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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES.

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

TEORIA SOCIOLÓGICA II

RESENHA CRÍTICA

NATAL/2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTE.

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

TEORIA SOCIOLÓGICA II – 3 PERÍODO

MAX WEBER – TEXTOS DE WEBER

Por Gabriel Cohn.

Texto apresentado ao Professor Gilmar


Santana como requisito para avaliação
da segunda unidade na disciplina de
Teoria Sociológica II – 2018.

JOSEMIR MEDEIROS

LUAN GOMES

SÉRGIO TRINDADE

NATAL/2018
Este texto objetiva resenhar a obra do professor Gabriel Cohn (Sociólogo brasileiro,
especialista na obra de Max Weber. Cohn é graduado em Ciências Sociais em 1964 pela
Universidade de São Paulo. Obteve os graus de mestre, doutor e livre docente, na mesma
Universidade) analisando a vida de um dos grandes expoentes da sociologia moderna, Max Weber,
e humildemente tornar mais claro, na medida do possível, ao leitor os pontos peculiares da trajetória
do autor.

“Exagerar é a minha profissão” assim inicia o texto que apresenta um dos porta-vozes da
sociologia moderna. Max Weber. Em duas de suas inusitadas histórias de vida, o professor Gabriel
Cohn nos agracia com o “espírito” impetuoso do eloquente pensador alemão. Uma delas se refere
ao episódio em que suas opiniões apontavam para o declínio do governo de Guilherme II com suas
decisões estratégicas errôneas durante a guerra (hoje sabemos que foi a primeira grande guerra) e
que o fracasso se adiantara. Uma profecia? Com certeza isso não caberia no pensamento de Weber.
O outro aspecto diz respeito a sua posição teórica. E é o conceito de “tipo ideal” que suscita espanto
e desconfiança. Dentro de seu excesso como profissão o “tipo ideal” é para Weber “a forma
assumida no plano metodológico pela vocação do exagero”. *Não comumente como o mundo das
ideias de Platão que busca um fim, antes é exagerado para ser comparado com a realidade.

Nasceu em 21 de abril no ano de 1864. Foi o primogênito de oito filhos e reclamam à sua mãe o
título de repressora ascética e ao seu pai por proporcionar uma vida de tolerâncias e descontração.
Em casa de seu pai conviveu com ilustres pensadores como Georg Simmel e Georg Luckacs.
Nunca ocupou posições oficiais no governo. Salvo quando foi convidado a redigir a convenção de
Weimar e a comissão de paz em Versalhes. Foi estudante de direito, filosofia, história, economia e
teologia. Entre 1891 e 1897 sua vida intensa o levou a uma crise psíquica. Recuperado desta e
afastado da docência, o que detestava, teve seu apogeu de produção que lhe rendeu a fama: “A ética
protestante e o espírito capitalista” foi escrita nesse período. Em períodos curtos e sequenciais, de
quatro em quatro anos, fluíram as suas grandes obras: “Economia e sociedade”, “sobre algumas
categorias da sociologia compreensiva” é nesta obra que consta a primeira vez que foi empregada a
palavra sociologia. Morreu em 14 de junho de 1920 e sua viúva lançou muitas obras inclusive sua
biografia.

Inicialmente Max Weber dedicou-se as pesquisas históricas e tomou deste universo um retalho
virtuoso. As causas do declínio do Império Romano em alegoria com o declínio da Europa. Os
fatores por ele analisados são causas sociais. A análise apresenta uma constatação: Uma cultura
antiga decai pela lenta erosão de suas bases. Essas bases são sociais. Apresentando outra tese de que
há uma continuidade do mundo antigo para o medieval. Weber não estava preocupado com a
relevância do fato não trazer consequências para a modernidade e sua posição era de que não havia
vinculo com o processo analisado e o mundo contemporâneo. Mesmo assim Cohn aponta uma
preocupação com o processo histórico em Weber e não somente por ser histórico, mas por fazer de
alguma forma “sentido” ter escolhido a análise dessa história peculiar (a diluição de uma cultura)
para nós.

É pelo interesse de um evento histórico que reside a trama do pensamento weberiano. De uma
forma ainda embrionária o seu caráter crítico acontece em seus textos escrevendo sempre contra
alguém ou alguma coisa de seu tempo. Weber toma de empréstimo os termos infraestrutura e
superestrutura de Karl Marx, mas não os remete diretamente às suas concepções teóricas. Os
termos apenas são usados para enfatizar a importância dos recursos materiais do processo de
investigação em curso. Por essa época Weber já atentava para a distinção de métodos entre a
historicidade e a sociologia. Com as obras “a história agraria de Roma e sua importância para o
direito público e privado” e posteriormente “condições agrarias da antiguidade”, Max Weber passa
a tratar sobre seu grande tema: O capitalismo moderno e o processo de racionalização da conduta
de vida da qual ele é expressão.

Dentro de sua análise comparativa entre a cidade antiga e a cidade medieval Weber salienta o
paradoxo de semelhanças e discrepâncias. Uma sendo política e a outra econômica. Esta análise trás
à tona não o que lhes é comum, antes o que lhes é peculiar individualmente. Portanto, para Cohn a
relevância do processo histórico está em apontar as coisas importantes em nosso mundo que
também estejam presentes em outras épocas e lugares e assinalar traços em nosso universo que
possam ser responsáveis pelas diferenças entre eles e os demais. Isso nos aproxima do materialismo
histórico e dialético, preocupado com a historiografia do processo, mas também nos remetem a um
subjetivismo clássico durkhaimiano por pensar esses “traços em nosso universo” como uma coisa
exterior de forma coletiva e que se impõe sobre a sociedade, ou seja, um fato social.

Cohn afirmou que Weber sempre se preocupou com a historicidade de sua época,
exclusivamente a Alemanha. Ele era um homem de seu tempo que escrevia para o seu tempo.
Mesmo que sua obra seja considerada clássica. Uma Alemanha derrotada e atolada em crises
diversas. A partir da página dezesseis Cohn passa a tratar de uma conferencia onde Weber destaca a
acentuada crise entre cultura e diferenças raciais. Um dos problemas cruciais na Alemanha. E é na
ideia de adaptação às condições exteriores de vida que Weber afirma não ser sinal de nível cultural
elevado, referindo-se precisamente a Alemanha pós-guerra que se erguia. Essa adaptação gera uma
luta de qualquer vida cultural que é impossível extinguir. Há um alerta aos colegas que se utilizam
do processo evolucionista de que devam considerar as avaliações de ordenações sociais de qualquer
natureza examinando sempre e sem exceções a que tipos de pessoas ela oferece a maior chance de
se tornarem dominantes pela vida de seleção interna (motivos da ação) ou externa. Em confronto
direto com Durkheim que pensa o não conflito social em detrimento de uma suavização da
sociabilidade Weber pensa pelo prisma das análises de conflito, do confronto de interesses e valores
inconciliáveis, da dominação e do poder. A vocação é tema central em Weber. Sua análise da
organização do Estado e da política econômica gera o raciocínio de que vocação e poder econômico
para a direção político nacional nem sempre coincidem. É daqui que se percebe a sua facilidade em
domar a pesquisa empírica. É sempre a propósito de um determinado tema que as investigações são
desenvolvidas e é o dever de todo bom investigador social o de abster-se de qualquer juízo de valor
em sua análise, perpassado pela busca de uma determinada objetividade científica.

Um ponto crucial das teses do autor é o da postura correta do cientista. É o ser e o dever ser
coisas irreconciliáveis, é inapropriado que se pense uma fusão, diz Weber, não subestimo o dever
ser, apenas não admito que problemas complexos como são os intelectuais e espirituais sejam
tratados como meras técnicas da ciência. Para tratar da objetividade do conhecimento das ciências
sociais o remédio aqui destilado é de que uma ciência não pode ensinar aquilo que “deve”, mas sim
aquilo que pode e aquilo que quer fazer. Para nosso autor não há uma predeterminação das coisas.
Um fim lógico, um curso a ser tratado com um ponto final. Assim nem o conhecimento empírico e
nem os juízos de valor merecem uma consideração final, ambos devem estar envoltos em suas
próprias trajetórias complexas e indeterminadas. Pois é na carência de convicções ou na
objetividade que reside o cuidado com as análises para o cientista. O objeto do conhecimento social
vai se construindo ao longo do processo metodológico.

São três os tipos puros de dominação. No entanto, Cohn passa adiante para analisar o texto
sobre religião e racionalidade econômica, precisamente sobre a Índia e a China. Em a “Ética
protestante e o espírito do capitalismo” se evoca a ideia protestante de “vocação” e a contenção do
impulso irracional para o lucro através da atitude metódica e racional. Uma afinidade entre
princípios de regulação de conduta e o modo de pensar protestante emerge como uma entre tantas
causas para a compreensão dessa relação social e é apenas isso que o autor quer demonstrar. Isto é,
o objeto de estudo de Weber é centrado na compreensão das relações sociais. A ética protestante
pode ter sido a causa do desenvolvimento capitalista, o que nos faz pensar que sem o protestantismo
o capitalismo não se desenvolveria. A divergência aqui se dá no âmbito da economia que não deve
ser encarada como único ponto para analise de uma cultura. E isso é o ponto de cisão com o
marxismo.
Para Weber a sociologia parte de uma análise do individualismo quanto ao processo
metodológico, isso o distingue de Durkheim, que buscou na coletividade a abstração necessária para
conceituar a coisa que ele chamou de fato social.

Quanto ao conceito de ação social é uma conduta individual com sentido – obrigatoriamente
para/pelo o outro. Um sentido que envolva um motivo, isso é o bastante. Aqui a coisa vai ficando
boa. Para o agente da ação o motivo é o seu fundamento, mas para o cientista o motivo investigado
e presumível é a causa da ação. Toda ação social é sempre um processo e nunca um fato isolado.
Para compreender o sentido de uma ação é necessário torná-lo responsável pela unidade dos
processos em ação transformando-os compreensíveis. A ação social pode ser, se guardada as
devidas proporções, o início da trajetória empírica de investigação social que se dá em Max e se
finda em Durkheim. Um analisa o individual como fonte presumível para compreender a sociedade
como ela se apresenta, enquanto que o outro enxerga na coletividade fatores coercitivos, exteriores
e que determinam os processos de sociabilidade.

É o agente que dá sentido as ações. Mas é na autonomia interna das diferentes esferas humanas
em que se elabora o campo das relações sociais. São os vínculos subjetivos que determinam ao
agente a sua motivação para realizar a ação.

O conceito de relação social está intimamente ligado ao ideário coletivo. A ação social se
orienta pela conduta do outro, enquanto que nas relações sociais o envolvimento de cada qual deve
se dar por um conteúdo de sentido, reciprocamente compartilhado. O exemplo é também extraído
do texto: um aperto de mão é uma ação social, enquanto que a amizade é uma relação social. Pelos
agentes da relação se considera como legitimo quando uma regra se faz orientadora de sua conduta.
E se valida uma ordem - convencional ou jurídica - legitima. Capaz de operar em ordem coletiva.
Um grupo social com suas complexidades relacionais geradas pelas ações desenvolvendo suas
próprias relações.

Logo, a observação realizada por Cohn nos aproximou da vida e obra de Max Weber. De uma
leitura agradável, sua prosa transforma as bifurcações teóricas confusas do autor em corredores
arrodeados de jardins, bem cuidados e prontos para admiração simples da beleza da vida. Assim,
como ela consegue ser.

Referências:

CONH, Gabriel (Org.). Max Weber: sociologia. 2 ed. São Paulo: Ática, 1982.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gabriel_Cohn (acesso em 06/05/18 00:21)

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