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5.

1 Exercícios Complementares

6.4A Usando a De…nição 6.1.3 ou o Teorema 6.1.9, mostre que as funções dadas são soluções LI
da EDO indicada.
(a) y1 (x) = sen x; y2 (x) = cos x; y 00 + y = 0;
(b) y1 (x) = 2; y2 (x) = sen x; y3 (x) = 3 cos x; y 000 + y 0 = 0;
(c) y1 (x) = ex ; y2 (x) = e x; y3 (x) = sen x; y4 (x) = cos x; y (4) y = 0;
(d) y1 (x) = ex ; y2 (x) = e2x ; y3 (x) = e3x ; y 000 6y 00 + 11y 0 6y = 0:

6.4B Encontre a solução geral das seguintes EDO’s:


(a) y 00 3y 0 + 2y = 0 (b) y (4) + 4y = 0
(c) y 000 6y 00 + 11y 0 6y = 0 (d) 8y 00 + 4y 0 + y = 0
(e) y (4) + 5y 000 = 0 (f) y 000 3y 00 + 4y 0 2y = 0
(g) y 000 y 00 y0 + y = 0 (h) y (4) + 2y 00 + y = 0

6.4C Em cada caso, veri…que que as funções dadas são soluções LI da EDO indicada e determine
a solução geral.
(a) y1 (x) = cos x e y2 (x) = sen x; y (4) 4y 000 + 7y 00 4y 0 + 6y = 0;
(b) y1 (x) = e2x cos x e y2 (x) = e2x sen x; y (4) 8y 000 + 32y 00 64y 0 + 64y = 0;
(c) y1 (x) = ex cos x e y2 (x) = ex sen x; y (4) 6y 000 + 19y 00 26y 0 + 18y = 0;
(d) y1 (x) = ex e y2 (x) = xe x; y (5) y (4) 2y 000 + 2y 00 + y 0 y = 0;
(e) y1 (x) = ex ; y2 (x) = e x e y3 (x) = e2x ; y (6) 5y (4) + 16y 000 + 36y 00 16y 0 32y = 0:

6.4D Qual a solução geral de uma EDO linear homogênea com coe…cientes constantes, cujas
raízes da equação característica são: 2; 2; 2; 3; 3; 3 4i; 3 + 4i; 3 4i e 3 + 4i? Qual é a EDO?

6.4E Encontre a EDO de segunda ordem com a seguinte família de curvas integrais:
(a) y = C1 x + C2 x2 (b) y = C1 e x + C2 xe x (c) C1 ex + C2 e2x :

6.4F Com o Método dos Coe…cientes a Determinar (MCD), encontre a solução geral da EDO.
SÉRIES E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS MPMATOS 43

(a) y 00 y0 2y = 4x2 (b) y 0 5y = (x 1) sen x + (x + 1) cos x


(c) y 00 + 2y 0 + 2y = 1 + x2 (d) y 00 + 4y 0 + 8y = x + ex
(e) y 00 = 9x2 + 2x 1 (f) y 00 3y 0 + 2y = ex 2e2x + sen x
(g) y 000 y 00 y 0 + y = x2 (h) y 0 5y = x2 ex xe5x
(i) y 0 y = 1 + xe2x (j) y 000 6y 00 + 11y 0 6y = 2xe x

(k) y (4) + 4y = x2 3x + 2 (l) y 000 y = 3 sen x cos x

6.4G Encontre a solução geral das seguintes equações de Euler-Cauchy:


(a) 4x2 y 00 4xy 0 + 3y = sen ln ( x) ; x < 0 (b) x2 y 00 3xy 0 + 3y = 0
(c) x2 y 00 xy 0 + 2y = 1 + (ln x)2 ; x > 0 (d) x2 y 00 3xy 0 + 3y = ln x, x > 0
(e) x3 y 000 3x2 y 00 + 6xy 0 6y = 0 (f) x2 y 00 6xy 0 = 0

6.4H Considere as funções y1 (x) = xm sen ln (xn ) e y2 (x) = xm cos ln (xn ), de…nidas para x > 0:
Calcule o wronskiano w (x) dessas funções e encontre uma EDO do tipo Euler de segunda ordem
possuindo y1 e y2 como soluções.

6.4I Com o Método de Variação dos Parâmetros (MVP), encontre a solução geral da EDO.
(a) y 00 2y 0 + y = x 1 ex (b) y 0 + 4y=x = x4
(c) y 00 2y 0 + y = x 5 ex (d) y 00 + 4y = sen2 2x
(e) y 00 2y 0 + y = ex + 2xex (f) x2 y 00 2y = (x 1) x 2

(g) y 000 + x 2y0 x 3y =x 2 ln x (h) y 000 + y 0 = sec x:

6.4J Veri…que que as funções x1 (t) = t e x2 (t) = 1 + t2 são soluções LI da EDO

t2 1 x
• 2tx_ + 2x = 0

e usando o MVP encontre a solução geral da EDO não homogênea:

:: 2
t2 1 x 2tx_ + 2x = 1 t2 :

6.4K Considere a EDO não-homogênea:

:::
t3 x + 3t2 x
• = 1:

Veri…que que as funções x1 (t) = 1; x2 (t) = t e x3 (t) = 1=t; t > 0; são soluções LI da EDO
homogênea associada e, usando o MVP, encontre a solução geral da EDO não homogênea.
44 EDO LINEAR DE ORDEM SUPERIOR CAP. 6

6.4L Qual a solução da equação de Euler-Cauchy x2 y 00 2xy 0 + 2y = 0 que satisfaz às condições


iniciais y (1) = 1 e y 0 (1) = 4?

6.4M Encontre a solução da EDO x2 y 00 + xy 0 + y = ln x que satisfaz às condições y (1) = 0 e


y 0 (1) = 2:

6.4N Mostre que as funções sen x2 e cos x2 são soluções LI da EDO xy 00 y 0 + 4x3 y = 0, embora
o wronskiano seja nulo em x = 0: Por que isso não contradiz os fatos teóricos (Observação 6.1.10)?

6.4O Veri…que que no intervalo ]0; 1[ as funções y1 (x) = sen (1=x) e y2 (x) = cos (1=x) são
soluções LI da EDO x4 y 00 + 2x3 y 0 + y = 0 e encontre a solução que satisfaz às condições y (1= ) = 1
e y 0 (1= ) = 1:

6.4P Considere a EDO:


y 00 + a (x) y = b (x) ;

sendo a (x) e b (x) funções deriváveis. Se y1 (x) e y2 (x) são soluções LI da EDO homogênea associada,
com Wronskiano W; mostre que a solução geral da EDO não homogênea vem dada por:
Z Z
1
y (x) = y1 (x) y2 (x) b (x) dx + y2 (x) y1 (x) b (x) dx :
W

6.4Q REDUZINDO A ORDEM Seja ' (x) uma solução da EDO linear homogênea

y 00 + a1 (x) y 0 + a0 (x) y = 0

sendo a0 (x) e a1 (x) funções contínuas em um intervalo I, onde ' (x) 6= 0: A substituição y = 'z
reduz a EDO a
z 00 + a1 (x) + 2'0 =' z 0 = 0

que, por sua vez, com a substituição u = z 0 se reduz a EDO de primeira ordem

( ) u0 + a1 (x) + 2'0 =' u = 0:

2 R
A solução geral da EDO ( ), obtida a partir de (5.12), é u (x) = C' (x) exp a1 (x) dx e daí
obtemos:
Z
2 R
z (x) = C ' (x) exp a1 (x) dx dx:
SÉRIES E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS MPMATOS 45

Considerando a constante C igual a 1, obtemos uma segunda solução


Z
2 R
(x) = ' (x) ' (x) exp a1 (x) dx dx:

No intervalo 1 < x < 1, mostre que ' (x) = x é uma solução da equação 1 x2 y 00 2xy 0 +2y = 0;
determine uma segunda solução (x) LI com ' (x) e a solução geral da EDO.

6.4R Considere a EDO linear de segunda ordem não homogênea:

y 00 + a1 (x) y 0 + a0 (x) y = b (x) ;

com a0 (x) ; a1 (x) e b (x) contínuas. Se ' (x) é uma solução não nula da EDO homogênea associada,
mostre que a substituição y = 'z leva a EDO à forma:

d
'2 z 0 + a1 '2 z 0 = 'b;
dx
R
que possui fator integrante I = exp a1 (x) dx :

6.4S Usando o método descrito no exercício precedente com ' (x) = x ou ' (x) = ex ; determine
a solução geral das seguintes EDO’s:

(a) xy 00 (x + 3) y 0 + 3y = x (b) (1 x) y 00 + xy 0 y = (1 x)2


(c) 1 + x2 y 00 2xy 0 + 2y = 0 (d) xy 00 (2x + 1) y 0 + (x + 1) y = 0:

5.2 Aplicações

5.2.1 Vibrações Amortecidas e Forçadas


46 EDO LINEAR DE ORDEM SUPERIOR CAP. 6

Consideremos um corpo de massa m; preso a uma mola (veja …gura 6.3), sob a ação das seguintes
forças:
força de atrito: 2cv; c > 0, oposta ao movimento, onde v representa a velocidade;
força restauradora: k 2 x; exercida pela mola, sendo k uma constante positiva, e
força externa: F (t) :
A Segunda Lei de Newton estabelece que:

m•
x= 2cx_ k 2 x + F (t)

ou, de forma equivalente:


2c k2 F (t)
x
•+ x_ + x = ; (5.1)
m m m
que é a equação do movimento para vibrações forçadas. Quando não houver forças externas, isto é,
quando F 0; as vibrações serão amortecidas. Trata-se de uma EDO linear de segunda ordem nas
variáveis x e t, com coe…cientes constantes, que pode ser resolvida pelo Método dos Coe…cientes a
Determinar, dependendo da função F , naturalmente, ou pelo Método de Variação dos Parâmetros.
No caso amortecido, a EDO se escreve sob a forma:

2c k2
x
•+ x_ + x = 0;
m m
p
2 2c k2 c c2 k2 m
cuja equação característica + + = 0 possui raízes = ; e existem dois
m m m m
casos a considerar. No primeiro caso, quando c2 > k 2 m; as raízes são reais e distintas e fazendo
p
jc2 k 2 mj
!= ; a solução geral é
m
ct=m
x (t) = e C1 e!t + C2 e !t
:
c
No outro caso, quando c2 < k 2 m; as raízes são = i! e a solução geral é:
m
ct=m
x (t) = e [C1 cos !t + C2 sen !t] :

Quando a força externa F (t) é uma função contínua por partes, podemos usar sua Série de Fourier
para encontrar uma solução x (t) da EDO (5.1). Suponhamos que os dados do problema são de tal
forma que a EDO resultante seja:

x
• + (0:02) x_ + 25x = F (t) ; (5.2)
SÉRIES E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS MPMATOS 47

e F (t) é a função 2 -periódica de…nida por:


8
< t + =2; se <t 0
F (t) =
: t + =2; se 0 < t < ;

com Série de Fourier (ver Exercício 4.4F(i))


4 cos 3t cos 5t
F (t) = cos t + + + :
32 52
É razoável imaginar uma solução x (t) da equação (5.2) como a soma de soluções aproximadas de
equações do mesmo tipo, com forças externas Fn (t) dadas por:
4 cos nt
Fn (t) = ; n = 1; 3; 5; : : : ;
n2
que é o termo geral da Série de Fourier de F (t) : Para cada n = 1; 3; 5; : : : consideremos a equação
aproximada:
4 cos nt
x
•n + (0:02) x_ n + 25xn = (5.3)
n2
cuja solução particular é suposta da forma xn (t) = An cos nt + Bn sen nt, onde as constantes An e
Bn são determinadas por substituição de xn (t) na EDO (5.3) e valem:
4 25 n2 0:08
An = e Bn = ; n = 1; 3; 5; : : : ;
n2 D nD
2
onde D = 25 n2 + (0:02n)2 : Uma solução x (t) de (5.2) é dada pela série trigonométrica:
1
X
x (t) = [A2n 1 cos (2n 1) t + B2n 1 sen (2n 1) t] ; (5.4)
n=1
e a veri…cação de que a função x (t) de…nida por (5.4) é de fato uma solução da EDO (5.2) baseia-se
no processo de derivação termo a termo para séries trigonométricas. O leitor familiarizado com
convergência uniforme não terá di…culdade em veri…car a validade dessa operação para esse caso.

5.2.2 Mola Vibrante


48 EDO LINEAR DE ORDEM SUPERIOR CAP. 6

Por conveniência escolhemos o sentido para baixo como positivo e o centro do corpo na posição de
equilíbrio como origem. Desprezando a massa da mola e admitindo que a resistência do ar é, em
cada instante, proporcional à velocidade do corpo, teremos três forças a considerar:
resistência do ar: Fa = ay;
_ a > 0;
força devido à massa: F (t) ; dirigida para baixo; e
força restauradora da mola: Fr = ky; k > 0 , que traduz a Lei Linear de Hooke.
A força restauradora Fr = ky atua de modo a levar o sistema ao repouso e, estando a massa
abaixo da posição de equilíbrio, então y é positivo e Fr é negativa. A força Fa ; devido a resistência
do ar, atua em direção oposta ao movimento, gerando um amortecimento do sistema. Da Segunda
Lei de Newton, temos:

m•
y= ay_ ky + F (t)

ou, de forma equivalente:


a k F (t)
y• + y_ + y = :
m m m

Novamente encontramos uma EDO linear de 2a ordem com coe…cientes constantes para descrever
o fenômeno, e a solução geral é obtida como no caso anterior. Se o movimento se inicia em t = 0
com velocidade inicial v0 , então as condições iniciais y (0) = y0 e y_ (0) = v0 devem ser consideradas
no cálculo da solução correspondente. Observamos que na descrição do movimento a força devido
à gravidade não aparece explicitamente, embora esteja presente. Essa força é compensada quando
medimos a distância em relação à posição de equilíbrio e ela só aparece na equação quando a
distância for medida a partir da extremidade inferior do comprimento natural da mola. Nesse caso,
o movimento será descrito pelo PVI:

8
> a k F (t)
< y• + y_ + y = g +
m m m
>
: :
y (0) = 0; y (0) = 0:

5.2.3 Pêndulo Simples

O movimento de um pêndulo simples é descrito pela EDO de segunda ordem:


SÉRIES E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS MPMATOS 49

m•
s=f = mg sen ;

onde s = l é o comprimento do arco. Substituindo na EDO o


valor de s obtemos a equação não linear • + (g=l) sen = 0 e apro-
ximando sen por , o que é razoável para pequenas oscilações,
chegamos modelo linear • + (g=l) = 0, com solução geral:
p p
(t) = A cos g=l t + B sen g=l t :

5.2.4 Movimento Harmônico Simples - MHS

O MHS é o movimento descrito por uma partícula de massa m ao longo do eixo x; sujeita a
uma força atratora para o ponto de equilíbrio, cuja magnitude é proporcional à distância da massa
ao ponto de equilíbrio. Esse movimento é descrito pela EDO:

m•
x= kx; k > 0;

cuja solução geral é:


p p
x (t) = A cos( k=m t) + B sen( k=m t):
p p
O movimento tem período T = 2 =L; onde L = k=m e amplitude A2 + B 2 :

5.2.5 De‡exão de Vigas

Consideremos uma viga homogênea com eixo de simetria AB e seção reta uniforme, conforme …gura
6.6(a). A curva descrita pelo eixo de simetria após a de‡exão será denominada curva elástica e
50 EDO LINEAR DE ORDEM SUPERIOR CAP. 6

esta tem o aspecto mostrado na …gura 6.7, onde …zemos o ponto A do eixo de simetria coincidir
com a origem do sistema de coordenadas.

Seja b o comprimento total da viga e denotemos por k o seu peso por unidade de comprimento.
kb
Em cada extremidade da viga atua uma força de intensidade igual a e, sobre um ponto x do
2
eixo OB, os momentos (em direções opostas) das forças que atuam à esquerda de x são:
kb kb
momento devido a força : M1 (x) = ( )x:
2 2
x
momento devido ao peso de Ox: M2 (x) = (kx) :
2
A soma algébrica desses momentos é:

kx2 kbx
M (x) = :
2 2

Se considerássemos as forças que atuam à direita de x, teríamos:

b x kb kx2 kbx
M (x) = k (b x) (b x) = :
2 2 2 2

Da teoria sobre resistência dos materiais sabe-se que o momento resultante é M (x) = EIy 00 , sendo
E o módulo de Young do material e I o momento de inércia de uma seção reta da viga em relação ao
eixo Ox e o termo EI representando a rigidez à de‡exão. A curva elástica é descrita pelo seguinte
modelo de segunda ordem: 8
> 2
< EIy 00 = kx kbx
2 2
>
: y (0) = 0; y 0 (b) = 0;

cuja solução é:
k
y (x) = (x4 2bx3 + b3 x):
24EI
SÉRIES E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS MPMATOS 51

b 5kb4
A de‡exão máxima ocorre no ponto x = e é dada por y(b=2) = :
2 384EI

5.2.6 Vigas em Balanço


Consideremos uma viga em balanço de comprimento b com um
extremo livre e o outro …xo, como mostra a …gura 6.6(b) e supon-
hamos que o eixo x coincida com o eixo de simetria da viga, de
modo que a curva elástica descrita por ela tem o aspecto mostrado
na …gura ao lado. O momento M (x) do segmento QB em relação
ao ponto x é devido ao seu peso k(b x) e tem valor igual a:

b x k
M (x) = k(b x) = (b x)2 :
2 2

Logo, a curva elástica é descrita pelo problema de valor inicial


8
< EIy 00 = k (b x)2
2
: y (0) = 0 e y 0 (0) = 0;

sendo a solução dada por:


k
y (x) = x4 4bx3 + 6b2 x2 :
24EI
kb4
A de‡exão máxima ocorre em x = b e seu valor é y (b) = :
8EI

5.2.7 Circuitos Elétricos

O circuito elétrico da …gura ao lado contém uma força eletromotriz


E (produzida por uma bateria ou gerador), um resistor R, um
indutor L e um capacitor C, em série. Se Q(t) representa a carga no
capacitor C, no instante t, então a corrente I(t) no mesmo instante
é medida pela taxa de variação da carga Q(t) em relação ao tempo,
isto é, I = dQ=dt e as quedas de voltagem devido ao resistor,
dI Q
indutor e capacitor são, respectivamente: RI; L e :
dt C
52 EDO LINEAR DE ORDEM SUPERIOR CAP. 6

Como já mencionamos no Capítulo 5, a lei de Kirchho¤ estabelece que a soma das quedas da
voltagem é igual à voltagem fornecida e com isso obtemos a EDO:

dI Q
L + RI + = E (t) :
dt C
dQ
Para obtermos uma EDO linear de segunda ordem para a carga Q (t), usamos I = e obtemos:
dt
d2 Q dQ 1
L 2
+R + Q = E (t)
dt dt C

e se forem fornecidas a corrente I0 e a carga Q0 no capacitor, no instante t = 0, chegamos ao PVI:


8
< LQ00 + RQ0 + 1 Q = E (t)
C
(5.5)
: Q (0) = Q e Q0 (0) = I :
0 0

Por derivação da EDO (5.5)1 ; obtemos a seguinte equação diferencial de segunda ordem para a
corrente:
LI 00 + RI 0 + 1
CI = E 0 (t) :

Exemplo 6.5.1 No circuito da …gura 6.10 suponhamos que R = 4 ; L = 1 H; C = 0:2 F e que


a voltagem fornecida no instante t seja E (t) = cos 2t. Se a carga e a corrente no instante t = 0 são
ambas nulas, então o PVI (5.5) se reduz a:
8
< Q00 + 4Q0 + 5Q = cos 2t
(5.6)
: Q (0) = 0 e Q0 (0) = 0:

2
A equação característica é + 4 + 5 = 0 cujas raízes complexas 1 = 2+i e 2 = 2 i
produzem as soluções reais LI:

2t 2t
Q1 (t) = e cos t e Q2 (t) = e sen t

e a solução geral da EDO auxiliar é, portanto:

2t
QH (t) = e (C1 cos t + C2 sen t) :

Para usar o MCD, tentamos uma solução particular

QP (t) = A cos 2t + B sen 2t;


SÉRIES E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS MPMATOS 53

de modo que

Q0P (t) = 2A sen 2t + 2B cos 2t e Q00P (t) = 4A cos 2t 4B sen 2t:

Substituindo QP e suas derivadas Q0P e Q00P em (5.6)1 , encontramos:

(A + 8B) cos 2t + ( 8A + B) sen 2t = cos 2t

e, igualando os coe…cientes, chegamos ao sistema algébrico


8
< A + 8B = 1
: 8A + B = 0

cuja solução é A = 1=64 e B = 8=65: Assim, encontramos para solução particular a função

1 8
QP (t) = 65 cos 2t + 65 sen 2t

e, consequentemente, a solução geral é:

2t 1 8
QG (t) = e (C1 cos t + C2 sen t) + 65 cos 2t + 65 sen 2t:

1 18
Com os dados iniciais Q (0) = 0 e Q0 (0) = 0, obtemos C1 = 65 e C2 = 65 e a solução do PVI
(5.6) é:
1 2t
Q (t) = 65 e (cos t + 18 sen t) cos 2t 8 sen 2t :

A expressão para a corrente I (t) é, portanto,

dQ 1 2t
I (t) = = 65 e (16 cos t 37 sen t) + 2 sen 2t 16 cos 2t :
dt

Como limt!1 QH (t) = 0, é razoável usar a aproximação Q (t) ' QP (t), para valores de t su…cien-
temente grandes, e, por essa razão, a solução particular QP (t) recebe o nome de solução de estado
estacionário.

5.2.8 Cabos Suspensos

Consideremos um cabo ‡exível, inextensível e em repouso, preso nas suas extremidades e


sujeito apenas à ação gravitacional. O aspecto grá…co dessa situação é mostrado na …gura 6.10
abaixo, onde o cabo ‡exível está representado pelo arco AB:
54 EDO LINEAR DE ORDEM SUPERIOR CAP. 6

Seja V (0; c) o ponto de mínimo do cabo ‡exível, e em cada ponto P (x; y) do cabo consideremos
as forças que atuam no arco V P :
tração T no ponto P ;
tração H no ponto V ;
carga vertical w sobre V P .
O arco V P estando em repouso, segue que:

T cos H=0 (forças horizontais)


T sen w=0 (forças verticais)

e, por conseguinte:
w w
tg = ou y0 = : (5.7)
H H
Se denotarmos por (x) a taxa de carregamento, teremos:
Z x
w (x) = (s) ds ou w0 (x) = (x)
0

e usando (5.7) encontramos o seguinte modelo matemático para descrever o fenômeno:


8
< y 00 = 1 (x)
H
: y (0) = c e y 0 (0) = 0:

Vamos considerar os seguintes casos particulares:

1. O cabo tem peso desprezível e suporta um tabuleiro (ponte) uniforme. Por tabuleiro uniforme
entendemos aquele em que o peso por unidade de comprimento é constante. Assim:

y 00 = ) y (x) = x2 + C1 x + C2
H 2H
SÉRIES E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS MPMATOS 55

e, usando as condições iniciais do modelo, encontramos a solução y (x) = x2 + c. Se, por


2H
exemplo, o comprimento do tabuleiro é 200m, a altura nas extremidades é 50m e no vão central é
30m, então c = 30 e, assim,

50 = 104 + 30 =) = 0:002
2H 2H

e daí segue que:


y (x) = (0:002) x2 + 30:

2. Se k representa o peso do cabo por unidade de comprimento, então:

dw dw ds p
=k =) =k = k 1 + y 02
ds dx dx

e a curva será descrita pela EDO não linear:


p
y 00 = k
H 1 + y 02 : (5.8)

Com a mudança z = y 0 , a equação (5.8) se reduz à EDO de primeira ordem:

dz kdx
p = ;
1 + z2 H

cuja solução geral é obtida por integração. Integrando e usando as condições iniciais, obtemos:
p kx
ln z + 1 + z2 =
H

e, novamente por integração, encontramos a solução:

H H
y (x) = 2k [exp (kx=H) + exp ( kx=H)] + c k.

5.3 Exercícios Complementares

6.6A Considere o pêndulo da …gura 6.5 em que o comprimento é l = 1 m, o ângulo inicial é


= 0:2 rd e a velocidade angular é _ = 1 rd=s: Determine: (a) a equação do movimento; (b) o
ângulo máximo que o pêndulo pode fazer a partir da vertical; (c) o período do pêndulo, isto é,
o tempo necessário para uma oscilação completa; (d) a velocidade angular com a qual o pêndulo
passa pela posição vertical
56 EDO LINEAR DE ORDEM SUPERIOR CAP. 6

6.6B Um circuito em série contém um resistor com R = 24 , um indutor com L = 2 H, um


capacitor com C = 0:005 F e uma bateria de 12 V. A carga inicial é Q0 = 0:001 C e a corrente
inicial é 0. Determine a carga Q (t) e a corrente I (t) no instante t e esboce o grá…co das funções
carga e corrente.

6.6C Considere o circuito do exercício precedente, onde a bateria é substituida por um gerador
proporcionando uma voltagem E (t) = 12 sen 10t. Determine a carga e a corrente no instante t:

RESPOSTAS & SUGESTÕES

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
6.4

6.4B
(a) y = C1 ex + C2 e2x (b) y = (C1 ex + C2 e x ) sen x + (C3 ex + C4 e x ) cos x

(c) y = C1 ex + C2 e2x + C3 e3x (d) y = e x=4 [C cos (x=4)


1 + C2 sen (x=4)]

(e) y = C1 + C2 x + C3 x2 + C4 e 5x (f) y = ex (C1 + C2 cos x + C3 sen x)

(g) y = C1 e x + C2 ex + C3 xex (h) y = C1 cos x + C2 sen x + x (C3 cos x + C4 sen x)


6.4C
p p
(a) y = C1 cos 2x + C2 sen 2x e2x + C3 cos x + C4 sen x
(b) y = (C1 cos 2x + C2 sen 2x)e2x + (C3 cos 2x + C4 sen 2x)xe2x
p p
(c) y = (C1 cos x + C2 sen x) ex + C3 cos 5x + C4 sen 5x e2x
(d) y = (C1 + C2 x + C3 x2 )ex + (C4 + C5 x) e x

(e) y = C1 ex + C2 e x + (C3 + C4 x) e 2x + (C5 cos 2x + C6 sen 2x) e2x

6.4D C1 + C2 x + C3 x2 e2x + (C4 + C5 x + C6 cos 4x + C7 sen 4x + C8 x cos 4x + C9 x sen 4x) e3x :

6.4E (a) x2 y 00 2xy 0 + 2y = 0 (b) y 00 + 2y 0 + y = 0 (c) y 00 3y 0 + 2y = 0

6.4F
(a) y = C1 e x + C2 e2x 2x2 + 2x 3
2 71 3 69
(b) y = 13 x + 338 sen x + 13 x 338 cos x + C1 e5x
x x2
(c) y = (C1 cos x + C2 sen x) e + x+1
2
SÉRIES E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS MPMATOS 57

cos (2x) cos2 (2x) cos (4x)


(d) y = C1 cos 2x + C2 sen 2x + :
6 4 12
x 2 x3 3x 4
(e) y = C1 + C2 x + +
2 3 4
1 3
(f) y = C1 ex + C2 e2x + 10 sen x + 10 cos x xex 2xe2x
(g) y = C1 e x + C2 ex + C3 xex + x2 + 2x + 4
1 2 5x 1 2
(h) y = 2x e 4x + 81 x + 1
32 ex + C1 e5x
(i) y = 1 e2x + xe2x + C1 ex
1 x 13 x
(j) y = 12 xe 144 e + C1 ex + C2 e2x + C3 e3x
x2 3x 1
(k) y = (C1 cos x + C2 sen x)ex + (C3 cos x + C4 sen x)e x + +
h p p i 4 4 2
(l) y = C1 ex + e x=2 C2 cos 23x + sen 23x sen x + 2 cos x:

6.4G
(a) y = C1 ( x)3=2 + C2 ( x)1=2 1
65 sen ln ( x) + 8
65 cos ln ( x)
(b) y = 1 + ln x + 21 (ln x)2 + x (C1 cos ln x + C2 sen ln x)
4
(c) y = 9 + 13 ln x + C1 x + C2 x3 (d) y = C1 x + C2 x3 + 31 ln x + 4
9

(e) y = C1 x + C2 x2 + C3 x3 (f) y = C1 + C2 x7
6.4H w (x) = nx2m 1; x2 y 00 + (1 2m) xy 0 + m2 + n2 y = 0:

6.4I
(a) y = C1 ex + xex ln jxj + C2 xex

(b) y = C1 x 4 + 19 x5

(c) y = C1 sen x + C2 cos x cos x ln jsec x + tg xj

1
(d) y = 12 1 + cos2 2x + C1 cos 2x + C2 sen 2x

(e) y = 12 x2 ex + 13 x3 ex + C1 ex + C2 xex

1 1 3
(f) y = C1 x + C2 x2 3 4x
2 +x 1 ln x

h i
(g) y = C1 x + (x ln x) C2 + C3 ln x + 1
24 (ln x)3

(h) y = C1 + C2 sen x + C3 cos x + ln jsec x + tg xj x ln jcos xj


6.4J x (t) = C1 t + C2 1 + t2 + t4 =6 t2 =2:

6.4K x (t) = C1 + C2 t + C3 =t + 2t ln t 1
2 ln t t=2 + 1=2

6.4L y = 3x2 2x: 6.4M y = sen ln x + ln x: 6.4N Porque x = 0 é um ponto singular.


58 EDO LINEAR DE ORDEM SUPERIOR CAP. 6

2 1+x
6.4O y (x) = 1= sen (1=x) cos (1=x) : 6.4Q (x) = 1 + (x=2) ln A solução
1 x
geral é y (x) = C1 ' (x) + C2 (x) :

6.4S
(a) y = C1 x + C2 x3 + 3x2 + 6x + 6 + x4 + 4x3 + 12x2 + 24x + 24

(b) y = 1 + x + x2 + C1 x + C2 ex (c) y = C1 x + C2 x2 1 (d) y = ex C1 + C2 x2

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