, pelo reembolso das custas e dos honorários advocatícios.
O parágrafo único do artigo 338, procurando evitar distorções, já se adianta para estabelecer a
verba honorária do advogado do réu trocado, no percentual entre 3% e 5% do valor da causa ou,
sendo essa soma considerada aviltante, deverão ser fixados de forma equitativa (artigo 85,
parágrafo 8º).
Entendo, contudo, que a mesma regra, a contrario sensu, é de ser aplicada quando o patamar
legal recair sobre valor de causa que tenha expressão patrimonial incomum, situação em que
mesmo o percentual mínimo de 3% pode muito bem atingir quantia exagerada (às vezes, milhões
de reais), mostrando-se tal montante incondizente, sob todos os critérios previstos no artigo 85,
parágrafo 2º, com o trabalho profissional feito pelo advogado do réu extrometido do processo.
O artigo 339, de forma um tanto redundante, encontra-se absolutamente engastado com o
precedente artigo 338, cuja exegese deve ser feita de forma conjugada.
Assim, em complementação, arguida a ilegitimidade passiva na defesa que apresentar, o réu tem
o ônus do indicar quem, em seu entender, é que deve ocupar a posição de legitimado em seu
lugar, porque “sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento”.
É certo que, em algumas situações, juridicamente mais complexas, tal nomeação não constitui
tarefa fácil, uma vez que pode muito bem-estar revestida de imprecisão, como, aliás, equivocara-
se o próprio autor.
Por essa razão é que tudo aqui se passa sob o efetivo controle judicial. É o juiz, por certo, a quem
cabe a última palavra.
Cumpre observar que o réu, ao proceder da forma como prevista no caput do artigo 339,
somente terá o ônus de indicar o sujeito passivo obrigado, “sempre que tiver conhecimento, sob
pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da
falta de indicação”, o que significa que, embora arguindo a sua própria ilegitimidade, se não
souber quem deva figurar no polo passivo, não será responsabilizado a indenizar qualquer
dano porventura experimentado pelo demandante.
Diante de tal contexto, considerando-se, outrossim, as regras dos parágrafos 1º e 2º do artigo
339, o autor, no prazo de 15 dias, pode escolher uma entre quatro distintas situações, a saber:
a) recusa a indicação feita pelo réu, ficando mantido o demandado no polo passivo, por sua conta
e risco;
B) aceita a indicação do réu, providenciando, no prazo suplementar de 15 dias, a emenda da
petição inicial para substituir o demandado. Arcará, ainda, com a sucumbência, nos termos do
parágrafo único do artigo 338;
c) aceita a argumentação de ilegitimatio ad causam suscitada pelo réu, mas despreza o sujeito
por ele indicado. Nessa hipótese, o autor cuida de emendar a inicial, substituindo o réu
originário por outra pessoa, que, em seu entender, depois dos fatos revelados pelo réu, dever
responder à demanda. Aqui também o demandante deverá ser responsabilizado pela
sucumbência em prol do réu originário (custas) e de seu respectivo advogado (honorários), a teor
do parágrafo único do artigo 338; ou, por fim,
D) aceita parcialmente a indicação do demandado, providenciando, no prazo suplementar de 15
dias, a emenda da petição para incluir, como litisconsorte passivo do réu, a pessoa por ele
indicada.
risco de que a prova não possa ser adequadamente produzida (ou tenha se tornado inviável) no
momento da sua produção no curso de um processo.
Logo, destaca-se que o inciso I (urgência), do artigo 381 já constava no CPC/73.
Mas há ainda outros dois casos em que o CPC/15 autorizou a antecipação da prova SEM o
requisito da urgência.
O primeiro consiste na possibilidade de a prova a ser produzida ter a potencialidade de viabilizar
a autocomposição ou outro meio adequado de solução de controvérsias (CPC/15, art. 381,
inc. II).
Tal hipótese está em consonância com a diretriz fundamental do CPC/15, que estimula a
resolução consensual dos conflitos (art. 3º, §§ 2º e 3º). Nesse caso, as partes serão as
destinatárias principais da prova. A partir dela, terão mais elementos para construir um acordo
ou desenvolver uma proveitosa mediação.
O inciso III do art. 381 do CPC/15 admite a antecipação da prova nos casos em que o prévio
conhecimentos dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento da ação.
Também não se cogita de urgência ou da controvérsia existente no âmbito do direito material. O
objetivo é obter um lastro probatório mínimo. Trata-se de hipótese em que, a partir da prova, as
partes poderão avaliar suas chances de êxito em futura demanda (judicial ou arbitral). Disso
decorre que a antecipação da prova poderá conduzir as partes a eventualmente não proporem
demanda alguma.
Trata-se de instituto que permite a atuação oficiosa de chamar terceiro ao processo, desde que se
acredite na conveniência dessa medida. De uma maneira mais simplificada: É uma intervenção
de terceiro determinado pelo Juiz, "ex officio", ou seja, o juiz determina de ofício que o
terceiro venha ao processo.
Em que pese não haja previsão EXPRESSA no Novo CPC(assim como era no CPC/73) para tal
instituto, o NCPC prevê, ao menos, três casos de intervenção de “iussu iudicis”:
Intervenção do "amicus curiae" (O CPC/73 NÃO previa essa hipótese).
Integração do litisconsórcio necessário não citado (art. 115,§ único, NCPC). Ressalta-se
que essa hipótese já existia no CPC/73 para a intervenção “iussu iudicis”, que foi mantido.
Art. 382, § 1º, NCPC - na ação de produção antecipada de prova o juiz pode, de oficio,
trazer quem ele pressupõe ser interessante participar ao processo (O CPC/73 NÃO previa
essa hipótese).
É possível falar em uma intervenção “iussu iudicis” atípica (não previsto em lei)? SIM. Trata-se
de uma forma de garantir o contraditório e a eficiência do processo. Um exemplo seria a
possibilidade de o juiz intimar o possível litisconsórcio facultativo unitário para que participe do
processo e não haja discussão sobre a coisa julgada (que é o caso da nulidade da sentença); trazer
o cônjuge preterido (que não deu autorização) no caso e ação real imobiliária.
A redação original do art. 12 do NCPC era a seguinte: Os juízes e os tribunais deverão obedecer à
ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. Em suma, a ordem
cronológica de julgamento tinha caráter obrigatório, imperativo. Assim, aos juízes e tribunais
não caberia qualquer escolha, sendo necessária estrita observância à ordem cronológica de
conclusão para proferir sentença ou acórdão.
Ocorre que com a Lei 13.256/2016 modificou a redação do supracitado artigo. Vejamos: Art. 12.
Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para
proferir sentença ou acórdão.
Nota-se que houve transformação da ordem cronológica em norma programática, SEM qualquer
caráter obrigatório.
Portanto, há tão somente uma sugestão para que o julgamento observe a ordem cronológica.
Contudo, é importante ressaltar que o Novo CPC continua inovador em relação ao CPC/73 já
que, apesar de a ordem cronológica NÃO se tratar de norma imperativa, constitui uma realidade
de que deve ser observável sempre que viável, até porque a lista de processos conclusos deve ser
elaborada e divulgada pela internet e no próprio cartório, comando que persiste no parágrafo
1o do art. 12 do NCPC.
O § 1º do art. 997 do NCPC dispõe sobre o Recurso Adesivo nas hipóteses de em sendo vencidos
autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles. Entretanto, só será admissível em 3 (três)
espécies recursais, (1) na apelação, (2) no recurso extraordinário e (3) no recurso especial.
Logo, no Novo CPC o recurso adesivo é admissível em apenas três espécies recursais:
1. Apelação;
2. Recurso extraordinário;
3. Recurso especial;
E no CPC/73? Era também cabível nos embargos infringentes. Logo, nota-se que no NCPC houve
supressão de uma das hipóteses de cabimento do recurso adesivo.
Trata-se de um dos efeitos processuais da citação (ato pelo qual são convocados o réu, o
executado ou o interessado para integrar a relação processual).
É estritamente relacionado à possibilidade de alteração do pedido e da causa de pedir.
ANTES DA CITAÇÃO: a alteração independe do consentimento do réu. Isso ocorre
porque a modificação (alteração ou aditamento) não traz nenhum prejuízo ao réu, já que
só com a citação ele passará a integrar a relação processual.
OBS: não há qualquer estabilização.
DEPOIS DA CITAÇÃO e até a decisão de saneamento: exige-se o consentimento do
réu (o réu tem 15 dias para se manifestar - mesmo prazo do CPC/73 - e pode requerer
prova suplementar), em homenagem ao princípio do contraditório.
OBS: há estabilização condicionada.
APÓS O SANEAMENTO: NÃO é mais possível alterar ou aditar o pedido ou a causa de
pedir, ainda que o réu dê o consentimento. Isso porque, a demanda tem que se estabilizar.
Não é possível que se dê continuidade ao processo (à fase instrutória) sem que se saiba
qual a controvérsia será decidida.
OBS: há estabilização definitiva.
Vale ressaltar que essa regra, por expressa disposição do CPC/2015 (art. 329, p. único), se aplica
à RECONVENÇÃO e à respectiva causa de pedir.
FULANO DE TAL JUNIOR, nacionalidade, estado civil (união estável [1]), profissão, inscrito no
CPF sob nº 000.000.000-00, portador do RG nº 000000 SSP/DF, endereço eletrônico
fulanodetaljunior@gmail.com[2], residente e domiciliado à Rua..., filho de Fulano de Tal e
Beltrana de Tal (exigência TJDFT), por intermédio de seu advogado subscrito, com endereço
profissional à rua... E endereço eletrônico advogado@adv.com.br[3], vem respeitosamente
perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 319 e seguintes do Código de Processo Civil –
Lei 13.105/2015, ajuizar
em face de CICLANO SILVA, nacionalidade, estado civil (união estável), profissão, inscrito no
CPF sob nº 000.000.000-00, portador do RG nº 000000 SSP/DF, endereço eletrônico
ciclano_silva@gmail.com, residente e domiciliado à Rua..., filiação desconhecida, pelos fatos e
fundamentos a seguir delineados.
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O requerente encontra-se desempregado, não possuindo condições financeiras para arcar com
as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família.
Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência (Doc. X), cópia da Carteira de Trabalho
do requerente (Doc. X) e certidão de nascimento dos filhos (Doc. X).
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição
Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes [4].
O Autor é pessoa idosa, 65 (sessenta e cinco) anos, razão pela qual requesta a prioridade da
tramitação da presente demanda, nos termos do Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741/2013 e nos
termos do art. 1.048, inciso I, do CPC/2015.
(causa de pedir...)
IV. DO DIREITO
(fundamentação jurídica...)
b) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015[6];
c) a citação do requerido por meio postal, nos termos do art.246, inciso I, do CPC/2015[7];
e) ao final, seja dado provimento a presente ação, no intuito de condenar o réu a (...);
Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, em especial, pelos
documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem arroladas em momento oportuno e
novos documentos que se mostrarem necessários.
Termos em que,
Pede deferimento.
Advogado
OAB/PR nº
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
o Fredie Diddier Jr. (Curso de direito processual civil – reescrito com base no novo CPC, Ed.
Juspodivm, 2016);
o Daniel Amorim Assumpção Neves (Manual de direito processual civil – volume único,
2016).
o Elpídio Donizetti (Novo Código de Processo Civil Comentado, Ed. Saraiva, 2016).