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há 2 anos
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CF, “art. 5º, inciso X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente
de sua violação”.
O novel Diploma Civil, em seu art. 186, também assegura a
devida reparação pelos danos causados:
4. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência o recebimento,
processamento da presente peça postulatória e, ainda:
há 2 anos
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b. DO PERICULUM IN MORA
Como alegado, a manutenção indevida do nome da Autora nos
cadastros de inadimplentes trazem graves prejuízos à sua
honra e imagem, prejudicando oportunidades de emprego e de
concessão de crédito junto a instituições financeiras.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
ADVOGADO (A)
OAB/UF Nº...
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DA XXª VARA DA SEÇÃO
JUDICIÁRIA DO ESTADO DO (A) ________ – TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA Xª REGIÃO.
URGENTE! ANTECIPAÇÃO DA TUTELA. JUSTIÇA GRATUITA. CONSUMIDORA AFLITA DA SILVA,
brasileira, casada, aposentada, inscrita no CPF/MF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, RG sob o nº
XXXXXXXXXX SSP/XX, residente e domiciliada à AV. XX, Ed. XX, nº XX, Bairro de XXXX, CEP:
XX.XXX-XXX, CIDADE – ESTADO, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência por seu
advogado infra firmado e bastante procurador, com instrumento de mandato anexo, propor a
presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DO INDÉBITO
COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA E REPARAÇÃO DOS DANOS MORAIS (NOVO CPC)
LEI 13.105/2015 em face da BOLSA DE ECONOMIA FEDERAL – B.E.F.,, instituição financeira sob
a forma de empresa pública federal, dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
patrimônio próprio e autonomia administrativa, vinculada ao Ministério da Fazenda., inscrita
no CNPJ/MF sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede à SBS QD X BL A LT X X. XX AND – ASA
SUL – BRASILIA - DF, CEP: XX.XXX-XXX, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir
alinhavados: WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR 1 – PRELIMINARMENTE; DA ASSISTENCIA
JUDICIÁRIA GRATUITA: Preliminarmente, pugnar-se-á de Vossa Excelência, pela concessão dos
favores da JUSTIÇA GRATUITA, com fulcro nos preceitos elencados no art. 4º da Lei n° 1060/50,
e art. 5º, inciso LXXIV da CF/1988, que asseveram que a parte gozará dos benefícios da
Assistência Gratuita mediante simples afirmação, e a qualquer tempo do processo, porquanto
não possua a Requerente condições financeiras de arcar com as custas e demais despesas do
processo. Ademais Vossa Excelência, a requerente não possui condições para arcar com as
custas e despesas processuais, uma vez que o seu cônjuge se encontra doente, entre outros
fatores de grande relevância, como o fato de receber uma baixa aposentadoria além de ter
que arcar com todas as despesas para a manutenção de seu lar, como: remédios, transporte,
médicos e alimentação. Outro ponto de suma importância para que ocorra a concessão dos
favores da justiça gratuita, se diz ao fato da solicitante não ter se quer condições de continuar
a pagar o seu plano de saúde. Não podemos deixar de destacar que se o benefício requerido
não for concedido, o acesso à justiça restará obstaculizado, posto que o valor das citadas
custas, supera demasiadamente o montante recebido mensalmente pela requerente.
Fundamenta-se também com o princípio da isonomia (igualdade), que é o princípio
constitucional informador da concessão, pelo Estado, do benefício da Justiça Gratuita,
permitindo a todos, pobres ou ricos, o acesso ao Poder Judiciário. Assim, o princípio de que
"todos são iguais perante a lei", é a gênese do benefício da Justiça Gratuita. As normas
estabelecidas no direito positivo brasileiro, que concedem os benefícios da Justiça Gratuita aos
necessitados, estão, em sua maior parte, contidas na Lei Federal nº 1.060, de 5 de fevereiro de
1950. Tal diploma legal foi recepcionado pela Constituição Federal, vindo a regulamentar seu
art. 5º, inciso LXXIV ("o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos"). Invocando-se o princípio isonômico, conclui-se que,
qualquer pessoa, é beneficiária da Justiça gratuita, nos termos da Lei Federal nº 1.050/60, mais
especificamente em seu art. 2º, parágrafo único. Considera-se necessitado, para os fins legais,
todo aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar às custas do processo e os
honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família". Através da presente
Lei Federal, estabelece-se a isenção ao necessitado, de custas, despesas processuais, bem
como de honorários advocatícios. Desta forma, permite o Estado que qualquer do povo, por
mais necessitado que seja, tenha acesso ao Poder Judiciário, podendo, desta forma, exercer
direitos conceituados como fundamentais, permitindo, pois, a construção de uma sociedade
mais justa, solidária e igualitária. WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR 2- INICIALMENTE:
Requer ao douto juízo o DEFERIMENTO DA MEDIDA LIMINAR, pois se acham induvidosamente
demostrados o fumus boni iuris e o periculum in mora a seguir narrados e comprovados, bem
como a declaração inicial de INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, a teor do dispositivo no art. 6º do
Código de Defesa do Consumidor, considerando a “exposição” da Demandante às práticas
contrarias ao CDC e por ser visivelmente vulnerável o consumidor nas relações consumeristas,
devendo, portanto, o Banco demandado ter a incumbência de produzir provas contrarias às
alegações iniciais da Autora. 3- DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL: A Carta Magna traz
taxativamente a competência da Justiça Federal, ao passo que a competência da Justiça
Estadual é subsidiária. Da análise do artigo 109, I, resta evidente que compete à Justiça Federal
processar e julgar causas em que seja parte, ou que tenha interesse empresa pública federal,
como é a Bolsa de Economia Federal Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I
- as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; Ademais,
diante do valor da causa ultrapassar o limite para propor ação na esfera do Juizado Especial
Federal (até 60 salários mínimos vigentes), compete, exclusivamente, a esse Juízo o
processamento e julgamento do presente feito. WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR 4- DOS
FATOS: 1- A Consumidora e ora Autora é cliente da Bolsa de Economia Federal, na Agência:
xxx, Conta Poupança: xxxxxxx-x, Operação: xxx. 2- Conforme documentação anexada aos autos
verifica-se que a requerente contratou na data de 01/02/2010 um empréstimo bancário sob a
modalidade CRÉDITO CONSIGNADO BOLSA, contrato nº XX.XXXX.XXX.XXXXXXX-XX, no valor de
R$ 14.430,00 parcelados em (60) X de R$ 423,93, sendo a primeira para 07/03/2010 e a 60ª e
última, para 07/02/2015. 3- Eis que para a sua surpresa e infelicidade, em 08/02/2015, a
Requerente foi comunicada pela SERASA que possuía uma dívida com a Demandada no valor
de R$ 231.137,92, referente ao mesmo contrato que no referido mês já deveria estar liquidado
(pago), conforme contrato e comunicação anexados aos autos. Porém a mesma acreditou ser
um erro. 4- Desde então, e de forma irregular, senão ilegal, mesmo já tendo adimplido todas
as parcelas do contrato, a Instituição Financeira continuou a realizar descontos, mês a mês,
referente ao então contrato adimplido e liquidado. 5- Inconformada com tamanho absurdo, a
Consumidora dirigiu-se até a Agência da Bolsa de Economia Federal, situada na cidade de
________ no Estado do (a) ______, prefixo XXXX e fez o relato dos fatos que a levaram a
presente provocação do Poder Judiciário Federal, quais sejam: “ Primeiro, informou que o
desconto ocorrido em seu contracheque era muito alto e já havia terminado de pagar as já
descritas 60 (sessenta) parcelas, afirmou ainda que o seu “benefício” pago pelo INSS é a sua
única fonte de renda. O segundo fato se deve a verificação de que não houve renovação de
qualquer operação de crédito em junho de 2014, bem como não há qualquer contrato
assinado por ela referente a rechaçada renovação/renegociação de crédito. Afirmou ainda que
o único empréstimo que reconhece refere-se ao realizado em fevereiro de 2010, onde
contratou pouco mais de 14 mil reais. Além do fato de procurar a instituição bancaria e ter
redigido em tal momento, uma contestação por escrito, observa-se ainda que o referido Banco
não apresentou qualquer documento que corroborasse a cobrança de refinanciamento, bem
como qualquer posição ou tentativa de resolver a situação de forma administrativa e
extrajudicial. “ 6- Após o descrito no parágrafo anterior, e acreditando já ter resolvido o “mal-
entendido”, e justamente para a sua total perplexidade e susto, a consumidora recebeu nova
comunicação do SERASA em 01/09/2015, agora informando que a sua
WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR suposta dívida (mesmo contrato) seria de R$ 289.203,97,
o que gerou problemas físicos e abalo psicológico. 7- Após a segunda comunicação a
requerente verificou que o seu nome foi inserido diversas vezes em órgãos de proteção ao
crédito, e inclusive lhe foi negado um pedido de crédito por tais restrições. 8- Sem saber mais
como agir, e em uma situação de total desespero, a Demandante dirigiu-se outra vez até a
Bolsa de Economia Federal em 17/11/2015, e para o seu novo “assombro”, ratificaram que a
dívida em debate teria sido originada por meio de uma renovação/renegociação “que ela
nunca fez”, do empréstimo que ela contraiu no longínquo ano de 2010. 9- Não bastando o
susto de ter sido supostamente vítima de um erro bancário ou até uma mesmo uma fraude,
lhe foi fornecido relatório que ora se anexa, com data de 17/11/2015, informando que a sua
dívida era de impressionantes R$ 332.722,58. (Trezentos e trinta e dois mil setecentos e vinte
e dois reais e cinquenta e oito centavos) 10- Questiona-se, como alguém que recebe pouco
mais de R$ 3.000,00 de proventos mensalmente, poderia obter crédito consignado em tal
patamar, ou até com qual margem consignada ela conseguiria (contratar/adimplir) com a
suposta dívida que lhe é atribuída? 11- Em sua ida a agência da Bolsa de Economia Federal na
cidade de __________, não lhe foi fornecido o suposto contrato de renovação, o que torna
inegavelmente suspeita a operação em comento, perfazendo-se um dos motivos para que seja
concedida a inversão do ônus da prova. 12- Outro ponto importantíssimo, diz respeito em qual
conta bancária ocorreu o suposto crédito do obtemperado empréstimo, posto que na conta
bancária de titularidade da Peticionária, não ocorrera tamanha e abundante movimentação
financeira. 13- O tema que emerge a urgência e funciona também como um dos fundamentos
do pedido de antecipação da tutela, diz respeito ao fato comprovado nos autos de que o
empréstimo contratado no ano de 2010 e não questionado pela requerente, já deveria ter o
seu desconto na sua folha de pagamento descontinuado. Posto que, como já dito nos
parágrafos iniciais, a 60ª e última parcela conforme o multicitado contrato anexo, se deu em
fevereiro de 2015. 14- Comprova-se a existência do perigo da demora, posto o indevido
bloqueio/aprovisionamento do valor de R$ 17.810,88 na conta poupança da Autora, o que faz
com que todo e qualquer valor creditado em sua conta, seja imediatamente apropriado de
forma indevida pelo Banco requerido. Conforme extrato anexado e emitido em 03/01/2016.
15- De forma complementar, restou evidenciado que o valor descontado desde o mês de
março de 2015 é indevido, devendo ocorrer a devolução de tais
WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR descontos conforme a norma da repetição do indébito
até o mês atual, ou seja, janeiro de 2016. 5- DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA: O artigo 298 do
NCPC disciplinou a antecipação de tutela inominada e geral, enquanto o artigo 497, parágrafo
único do NOVO diploma processual legal, a antecipação de tutela específica de obrigações de
fazer ou não fazer: "Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar, ou revogar a tutela
provisória, o juiz motivará o seu convencimento de modo claro e preciso : "Art. 497. Na ação
que tenha por objeto a prestação de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz concederá a
tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que
assegurem a obtenção da tutela pelo resultado prático equivalente. Parágrafo único. Para a
concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou continuação de um
ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência
de culpa ou dolo. Inicialmente foram explicitados os abusos praticados pela Bolsa de Economia
Federal, não deixando alternativa a Autora a não ser procurar as medidas judiciais cabíveis, na
tentativa de estabelecer o verdadeiro equilíbrio contratual, pois a Peticionaria, se não obtiver
a guarida do judiciário, continuará sofrendo descontos indevidos que impactam em perda de
grande valor para o sustento de sua família. DA URGÊNCIA E DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO
DO EFEITO SUSPENSIVO ANTE A PRESENÇA DO FUMUS BONI IURIS E DO PEIRCULUM IN MORA.
O presente caso tem perfeitamente configurado todos os requisitos do artigo 298 do NCPC,
haja vista, o episódio em tela, tratar-se de contrato de adesão, onde a relação de consumo
regulada por imposição da Ré, seus valores, índices, forma e conteúdo, com inteira ausência
de bilateralidade, sujeitando a Autora às graves lesões e difícil reparação causadas pelos
descontos onerosos e, reiteradamente, que não mais deveriam existir. Os acenados fatos
desequilibram e causam danos irrerversíveis a mesma, bem como para a sua familia. O PERIGO
DA DEMORA caracteriza-se, pela possibilidade da Requerente continuar com seu nome
inserido nos órgãos de proteção ao crédito devido a um débito que já se encontra liquidado.
Não podendo deixar de frizar que em ato contínuo, a Instituição Financeira se mantem a
proceder com os descontos mensais na folha de pagamento da Autora, fato este, que
continuará, caso não seja deferida a medida liminar requerida para que sessem os guerreados
descontos indevidos. WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR Em mesma linha de raciocínio, a
não retirada imediata do nome da Autora dos serviços de proteção ao crédito, bem como, a
continuação do desconto de R$ 423,93, oriundo de um débito já quitado, além dos prejuízos já
acarretados, continuaram a gerar novos e irreparáveis danos consequentes de tais atos ilícitos.
Como alegado, a manutenção indevida do nome da Autora nos cadastros de maus pagadores e
os descontos relativos a débito inexistente, trazem graves prejuízos à sua saúde financeira e
sustendo de sua família, bem como para a sua honra e imagem. O FUMUS BONI JURIS no caso
vertente, não está consubstanciada exclusivamente na pronta compreensão de sua certeza
jurídica, mas sim, vinculado fundamentalmente à plausividade de sua argüição e da inutilidade
de sua concretização tardia. Em comentário ao art. 51 IV da Lei n° 8.078/90 está à lição de Caio
Mário: “Numa sensível aproximação com os requisitos etiológicos do instituto da lesão, o
Código do Consumidor fulmina de nulidade as cláusulas que estabeleçam obrigações
consideradas iníquas, abusivas ou exageradamente desvantajosas para o consumidor,
atentando contra a boa-fé ou a equidade” (art. 51, IV; e ainda as que ameaçam o equilíbrio
contratual, isto é, afronta o princípio da justiça comutativa), (op. Cit. P. 212). Frisa-se os
perigos da continuidade dos descontos indevidos na folha de pagamento da Autora, o que sem
dúvida faz uma grande diferença em um orçamento familiar tão restrito, bem como a
manutenção do bom nome da mesma, nos órgãos de proteção ao crédito, Tal fato pode levar,
sem dúvidas, inclusive, a uma situação irreparável – perda da capacidade de comprar
alimentos e demais necessidades básicas de um ser humano comum na sociedade atual, não
esquecendo a sua atual impossibilidade de adquirir crédito ou financiar bens duráveis,
RESTANDO ASSIM, PATENTE O PERICULUM IN MORA. Verifica-se, MM. Juiz (a), que a situação
da parte Autora atende perfeitamente a todos os requisitos esperados para a concessão da
medida antecipatória, pelo que, se busca, antes da decisão do mérito em si, a ordem judicial
para: 1- Que a Ré se abstenha de fazer novos descontos referente ao contrato de empréstimo
em comento; 2- Retirada, imediata, do nome da autora dos órgãos de proteção ao crédito.
WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR Para tanto, requer de Vossa Excelência, que se digne a
determinar a expedição de INTIMAÇÃO à Ré, ou por outro meio que entender mais eficaz. 6-
DO DIREITO: 6.1 - Do Código de Proteção e Defesa do Consumidor: O CDC em seus artigos 2º,
parágrafo único, 3º, §1º, estabelece e define o conceito de consumidor e de fornecedor, bem
como o conceito de produto, senão vejamos: 3 Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou
jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Parágrafo único.
Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja
intervindo nas relações de consumo. Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
(grifo nosso) Diante dos artigos supramencionados, depreende-se do caso em tela, se trata de
uma relação consumerista, onde resta configurado à devida aplicação imperiosa do CDC. E em
seu art. 4º, I, aponta que o consumidor é sempre a parte mais fraca da relação de distribuidor-
consumidor: Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o
atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e
segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida,
bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995). I - reconhecimento da
vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; Forma-se bem claro e evidente que o
requerente é o elo mais fraco da relação de consumo devido a sua posição econômica e
jurídica estabelecida no liame contratual. 6.2- Da declaração de inexistência de debito: Pela
narrativa dos fatos se percebe que a Autora está com um impugnado débito em valor
impressionantemente elevado junto a Instituição Financeira questionada, o que é
notavelmente inverídico, conforme a documentação acostada à presente, sem sobrepujar o
fato de já ter ocorrido a liquidação do contrato do WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR
empréstimo realizado no ano de 2010 onde o seu valor supera em pouco a quantia de R$
14.000,00. Além disso, a própria Instituição não comprovou sua alegação de que houve uma
nova contratação de crédito que justificasse o montante da dívida descrita em R$ 332.722,58.
(Trezentos e trinta e dois mil setecentos e cinquenta e oito reais) Registre-se que, a Bolsa de
Economia Federal continua cobrando da Autora, ou melhor, descontando mês a mês o valor
R$ 423,93 em contracheque, indevidamente, e mais, já inseriu o seu nome no rol dos maus
pagadores. Desse modo, diante de todo o exposto, requer a Vossa Excelência que determine à
Bolsa de Economia Federal a suspenção dos descontos referente ao empréstimo ora discutido
e que seja declarada a inexistência do débito. 6.3 - Da Repetição do Indébito: Proclama o CDC,
por intermédio de norma contida em seu art. 42, parágrafo único, o direito patente do
suplicante consistente na restituição em dobro dos valores perante o qual fora lhe cobrado
indevidamente, robustecido pela imposição unilateral de taxas e serviços que deveriam ser
disponibilizados pela inteira responsabilidade da requerida, senão vejamos: Parágrafo único. O
consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual
ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo
hipótese de engano justificável. Desta feita, torna-se plenamente viável no caso em tela a
escorreita aplicação do parágrafo único do art. 42 do CDC, haja vista que a consumidora fora
cobrada indevidamente dentro do negócio jurídico suscitado, uma vez que, por etimologia da
própria palavra, indébito se oriundo de um débito não devido perante o qual o consumidor
fora cobrado. Assim resta totalmente configurado o direito da suplicante haver de maneira
inequívoca os valores dobrados referentes aos descontos sofridos do valor de um contrato de
empréstimo já quitado. Por ora, resta demostrado não só durante a narrativa fática, bem
como pelo conjunto de provas anexadas, que ocorreram descontos indevidos no contracheque
da consumidora entre os meses de marco de 2015 a janeiro de 2016, cada um no valor de R$
423,93. Diante de tal linha teleológica, alcançamos a quantia de R$ 8.478,60, vejamos: O valor
descontado mensalmente é de R$ 423,93 e já perdura por 10 (dez) meses, chegamos assim ao
valor de R$ 4.239,30. WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR Aplicando a regra da repetição do
indébito, posto o desconto ser indevido chegamos ao valor de R$ 8.478,60 que deverá ser
devolvido a Consumidora e Requerente. 6.4 - Do cabimento da indenização por Danos Morais:
6.4.1 - Inclusão em cadastro de inadimplente: Perante os fatos narrados, verifica-se a primeira
prática ilícita por parte da Bolsa de Economia Federal, que por infundada atitude de cadastrar
o nome da Autora junto aos órgãos de proteção ao crédito acabou por gerar danos. O
apontamento indevido do nome da Requerente para sua inscrição no SPC por conduta de Ré,
impõe a esta última, a obrigação de indenizar os danos morais conforme preceitua o Artigo 5º,
X, da Constituição Federal, que a Peticionária vem sofrendo, com a mácula de seu bom nome e
sua honra, além da preocupação e intranquilidade por conta da impossibilidade de
financiamento de um bem e a falta de crédito junto às instituições financeiras. A questão de
fato não oferece maiores controvérsias, não houve qualquer contribuição da Autora para o
evento danoso, e por outro lado, resta comprovado a negligência e o descontrole da
Requerida, ao permitir que indevidamente fosse levado à inscrição o nome da Consumidora
aos órgãos de proteção ao crédito. Não se trata da clássica hipótese de falta de atenção. Aqui a
situação é mais grave, pois em razão do desmazelo e da amálgama da Requerida, a
Peticionária foi “negativada” como se devedora inadimplente fosse, gerando assim, a
obrigação de indenizar o dano moral daí advindo. Neste sentido temos o entendimento dos
nossos Tribunais: SERVIÇO DE PROTEÇÃO DO CRÉDITO – I NSCRIÇÃO INDEVIDA – OCORRÊNCIA
DE DANO MORAL – INDENIZAÇÃO – CABIMENTO. Apelação Cível – Dano moral – Inscrição
indevida no Serviço de Proteção ao Crédito – Ocorrência – Procedência – Confirmação –
Desprovimento. A inscrição em cadastro de serviço de proteção do crédito de verba
comprovadamente indevida, implica em indenização por dano moral, devendo o quantum
indenizatório ser compatível com as conseqüências causadas, irrelevantes o valor original do
débito inscrito para fixação de reparação. (TJ/PB – Apelação Cível n. 98.004677-9 – Comarca da
Capital – 1a Câm. Cív. – Dês. Marcos Antônio Souto Maior EMENTA: CÍVEL E CONSUMIDOR.
INSCRIÇÃO INDEVIDA NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO
CONTRATUAL E DO REFERIDO DÉBITO DANOS MORAIS CONFIGURADOS. MÁ PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. ( 2ª Turma – Cível e Criminal, PROCESSO Nº 5236/08
– Cível, TJ/BA, Rel. SANDRA INÊS MORAES RUSCIOLELLI AZEVEDO, 05 de juh. 2009.)
WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR DANO MORAL – INSCRIÇÃO ILÍCITA NO SERVIÇO DE
PROTEÇÃO AO CRÉDITO – INDENIZAÇÃO CABÍVEL. Dano moral. Abalo de crédito. Inscrição do
nome do autor no SPC. Ilícito reconhecido. Indenização devida. Procede o pleito indenitário
moral pelo abalo de crédito causado à vítima pela ilícita inscrição de seu nome no cadastro do
SPC. (TA/PR – Ap. Cível n. 0098659-2 – Comarca de Londrina – Ac. 7339 –unân .- 8a Câm. Cív. –
Rel. juiz Rafael Augusto Cassetari – j. em 30 mar. 98). DANO MORAL – INDENIZAÇÃO –
ADMISSIBILIDADE – ENVIO DO NOME DO AUTOR AO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO –
INADIMPLEMENTO NÃO CONFIGURADO – ABALO DE CRÉDITO – CONFIGURAÇÃO Indenização
por danos morais. Violação à imagem do cidadão. Envio do nome do autor ao serviço de
proteção ao crédito como devedor inadimplente. Inadimplência não caracterizada. I – A
mácula ao nome, honra e crédito do cidadão é ofensa indenizável a título de danos morais. A
empresa que envia o nome do cidadão ao Serviço de Proteção ao Crédito deve pautar-se com
zelo necessário para não incorrer em equívocos. II – Aquele que, por ação ou omissão, viola a
imagem de outro deve responder pelos danos que causar. (TJ/DF – Ap. Cív. N. 35508 –Distrito
Federal – Ac. 78243 – unân. – 3a T. Cív. – Rel: Dês. Nancy Andrighi) Em continuidade ao
debate, transcreve-se o artigo 186 do Código Civil: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito. O artigo supra traz a definição do Ato Ilícito, que
aplicado no presente caso decorre da ação da Ré em inserir o nome da Autora nos cadastros
de inadimplentes, por decorrência ainda de dívida inexistente. Ao se analisar os documentos
anexos com os fatos narrados, é facilmente perceptível a quitação da Autora perante suas
obrigações com a Ré. Não verificada a inadimplência da Autora para com a Ré, não há que se
falar no direito de que o seu nome possa ser devidamente incluído no cadastro de
inadimplentes. Deste modo, ao cadastrar indevidamente o nome da Autora junto dos órgãos
protetivos, verifica-se a violação de seus direitos através de ato ilícito. O artigo 927 do mesmo
Código determina a obrigação de indenizar por aquele que acaba por causar dano a outrem
mediante ato ilícito, independentemente de culpa. Não só o Código Civil, mas a própria
Constituição da República, artigo 5º, inciso X, determina a inviolabilidade da vida privada,
honra e imagem das WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR pessoas, garantindo o direito de
indenização mediante a ocorrência de dano material ou moral pela violação. 6.4.2 - Da
Cobrança por dívida inexistente e dos descontos indevidos: É cediço que cobrança indevida
feita de forma insistente, mesmo após ciência da falha ao fornecedor, enseja dano moral e
direito à indenização, em especial ao fato de se atribuir dívida de montante tão elevado, como
no caso em comento, ou seja, R$ 333.722,58, independentemente de qualquer outra prova,
porque nesse caso é presumida a ofensa à dignidade do cidadão, tratado com desprezo e
desdém. O valor da indenização por danos morais deve ser fixado de forma proporcional às
circunstâncias deste caso em espécie. Enseja reparação por danos a cobrança de dívida
inexistente, se dela resultou a exposição da suposta devedora a situações constrangedoras ou
a sua submissão a qualquer tipo de vergonha ou ameaça (art. 42, do CDC.) ou ainda a restrição
de crédito em banco de dados público do sistema de proteção ao crédito, fatos estes que
ocorreram e vitimaram a Consumidora e peticionaria. Deverá ocorrer a aplicação da sanção
prevista no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, a conduta da Ré
encontra-se revestida de má-fé. Restando configurado o dano, tendo os seus efeitos
exorbitando, por sua clara natureza e gravidade, o aborrecimento normalmente decorrente de
uma perda patrimonial e ainda repercutirem na esfera da dignidade da requerente. O
quantum indenizatório tem o condão de prevenir, de modo que o ato lesivo não seja praticado
novamente. Deve-se atentar, ainda, em juízo de razoabilidade, para a condição social da vítima
e do causador do dano, da gravidade, natureza e repercussão da ofensa, assim como exame do
grau de reprovabilidade da conduta do ofensor. Onde resta inegavelmente configurado um
prejuízo equiparado ao valor de mais de trezentos mil reais cobrados ilegalmente da
Reclamante. O referido valor deve garantir à Autora e também parte lesada, reparação que lhe
compense o sofrimento, bem como cause impacto suficiente para desestimular a reiteração do
ato por aquele que realizou a conduta reprovável. “Quantum indenizatório”. Por fim,
Excelência, diante de tudo que lhe foi apresentado, podendo e devendo o d. Juízo, conforme o
narrado e provado anteriormente, condenar o Banco demandado ao pagamento de todos os
descritos e terríveis danos morais sofridos pela consumidora. Excelência, com a devida vênia,
reiteram-se os perigos da continuidade dos descontos indevidos na folha de pagamento da
Autora, o que WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR sem dúvida faz uma grande diferença em
um orçamento familiar tão restrito, bem como a manutenção do bom nome da mesma, nos
órgãos de proteção ao crédito, Como já narrado, tal fato pode levar, sem dúvidas, inclusive, a
uma situação irreparável – perda da capacidade de comprar alimentos e demais necessidades
básicas de um ser humano na sociedade atual, não esquecendo da sua atual impossibilidade
de ou adquirir crédito ou financiar bens duráveis. 7- DOS PEDIDOS: Diante do exposto, a
Autora REQUER: a) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, com fulcro na Lei n°
1.060/50, uma vez que a parte Autora não possui condições de arcar com as custas
processuais e os honorários advocatícios. b) A inversão do ônus da prova, em favor da Autora,
nos termos do Art. 6º, inciso VIII da Lei 8.078/90 (CDC); c) Em razão da verossimilhança dos
fatos ora narrados, da hipossuficiência da consumidora, da fumaça do bom direito e do perigo
da demora que Vossa Excelência se digne a conceder, liminarmente e “inaudita altera pars”, A
ANTECIPAÇÃO DA TUTELA e a expedição da competente ordem com o fito de a Requerida ser
obrigada a suspender imediatamente os descontos realizados na folha de pagamento da
Requerente, sob pena de multa a ser arbitrada por este Juízo, no importe de R$ 500,00
(quinhentos reais) ou no valor que Vossa Excelência entender como justo e equitativo. d) A
citação da Requerida para, querendo, comparecer à audiência designada por este Juízo, bem
como, apresentar defesa, no prazo legal, sob pena de ser declarada sua revelia e cominada a
pena de confissão quanto a matéria de fato; e) Requer que seja declarado inexistente o
absurdo débito imputado à Autora pela Bolsa de Economia Federal no montante de R$
332.722,58. (Trezentos e trinta e dois mil setecentos e vinte e dois reais e cinquenta e oito
centavos). f) Que seja deferida a repetição do indébito sobre o valor indevidamente
descontado, no montante de R$ 8.478,60 (oito mil quatrocentos e setenta e oito reais e
sessenta centavos) atualizados e corrigido monetariamente. g) Como finalidade do pedido de
inversão do ônus da prova e para comprovar o direito da Autora, que a Requerida seja
obrigada a fornecer os extratos bancários do período de janeiro de 2010 a janeiro de 2016,
bem como a suposta renovação contratual que dá motivo a presente demanda. Seja a
presente demanda julgada procedente para: h) Condenar a Instituição Financeira a compensar
a parte Autora pelos inúmeros danos morais sofridos e comprovados, no valor que Vossa
Excelência entender como justo e equitativo, sugestionando para tanto, o montante de
R$100.000,00 (Cem mil reais). WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR i) Que seja a Requerida
compelida a pagar quaisquer eventuais despesas advindas deste feito, bem como honorários
advocatícios; j) Requer que todas as publicações vinculadas no Diário Oficial, intimações e
qualquer ato de comunicação no presente processo sejam feitas EXCLUSIVAMENTE em nome
do Advogado: ________________________, OAB/XX: XX.XXX, sob pena de nulidade dos atos
que vierem a ser praticados, em consonância com o disposto no parágrafo 2º do artigo 272 do
NOVO Código de Processo Civil. l) A parte Autora protesta pela produção de todas as provas
admissíveis em direito, notadamente a juntada de novos documentos; bem como pelo
depoimento pessoal do representante legal da Ré, sob pena de confissão; oitiva testemunhal;
vistorias; laudos e perícias – se necessidade houver, para todos os efeitos de direito. m)
Requer, por fim, que seja a requerida condenada ao pagamento das custas e honorários
advocatícios no importe de 20%. Dá-se à causa, o valor de R$ 341.201,18 (trezentos e quarenta
e um mil duzentos e um reais e dezoito centavos), para todos os efeitos de direito. Termos em
que, Pede, aguarda e confia no deferimento. COMARCA, DATA __________________________
ADVOGADO (A) OAB WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR
MODELO DE PETIÇÃO - AÇÃO DECLARATÓRIA DE
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL COM PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA
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EXCELENTÍSSIMO(A)SENHOR(A)DOUTOR(A)JUIZ(A)DEDIREITODA___VARADO
JUIZADOESPECIALCÍVELDACOMARCADEMANAUS,SEÇÃOJUDICIÁRIADO
AMAZONAS.
DOS FATOS
DO DIREITO
(...)
Portanto, nada mais justo, que Vossa Excelência determine que deixe de ser
cobrado do Requerente a quantia de R$ 377,56 (Trezentos e setenta e
sete reais e cinqüenta e seis centavos), para evitar a caracterização de
enriquecimento injustificado, por parte da _______________________, ora
Requerida.
Art. 187, Código Civil - Também comete ato ilícito o titular de um direito que,
ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico e social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
DO PEDIDO
Requer que lhe seja concedido os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos
na Lei no 1.060/50, por se tratar de pessoa desprovida de recursos.
Dá-se à causa o valor de R$ 15.200,00 (quinze mil e duzentos reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
_________,DE___DE_________DE______
_______________________
ADVOGADO
Ação declaratória de inexistência de débitos c/c indenização por perdas e danos c/c
pedido de liminar de sustação de protesto.
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE .....,
ESTADO DO .....
....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na
Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade....., Estado ....., CEP ....., representada neste
ato por seu (sua) sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil),
profissional da área de ....., portador (a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., por
intermédio de seu advogado (a) e bastante procurador (a) (procuração em anexo -
doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade .....,
Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à
presença de Vossa Excelência propor
em face de
....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na
Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada
neste ato por seu (sua) sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil),
profissional da área de ....., portador (a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., pelos
motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
DOS FATOS
Nessa função - frise-se desde já ........., não possuía poderes para assumir qualquer
obrigação em nome da peticionária, pois como prestador de serviços foge
completamente às suas atribuições funcionais EFETUAR QUALQUER TRANSAÇÃO
COMERCIAL EM NOME DA REQUERENTE, fato este que indica ser estranhável o
comportamento da Requerida em não tomar as cautelas necessárias e
imprescindíveis para realização de qualquer transação comercial.
Tais afirmações podem ser facilmente comprovadas, bastando para tanto verificar o
cadastro da empresa onde constam os nomes de pessoas autorizadas a efetuar
transação comercial e assinar pela empresa, cadastro este em poder da Requerida,
o qual desde já requer-se a sua apresentação.
DO DIREITO
Com a efetivação do protesto fez com que o nome da requerente ficasse restrito,
causando-lhe além de constrangimento, prejuízo naturais de ordem moral e
comercial, desta feita seu nome e reputação restaram prejudicado fato este que
abalou o seu crédito fator essencial para o bom funcionamento da empresa.
A emissão das duplicatas foram simuladas, eis que não correspondem a nenhum
negócio jurídico realizado pela Requerente, violando-se o art. 172 do Código Penal,
senão vejamos:
"Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não correspondam a
mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou a serviço prestados.
Concluímos, ainda, que tais títulos à evidência não tinham causa e não foram
aceitos pela autora, que nada contratou da Requerida.
O Novo Código Civil, através do art. 186 estabelece:
Assim, no tocante à indenização por Dano Moral, por não ser a mesma definida ou
quantificada em lei, na espécie da qual se cuida, há data vênia, de basear-se o
arbitramento em situação análoga, qual seja o protesto indevido de títulos, fato
também gerador de restrições e abalo de crédito, como de mácula ao nome,
imagem, honra e moral daquele que é protestado.
A Requerida ao imputar a Requerente uma cobrança indevida, agiu com dolo, razão
pela qual urge seja arbitrada a indenização por dano moral em 100 vezes o valor
de R$ .........., apontado como devido por ocasião do protesto e da inscrição levada
a termo junto á SERASA pela parte contrária.
DOS PEDIDOS
Ante ao exposto e diante dos fatos e documentos que instruem a petição inicial e
do elevado saber jurídico de Vossa Excelência, requer o acolhimento da pretensão,
com a procedência da ação, condenando-se a Requerida ao pagamento da
indenização pleiteada; acrescida de correção monetária e juros legais, a contar da
data da data do protesto.
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
AÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO
CUMULADA COM REPETIÇÃO DE
INDÉBITO E DANOS MORAIS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA
CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA ESPECIAL DE BRASÍLIA – DF.
I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
2. Declara a autora nesta exordial ser hiposuficiente, estando assim amparada pelo
art. 04º(1) da lei em epígrafe:
II – DA FUNDAMENTAÇÃO FÁTICA
6. Desta feita, sempre que o pagamento da fatura do mês é realizado, esta mesma
operação aparece na próxima fatura indicando que o pagamento foi feito conforme
a frase “obrigado pelo pagamento”. Esta frase apareceu na fatura do mês de
janeiro, ou seja, na fatura do dia 05/01/04 (05 de janeiro de 2004);
10. Note-se Excelência que entre o pagamento das faturas, a requerente entrou em
contato inúmeras vezes com a (XXX) S/A para tentar compor o litígio de forma
amigável, no entanto, restou-se infrutífera tal composição;
11. Na fatura do mês de abril (05/04/2004), a requerida não deduziu o pagamento
da fatura do mês de março em tempo hábil, acarretando, mais uma vez, em um
acúmulo na fatura do mês de abril totalizando o valor de R$ 1.596,92 (Mil quinhentos
e noventa e seis reais e noventa e dois centavos), além da inclusão de encargos
contratuais, multa de 2% (dois por cento) e juros de mora de 1% (um por cento).
Destarte, a requerente apenas pagou o que devia na fatura do mês de abril, ou seja,
o montante de R$ 208,24 (Duzentos e oito reais e vinte e quatro centavos);
13. No mês de junho a requerente não utilizou o cartão, contudo foram descritos a
compensação do valor de R$ 96,08 (Noventa e seis reais e oito centavos) referente
ao pagamento da fatura do mês de maio e o valor de R$ 610,10 (Seiscentos e dez
reais e dez centavos) corrigido e acrescido de encargos contratuais no montante de
R$ 28,67 (Vinte e oito reais e sessenta e sete centavos), totalizando o valor de R$
638,77 (Seiscentos e trinta e oito reais e setenta e sete centavos);
16. Por culpa exclusiva da (XXX) S/A a requerente está com nome negativo na
praça. Esta inclusive já sofreu inúmeros constrangimentos em diversas compras ao
qual iria realizar, justamente por causa da inscrição de seu nome no banco de dados
da praça comercial, conforme fora demonstrado acima;
17. Data Vênia Máxima Excelência, não pode subsistir tal conduta em nosso
direito. Tal atitude é completamente abusiva e locupletativa conforme se demonstra
em documentos anexos. Faz-se necessário a total responsabilização da requerente
conforme preceitua o ordenamento jurídico pátrio, ou seja, é plenamente aplicável o
dever de indenizar moralmente a requerente pelos danos causados à sua honra bem
como sua vida financeira;
DA TUTELA ANTECIPADA
19. Em casos como este, onde a demora no provimento jurisdicional possa ser
prejudicial ao autor, o CPC assegura a antecipação de tutela(6) (CPC, art. 273(7)),
requerendo apenas o preenchimento de alguns requisitos para a sua concessão,
tais como a prova inequívoca, verossimilhança de alegação, presunção de um
direito (fumus boni iuris) e o perigo na demora (periculum in mora) no gênero,
podendo ser requerida a medida cautelar incidental na espécie (CPC, art. 273, § 7º);
20. No tocante a prova inequívoca, a requerente traz a baila dos autos todos os
extratos bancários, bem como as faturas dos meses devidos, mais uma planilha
dedutiva de cálculos para comprovar o lançamento indevido do débito e a
inscrição erronia da requerente no banco de dados do comércio;
22. A presunção do direito (fumus boni iuris), se solidifica porque o direito a qual se
funda esta tutela está devidamente amparada em nosso ordenamento jurídico,
conforme preceitua o art. 273, § 7º do CPC.
23. No que diz respeito ao perigo na demora (periculum in mora), tem-se necessário
o urgente provimento de tal medida uma vez que o nome da requerente fora lançado
no cadastro dos inadimplentes do SERASA e da EQUIFAX. Note-se que o dano já
ocorreu, no entanto Excelência, a demora no provimento jurisdicional pode ainda
causar inúmeros problemas de ordem sócio-financeira a requerente, uma vez que
esta não poderia comprar e nem negociar, pois o seu nome estaria impossibilitado
de transacionar no meio comercial;
24. “In casu”, os requisitos do artigo 273 estão claros, e o deferimento da tutela, para
que determine à requerida a retirada do nome da requerente do registro do SERASA
e da EQUIFAX, não causará nenhum perigo de irreversibilidade do provimento
antecipado;
DA INEXISTÊNCIA DE DÉBITO
26. Conforme fora demonstrado no capítulo II destes autos, nunca existiu o débito
no valor de R$ 488,91 (Quatrocentos e oitenta e oito reais e noventa e um centavos),
motivo pelo qual vem a requerente com base no art. 2º, I do CPC, declarar a
inexistência do presente débito;
27. O CPC, em seu art. 333, inciso I, alega que o ônus da prova cabe ao autor
quando diz respeito ao fato constitutivo de seu direito. Neste caso concreto a
requerente trouxe a baila todos os documentos que comprovam a sua idoneidade
financeira;
DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO
EMENTA
DO DANO MORAL
31. A CF/88 , art. 5º, V(12), assegura a reparação do dano em qualquer ordem de
indenização, seja esta moral(13), material ou a imagem. No presente caso concreto,
a (XXX) S/A, além de demandar em duplicidade por dívida já paga, conforme
documentos anexos, lançou indevidamente o nome da requerente no rol negro dos
inadimplentes junto a banco de dados de proteção ao crédito tais como o SERASA
S/A e a EQUIFAX do Brasil;
32. O CC/2002, no art. 186(14), prescreve que aquele que causar dano a outrem
fica obrigado a repara-lo. Neste caso, a requerida, não se satisfazendo em cobrar
uma dívida que não existe, achou por bem inscreve-la junto às instituições acima,
sem ao menos medir o ato ilícito pelo qual praticou, ou seja, não analisou as
conseqüências de seu erro. Todavia, o que de fato importa agora é que a requerente
está com o nome sujo na praça por culpa exclusiva da própria administradora.
34. Deste modo seria o mínimo pedir a indenização por danos morais na razão de
60 (sessenta) vezes o valor repetido atualizado, ou seja, teríamos como base de
cálculo o valor corrigido e atualizado de R$ 505,17(15) (Quinhentos e cinco reais e
dezessete centavos), perfazendo o valor de R$ 30.310,20 (Trinta mil trezentos e dez
reais e vinte centavos), por essa atitude abusiva, ilícita e locupletativa da (XXX) S/A;
35. Ante todo o exposto Excelência, não pode subsistir tal conduta em nosso direito.
Tal atitude é completamente abusiva e locupletativa conforme se demonstra em
documentos anexos. Faz-se necessário a total responsabilização da requerida na
reparação da repetição de indébito arbitrada no valor de R$ 1.010,34 (Mil e dez reais
e trinta e quatro centavos), bem como pelo pagamento da indenização a título de
danos morais na ordem de R$ 30.310,20 (Trinta mil trezentos e dez reais e vinte
centavos), perfazendo assim o montante no valor de R$ 31.320,54 (Trinta e um mil
trezentos e vinte reais e cinqüenta e quatro centavos), conforme preceitua o
ordenamento jurídico pátrio o dever de indenizar pela repetição de indébito, bem
como pelo dano moral a requerente pelos danos causados à sua honra bem como
sua vida financeira,
IV - DO PEDIDO
JUSTIÇA
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
OAB-DF 5.662/E
___________________
NOTA:
1. Lei n. 1060/50, Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária,
mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em
condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem
prejuízo próprio ou de sua família. (Redação dada pela Lei nº 7.510, de 04/07/86).
IN Presidência da República – Legislação – Leis Ordinárias – www.planalto.gov.br
8. CPC, Art. 131 - O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas
deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram o
convencimento.(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973). IN Presidência
da República – Legislação – Leis Ordinárias –www.planalto.gov.br
10. Súmula 43 STJ - Incide correção monetária sobre divida por ato ilícito a partir
da data do efetivo prejuízo.
12. CF/88, Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem; IN Presidência da República
– Legislação – Constituição Federal de 1988 – www.planalto.gov.br
13. O art. 5º, V da CF/88 não deixa dúvida quanto à categoria do dano à imagem,
distinta do dano moral e material. É possível, portanto, cumular-se dano moral,
material e à imagem derivados de um mesmo fato (v. STJ 37). Como a norma não
impõe limitações à indenização por dano moral, nem remete o seu
regulamento para a lei, neste caso ela é ILIMITADA (STF RT
740/205). IN JÚNIOR. Nelson Nery. NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de
Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante. 6. ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais. 2004. p. 126.
14. CC/2002, Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito.