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EXCELÊNTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE

CARATINGA-MG

JOÃO SANTO CRISTO, solteiro, lavrador, portador do CPF nº 098.765.445-10 e


da RG M-12. 345.567 (SSP/MG), portador da CTPS nº 46.838, série 0146/MG,
nº do PIS/PASEP: 134.65571.34-8, filho de Jeremias Barbosa de Santo Cristo e
Maria Lúcia Gonçalves de Santo Cristo, com endereço na Avenida Olegário
Maciel, nº. 81, centro, Caratinga, Minas Gerais, vem, respeitosamente a
presença de Vossa Excelência, através de seu advogado que a esta subscreve,
ajuizar a presente AÇÃO RECLAMATÓRIA TRABALHISTA, com fulcro no art.
840 da CLT, em face de POSTO TURMALINA, CNPJ 04.211.095.0001-43, com
endereço na Avenida Tancredo Neves, nº 280, Bairro Santa Zita, nesta cidade
de Caratinga – Minas Gerais, CEP: 35.300-000, pelos fatos e fundamentos que
passa a expor:

DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

O reclamante foi contratado em 03/01/2012 para exercer a função de frentista


com o salário de R$1.200,00 (mil e duzentos reais) por mês. Nunca teve sua
CTPS assinada, foi demitido sem justa causa, em 02/01/2018.

1.DA JORNADA DE TRABALHO


O reclamante trabalhava de segunda a sábado, das 6h00min às 18h00min, com
intervalo para descanso e alimentação das 10h00min às 12h00min.

1.1 DO DIREITO

O inciso III do artigo 7º da Constituição Federal de 1988, prevê a jornada máxima


de 8h diárias e 44h semanais.
Portanto, conclui-se que o reclamante trabalhava cumprindo 16 horas extras por
semana, o que perfaz ao longo de todo pacto laboral, com projeção no aviso
prévio o total de 4.032 horas extras.
O reclamante nunca recebeu por estas horas extras trabalhadas, pretendendo
recebê-las na presente ocasião, na forma do inciso XVI, do art. 7º da Constituição
Federal de 1988.

1.2 DA INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

O reclamante trabalhava em contato de agentes nocivos, acima do limite


tolerado pela NR 15 do Ministério do Trabalho. Interpretando esta norma em
conjunto com o art. 192 da CLT, conclui-se que o reclamante deveria receber
também o adicional de insalubridade. Esta verba nunca foi paga ao reclamante

1.3 DO DIREITO

Impõe-se salientar não haver óbice à cumulação do adicional de insalubridade


com o de periculosidade, pois, em que pese a disposição do § 2º do
art. 193 da CLT, sabe-se que a Carta Fundamental, hierarquicamente superior
à CLT, não estabeleceu a impossibilidade de cumulação dos respectivos
adicionais, mas, do contrário, positivou serem direitos dos trabalhadores
urbanos e rurais, dentre outros, a redução dos ricos inerentes ao trabalho, bem
como o adicional de remuneração de atividades insalubres e perigosas (CR/88,
art. 7º, caput e incisos XXII e XXIII).

1.4 DAS FÉRIAS

Durante todo pacto laboral o reclamante nunca gozou e nem recebeu férias e
pretende recebe-las no presente pleito.
O art. 137 da CLT dispõe que as férias não concedidas no período correto devem
ser pagas em dobro. Portanto, o reclamante tem direito aos seguintes períodos
aquisitivos de férias.

De 03/01/2012 até 02/01/2013 FÉRIAS - DOBRADAS


De 03/01/2013 até 02/01/2014 FÉRIAS - DOBRADAS
De 03/01/2014 até 02/01/2015 FÉRIAS - DOBRADAS
De 03/01/2015 até 02/01/2016 FÉRIAS - DOBRADAS
De 03/01/2016 até 02/01/2017 FÉRIAS - DOBRADAS
De 03/01/2017 até 02/01/2018 FÉRIAS - SIMPLES
De 03/01/2018 até 02/03/2018 (48 dias de aviso prévio) FÉRIAS -
PROPORCIONAIS

1.5 DAS GRATIFICAÇÕES NATALINAS


A reclamada também nunca pagou ao reclamante nenhuma verba relativa aos
décimos terceiros.
O art. 7º, VIII da Constituição, bem como a Lei 4.090/62 e o Decreto nº. 57155/65
garantem ao reclamante o recebimento de uma parcela de uma gratificação
natalina por ano, bem como proporcional aos anos não trabalhados por
completo.
Portanto, o reclamante tem direito ao recebimento dos décimos terceiros
integrais relativos aos anos de 2014, 2015, 2016 e 2017, bem como aos décimos
terceiros proporcionais relativos ao ano de 2013 (na proporção de 10/12 avos) e
de 2018 (na proporção de 2/12 avos).
O reclamante nunca recebeu estas verbas e pretende recebe-las por ocasião
deste pleito.

1.6 DO FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO

O reclamante nunca teve seu FGTS recolhido. A Lei 8.036/90 garante ao


reclamante o recolhimento o FGTS calculado em 8% do seu salário, incluídas
todas as verbas salarias.
Considerando-se a prescrição quinquenal, o reclamante tem direito ao
recolhimento do FGTS do mês de março de 2013 a março de 2018,
considerando-se a projeção do aviso prévio. Estas verbas não foram pagas e
são parte do presente pleito na forma de indenização, haja vista a demissão sem
justa causa.

1.7 CONCLUSÃO

No dia 02/01/2018 o reclamante foi demitido sem justa causa, tendo sido
dispensado do cumprimento de aviso prévio pela reclamada. Tendo em vista o
período trabalhado, bem como art. 7º, XXI da Constituição Federal e o art. 487
da CLT, o reclamante tem direito ao recebimento de 48 dias de aviso prévio,
proporcionais ao seu salário com acréscimo de todas as demais verbas de
natureza salarial.
Além disso, o reclamante não recebeu a multa de 40% sobre o saldo do FGTS,
conforme lhe garante a Lei 8.036/90.
Tendo em vista que a reclamada não pagou as verbas rescisórias até a presente
data, o reclamante também tem direito ao pagamento da multa prevista no art.
477, §§6º e 8º da CLT.
O reclamante também não recebeu as suas guias TRCT, bem como as guias
CB/SD, motivo pelo qual ainda não pode requerer o recebimento do seguro
desemprego, o que requer no seguinte pleito, sob pena de indenização
substitutiva caso não receba por culpa do empregador.
O reclamante, ainda, pleiteia aqui que Vossa Excelência determine a integração
ao salário dos adicionais de insalubridade, periculosidade e horas extras.
Requerendo, por conseguinte, o pagamento dos reflexos destas verbas em
todas as verbas de natureza salarial.

2. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, o reclamante vem pleitear todos os seus direitos na forma


dos pedidos abaixo:
A) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o reconhecimento
da relação de emprego, com a consequente assinatura de sua CTPS, sob
pena de multa diária no valor de R$50,00 (cinquenta reais), até o limite de
20 dias, após os quais a Secretaria deste Juízo deverá efetuar as
respectivas anotações. Valor do pedido: R$1.000,00 (mil reais)

B) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento das


16h extras semanais trabalhadas, durante todo pacto laboral, já excluído
o período prescrito, em um total de 4.032 horas extras, no valor de R$
32.981,76 (trinta e dois mil e novecentos e oitenta e um reais e setenta e
seis centavos).

C) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento do


adicional de periculosidade, durante todo o pacto laboral, excluído o
período prescrito, no valor de 21.240,00 (vinte e um mil e duzentos e
quarenta reais).

D) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento do


adicional de insalubridade, no grau médio, durante todo pacto laboral,
excluindo o período prescrito, no valor de R$ 15.257,20 (quinze mil e
duzentos e cinquenta e sete centavos).

E) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento das


férias relativas aos seguintes períodos aquisitivos.

E.1) de 03/01/12 até 02/01/2013, no valor de R$ 3.200,00 (três mil e


duzentos reais);

E.2) de 03/01/2013 até 02/01/2014, no valor de R$ 3.200,00 (três mil e


duzentos reais);

E.3) de 03/01/2014 até 02/01/2015, no valor de R$ 3.200,00 (três mil e


duzentos reais);
E.4) de 03/01/2015 até 02/01/2016, no valor de R$ 3.200,00 (três mil e
duzentos reais);

E.5) de 03/01/2016 até 02/01/2017, no valor de R$ 3.200,00 (três mil e


duzentos reais);

E.6) de 03/01/2017 até 02/01/2018, no valor de R$ de 1.200,00 (mil e


duzentos reais);

E.7) de 03/01/2018 até 02/03/2018 (48 dias de aviso prévio), no valor de


R$ 266,66 (duzentos e sessenta e seis reais e sessenta e seis
centavos).

F) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento dos


décimos terceiros integrais relativos aos anos de 2014, 2015, 2016 e
2017, no valor de R$ 4.800,00 (quatro mil e oitocentos reais).

G) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento do


décimo terceiro proporcional, relativo ao ano de 2013, na proporção de
10/12 avos no valor de R$ 1.000,00 (mil reais).

H) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento do


décimo terceiro proporcional, relativo ao ano de 2018, na proporção de
02/12 avos, no valor de R$ 200,00 (duzentos reais).

I) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento do


FGTS indenizado durante todo pacto laboral, excluído o período prescrito,
no valor de R$ 5.664,00 (cinco mil e seiscentos e sessenta e quatro reais).

J) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento da


multa de 40% do FGTS no valor de R$ 2.265,60 (dois mil e duzentos e
sessenta e cinco reais e sessenta centavos).

K) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento do


aviso prévio, na proporção de 48 dias, no valor de 1.920,00 (mil e
novecentos e vinte reais).

L) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento da


multa do art. 477, da CLT no valor de 1.200,00 (um mil e duzentos reais).

M) O reclamante requer que Vossa Excelência determine o pagamento dos


reflexos da incorporação dos adicionais de hora extra, de periculosidade
e de insalubridade ao salário, no valor de R$ 21.826,32 (vinte e um mil e
oitocentos e vinte e seis reais e trinta e dois centavos).

N) O reclamante requer que Vossa Excelência determine que a reclamada


entregue as guias de TRCT, bem como as guias CD/SD, para fins de
recebimento de seguro desemprego, sob pena de indenização
substitutiva, no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais).

Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos,


sobretudo, prova testemunhal e depoimento do preposto da reclamada.

3. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 132.821,54 (cento e trinta e dois mil e oitocentos
e vinte e um reais e cinquenta e quatro centavos).

Nestes termos,
Pede e aguarda deferimento,

Caratinga, 20 de março de 2018.

Advogado
OAB/MG

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