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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

ENGENHARIA DE ALIMENTOS
LABORTÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS
CILENE MENDES REGES

SEDIMENTAÇÃO

ANTONINA MADALENA SANTANA PONTES

PALMAS - TO
FEVEREIRO – 2018
Sumário
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3
2. OBJETIVO GERAL ..................................................................................................................... 4
3. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................................... 5
3.1. MATERIAIS .......................................................................................................................... 5
3.2. MÉTODOS ............................................................................................................................ 5
3.2.1. Método de Kynch ................................................................................................................ 5
3.2.2. Método de Roberts ............................................................................................................. 7
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................................ 7
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 13
1. INTRODUÇÃO
A sedimentação é uma das operações unitárias mais utilizadas na indústria química,
como por exemplo, nas indústrias de beneficiamento de minério, alimentícias, no tratamento
de água, assim como, em estações de tratamento de efluente. É um processo de separação
sólido-fluido baseado na diferença de densidade entre o sólido e o líquido. Pela ação da
gravidade as partículas sólidas presentes em uma corrente líquida são removidas. O que
oferece ao processo as características de baixo custo e grande simplicidade operacional
(FRANÇA e CASQUEIRA, 2007).

As operações de sedimentação industriais podem ser efetuadas ou descontinuamente


ou continuamente em equipamentos denominados tanques de decantação ou decantadores
(espessadores ou clarificadores), onde o equipamento decantador é um espessador quando o
produto a que visa é a lama decantada, e o decantador é um clarificador quando a operação
visa a obter um líquido límpido. O decantador descontínuo nada mais é que um tanque
cilíndrico com aberturas para a alimentação da suspensão e retirada do produto. O tanque é
cheio pela solução diluída e a suspensão fica em repouso, sedimentando. Depois do período
preestabelecido de tempo, o líquido puro é decantado até que a lama aparece no fluido
efluente. A lama removida do tanque através de aberturas no fundo. Contudo, os
decantadores contínuos são tanques rasos, de grande diâmetro, onde operam grades que giram
lentamente e removem a lama. A suspensão é injetada pelo meio do tanque. Em torno da
borda do tanque estão os vertedores para o líquido límpido. Ás grades servem para raspar a
lama, conduzindo-a para o centro do fundo, por onde é descarregada. O movimento das
grades também “agita” a camada de lama. Esta suave agitação favorece a remoção da água
retirada da lama (FOUST et al., 1982, p. 555).

Os sedimentadores são amplamente utilizados na indústria química e por isso há um


crescente interesse no conhecimento do dimensionamento e operação desses equipamentos,
com o fim de melhorar a utilização e eficiência no atendimento aos objetivos operacionais.

Uma forma de conhecer melhor estes equipamentos é utilizar modelos matemáticos


para o seu projeto. Um dos pioneiros e propor um modelo matemático para a sedimentação foi
Kynch, em 1952. Kynch propôs um modelo cinemático da sedimentação com base apenas no
desenvolvimento da equação da conservação da massa para fase sólida. A publicação de
Kynch motivou a indústria mineral e explorar essa nova teoria para o projeto de
sedimentadores (LIRA, 2010).
De acordo com Cremasco (2012), o mecanismo de sedimentação pode ser facilmente
compreendido por meio de teste de proveta, o qual se baseia no acompanhamento, no tempo,
do deslocamento axial da interface superior da suspensão.

A figura abaixo demonstra como o experimento funciona. A partir desta, nota-se que
após sofrer agitação e submeter ao descanso, as partículas começam a sedimentarno fundo,
durante esse processo é indispensável realizar o monitoramento do tempo.

Figura 1: Sedimentação em Provetas.

Fonte: Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/2668743/principios-de-


operacoes-unitarias---foust>

2. OBJETIVO GERAL
Observar o processo de sedimentação de proveta, visando separar uma suspensão
diluída, para obter um fluido límpido e uma “lama” com a maior parte dos sólidos e
determinar a curva de sedimentação a partir dos dados adquiridos com a observação de altura
e tempo da sedimentação e calcular a velocidade de sedimentação.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. MATERIAIS
 Carbonato de Cálcio;
 Proveta de 1000 ml;
 Cronômetro;
 Balança Analítica (Radway Wagi eletrônico e AS 220/c/2, precisão ± 0,0001);
 Espátula;
 Escala milímetrada;
 Água;
 Béquer de 2000 ml;
 Béquer de 50 ml;
 Plástico filme;
 Bastão de Vidro.

3.2. MÉTODOS
Pesou se aproximadamente 65 g de carbonato de cálcio em uma balança analítica com
o auxilio de uma espátula e um béquer de 50 ml.
Em seguida colocou se cerca de 20 ml de água na proveta e adicionou se o carbonato
de cálcio e completou com água ate 1000 ml, depois de adicionados a água e o carbonato de
cálcio, com o auxilio de um bastão de vidro a solução de concentração conhecida de 65 g.L-1
foi agitada para a mistura da suspensão, essa técnica não foi totalmente eficaz então, colocou
se plástico filme na borda da proveta lacrando se totalmente para não ter possibilidades de
vazamento e assim agitou se a suspensão, após a agitação o cronômetro foi acionado e
registrou se a variação de altura de liquido clarificado com o tempo na proveta. Observou se
28 alturas em 30 e 30 segundos, 26 alturas de 1 em 1 minuto, 20 alturas de 2 em 2 minutos, 2
alturas de 5 em 5 minutos e 1 altura com 24 horas.
3.2.1. Método de Kynch

Kynch desenvolveu um método de dimensionamento de sedimentadores que requer


apenas um ensaio que forneça a curva de decantação (Z versus θ). Para isso ele propôs as
seguintes considerações:

 Sedimentação unidimensional.
 A concentração aumenta com o tempo no sentido do fundo do sedimentador.

 A velocidade de sedimentação tende ao valor zero quando a concentração


tende ao seu valor máximo.

 A velocidade de sedimentação depende somente da concentração local de


partículas.

 Os efeitos de parede não são considerados.

Figura 2: Ensaio de proveta pelo método de Kynch.

Fonte: Disponível em: <https://pt.slideshare.net/angelaguerra1044/relatrio-p4-sedimentao>.

A partir dos pares de valores no gráfico, encontram-se outros dados, permitindo


realizar o cálculo da concentração usando a seguinte:

𝐶0∗𝑍0
𝐶𝑖 = Equação (1)
𝑍𝑖

Onde:

Ci = Concentração pontual;

C0= Concentração inicial da suspensão;

Z0 = Altura inicial da suspensão.

Zi = A altura inicial da sedimentação, encontradas no gráfico.

Já o cálculo da velocidade pontual de sedimentação é obtido pela seguinte equação:

𝑍𝑖−𝑍
𝑣𝑖 = Equação (2)
𝑡
Onde:

Vi = Velocidade pontual;

Zi= Alturas referente a variação da sedimentação, obtido através do gráfico.

t = Tempo que a sedimentação levou para percorrer.

Para o cálculo da área do sedimentador utiliza-se a seguinte equação:

1 1

𝐴 = 𝐹.𝐶𝑎. 𝐶𝑖 𝐶𝑙
Equação (3)
𝑣𝑖

Onde:

F = Vazão de entrada;

Ca = Concentração inicial;

Ci= Concentração pontual;

Vi = Velocidade pontual de sedimentação;

Cl = Concentração ideal da lama.

3.2.2. Método de Roberts

O referente método segue os princípios do de Kynch, no entanto com o de Roberts é


possível obter o ponto crítico, através da reta tangente, a partir dos dados do experimento.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Pesou se aproximadamente 65 g de carbonato de cálcio em uma balança analítica com
o auxilio de uma espátula e um béquer de 50 ml.
CaCO3 pesado = 65,017g
Em seguida colocou se cerca de 20 ml de água na proveta e adicionou se o carbonato
de cálcio, ao adicionar o carbonato de cálcio teve se uma pequena perda e completou se com
água ate 1000 ml, depois de adicionados a água e o carbonato de cálcio, com o auxilio de um
bastão de vidro a solução de concentração conhecida foi agitada para a mistura da suspensão,
essa técnica não foi totalmente eficaz então, colocou se papel filme na borda da proveta
lacrando se totalmente para não ter possibilidade de vazamento e assim agitou se a suspensão,
após a agitação o cronômetro foi acionado e registrou se a variação de altura de liquido
clarificado com o tempo na proveta. Observou se 28 alturas em 30 e 30 segundos, 26 alturas
de 1 em 1 minuto, 20 alturas de 2 em 2 minutos, 2 alturas de 5 em 5 minutos e 1 altura com
24 horas.
Na tabela abaixo é possível acompanhar os resultados do experimento na proveta, após
o acompanhamento da altura do sedimento e o tempo.
Tabela 1: Dados obtidos.

Tempo (mim) Altura (cm) Tempo (mim) Altura (cm) Tempo (mim) Altura (cm)
0 34 13,0 24,3 38,0 14,2
0,3 33,5 13,5 24,0 39,0 14,0
1,0 33,0 14,0 23,7 40,0 13,7
1,5 32,7 15,0 23,1 42,0 13,4
2,0 32,5 16,0 22,5 44,0 13,1
2,5 32,0 17,0 21,8 46,0 12,8
3,0 31,5 18,0 21,3 48,0 12,4
3,5 31,2 19,0 20,7 50,0 12,2
4,0 30,7 20,0 20,3 52,0 11,9
4,5 30,5 21,0 19,7 54,0 11,6
5,0 30,0 22,0 19,3 56,0 11,4
5,5 29,6 23,0 18,7 58,0 11,2
6,0 29,2 24,0 18,4 60,0 10,9
6,5 28,9 25,0 18,0 62,0 10,7
7,0 28,5 26,0 17,6 64,0 10,5
7,5 28,1 27,0 17,2 66,0 10,4
8,0 27,7 28,0 16,8 68,0 10,1
8,5 27,4 29,0 16,5 70,0 9,9
9,0 27,0 30,0 16,2 72,0 9,7
9,5 26,6 31,0 15,9 74,0 9,6
10,0 26,3 32,0 15,6 76,0 9,4
10,5 26,0 33,0 15,3 78,0 9,2
11,0 25,7 34,0 15,0 80,0 9,1
11,5 25,4 35,0 14,8 85,0 8,7
12,0 25,0 36,0 14,6 90,0 8,4
12,5 24,6 37,0 14,4 1440,0 5,5
Fonte: Autor, 2018.
Foi possível observar que ao passar do tempo, a lama depositava se no fundo.
Observou-se também que após 24 horas (1440 minutos) a altura continuou diminuindo de 8,4
para 5,5, pois o que se espera é que a lama se deposite totalmente no fundo estabilizando com
relação ao tempo.
A partir desses dados obteve se a curva de sedimentação, como pode se verificar
abaixo.
Gráfico 1: Curva de sedimentação até 90 minutos de experimento.

Curva de Sedimentação
Altura x Tempo
35
33
31
29
27
25
Altura (cm)

23
21
19
17 C= 65 g/L
15
13
11
9
7
5
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
Tempo (min)

Fonte: Autor, 2018.

Gráfico 2: Curva de sedimentação até 24 horas de experimento.

Curva de Sedimentação
Altura x Tempo
40
35
30
25
Altura (cm)

20
15 C= 65 g/L

10
5
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Tempo (min)

Fonte: Autor, 2018.


Pode se observar que a “lama” mesmo depois de 24 horas houve uma queda, uma
maior concentração de carbonato de cálcio no fundo da proveta. Ou seja a única separação
nítida que se nota é entre o sedimento solido depositado no fundo e o resto da suspensão,
sendo o comportamento típico de suspensões diluídas.

Gráfico 3: Curva de sedimentação com o ajuste da linha de tendência polinomial.

Curva de Sedimentação
Altura x Tempo
35
33 y = 30,048e-0,017x
R² = 0,9553
31
29
27
25
Altura (cm)

23
21
19 C= 65 g/L
17
Expon. (C= 65 g/L)
15
13
11
9
7
5
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tempo (min)

Fonte: Autor, 2018.


Fez se, um ajuste não linear da distribuição de pontos experimentais, obtendo se um
coeficiente de correlação de 0,9553.Esse ajuste foi o mais adequado para esse experimento. A
partir da equação obtida no gráfico, derivou se a mesma para obter se as velocidades de
sedimentação.
Equação obtida no gráfico: y = 30,048e-0,017x.
∆𝑍
= 30,048e-0,017t
∆𝑡

v = -0,510816e-0,017t Equação (4)


Utilizando se a equação 4, obteve se os seguintes valores de velocidades.
Tabela 2: Dados da velocidade e tempo.

Tempo (s) Vel (cm/s) Tempo (s) Vel (cm/s) Tempo (s) Vel (cm/s)
0 -0,510816 780 -8,90266E-07 2280 -7,49912E-18
30,0 -0,30674275 810 -5,34601E-07 2340 -2,70415E-18
60,0 -0,184197665 840 -3,21025E-07 2400 -9,75101E-19
90,0 -0,110609883 900 -1,1576E-07 2520 -1,26791E-19
120,0 -0,066420746 960 -4,17425E-08 2640 -1,64865E-20
150,0 -0,039885364 1020 -1,50521E-08 2760 -2,14372E-21
180,0 -0,023950985 1080 -5,42772E-09 2880 -2,78745E-22
210,0 -0,014382461 1140 -1,95721E-09 3000 -3,62448E-23
240,0 -0,008636604 1200 -7,0576E-10 3120 -4,71287E-24
270,0 -0,005186243 1260 -2,54493E-10 3240 -6,12808E-25
300,0 -0,003114316 1320 -9,17691E-11 3360 -7,96826E-26
330,0 -0,001870133 1380 -3,30915E-11 3480 -1,0361E-26
360,0 -0,001123006 1440 -1,19326E-11 3600 -1,34723E-27
390,0 -0,00067436 1500 -4,30284E-12 3720 -1,75179E-28
420,0 -0,00040495 1560 -1,55158E-12 3840 -2,27783E-29
450,0 -0,000243171 1620 -5,59493E-13 3960 -2,96183E-30
480,0 -0,000146023 1680 -2,0175E-13 4080 -3,85123E-31
510,0 -8,76862E-05 1740 -7,27501E-14 4200 -5,0077E-32
540,0 -5,26552E-05 1800 -2,62333E-14 4320 -6,51145E-33
570,0 -3,16192E-05 1860 -9,4596E-15 4440 -8,46676E-34
600,0 -1,89872E-05 1920 -3,41109E-15 4560 -1,10092E-34
630,0 -1,14017E-05 1980 -1,23002E-15 4680 -1,43151E-35
660,0 -6,84669E-06 2040 -4,43539E-16 4800 -1,86138E-36
690,0 -4,1114E-06 2100 -1,59938E-16 5100 -1,13484E-38
720,0 -2,46888E-06 2160 -5,76728E-17 5400 -6,9188E-41
750,0 -1,48255E-06 2220 -2,07965E-17 86400 0
Gráfico 4:Curva de velocidade x tempo.

Velocidade x Tempo
0
0 1000 2000 3000 4000 5000
-0.05

-0.1

-0.15
Velocidade (cm/s)

-0.2

-0.25

-0.3 Series1

-0.35

-0.4

-0.45

-0.5

-0.55
Tempo (s)

Fonte: Autor, 2018.


Como pode se observar no gráfico, a velocidade de sedimentação vai aumentando ao
passar do tempo, ate chegar em zero, indicando assim, o equilibrío do experimento, onde a
concentração é menor, ou seja, quando as partículas de carbonato de cálcio estão diluídas a
velocidade é maior, dessa forma, quanto maior a porcentagem de sólidos em uma suspensão,
menor sera sua velocidade. De acordo com Kynch, o experimento ocorreu conforme o que ele
propôs.

5. CONCLUSÃO

Os métodos utilizados apresentam dificuldades quanto à determinação exata do ponto


de compreensão. Além, dos métodos serem influenciados de forma significativa na obtenção
das curvas de sedimentação a partir do monitoramento dos dados de leitura da interface do
líquido clarificado com a região de concentração uniforme. Porém, a simplicidade e rapidez
na obtenção dos resultados experimentais e execução tornaram-se fatores predominantes no
uso do método de Kynch.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CREMASCO, M. A. Operações Unitárias em sistemas particulados e fluido mecânicos. Ed. Blucher.


São Paulo, 2012FOUST, A. L. “Princípios das Operações Unitárias” - 2. ed. Rio de Janeiro:
LTC – Livros Técnico e Científicos Editora SA, 1982. p. 555.

FOUST, A. L. “Princípios das Operações Unitárias” - 2. ed. Rio de Janeiro: LTC –


Livros Técnico e Científicos Editora SA, 1982. p. 555.

FRANÇA, S. C. A, Casqueira, R. G. “Ensaios de sedimentação” Comunicação técnica


elaborada para o Livro Tratamento de Minérios: Práticas Laboratoriais, Parte VI-
Desaguamento, cap. 23, pág. 393-408, Rio de Janeiro, Brasil, 2007.

LIRA, J. R. “Estudo dos Parâmetros que Influenciam a Floculação na Sedimentação


Contínua”, 2010.

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