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EM ATMOSFEERAS EXPLOSIVAS
CURITIBA
2010
RONALD PIOLI FREITAS
EM ATMOSFEERAS EXPLOSIVAS
CURITIBA
2010
TERMO DE APROVAÇÃO
EM ATMOSFEERAS EXPLOSIVAS
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 16
6 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................... 86
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITOS BÁSICOS
2.1.3 Oxidação
2.1.6 Deflagração
É uma explosão com uma onda de choque resultante, movendo-se com uma
velocidade menor que a velocidade do som no meio não reagente. A velocidade de
combustão atinge a ordem de centímetros por segundo.
Resulta num ligeiro acréscimo de pressão e um efeito de ruído. Misturas que
estejam a uma temperatura próxima do ponto de inflamabilidade inferior ou superior
usualmente queimam na forma de deflagração.
2.1.7 Detonação
É uma explosão com uma onda de choque resultante, movendo-se com uma
velocidade maior que a velocidade do som no meio não reagente. A velocidade da
combustão é da ordem de quilômetros por segundo. A mistura explosiva se
decompõe quase instantaneamente, e o acréscimo de pressão pode ser superior a
20 bar. O ruído proveniente de uma detonação é extremamente forte.
A detonação pode ocorre de duas maneiras: explosão volumétrica e
concentrada. O primeiro caso representa uma reação de uma substância inflamável,
que está distribuída na forma de uma mistura, com o ar circulante na região.
O segundo caso, explosão concentrada, é a reação que ocorre com
explosivos, isto é, a substância contento o oxigênio necessário para a combustão já
está presente, mas na forma quimicamente combinada com o material.
Para exemplificar, é possível citar os seguintes casos:
Mistura de vapor de petróleo com ar, explode com uma velocidade de
combustão de (20 a 25) m/s (explosão volumétrica) e
Explosão de pólvora de um projétil de um revólver ocorre com uma
velocidade de combustão na ordem de 300 m/s (explosão
concentrada).
2.1.8 Explosão
2.1.11 Explosão de Pó
2.1.13 Combustíveis
2.1.14 Ignição
2.1.19 Mistura
Coeficiente de
Densidade Ponto de
Substância evaporação
Relativa (ar = 1) Fulgor [ºC]
(éter=1)
Metano CH4 - 0,55 -
Benzeno C6H6 3 2,7 -11
Éter Etílico (C2H5)2O 1 2,55 -40
Álcool Etílico C2H5OH 8,3 1,59 12
Dissulfeto de Carbono CS2 1,8 2,64 < -30
Hidrogênio H2 - 0,07 -
Acetileno C2H2 - 0,91 -
Óleo Diesel ~120 -7 > 55
FONTE: p. 7, [38].
25
2.1.27 Difusão
2.1.28 Convecção
isto ocorre é chamada de „Ponto de Fulgor‟. Assim, o ponto de fulgor, segundo [38] é
definido como:
“... menor temperatura na qual um líquido libera vapor em quantidade
suficiente para formar uma mistura inflamável...”.
Considerando esta temperatura, a quantidade de vapor desenvolvida não é
suficiente para assegurar uma combustão contínua. Após atingir o ponto de fulgor, a
pequena quantidade de vapor formada pode ser inflamada na forma de uma chama
rápida (flash). Essa chama irá se extinguir, uma vez que a temperatura na superfície
do líquido ainda não é bastante elevada para que seja capaz de produzir vapor em
quantidade suficiente para manter a combustão. Então, a menor temperatura na qual
a mistura de vapor com ar é inflamada por uma fonte externa de ignição continua
que queima constantemente acima da superfície do líquido chama-se „Ponto de
Combustão‟.
As definições de líquido inflamável e líquido combustível baseadas nos
valores do ponto de fulgor e pressão de vapor são definidas pela referência [23], a
qual adotou as mesmas definições que contam na referência [41]. Conforme o
conteúdo destas normas é possível, de maneira resumida, apresentar as seguintes
definições:
Líquido que possui ponto de fulgor igual ou maior do que 37,8ºC (100ºF)
quando determinado pelo método do vaso fechado (conforme descreve o método
que consta na referência [25]). Os líquidos combustíveis são classificados como
Classe II ou Classe III, conforme a seguir:
a. Líquido Classe II – qualquer líquido que possua ponto de fulgor igual ou
superior a 37,8ºC (100ºF) e abaixo de 60ºC (140ºF);
b. Líquido Classe IIIA – qualquer líquido que tenha ponto de fulgor igual ou
superior a 60ºC (140ºF) e abaixo de 93ºC (200ºF);
c. Líquido Classe IIIB – qualquer líquido que possua ponto de fulgor igual
ou acima de 93ºC (200ºF).
Nota: o limite superior de 93ºC (200ºF) é fornecido como última classificação devido à norma não se
aplicar a líquidos com ponto de fulgor acima de 93ºC. Isto não significa que líquidos com ponto de
fulgor acima de 93ºC sejam não combustíveis.
28
Limites de Inflamabilidade
Substância Inferior Superior Inferior Superior
(% vol.) (% vol.) [g/m3] [g/m3]
Metano CH4 5 15 33 100
Benzeno C6H6 1,2 8 39 270
Éter Etílico (C2H5)2O 1,7 36 50 1.100
Álcool Etílico C2H5OH 3,5 15 67 290
Dissulfeto de Carbono CS2 1 60 30 1.900
Hidrogênio H2 4 75,6 3,3 64
Acetileno C2H2 1,5 82 16 880
FONTE: p. 13, [38].
2.2.6 Ventilação
2.2.7 Inertização
2.3.1 Invólucro
3.5 HIDROGÊNIO – H2
3.6 NITROGÊNIO – N2
3.7 OXIGÊNIO – O2
4.1 INTRODUÇÃO
1
𝐸𝑙 = 𝐿𝐼 2 Equação 4
2
4.5.1 Faísca
A faísca é uma descarga rápida e elevada de elétrons. Ela pode ser uma
simples descarga que consome toda a energia em um circuito elétrico ou pode ser
43
4.10 RADIAÇÃO
4.11.3 Chamas
5 CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
5.1 INTRODUÇÃO
Classificar uma área significa elaborar um mapa que define, entre outras
coisas, o volume e o nível de risco dentro do qual pode ocorrer uma mistura
inflamável. Neste tópico, „Classificação de Áreas‟, serão apresentados os critérios e
as recomendações utilizadas para execução da classificação de áreas.
A primeira idéia que nos surge quando é abordado o tema „classificação de
áreas‟ é a execução de um desenho, em geral em planta, contendo as classificações
das áreas de interesse, o que realmente é verdadeiro. Mas o pré-requisito para
quem elabora este tipo de desenho é possuir conhecimentos a respeito do
comportamento das substâncias inflamáveis (propriedades físicas e químicas), quais
as substâncias estarão presentes na área (conhecimento de processo), quais são as
fontes de ignição presentes no local e, principalmente, o que e como ocorre no
processo de combustão destas substâncias.
5.2 HISTÓRICO
5.3.1 Perigo
5.3.3 Prejuízo
5.3.5 Risco
Conforme definido em [9], é a “liberação que pode ser esperada para ocorrer
periodicamente ou ocasionalmente durante operação normal.”. A liberação da
substância ocorrerá periodicamente ou ocasionalmente, em condições normais de
operação, ou poderá ser causada por operações de reparo, manutenção freqüente,
55
Para entender o que seja uma área perigosa, é interessante definir primeiro
o que não é uma área perigosa. No caso da simples presença ou probabilidade da
presença de um material combustível ou inflamável não classifica automaticamente
um local como uma área perigosa. Por exemplo, a cozinha de uma residência que
possui um fogão a gás liquefeito de petróleo (GLP) poderia ser classificada como um
local perigoso, pois podem ocorrer vazamentos através dos diversos componentes
que compõe o sistema do fogão, como por exemplo, as conexões, as válvulas de
bloqueio, mangueiras e queimadores, e ainda devem ser consideradas as falhas,
como no caso de válvulas ou outros componentes ou dispositivos que podem falhar.
59
Locais perigosos são aquelas áreas onde pode existir perigo de explosão,
devido a gases, vapores ou líquidos inflamáveis, pós combustíveis ou fibras
inflamáveis. De modo geral, diz-se que uma área é perigosa quando nesse local é
processado, armazenado, transportado e manuseado material que possua ou forme
vapores, gases, pós ou fibras inflamáveis ou explosivas.
A norma [9] define área classificada da seguinte maneira:
61
... área na qual uma atmosfera explosiva está presente ou pode ser prevista
para estar presente, em quantidades tais que requeiram precauções
especiais para construção, instalação e utilização de equipamentos... ([9],
2008, p. 2)
5.4.3.1 Classe
ou vapor, poeira (pó) ou fibras. Nas normas brasileiras e internacionais são aceitas e
definidas três classes distintas:
Classe I - locais onde existem gases ou vapores com a presença de ar
atmosférico (oxigênio) em quantidades suficientes capazes de produzir misturas
explosivas e inflamáveis;
Classe II - locais onde o perigo é devido à presença de pó (poeiras)
combustível e
Classe III - locais onde estão presentes fibras e partículas sólidas.
5.4.3.1.1 Classe I
5.4.3.1.2 Classe II
Áreas marcados como „Classe II‟ são aquelas perigosas devido à presença
de poeira combustível, conforme é possível identificar na tabela 4. O objetivo da
classificação nestes locais será evitar explosões e ignições causadas pela presença
de poeiras (pó).
66
Áreas do tipo Classe III são aquelas que apresentam perigosos devido à
presença de fibras ou poeiras que entram facilmente em ignição, mas tais fibras são
pouco prováveis de estarem presentes no ar (suspensão) em quantidades
suficientes que possam produzir misturas inflamáveis.
Não existe subdivisão para as localidades do Grupo na Classe III. Os grupos
de materiais organizados nas Classes I e II estão separados por materiais
semelhantes e com características de ignição que são facilmente afetadas pelo
modo de construção do equipamento elétrico. Para o caso de locais da Classe III
isto não ocorre, pois as fibras são muito grandes em relação aos espaços existentes
para que elas possam penetrar nos equipamentos.
Os exemplos mais comuns de materiais são: algodão, rayon, sisal, juta, fibra
de coco e serragem de madeira (embora o pó de madeira também seja classificado
como pertencente à Classe II). O principal perigo dos materiais da Classe III não é a
explosão propriamente dita, mas o perigo e risco de iniciar um incêndio, pois após as
fibras entrarem em ignição elas facilmente se queimam.
5.4.3.5 Grupos
Grupo
Classe
NEC (EUA) IEC (Europa) ABNT NBR IEC (Brasil)
A IIC
B IIC
I C I / II IIB
IIA
D
I
CONTINUA
73
CONTINUAÇÃO
TABELA 5 EQUIVALÊNCIAS E CO-RELAÇÃO ENTRE CLASSES E GRUPOS
ESTABLCIDOS PELOS DIVERSOS ÓRGÃOS DE NORMATIZAÇÃO
E equivalente IIIB
II F III equivalente IIIC
G IIIA
IIIA
III Não possui Não possui IIIB
IIIC
FONTE: O Autor, 2010.
Uma questão que deve ser levantada freqüentemente é: „como classificar
uma área contendo um material desconhecido ou não referenciado nas
bibliografias?‟. Existem várias publicações da NFPA com listas de produtos e
procedimento de ensaio que podem auxiliar na determinação dos parâmetros
básicos para classificação, como por exemplo: a referência [43] que fornece as
informações relacionadas com os perigos de explosão e fogo, perigo de vida,
proteção pessoal e combate a incêndio; a [44] que inclui informação acerca do ponto
de fulgor, temperatura de ignição, limites de inflamabilidade, densidade do vapor,
densidade relativa, ponto de ebulição, métodos de extinguir o fogo e a identificação
do perigo e a [45] que informa a identificação dos grupos e a temperatura de ignição.
Os itens a seguir apresentam as características individuais de cada um dos
grupos, os quais estão apresentados conforme a divisão da classificação americana,
pois a Tabela 5 demonstra de maneira didática as divisões e equivalências entre a
divisão americana, européia e brasileira. Além disso, a divisão americana apresenta
de maneira mais clara e organizada cada uma das divisões.
5.4.3.6 Zonas
5.4.3.6.1 Zona 0
Com base em [9] é possível definir a Zona 0 como a área onde a presença
da mistura de gás está presente de maneira contínua ou por longos períodos de
tempo. Exemplos de áreas da Zona 0 são:
i. interior de um tanque e
ii. espaços dentro de equipamentos.
82
5.4.3.6.2 Zona 1
5.4.3.6.3 Zona 2
A regiões classificadas como Zona 2, com base em [9], são locais onde o
surgimento de uma atmosfera explosiva de gás é pouco provável durante a
operação normal dos equipamentos. Alguns exemplos deste tipo de região são os
seguintes:
83
A Zona 2 pode ser a área que separa a zona 1 de áreas seguras; sendo uma
área mais segura que a zona 1, porém, ainda é um local perigoso e classificado. A
probabilidade de ocorrer condições de perigo é pequena, quando comparada a
probabilidade da Zona 1 ou Zona 2, porém não é nula.
Outra característica da zona 2 é a curta duração da presença do gás
perigoso, o qual é pouco provável e quando ocorre a presença a duração é mínima.
Tipicamente, em uma planta petroquímica ou em uma refinaria de petróleo, 90% das
áreas classificadas são zona 2.
Exemplos típicos de zona 2, quando considerado atmosferas de poeiras, são
as áreas em torno de equipamento que manipule pó e do qual é pouco provável de
haver liberação de pó durante a operação normal do equipamento.
Classe de Temperatura T1
Misturas com uma temperatura de ignição maior que 450ºC e temperatura
de superfície máxima 450ºC. Exemplos substâncias da classe T1 inclui: propano,
monóxido de carbono, amônia, acetona, benzeno, metano, tolueno, hidrogênio e gás
natural.
Classe de Temperatura T2
Misturas com temperatura de ignição maior que 300ºC e temperatura de
superfície máxima de 300ºC. Alguns exemplos desta classe de temperatura são:
isopentano, acetato de butil, álcool etílico e acetileno.
Classe de Temperatura T3
Misturas com temperatura de ignição maior que 200ºC e temperatura de
superfície máxima de 200ºC. São exemplos da classe T3: cobre, benzeno e os
derivados correspondentes.
Classe de Temperatura T4
Misturas com temperatura de ignição maior que 135ºC e temperatura de
superfície máxima de 135ºC. A classe T4 inclui principalmente o éter etílico e o
acetaldeído.
Classe de Temperatura T5
Misturas com temperatura de ignição maior que 100ºC e temperatura de
superfície máxima de 100ºC. Os principais exemplos deste tipo de proteção são
substâncias utilizadas na fabricação de fibras têxteis.
85
Classe de Temperatura T6
Misturas com uma temperatura de ignição maior que 85ºC e temperatura de
superfície máxima de 85ºC.
6 EQUIPAMENTOS
6.1 INTRODUÇÃO
6.2.2.1 EPL Ma
6.2.2.2 EPL Mb
6.2.3.1 EPL Ga
6.2.3.2 EPL Gb
6.2.3.3 EPL Gc
6.2.4.1 EPL Da
6.2.4.2 EPL Db
6.2.4.3 EPL Dc
6.3.1 Juntas
0 < V ≤ 15 1,6
15 < V ≤ 30 1,8
30 < V ≤ 60 2,1
60 < V ≤ 110 2,5
110 < V ≤ 175 3,2
175 < V ≤ 275 5,0
275 < V ≤ 420 6,0
420 < V ≤ 550 8,0
550 < V ≤ 750 10,0
750 < V ≤ 1100 14,0
CONTINUA
103
maneira resumida algumas das medidas mais importantes para manter o nível de
proteção adequado, sendo as seguintes:
i. equipamentos selados, devem ser fornecidos um dispositivo de alívio
de pressão, o qual deve ser montado e selado pelo fabricante do
equipamento;
ii. saída de dispositivos de alívio de pressão, no caso de equipamentos
selados, deve possuir grau de proteção mínimo do nível IP231;
iii. o equipamento selado deverá possuir um grau de proteção de pelo
menos IP661 e
iv. equipamento não selado, a saída do respiro deve possuir grau de
proteção mínimo IP231.
1
– no item 6.13 constam as explicações sobre este tipo de proteção.
simples fato de o equipamento estar imerso em óleo não o torna com proteção do
tipo Ex-o. Para que este equipamento seja denominado de Ex-o, é necessário que
ele tenha uma certificação de conformidade para este tipo de proteção.
O invólucro ou as partes dele que são preenchidas com material devem ter
grau de proteção mínimo IP541, no caso do grau de proteção ser igual ou superior
ao IP55, o invólucro deverá ser provido de respiro, e neste caso o equipamento
deverá ser IP541.
No caso do invólucro ser projetado e especificado para instalação somente
em ambiente abrigado, limpo e seco, ele deverá ter grau de proteção mínimo
IP431 ,uma vez que diversos fatores estão limitados a proteção pode possuir um
grau menor.
A maior abertura (interstício) no invólucro, destinado ao preenchimento com
material (em geral, areia), deverá ser de no mínimo 0,1 mm menor que a menor
dimensão do material de preenchimento, não podendo exceder o diâmetro 0,9 mm,
de maneira a impedir perda do material de preenchimento.
1
– no item 6.13 constam as explicações sobre este tipo de proteção.
6.7.5 Aplicações
Este tipo de proteção indica que os equipamentos não devem ser capazes
de causar a ignição, considerado qualquer uma das seguintes circunstâncias:
i. condições normais de operação;
ii. qualquer condição anormal definida e
iii. ocorrência de falha definida.
Na proteção do tipo Ex-ma o nível de tensão em qualquer ponto do
dispositivo ou circuito deverá ser inferior a 1 kV. Nos casos em que a condição de
aumento de temperatura possa representear risco para a integridade do invólucro,
medidas extra de proteção deverão ser adotadas para garantir a manutenção do
nível de segurança do equipamento e da área onde eles estará instalado.
6.8.5 Aplicações
elétrico pode ser considerado como seguro sem estar confinado em um invólucro à
prova de explosão.
A investigação primeiramente utilizou circuitos de sinalização de campainhas
alimentadas através transformadores de baixa tensão, do tipo semelhante ao
utilizado em campainhas domésticas da época. As pesquisas sobre esse circuitos de
sinalização resultaram em uma certificação para o primeiro dispositivo de segurança
intrínseca na Inglaterra, no ano de 1917.
Esse dispositivo certificado consistia de uma combinação entre um
transformador e uma campainha. O transformador por si só não era de segurança
intrínseca, mas tão somente a saída dele, uma vez que o mesmo era alimentado
pela tensão do sistema. Por este motivo, caso o transformador fosse instalado no
interior da mina seria necessário colocá-lo em um invólucro à prova de explosão.
Alem disso, esse transformador somente era considerado seguro se fosse
utilizado com um determinado modelo de campainha. Isto de deve ao fato que a
bobina tem capacidade de armazenar energia. A partir de então, e em função de
constantes aperfeiçoamentos, a técnica evolui muito e começou a se espalhar por
diversos países.
Porém, ainda existem pequenas divergências de terminologia entre a
comunidade européia e os EUA e Canadá, os principais desenvolvedores da
tecnologia de equipamentos destinados à áreas classificadas. A técnica de
segurança é muito usada na Europa, mas ainda é recebida com certa confusão nos
EUA, é pouco usada no Japão e pouco utilizada aqui no Brasil.
Nos EUA, somente a partir da edição de 1990 do NEC, a segurança
intrínseca passou a ser parte de uma seção. A grande variedade de equipamentos
no mercado e o aparente grande número de cálculos afugentam o projetista do
conceito de segurança intrínseca.
6.9.2 Conceitos
6.9.3 Sistema
6.9.4 Entidade
6.9.7 Aplicações
São equipamentos elétricos que contêm tanto circuitos com energia limitada
e partes com presença de energia não limitada, sendo que não deverá ocorrer
interferência no funcionamento de um com o outro. Equipamentos com energia
limitada associada podem ser:
a) equipamentos elétricos que possuam um sistema alternativo de proteção;
b) equipamentos elétricos sem sistema de proteção, que conseqüentemente
não deverão ser utilizados em uma atmosfera explosiva. Um exemplo é um termopar
situado em uma área cuja atmosfera seja explosiva e onde somente o circuito de
entrada do registrador possui limitador de energia (Ex-nL).
6.11.1 Introdução
Letra
Grau de proteção – descrição
Adicional
Letra
Significado
suplementar
H Equipamento de alta tensão
Ensaiado para efeitos prejudiciais devidos à penetração de água
M quando as partes perigosas móveis do equipamento estão em
movimento
Ensaiado para efeitos prejudiciais devidos à penetração de água
S
quando as partes móveis do equipamento estão estacionários
Apropriado para uso sob condições ambientais especificas e
W
fornecido com características ou processos de proteção adicionais
FONTE: p. 12, [37].
132
7 CONCLUSÃO
passos dos ensaios, quais os resultados podem ser obtidos e qual o impacto destes
resultados na certificação final do dispositivo ou equipamento.
Expandir as aplicações relativas aos equipamentos do Grupo III, o qual
representa atmosferas de fibras, estabelecer um comparativo detalhado dos ensaios
dos equipamentos deste grupo com os ensaios do Grupo II (poeiras e pó) e realizar
um comparativo de custos entre os dois grupos, pois para as diversas aplicações
referentes as Grupo III são utilizados equipamentos do Grupo II, representado um
superdimensionamento.
Fica também registrada a sugestão de realizar o levantamento de custos
para realizar o projeto e a execução de uma instalação normal e outra instalação
com classificação de áreas e conseqüente exigência de equipamentos e dispositivos
específicos para estas áreas. Neste contexto, também é possível sugestionar o
levantamento das condições técnicas e econômicas para realizar a adequação ou
transformação de uma instalação normal em uma instalação apropriada para operar
sob condições adversas, representada pala classificação de áreas.
Outro que poderá ser abordado é relativo aos procedimentos de manutenção
específicos para cada tipo de proteção, pois as condições iniciais de um
equipamento novo não são mantidas uniformes durante um longo período de
utilização. Além disso, no momento da manutenção diversos cuidados devem ser
considerados antes do início dos trabalhos e também após finalizar as tarefas.
Devem existir procedimentos e cuidados extras que possam garantir que as
condições originais de proteção, as quais foram devidamente certificadas, ainda
permanecem e ainda proporcionam condições seguras.
139
REFERÊNCIAS
[55] European Parliament and the Council – Directive ATEX Guidelines. 3rd Ed.
European Union, 2009.
GLOSÁRIO
INOPERANTE – elemento que não opera (não realiza atividade o não possui
funcionalidade, definitiva ou temporária); não possui efeito.
NAFTA – fração química do petróleo que destila a uma temperatura entre 100ºC e
200ºC, utilizado como matéria-prima na petroquímica; espécie de betume inflamável.
149
OPERAÇÃO NORMAL – este termo significa que a planta industrial está operando
dentro de dos parâmetros de projeto; pequenas emissões de material inflamável
podem estar incluso neste conceito de operação normal – as pequenas emissões
incluem, por exemplo, vazamentos de selos mecânicos de bombas.
sob o próprio peso, podem queimar ou derreter no ar, e podem formar misturas
explosivas com o ar à pressão atmosférica e a temperaturas normais.
PSV – Pressure Safety Valve – termo utilizado, de forma genérica, como sinônimo
de „válvula de segurança‟, „válvula de alívio‟ e ‟válvula de segurança e alívio‟.
Purga – processo pelo qual se faz passar através do invólucro e dutos associados a
certa quantidade de gás de proteção antes que o equipamento seja energizado, de
modo a garantir que a atmosfera remanescente no interior do mesmo esteja bem
abaixo do limite inferior de inflamabilidade.
QUEIMADOR – elemento por onde sai uma chama; item presente em uma tocha,
responsável por iniciar a combustão das substâncias inflamáveis eliminadas pela
tocha.
SEDE – porção do corpo da válvula onde o plug se move para fornecer a passagem
variável. Quando o plug se assenta na sede, a válvula fica fechada.
SELO – materiais utilizados para realizar fechamento ou serve para selar (fechar
hermeticamente); dispositivo que cria uma união não vazante entre dois elementos
mecânicos. Por exemplo, selo de uma bomba.
TOCHA (flare - inglês) – estrutura com grande altura, na qual existe uma fonte de
ignição (queimador), responsável por iniciar a combustão das substâncias que são
descartadas para atmosfera, advindas da planta de processo industrial.
TRIP / TRIP DE UNIDADE – tem como significado uma parada de uma unidade de
processo, que poderá ser esperada (programada) ou inesperada (sendo o pior caso
- parada abrupta). Durante este tipo de evento (parada), diversos dispositivos de
segurança devem atuar visando a integridade das pessoas e da planta industrial.
Para isso, os diversos sistemas devem possuir intertravamentos e recursividades
diversas. Algumas das conseqüências de um „trip‟ são: abertura de PSV's, envio de
material (produtos finais, intermediários ou resíduos) para o flare, descarte de
efluentes para tanques de armazenagem etc.;
TUBOVIA – local onde é colocada a tubulação que interliga dois ou mais pontos
dentro de uma planta industrial; termo aplicado principalmente em refinarias de
petróleo e indústrias químicas.
total e rápida (ação pop). É usada para gases, vapores ou vapor d'água (fluidos
compressíveis).
*NOTA: Sob o ponto de vista de construção, a válvula de segurança e a de alívio são iguais;
a principal diferença reside no perfil da sede e do tampão. Na válvula de segurança, o
desenho desse perfil é tal que a abertura completa da válvula ocorre imediatamente após a
pressão atingir o valor ajustado e o fechamento se faz repentinamente, logo abaixo do valor
ajustado da pressão. Na válvula de alívio, a abertura é gradual, atingindo o máximo com 110%
a 125% do valor ajustado.
VENT – dispositivo, em geral uma válvula, utilizada para ventilar (retirar o ar ou outro
gás indesejado) do interior de uma tubulação ou equipamento, pois durante o
processo de pressurização estes “bolsões” com gás não permitem alcançar a
pressão de operação, no caso de bombas, ocorre o processo conhecido como
cavitação.