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Apostila – Drenagem Rodoviária

DRENAGEM RODOVIÁRIA
A água proveniente da precipitação apresenta 4 destinos: parte evapora, parte
escoa pela superfície, parte penetra no solo e parte é absorvida pela vegetação.

As porções que escoam superficialmente e as que infiltram podem afetar as


rodovias, provocando: deslizamento e erosão de taludes, rompimento de aterros,
entupimento de bueiros, diminuição da estrutura do pavimento, variação de
volume de solos mais expansivos, oxidação e envelhecimento do pavimento.

Para evitar esses problemas, utiliza-se dispositivos de drenagem rodoviária, que


podem ser distribuídos nas categorias de:
• Drenagem de transposição de talvegues
• Drenagem superficial
• Drenagem do pavimento
• Drenagem subterrânea ou profunda

DRENAGEM DE TRANSPOSIÇÃO DE TALVEGUES

• Bueiros
Os bueiros são obras destinadas a permitir a passagem livre das águas que
acorrem as estradas. Compõem-se de:
o Corpo é a parte situada sob os cortes e aterros.
o Bocas constituem os dispositivos de admissão e lançamento, a montante e
a jusante, e são compostas de soleira, muro de testa e alas.

Os bueiros são classificados em quatro classes:


o Quanto a forma da seção:
Tubulares – seção circular
Celulares – seção retangular ou quadrada
Especial – seção elipsoide, ovoides ou diferentes das
anteriores
o Quanto ao número de linhas
Simples – uma linha de dutos, células ou de formato especial
Duplos – duas linhas
Triplos – três linhas
o Quanto aos materiais de construção
Concreto simples e armado (NBR-9794, NBR 9795 e NBR 9796)
Chapa metálica corrugada
Polietileno de alta densidade (PEAD)
Plástico reforçado com fibra de vidro,
As bocas podem ainda ser de alvenaria de pedra argamassada
com recobrimento de argamassa de cimento e areia ou blocos e
concreto de cimento, além de concreto pré-moldado
o Quanto a esconsidade
Normais – eixo do bueiro é normal ao eixo da rodovia
Esconsos –eixo longitudinal do bueiro faz ângulo diferente de
zero com a normal ao eixo da rodovia.
Bueiros de grota – quando a pista necessita transpor transversalmente um
talvegue com ou sem lamina d’água.
Bueiros de greide – quando há necessidade de conduzir transversalmente, por
baixo da pista, a agua capitada por sarjetas e valetas de corte para um talvegue.

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• Pontilhões
o São obras usadas para a transposição de talvegues nos casos em
que, por imposição da descarga de projeto ou do greide projetado,
não possam ser construídos bueiros.

• Pontes
o São obras-de-arte destinadas a vencer os talvegues formados pelos
cursos d'água, cuja transposição não pode ser feita por bueiros e
pontilhões

Deve-se observar as obstruções parciais de vazão sobre o funcionamento


hidráulico de bueiros, pontilhões e pontes.

Dimensionamento hidráulico de bueiros


– Exemplos de equações:
Velocidade
Vazão crítica Declividade crítica
Crítica

Equações genéricas

Bueiros Tubulares de concreto


Simples (BSTC)

Duplo (BDTC)

Triplo(BTTC)
Bueiros Celulares de Concreto
Simples (BSCC)

Duplo (BDCC)

Triplo (BTCC)
Bueiros Tubular metálico
Simples (BSTM)
Duplo (BDTM)
Triplo (BTTM)
Ver ANEXO.
Observar o regime de escoamento: Critico, Rápido e Subcrítico1

1
Número de Froude (Fr)= V/(g.y)1/2 e se Fr = 1 (crítico); Fr >1 (Rápido); Fr <1 (subcrítico)
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DRENAGEM SUPERFICIAL

Tem o objetivo de interceptar, captar e conduzir as águas superficiais a um


desague seguro.

• Sarjetas de corte
o Objetiva captar as águas que se precipitam sobre a plataforma e
taludes de corte e conduzi-las, longitudinalmente à rodovia, até o
ponto de transição entre o corte e o aterro, de forma a permitir a
saída lateral para o terreno natural ou para a valeta de aterro, ou
então, para a caixa coletora de um bueiro de greide.
o Devem localizar-se em todos os cortes, sendo construídas à
margem dos acostamentos, terminando em pontos de saída
convenientes

Seção triangular Seção trapezoidal

Seção trapezoidal c/ tampa Seção retangular

o Os revestimentos mais recomendados são: concreto; alvenaria,


pedra arrumada; e em alguns casos a vegetação.

• Sarjetas de aterro
o Objetiva captar as águas precipitadas sobre a plataforma de modo a
impedir que provoquem erosões na borda do acostamento e/ou no
talude do aterro, conduzindo-as ao local de deságue seguro.
o Localiza-se na faixa da plataforma contígua ao acostamento.

Sarjeta e meio-fio simples Sarjeta com meio-fio conjugado

o Os revestimentos mais recomendados são: concreto cimento,


concreto betuminoso; solo betume, solo cimento, solo (apenas para
estradas secundárias).

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Dimensionamento da vazão hidrológica

Onde:
Q = descarga afluente na rodovia (m3/s)
C = coeficiente de escoamento superficial (adimensional). Lembrando que:

I = intensidade de precipitação (cm/h) – Considera-se: T=10 anos e t = 5 minutos


A = área de contribuição por metro linear do dispositivo (Valeta, sarjeta, etc) (m2)

Área de contribuição (A) - é um retângulo equivalente onde um dos lados é o


comprimento a determinar (d) e o outro a largura do implúvio (L), composto da seção da
plataforma contribuinte (L1) e da projeção horizontal equivalente do talude de corte (L2).

Onde:
L1 = faixa da plataforma da rodovia que contribui para a sarjeta. Será:
− a largura da semiplataforma nos trechos em tangente e toda a plataforma
contribuinte para a sarjeta na borda interna das curvas.
− nuIo ou se restringirá à largura do assentamento contíguo para a sarjeta na borda
externa das curvas;
L2= largura da projeção horizontal equivalente do talude de corte;
C1= coeficiente de escoamento superficial da plataforma da rodovia;
C2= coeficiente de escoamento superficial do talude de corte.

Obs:
− Havendo escalonamento de taludes, a largura máxima L2 a ser considerada no
cálculo do implúvio é referente à projeção horizontal do primeiro escalonamento, já
que os demais terão as águas conduzidas por meio de dispositivos próprios para
fora do corte.
− Excetuam-se os casos em que se torna necessária a construção de descidas com
deságüe diretamente na sarjeta de corte.

Tendo em vista a natureza longitudinal das rodovias, recomenda-se transformar


essa vazão hidrologica (Q) por metro de rodovia. Para tento, desenvolveu-se o
conceito de descarga especifica (q), que equivale a descarga afluente por
segmentos de comprimento unitário.

Pois: A = L x d
L = largura do implúvio (m)
d = comprimento do trecho (valor unitário -1 metro)
q = descarga específica (m3/s/m) = Q para d = 1m
i = intensidade de precipitação (mm/h) (T=10 anos e t = 5 minutos)

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Dimensionamento hidráulico de sarjetas

(Equação da continuidade) Onde:


Q = vazão hidráulica (m3/s)
Q = V.A V = velocidade (m/s)
A = área da seção transversal (m2)

(equaçao de Manning) Onde:


V = Velocidade (m/s) – observar velocidade máxima
n = coeficiente de rugosidade de Manning
Rh = Raio Hidráulico (m)
I = declividade do fundo do canal (m/m)

(Equação derivada de Manning) Q = Vazão hidráulica (m³/s)


2 1 A = área de seção transversal de drenagem (m2)
AR 3 i 2
R = raio hidráulico (m)
Q= I = declividade do fundo(m/m)
n n = coeficiente de rugosidade Manning

A vazão máxima de descarga permissível em um trecho de sarjeta com


declividade I vai depender do comprimento critico correspondente a descarga
efluente, ou seja: a vazão máxima será o produto do comprimento critico pela
descarga específica. Então
Onde:
Lc = comprimento critico (m)
q = descarga específica (m3/s/m)
A = área da seção de vazão do dispositivo (m2)
R = Raio hidráulico (m)
A I = declividade do dispositivo (m/m)
n = coeficiente de rugosidade (adimensional)

Coeficientes de rugosidade Velocidades máximas

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• Valetas de proteção de corte


o Objetiva interceptar as águas que escorrem pelo terreno natural a
montante impedindo-as de atingir o talude de corte.
o Deverão ser localizadas proximamente paralelas as cristas dos
cortes, a uma distância entre 2,0 a 3,0 metros.
o O material resultante da escavação deve ser colocado entre a valeta
e a crista do corte e apiloado manualmente.

Detales da valeta Seção triangular

Seção retangular Seção trapezoidal

o As valetas com forma trapezoidal são mais recomendáveis por


apresentarem maior eficiência hidráulica.
o As valetas triangulares apresentam uma tendência mais acentuada à
erosão e infiltração.
o Recomenda-se o revestimento das valetas para evitar que a
infiltração provoque instabilidade no talude de corte.
o Os revestimentos mais recomendados são: concreto (espessura
mínima de 8 cm e fck = 11Mpa); pedra arrumada e rejuntada com
argamassa de cimento-areia (1:4); alvenaria de tijolo e em alguns
casos a vegetação.

• Valetas de proteção de aterro


o Objetiva interceptar as águas que escoam pelo terreno a montante,
impedindo-as de atingir o pé do talude de aterro.
o Deverão, estar localizada, aproximadamente paralelas ao pé do
talude de aterro a uma distância entre 2,0 e 3,0 metros.
o O material resultante da escavação deve ser colocado entre a valeta
e o pé do talude de aterro, apiloado manualmente com o objetivo de
suavizar a interseção das superfícies do talude e do terreno natural.

Seção trapezoidal Seção retangular

o Os revestimentos mais recomendados são: concreto; pedra


arrumada; alvenaria de tijolo e em alguns casos a vegetação.

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• Valetas do canteiro central


o Objetiva captar as águas provenientes das pistas e do próprio
canteiro central e conduzi-las longitudinalmente até serem captadas
por caixas coletoras de bueiros de greide.
o Em geral possuem formato triangular com declividades coincidentes
com os taludes do canteiro, mas também podem ser com seções:
circular tipo meia cana, trapezoidal e retangular.
o Valetas sem revestimentos devem ser evitadas.

Dimensionamento hidráulico de Valetas


- observar modelo de dimensionamento da sarjeta
- largura mínima da base (L) = 0,4m
- largura máxima da boca (B) = 1,0m
- Altura mínima útil (h) = 0,5 m
- declividade mínima (i) = 0,25%

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• Saída d’água
o Objetiva conduzir as águas coletadas pelas sarjetas de aterro
lançando-as nas descidas d'agua. São, portanto, dispositivos de
transição entre as sarjetas de aterro e as descidas d'água.
o Localiza-se na borda da plataforma, junto ao acostamento ou em
alargamentos próprios para sua execução, nos pontos onde é
atingido o comprimento crítico das sarjetas, nos pontos baixos das
curvas verticais côncavas, junto a pontes, pontilhões e viadutos.

Saída d’água - Greide em Rampa Saída d’água - Curva vertical cônica


(fluxo em único sentido) (fluxo em dois sentidos)

Dimensionamento hidráulico de saída d’água

Onde:
L = comprimento da abertura na sarjeta ou largura da saida d’água
(m)
Q = descara afluente pela sarjeta (m3/s)
G = aceleração da gravidade (m/s2)
Y = altura do fluxo na sarjeta (m)
K = Coeficiente em função da declividade da sarjeta – Para
declividades entre 2% e 5% - k = 0,20 (adimensional)
OBS:
- Ao estabelecer uma largura da descida d’água (B), define-se a saida d’água com os seguintes
procedimento:
Abertura (L) = 7B
Distancia entre o alagado da serjeta e o início da descida (D) = 2,5B
O raio de concordancia entre a saída e a descida = altura inicial da descida.

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• Descida d’água
o Objetiva conduzir, pelos taludes de corte e aterro, as águas
captadas por outros dispositivos de drenagem, tais como: valetas e
sarjetas que atingem seus comprimentos críticos, bem como bueiros
de greide
o Localiza-se sobre os taludes dos cortes e aterros seguindo as suas
declividades e também na interseção do talude de aterro com o
terreno nos pontos de passagem de corte-terro.
o Pode ser do tipo rápido ou em degraus (a depender da velocidade
limite de escoamento, das características geotécnicas dos taludes e
do terreno, dos dispositivos de amortecimento na saída).

o Pode ter seção retangular, semicircular (meia-cana) ou em tubular.

Dimensionamento hidráulico da descida d’água’

Onde:
Q = Descarga de projeto a ser conduzida pela
descida d’água (m3/s)
L = Largura da descida d’água (m)
H = altura média das paredes laterais da descida (m)
Vb = velocidade no pé da descida d’água (m/s)
g = coeficiente de gravidade (m/s2)
h = altura do talude (m)
Obs.:
- a velocidade de erosão do concreto é 4,5 m/s2, portanto. em alturas maiores que 1,03 m deve-se
executar degraus. Porém, devido ao custo elevado, o DNIT admite descidas superiores a 7,0 m de
comprimento no talude que equivale velocidade de 8,73 m/s em taludes com inclinaçao (H:V) 3:2

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• Caixas coletoras
o Objetiva coletar as águas drenadas, permitir inspeções, possibilitar a
mudança de dimensão, declividade e direção do duto (bueiros).
o Podem ser reconhecidas como: caixas coletoras, caixas de
passagem e caixas de inspeção.

Dimensionamento hidráulico da caixa coletora

Onde:
A = Área útil da caixa (m2)
Q = Vazão a captar (m3/s)
H = altura do fluxo (m)
C = coeficiente de vazão – adota-se 0,6
A profundidade é determinada pelas cotas de instalaçao dos dutos que delas partem ou chegam

• Bueiros de greide
o São dispositivos destinados a conduzir para locais de deságue
seguro as águas captadas pelas caixas coletoras.
o Podem ser implantados transversal ou longitudinalmente ao eixo da
rodovia, com alturas de recobrimento atendendo à resistência de
compressão estabelecida para as diversas classes de tubo pela
NBR-9794 da ABNT
o Localizam-se em situações como:
− Nas extremidades dos comprimentos críticos das sarjetas de
corte em seção mista. Nos cortes em seção plena, quando não
for possível o aumento da capacidade da sarjeta ou a utilização
de abertura de janela no corte a jusante, projeta-se um bueiro de
greide longitudinalmente à pista até o ponto de passagem de
corte-aterro.
− Nos pés das descidas d'agua dos cortes, recebendo as águas
das valetas de proteção de corte e/ou valetas de banquetas,
captadas através de caixas coletoras.
− Nos pontos de passagem de corte-aterro, evitando-se que as
águas provenientes das sarjetas de corte deságuem no terreno
natural com possibilidade de erodi-lo.
− Nas rodovias de pista dupla, conduzindo ao deságue as águas
coletadas dos dispositivos de drenagem do canteiro central.

Dimensionamento hidráulico do bueiro de greide

− Forma de dimensionamento equivalente ao do bueiro de grota.


− Diâmetro mínimo a adotar é 0,8
− A descarga do projeto (Q) é obtida pelas somas das descargas afluentes
ou pela bacia de contribuição com fixação do tempo de recorrência e
duração da chuva.

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• Dissipadores de energia

o São dispositivos destinados a dissipar energia do fluxo d´água,


reduzindo consequentemente sua velocidade quer no escoamento
através do dispositivo de drenagem quer no desague para o terreno
natural.

o Podem ser dissipadores localizados (bacias de amortecimento) e


dissipadores contínuos.

Dimensionamento hidráulico do dissipador de energia


− O dimensionamento hidráulico será em função da velocidade de
escoamento d`água a montante e da altura do fluxo afluente.

• Escalonamento de taludes

o Objetiva evitar que as águas precipitadas sobre a plataforma e sobre


os taludes, atinjam, através do escoamento superficial, uma
velocidade acima dos limites de erosão dos materiais que os
compõe.

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• Corte-rios
o Os corta-rios são canais de desvio abertos com a finalidade de evitar
interferências na rodovia, afastando rios e evitando transposições.

• Drenagem de alívio de muros de arrimo


o Objetiva aliviar as pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas do lençol
d'água porventura existente no maciço a ser arrimado, de modo a
diminuir o empuxo total exercido.

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DRENAGEM DO PAVIMENTO

De um modo geral, essa drenagem se faz necessária, no Brasil, nas regiões onde
anualmente se verifica uma altura pluviométrica maior do que 1.500 milímetros2 e
nas estradas com um TMD de 500 veículos comerciais.

Para situação de chuva com duração de 1 hora e tempo de recorrência de 1 ano,


as aguas em geral atravessam os revestimentos numa taxa que varia de 33 a
50% nos pavimentos com revestimentos asfálticos e de 50 a 67 % nos
pavimentos de concreto cimento. Essa infiltração pode causar danos a estrutura
do pavimento, inclusive base e sub-base. Para drenar essas águas que infiltram
no pavimento são recomendados dispositivos especiais, tais como:

• Camada drenante
o É uma camada de material granular, com granulometria apropriada
colocada logo abaixo do revestimento, seja ele asfáltico ou de
concreto de cimento, com a finalidade de drenar as águas infiltradas
para fora da pista de rolamento.

o A espessura dessa camada varia em função das condições


pluviométricas do local.
o Os materiais geralmente empregados nessa camada são rochas,
britadas ou não, mantendo uma condutividade hidráulica varia de 42
cm/s (agregados maiores dimensões) a 2,1 cm/s (agregados
menores dimensões). A presença de materiais finos (silte e argila)
nos agregados reduz a condutividade hidráulica.
o Com relação as camadas estruturais do pavimento deve-se observar
que:
− Subleitos argilosos necessitam de uma base de valor
estrutural abaixo da camada drenante, ou, pelo menos, uma
sub-base, para proteger a camada drenante da intrusão de
materiais finos provenientes do subleito.
− Entre as camadas drenantes (bases e sub-bases) e entre a
camada drenante e o subleito deve-se intercalar materiais
que se constituam com filtro-separador para evitar sua
mistura e comprometimento da capacidade drenante.
− Entre os drenos rasos longitudinais, drenos laterais de base e
drenos transversais, que envolvam contatos com seu material
de enchimento e materiais de granulometrias diferentes,
devem ter o mesmo cuidado em se dispor de elementos
filtros-separadores para evitar mistura, intrusão de finos e
comprometimento da capacidade drenante.

2
No Brasil, o lugar mais úmido raramente passa de 3.000 mm/ano. (INPE, 2015)
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− No caso do uso de geotêxteis como filtro-separador de


camadas, deve-se observar também a sua resistência
mecânicas devido a carga do trafego.

Dimensionamento hidráulico da Camada Drenante:

Lei de Darcy: Onde:


Q = Vazão de água a escoar (m3/dia)
Q = K.A.I K = coeficiente de permeabilidade (m/s)
A = área perpendicular ao fluxo (m2)
Sendo: I = carga hidraulica (m/m)
hÁ-C = altura
A=ex1 D = percurso do fluxo de infiltraçao (m)
e = espessura da camada drenante (m)
C = taxa de infiltraçao
i = intensidade de chuva (cm/h)

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• Drenos rasos longitudinais


o São drenos que recebem as águas drenadas pela camada drenante,
aliviadas pelos drenos laterais e transversais que recebem as águas
por ele transportadas, quando atingida sua capacidade de vazão,
conduzindo-as para fora da faixa estradal

Em cortes Em aterros

• Drenos transversais
o São os drenos posicionados transversalmente à pista de rolamento,
em toda a largura da plataforma sendo, usualmente, indicada sua
localização nos pontos baixos das curvas côncavas, ou em outros
locais onde se necessitar drenar as bases permeáveis

• Drenos laterais de base


o São drenos que tem a função de recolher as águas que se infiltram
na camada de base sendo usualmente utilizados nas situações em
que os materiais da base dos acostamentos apresentam baixa
permeabilidade, encaminhando-as para fora da plataforma.

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DRENAGEM SUBTERRÂNEA OU PROFUNDA


Utilizada para drenar as águas oriundas dos lençóis subterrâneos

Deve-se manter-se o lençol freático a profundidades de 1.50 a 2.00 metros do


subleito das rodovias, dependendo do tipo de solo da área considerada.

Para drenar essas águas subterrâneas são recomendados:

• Drenos profundos

o Objetiva principal interceptar o fluxo da água subterrânea através do


rebaixamento do lençol freático, impedindo-o de atingir o subleito.
o São instalados nos terrenos planos que apresentem lençol freático
próximo do subleito, bem como nas áreas eventualmente saturadas
próximas ao pé dos taludes, em profundidades da ordem de 1,50 a
2,00m, tendo por finalidade captar e aliviar o lençol freático e para
proteger o corpo estradal.
o Os drenos são constituídos por uma vala onde são instalados os
tubos, o material de enchimento, ou envoltório, podendo ser seladas
ou não. Quando selados contém uma camada de material
impermeável.
o Os materiais empregados variam de acordo com sua função, sendo:
− Materiais filtrantes: areia, agregados britados, geotêxtil, etc.
(impede carreamento de finos e evita a colmataçao do dreno)
− Materiais drenantes: britas, cascalho grosso lavado, etc.
(direciona o fluxo da água do solo para o tubo, com a função de
captação e de envoltório, aumentando o raio hidráulico)
− Materiais condutores: tubos de concreto (perfurados), tubos
cerâmicos (perfurados), tubos de fibro-cimento, tubos plásticos
(corrugado, perfurado, ranhurado), tubos metálicos.

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Dimensionamento hidráulico dos drenos profundos

− As valas devem ter no fundo a largura mínima de 50cm e de boca a largura


do fundo mais 10cm. A profundidade depende do lençol freático, atingindo
o máximo de 2,0m.
− Os tubos perfurados possuem diâmetros que variam de 10 a 40cm, sendo
que no caso de materiais plásticos flexíveis corrugados podem ser
atingidos valores maiores.
Onde:
Formula de hazen-willians V = velocidade de escoamento (m/s)
Q = Vazão (m/s)
D = Diâmetro (m)
I = declividade do dreno (m/m)
C = coeficiente q depende da
rugosidade – (C=120 para tubos de
concreto liso)

• Drenos espinhas de peixe


o São drenos destinados à drenagem de grandes áreas, pavimentadas
ou não, normalmente usados em série, em sentido oblíquo em
relação ao eixo longitudinal da rodovia, ou área a drenar.
o São de pequena profundidade e, por este motivo, sem tubos,
embora possam eventualmente possam ser usados.

Dimensionamento hidráulico dos drenos espinha de peixe


− Vale a Lei de Darcy: Q = K x A x I

• Valetões laterais
o São formados a partir do bordo do acostamento, tendo de um lado o
acostamento e do outro o próprio talude do corte.
o Recomenda-se o revestimento dos taludes do canal com gramíneas,
com profundidade de 1.5 a 2.0 m e os taludes de 3:2, quando
possível.

Valetão

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• Drenos sub-horizontais
o São aplicados para a prevenção e correção de escorregamentos nos
quais a causa determinante da instabilidade é a elevação do lençol
freático ou do nível piezométrico de lençóis confinados
o São constituídos por tubos providos de ranhuras ou orifícios na sua
parte superior, introduzidos em perfurações executadas na parede
do talude, com inclinação próxima à horizontal.

o Os materiais mais comuns são os tubos metálicos ou plásticos


(PEAD) até comprimento de 40 metros.

Dimensionamento hidráulico do dreno sub-horizontal


− Verifica-se ábacos próprios que consideram altura, declividade e material
constituinte (permeabilidade) do talude.

• Colchão drenante
o Objetiva drenar as águas situadas a pequena profundidade do corpo
estradal, em que o volume não possa ser drenado pelos drenos
"espinha de peixe".

Dimensionamento hidráulico do colchão drenante


− Vale a Lei de Darcy: Q = K x A x I

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• Drenos Verticais
o Para executar um trecho rodoviário com aterros sobre depósitos de
solos moles (siltes ou argilas orgânicas, argilas sensíveis e turfa) é
necessário a implantação de tecnologias de adensamento
controlado, tais como a implantação de drenos verticais.
o Os Drenos verticais consistem, basicamente, na execução de furos
verticais penetrando na camada de solo compressível nos quais são
instalados cilindros com material granular de boa graduação. A
compressão decorrente expulsa a água dos vazios do solo o que,
aliado ao fato de que normalmente a permeabilidade horizontal é
menor que a vertical, faz com que se reduza o tempo de drenagem.

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ANEXOS:

A) Valores Típicos Para Bueiros

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B) Ilustrações complementares

1. Perfil esquemático da drenagem em uma rodovia

2. Planta geométrica da pista com indicação de dispositivos de drenagem

Fonte: Manual de drenagem- DNIT

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3. Perfil de talude com dreno sub- horizontal

4. Detalhes de drenos profundos

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5. Detalhes de Bueiro de greide

6. Detalhes de dissipador de energia

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BIBLIOGRAFIA:
DNIT. Manual de drenagem rodoviária. Rio de Janeiro. 2006

DNIT. Álbum de Projetos -Tipo de Dispositivos de Drenagem. Rio de Janeiro. 2006

CEFETES. Apostila Ferrovias. Hidrologia e Drenagem. Curso extraordinário em Ferrovias,


Transportes. Vitória, 2009

OLIVEIRA, Francisco Maia. Drenagem de estradas. Boletim técnico nº5. Associação Rodoviária do
Brasil, 1947.

SUZUKI, C. Y.; AZEVEDO, A. M; KABBACH JUNIOR, F. I; Drenagem subsuperficial de


Pavimentos: conceitos e dimensionamento. Editora Oficina de textos. 2013.

WILKEN, Paulo Sampaio. Engenharia de drenagem superficial. CETESB, 1978

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