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Unidade II

METODOLOGIA DE ENSINO APLICADA


ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS

Profa. Josefa Alexandrina


Objetivos da disciplina

 Habilitar profissionais para o exercício da docência


nas Ciências Sociais, que sejam capazes de analisar
e compreender a realidade social em seus múltiplos aspectos.
 Preparar profissionais éticos e competentes, com sólida
formação teórica e metodológica nas áreas que compõem
o campo científico das Ciências Sociais – Antropologia,
Sociologia e Ciência Política.
Objetivos desta unidade

 Refletir sobre o processo de produção do conhecimento


na área de Sociologia.
 Analisar os recursos didáticos básicos para o ensino
da Sociologia.
 Analisar a especificidade da pesquisa como recurso didático
para o ensino e também como caminho para o desenvolvimento
da autonomia intelectual do jovem estudante.
 Analisar as possibilidades de utilização de músicas,
filmes e poesias no ensino da Sociologia.
 Refletir sobre os limites e possibilidades de utilização
da internet como recurso didático.
O processo de construção do conhecimento

 O processo de construção do conhecimento em sala de aula


requer a ação do docente para criar as condições adequadas
ao ensino. Isto requer fundamentalmente problematizar o
próprio conteúdo.
 A problematização consiste em explicitar a relevância do
conteúdo e estabelecer relação com temas atuais. Devem-se
criar questionamentos que conduzam a provocar, a instigar
os alunos a compreender a importância do conteúdo.
 Esta problematização pode ter início com perguntas
“socráticas”. A problematização pode ser acompanhada
por uma sensibilização do aluno a partir da escolha de um
recurso didático, como música, texto, charge, entre outros.
Linha de questionamento sociológico
elaborada por Giddens

Fonte: livro-texto.
A elaboração do plano de aulas

 A introdução de questionamentos que conduzam à reflexão


requer que o docente tenha um plano adequado de aulas.

A elaboração de um plano de aulas demanda algumas reflexões


prévias, como veremos a seguir:
1. Por que isso é importante?
2. Qual o meu objetivo para os estudantes? O que eles devem
ser capazes de fazer ao fim deste conteúdo?
3. Como o tema se encaixa no currículo geral?
4. O que os estudantes já sabem sobre isso?
5. Como eu posso despertar o interesse dos alunos?
A elaboração do plano de aulas

6. Como eu posso apresentar esse material?


7. O que os estudantes farão durante as aulas?
8. Como eu posso atender às necessidades de cada estudante?
9. Como eu posso ligar o conteúdo à rotina dos estudantes?
10. Existe alguma tecnologia capaz de melhorar essa tarefa?
O plano de aulas

 O plano de aula é uma ferramenta importante para a


organização do trabalho, pois indica as intenções (objetivos)
e a forma de conduzir a situação de aprendizagem. O plano
de aula, além de ser um guia, contribui para que o professor
não se distancie dos seus objetivos educacionais.
 É importante destacar que o plano de aula não requer o seu
rígido cumprimento. O contexto da aula exige do professor
uma postura proativa para recriar ou redirecionar as ações
quando necessárias.
O plano de aulas

 Segundo Bridi (2009), os questionamento que devem nortear


o plano são:

1.Que tipo de reação minha aula irá provocar?


2. Quais são as operações mentais que estarei acionando
ou exigindo?
2.1. Recordação, reconhecimento, associação.
2.2. Comparação, levantamento de hipótese, crítica, resumo,
interpretação, solução de problemas, entre outras.
O plano de aulas

 A educação tradicional valoriza a cópia, a reprodução,


a imitação, repetição ou exercício mecânico. É necessário
superar a educação tradicional para estimular processos
mentais mais elaborados.
 Espera-se que o ensino de Sociologia contribua para que
os alunos desenvolvam a habilidade de compreender e analisar
os fenômenos sociais, desenvolvam a desnaturalização da
percepção da relação do homem com a natureza, as relações
do indivíduo com a sociedade e suas instituições e identifiquem a
estrutura social e como esta produz e reproduz as desigualdades
sociais. É preciso compreender também a dinâmica do Estado,
da cultura e da ideologia.
Aula expositiva e construção do diálogo coletivo

 Parte considerável das atividades desenvolvidas nas


escolas se concentra nas salas de aula. As atividades
desenvolvidas em outros espaços, como museus, estudos
de meio, constituem momentos especiais do processo
de aprendizagem.
 As atividades desenvolvidas em sala de aula representam
um momento significativo para a aprendizagem.
Aula expositiva e construção do diálogo coletivo

 A aula expositiva é vista como recurso necessário para o


estímulo ao diálogo e à sistematização do conhecimento.
Porém, é necessário que haja diversificação das formas
de dar aula e a aula expositiva não seja vista como único
recurso pedagógico.
 “Se o professor tem por objetivo que o aluno participe da aula,
alguns encaminhamentos prévios precisam ser acertados,
tais como: a leitura do texto, a elaboração de questões,
o levantamento de dúvidas (oral ou escrito), o fichamento
de textos, as respostas previamente elaboradas às questões
centrais”. (BRIDI, 2009).
Aula expositiva e formação de mapas conceituais

Capital
cultural

Capital Capital
social econômico
Aula expositiva e construção do diálogo coletivo

 Portanto, a aula expositiva é um recurso importante, mas


não deve ser usada extensivamente. Pode ser utilizada nos
momentos iniciais de uma reflexão e nos momento finais,
para a elaboração da síntese.
Interatividade

A problematização de temas a partir de questões socráticas pode


possibilitar ao aluno:
a) memorizar o texto;
b) desenvolver a habilidade de escrita;
c) refinar a oratória;
d) desenvolver reflexão autônoma;
e) internalizar regras.
Seminários

O seminário é um recurso didático que pode contribuir muito


para o desenvolvimento dos alunos. Todo seminário deve ter
um tema, um texto que sirva de referência para a sala. Segundo
Severino (1998), a condução de um seminário pode ocorrer da
seguinte maneira:
1. exposição inicial do professor sobre o problema a
ser discutido e indicação de um roteiro de questões
para a discussão;
2. divisão da turma em grupos para a discussão do texto;
3. organização de uma plenária em que os grupos expõem
a síntese da discussão;
4. síntese final.
Seminários

De acordo com as OCN’s, o seminário é um recurso de


aprendizagem que requer do professor constante intervenção.
Não significa distribuir temas e mandar o aluno pesquisar
e expor. Como veremos a seguir, cabe ao professor:
 organizar os grupos, distribuir os temas, orientar cada
um deles a respeito de uma bibliografia mínima, analisar
o material encontrado pelos grupos, estar presente, intervir
durante a apresentação e ‘fechar’ o seminário.
Seminários

 Além disso, o professor auxiliará os alunos na produção


e na apresentação do seminário, complementando o que
possivelmente tiver sido deixado de lado. Possibilitará
aos alunos a oportunidade de pesquisar e de expor um
determinado tema, desenvolvendo uma autonomia no
processo e na exposição dos resultados da pesquisa.
Seminários

 É preciso levar em conta que o debate em sala de aula


só é profícuo quando é preparado previamente. O debate
baseado meramente em opiniões não contribui para
a superação do senso comum. Deste modo, é necessário
que os alunos preparem suas argumentações a partir
da leitura da bibliografia indicada.
 É usual que os debates girem em torno de questões
polêmicas nas aulas de Sociologia. É um momento rico
para a contraposição de visões diferenciadas sobre
o processo social. Neste caso, a sala pode ser dividida
em dois grupos, uma parte defende um ponto de vista
e a outra parte se prepara para contra-argumentar.
A pesquisa como recurso didático

 A prática da pesquisa escolar deve ser um estímulo à


autonomia intelectual e se configura como um “instrumento
importante para o desenvolvimento da compreensão e para
a explicação dos fenômenos sociais”. (OCN’s, p. 126).
 O conhecimento no campo das Ciências Sociais é, antes
de tudo, um exercício de autoconhecimento, mas de modo
sistemático, rigoroso e intersubjetivo, uma vez que a
investigação sociológica oferece ao estudante instrumentais
que lhe garantam um tratamento coerente e analítico
das questões que estão à sua volta, compreendidas
com racionalidade. Ir além do que é imediatamente visível
e aceito como natural é um dos objetivos de se trabalhar
a pesquisa sociológica no Ensino Médio. (OCN’s).
A pesquisa como recurso didático

 Seja na opção por trabalhar com temas, conceitos ou


teorias, é recomendável a prática da pesquisa. A questão
que se coloca é compreender em qual momento da
aprendizagem deve ser inserida a prática da pesquisa.
 Segundo as OCN’s, a pesquisa pode ser feita depois das
apresentações teóricas, conceituais ou temáticas, como um
elemento de verificação ou de aplicação (ou não) do que foi
visto anteriormente. Mas pode ser utilizada como elemento
anterior às explicações, por meio dos três recortes. Podem-se
encaminhar os alunos para que realizem uma pesquisa antes
de discutirem qualquer teoria, conceito ou tema, e, a partir
do que encontrarem, problematizar os resultados no contexto
de cada um dos recortes.
A pesquisa como recurso didático

 A prática da pesquisa não pode prescindir dos padrões


mínimos da metodologia científica, pois, deste modo,
as pesquisas tenderiam simplesmente à reprodução
do senso comum.
 Por exemplo, qual o sentido de realizar uma pesquisa
sobre desemprego analisando exclusivamente entrevistas
com desempregados? A entrevista nos concede a visão
do indivíduo, mas não revela por si as estruturas sociais.
Neste sentido, a pesquisa deve ser acompanhada da análise
teórica sobre as novas configurações do mercado de trabalho,
análise de dados estatísticos sobre o desemprego no país.
Este procedimento contribui para que a pesquisa realizada
pelo aluno adquira maior amplitude e revele novos
aspectos da realidade.
A pesquisa como recurso didático

 Mesmo as pesquisas de caráter bibliográfico devem ser


acompanhadas do conhecimento mínimo sobre metodologia
científica. É usual encontrarmos, no meio escolar, pesquisas
baseadas simplesmente em uma fonte da grande imprensa,
que tendem a reproduzir um ponto de vista de um grupo social.
 É imprescindível discernir artigos de opinião de artigos
mais analíticos. Saber identificar o que é juízo de fato
e juízo de valor nas leituras.
A pesquisa como recurso didático

 Recomenda-se que o aluno tenha noções prévias do que seja


um editorial, uma reportagem, um artigo ou uma entrevista.
Outra questão relevante é analisar várias publicações para
identificar as diferentes abordagens sobre um mesmo tema.
A pesquisa como recurso didático

Para os jovens, tem sido comum, ao fazer uma pesquisa,


se restringir a selecionar informações disponíveis na web
e imprimi-las como se fossem sua produção. Para Bridi (2009),
a solução deste problema que assola o ambiente escolar é:
 “Jamais pedir uma pesquisa sobre algum tema geral sem
o acompanhamento das etapas de elaboração do trabalho,
a exigência de fichamentos de leituras e, principalmente,
a organização de um roteiro propondo questões reflexivas
a serem abordadas pelo aluno.” (BRIDI, 2009, p. 129).
O desenvolvimento de atitudes científicas na escola

 É possível que a prática de pesquisa no Ensino Médio


contribua para o desenvolvimento de atitudes científicas
e crie predisposição para conhecer de forma inteligente
e não apenas repetitiva e reprodutiva.
 Além disso, a prática da pesquisa possibilita um certo treino
e disciplina para o trabalho intelectual.
O professor como pesquisador

 Fica mais clara a necessidade de o educador se ver não só


como docente, mas também como pesquisador. Quando ele
se coloca na posição de professor-pesquisador, abre espaço
para as curiosidades e perguntas dos estudantes. Conforme
Becker e Marques (2007, p. 19), o professor sabe que ‘toda
investigação começa com uma pergunta’. Diante disso,
sabendo quais são os problemas com que os estudantes
se deparam, podemos constituir um programa de estudos
diferenciado que, em vez de privilegiar a reprodução dos
conteúdos, destacamos como fundamental a contribuição
com base em suas ações e reflexões para a construção
do conhecimento. (ZORZI, 2012, p. 112).
O professor como pesquisador

 Diante do exposto, evidencia-se como a prática


da pesquisa é importante para o professor como
trabalhador intelectual e para o aluno, concebido
como agente construtor do conhecimento.
Interatividade

Qual o sentido da pesquisa sociológica no Ensino Médio?


a) Viabilizar a iniciação científica no Ensino Médio.
b) Desenvolver uma postura de investigação ou uma atitude
de curiosidade que leve o aluno a refletir sobre a realidade
social que o cerca.
c) Compreender os procedimentos básicos da pesquisa
científica para desenvolver a autonomia intelectual.
d) Compreender os procedimentos básicos da pesquisa
científica para desvendar os sistemas ideológicos.
e) Compreender os procedimentos básicos da pesquisa
científica para produção de teorias de alcance local.
Recursos didáticos

 Entende-se por recursos didáticos todos os elementos


presentes no ambiente educativo que contribuam para
o processo de ensino-aprendizagem. Pode ser considerada
como recurso didático até mesmo a paisagem da janela
de uma sala de aula, quando utilizada para observação
e análise de um fenômeno estudado.
 Os materiais didáticos cumprem uma função de intermediar
a comunicação entre o professor e o aluno. Uma vez que
podem disponibilizar sons, imagens e romper com
a monotonia da aula expositiva.
Motivação dos alunos e estratégias didáticas

 Segundo Bridi, muitos professores confundem motivação


com estratégias e recursos didáticos utilizados e até mesmo
com um ensinamento de maneira lúdica. As estratégias
e os recursos didáticos são ferramentas que visam a facilitar
a aprendizagem, porém, não podem ser confundidos
com motivação. A Psicologia demonstra que a motivação
é um processo interno ao indivíduo e implica desejo
e vontade pessoais.
Motivação dos alunos e estratégias didáticas

 Entretanto, sendo a motivação um dos componentes


essenciais para que aconteça a aprendizagem, é mister
que os alunos encontrem razões suficientes para estudar
Sociologia em seu Ensino Médio. Sem dúvida, está entre
uma das razões a exigência dos conhecimentos que englobem
essa disciplina para a aprovação em exames vestibulares
ou nos exames nacionais para o Ensino Médio, mas isso
é pouco diante de sua importância para a formação individual
e para a consciência social da pessoa. (BRIDI, 2009).
 Portanto, o êxito do processo educacional não está ligado
diretamente à existência de recursos didáticos, mas ao
grau de motivação que o aluno possui.
A contribuição dos recursos didáticos
para o processo de aprendizagem

1. Servem de estímulo para despertar a curiosidade


e o interesse no aprendizado.
2. Contribuem para ilustrar e estimular o debate.
3. Contribuem para o desenvolvimento da capacidade
de observação.
4. Permitem a sistematização dos conteúdos.
Recursos didáticos

 Existe uma gama de materiais que não foram produzidos


originalmente com objetivos didáticos, mas que podem ser
adaptados para a realidade escolar. É o caso de recursos
audiovisuais e de espaços de vivência coletiva.
 É usual que os docentes considerem que os recursos
didáticos colocados à disposição das instituições sejam
insuficientes. Pois muitas escolas não dispõem sequer
de serviços de reprodução de textos ou de computadores
conectados à internet, data show para exibição de filmes
ou imagens, quanto mais de recursos para a realização
de atividades extracurriculares.
Recursos didáticos

 A ausência de recursos didáticos não pode ser um obstáculo


para o desenvolvimento das atividades. Cabe ao docente, como
condutor do processo, garantir o desenvolvimento
da aula.
Veja a seguir o depoimento de Paulo Freire sobre o seu processo
inicial de aprendizagem:
 “Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra
das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo
maior dos meus pais. O chão foi o meu quadro-negro; gravetos,
o meu giz”. (FREIRE, 1992).
Recursos didáticos

 É pertinente afirmar que os recursos podem tornar as


aulas mais participativas e agradáveis, mas é necessário
que o professor os utilize de forma adequada, ou seja,
planejar qual o momento adequado de utilização dos
recursos e como explorá-los adequadamente.
 Como recurso didático, as OCN’s analisam a importância
das atividades extraescolares, como excursões, visitas a
museus e parques como oportunidades de aprendizagem
e enriquecimento curricular.
Leitura e produção de textos

 Vamos analisar a importância da leitura para a formação


do “olhar sociológico”.
 O ato de ler não se limita à decodificação da palavra escrita,
a leitura é elemento primordial para a compreensão da
realidade. A formação de um público leitor é uma tarefa
primordial, que se coloca não só para os professores,
mas para a sociedade brasileira.
 A leitura como forma de compreensão do mundo se
opõe aos tradicionais métodos de leitura que pressupõem
a memorização do conteúdo. A leitura de um texto, quando
pautada na busca inócua da memorização e não da intelecção
e do estabelecimento de relação com o mundo,
torna-se ineficaz.
Leitura e produção de textos

 No ambiente escolar é importante que se trabalhe com


diversos tipos de textos, como jornais, revistas, quadrinhos.
Na leitura de livros, diferentes gêneros podem conduzir
a reflexão sobre o mundo social, desde as obras literárias
clássicas, poesia e outros.
 Segundo as Orientações Curriculares Nacionais,
a leitura de textos sociológicos deve servir de suporte
para o desenvolvimento de um tema ou para a exposição
e análise de teorias e conceitos. Todos os textos devem
ser contextualizados e analisados dentro do conjunto da
obra do autor. Neste sentido, cabe ao professor o trabalho
de mediação entre o texto e o aluno.
Leitura e produção de textos

 A leitura nas aulas de Sociologia requer do docente a seleção


adequada do texto. É preciso iniciar com textos curtos que
permitam o debate em sala de aula. Os alunos devem ser
orientados a ler, identificar as ideias centrais, sublinhá-las,
anotar dúvidas e elaborar questões.
A expressão escrita

 Para Bridi, 2009, os alunos devem ser estimulados a verbalizar


e escrever sobre os conteúdos estudados, utilizando-os para
entender ou explicar sua realidade, os fenômenos sociais,
políticos, culturais e econômicos. Para isso é necessário
que os alunos se situem criticamente diante de alguma
notícia das diversas mídias: impressa, televisiva e da internet.
 A expressão escrita é fundamental para o desenvolvimento
do aluno, deste modo, é importante estimular a passagem da
oralidade para a escrita. Diante da importância da expressão
escrita na formação do jovem, entende-se que não compete
somente à disciplina de Língua Portuguesa o desenvolvimento
da escrita. Trata-se de um desafio maior, que deve ser
encampado por todas as disciplinas do currículo.
A expressão escrita

Para o desenvolvimento da expressão escrita, Bridi (2009)


nos recomenda:
 Na disciplina de Sociologia, após a leitura, o levantamento
de dúvidas, o debate e os dados complementares trabalhados,
o aluno sistematiza o seu entendimento por escrito, o qual
pode conter questões reflexivas, questões-problema ou
mesmo ideias centrais do conteúdo. A apresentação escrita
é uma exigência e um dos componentes fundamentais
do processo de avaliação, podendo ser por meio de resenhas,
resumos, pesquisas, relatórios, levantamentos sociais,
sínteses, redações, elaboração de jornal ou revista etc.
A expressão escrita

 A Sociologia, juntamente com outras disciplinas escolares,


deve contribuir para uma escrita competente do aluno
e isso acontece nas atividades que levem a trabalhar com
a produção de textos, levantando questões capazes de exigir
argumentação, análise, comparação, síntese, relações,
descrição, narração. (BRIDI, 2009).
 Sabemos que a leitura e a compreensão das obras clássicas
no campo das Ciências Sociais não é uma tarefa simples
para jovens do Ensino Médio. Por isso, recomenda-se
a utilização de recortes, ou seja, trechos significativos,
para que o estudante tenha contato com um pensamento
mais sofisticado.
Interatividade

A prática de leitura é fundamental para o desenvolvimento do


olhar sociológico sobre a realidade, por isso, é recomendável que:
a) o aluno inicie a leitura das obras clássicas da área;
b) iniciar a aprendizagem com pequenos textos da área;
c) restringir-se à leitura dos livros didáticos;
d) por sua linguagem acessível, restringir-se à leitura de jornais
e revistas da grande imprensa;
e) ler os dicionários especializados para se familiarizar com
as expressões das Ciências Sociais.
A utilização de músicas e poesias
no ensino de Sociologia

 A música e a poesia são grandes aliadas no processo


de ensino-aprendizagem. A música se encontra presente
na vida da maioria dos jovens brasileiros como forma
de expressão da sua identidade cultural. O trabalho com
música possibilita o exercício da reflexão, o cultivo da
sensibilidade e agrega prazer ao processo de aprendizado.
A utilização de músicas e poesias
no ensino de Sociologia

 A vinculação de textos literários (neste caso, poemas, mas


podem tratar-se também de novelas, capítulos de novelas,
fragmentos de ensaios, contos ou peças de teatro) é um
trabalho rico e interessante. Permite dar vida e cor aos
temas destas matérias, pode oferecer novos dados ou novas
maneiras de ver as coisas, diferentes da proporcionada pelos
livros didáticos ou pela explicação do professor e ajudam os
alunos a ver a realidade de uma maneira ampla, integral e não
parcelada em matérias de estudo, brindando-os com a
possibilidade sempre bem-vinda de abrir a aula para
a apreciação da comunicação e dos sentimentos vivos
num texto literário. (NIDELCOFF, 2004, p. 122).
A utilização da poesia no ensino de Sociologia

No caminho, com Maiakóvski

"[...] Na primeira noite eles se


Até que um dia,
aproximam
o mais frágil deles
e roubam uma flor
entra sozinho em nossa casa,
do nosso jardim.
rouba-nos a luz, e,
E não dizemos nada.
conhecendo nosso medo,
Na segunda noite, já não se
arranca-nos a voz da garganta.
escondem;
E já não podemos dizer nada
pisam as flores,
[...]."
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Poema de Eduardo Alves
da Costa.
A utilização da poesia no ensino de Sociologia

A partir do trecho do poema é possível discutir temas como:


 violência;
 cidadania;
 Estado de direito.
A utilização de músicas nas aulas de Sociologia

 A música é um recurso financeiramente acessível, disponível


à maioria das escolas e que aguça a capacidade de análise
em relação a situações, capaz de superar as dificuldades
presentes nos textos didáticos, levando-se em conta que
as letras analisadas não foram escritas com esse propósito,
mas com intenções as mais diversas. A partir da inspiração
pessoal do artista que escreveu os versos, a análise
sociológica que deles provém pode remeter às mais diferentes
questões da vida social (OCN’s).
A utilização de músicas nas aulas de Sociologia

 Para trabalhar em sala de aula com música, recomenda-se


inicialmente ouvi-la com a turma, em uma atmosfera de aula
de maior descontração. A seguir, ouvir as impressões iniciais
dos alunos e em seguida ler a letra com o grupo, levando a
discussão sobre a ideologia do consumo e classes sociais.
TV e vídeo nas aulas de Sociologia

 As facilidades técnicas oferecidas pelos computadores


possibilitam a exploração de um leque ilimitado de ações
pedagógicas, permitindo uma ampla diversidade de atividades
que professores e alunos podem realizar. Por um lado, essa
ampla gama de atividades pode ou não estar contribuindo para
o processo de construção do conhecimento. O aluno pode
estar fazendo coisas fantásticas, porém, o conhecimento
usado nestas atividades pode ser o mesmo que o exigido em
outra atividade menos espetacular. [...] Por exemplo, o aluno
pode estar buscando informações na rede internet, na forma
de texto, vídeo ou gráficos, colando-as na elaboração de uma
multimídia, porém, sem ter criticado ou refletido sobre os
diferentes conteúdos utilizados. Com isso, a multimídia pode
ter um efeito atraente, mas ser vazia do ponto de vista
de conteúdos utilizados. (BRASIL: 2005, p. 23).
TV e vídeo nas aulas de Sociologia

 Diante do exposto, coloca-se a necessidade de refletir sobre


a forma como as tecnologias podem contribuir com o processo
educacional. Elas possuem a capacidade de informar?
Contribuem para o desenvolvimento do conhecimento?
 O desenvolvimento da internet e as múltiplas utilizações
do computador no meio educacional têm levado muitos
educadores a desconsiderar a importância da televisão
e do vídeo para o processo educacional.
TV e vídeo nas aulas de Sociologia

 Morin indica pistas de como trabalhar a televisão na sala de


aula. Parte-se do sensorial, do afetivo, para se avançar para
conceitos e teorias. Para Morin, é necessário que o professor
faça um esforço para integrar imagens, sons e textos, para que
a linguagem se aproxime mais do jovem.
 A utilização da televisão nas aulas de Sociologia permite
partir-se de elementos mais próximos da sensibilidade
dos alunos e desenvolver análise do conteúdo com vistas
a que estes percebam os aspectos positivos e negativos
da abordagem televisiva. Deste modo, é possível formar
o telespectador criterioso, que saiba avaliar o que
é apresentado.
Filmes nas aulas de Sociologia

 A utilização de vídeos tem se constituído um recurso comum


nas aulas de Sociologia. O grande problema é que a projeção
de filmes destoa do tempo de aula. As produções médias dos
longas metragens é de 2 horas e as horas-aula possuem em
média 50 minutos. Para que aconteça uma projeção são
necessários verdadeiros malabarismos, com novos arranjos
de turmas. É preciso selecionar filmes que permitam certos
recortes, que possibilitem tornar evidentes determinados
aspectos considerados fundamentais.
TV e vídeo nas aulas de Sociologia

 Ao traçar um paralelo entre o discurso televisivo e o discurso


escolar, Morin identifica que a TV possui um formato
“despretensioso e sedutor”, que cria uma dificuldade para
o meio escolar contrapor, com uma visão mais crítica, que
requer um grau maior de abstração. Enquanto a televisão fala
do mundo afetivo, o discurso escolar tem base científica.
Para abstrações necessárias para o desenvolvimento de linhas
de raciocínio, a televisão oferece a sedução das imagens.
Fotografias nas aulas de Sociologia

 Além dos recursos acima descritos, a fotografia também


pode ser utilizada em aulas. A fotografia permite a análise
de contextos sociais, políticos e culturais. Sua análise
contribui para compreender os valores, as ideologias
e as tensões de uma determinada época e local.
 Com o avanço dos recursos tecnológicos, tem se popularizado
a utilização de filmadoras e câmaras fotográficas, que podem
ser utilizadas no espaço escolar pelos alunos para refletir
sobre os temas das Ciências Sociais.
A internet e a criação de redes de conhecimento

 Para alguns grupos, a internet é concebida como instrumento


primordial para o processo educacional. Segundo análise
desenvolvida por Bridi (2009), a observação empírica da
realidade mostra que o acesso às informações não significa
que estas são necessariamente refletidas pelo aluno.
 A utilização adequada da rede (internet) exige certa
competência acadêmica, além de, na maior parte do tempo,
sua utilização ocorrer em espaços de ‘bate-papo’ ou ser
destinada à cópia de textos para os trabalhos escolares.
(BRIDI, 2009, p.79).
A internet e a criação de redes de conhecimento

As observações empíricas sobre o esforço das escolas para


equiparem-se e acompanharem o processo de informatização do
ensino-aprendizagem e do crescente número de domicílios com
acesso ao computador revelam:
a) as novas tecnologias não tornam obsoletas as formas
convencionas de escrita e leitura;
b) a capacidade de seleção e análise das fontes continua
sendo fundamental para o processo de conhecimento;
c) o fato de que os alunos, ao utilizarem cotidianamente
o computador, sabem utilizá-lo como ferramenta
potencializadora de informações e do conhecimento.
(BRIDI, 2009, p. 98).
A internet e a criação de redes de conhecimento

 A escola deve contribuir para a inclusão do jovem na


cibercultura, mas é preciso ter clareza de que o acesso
a sites, por si só, não promove a inclusão, pois é preciso
desenvolver habilidades para selecionar sites com conteúdos
de qualidade, ler as informações e principalmente interpretar
o que se lê.
Interatividade

A inserção do jovem na cibercultura significa:


a) equipar as escolas com computadores modernos;
b) substituir a leitura de livros por pesquisas livres na internet;
c) reproduzir as informações encontradas na web;
d) inserir os jovens nas redes sociais;
e) desenvolver a habilidade de selecionar sites com conteúdo
de qualidade e ler criticamente.
ATÉ A PRÓXIMA!

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