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Etapa 0 – Ambientação

Você pode procurar matérias na internet sobre as dificuldades que os intercambistas tem de aprender uma segunda
língua ou até mesmo aspectos positivos que aos quais os intercambistas são submetidos. Você pode simplesmente jogar palavras
chaves no Google e ler matérias do G1, R7, Carta Capital, Veja, Exame, etc.

Etapa 1 – Levantamento bibliográfico

Você precisa acessar o repositório de artigos do Scielo e buscar, através de palavras-chave, artigos que abordem a relação
entre o intercâmbio e o aprendizado de línguas. A ambientação realizada na etapa anterior vai ajudar a ter uma ideia de palavras-
chave que podem ser mobilizadas.

A cada leitura de artigo científico você será introduzida a novas formas de pensar diversos objetos. E a cada novo artigo
você naturalmente vai ir se interessando mais por um tipo de temática do que outro. Na medida em que isso for ocorrendo, isso
direcionará as novas buscas por outros artigos.

Quando você já tiver lido um número razoável de artigos, você vai começar a criar interesse por algum objeto um pouco
mais bem delimitado. Quando tiver delimitado um pouco melhor qual é seu objeto de interesse você precisa buscar alguma
questão a ser respondida, que é onde sua pesquisa dará alguma contribuição à discussão.

Ao final desse processo você terá delimitado seu objeto, terá estabelecido um problema a ser abordado e terá
desenvolvido alguma hipótese. Falando sistematizadamente assim pode parecer complexo, mas é um processo natural. Se você
estiver fazendo por interesse genuíno em pesquisar algo a coisa flui normalmente.

Etapa 2 – Construção de roteiro de entrevista qualitativa

De posse de seu problema, objeto e hipótese você constrói um roteiro de entrevista. É aconselhável que a entrevista não
dure mais de 30min, então o seu roteiro deve conter mais ou menos umas 10 perguntas. Essas perguntas são apenas um norte
que você vai seguir durante a entrevista. Não precisa ler as questões mecanicamente, nem precisa seguir a ordem exata delas.
Logicamente, no momento da construção do roteiro, você deve ter encadeado as perguntas dentro de uma ordem sistemática,
mas isso não significa que precisa seguir à risca. Muitas vezes uma resposta pode conter a resposta para muitas outras perguntas
do seu roteiro. Na medida em que os entrevistados forem falando, você vai aprimorando as perguntas e criando novas.

É muito importante que essas perguntas não tenham saído do nada, que tenham sido construídas por um motivo muito
claro percebido dentro do seu levantamento bibliográfico. Assim, a cada resposta que seu entrevistado lhe der você poderá
enquadrar aquela lógica dentro de um escopo conceitual que você já conhece através da sua leitura.

Certamente nem toda pergunta que você irá desenvolver precisa estar completamente fundamentada no levantamento
bibliográfico. Há espaço para a inovação, é assim que a ciência caminha, com base na intuição e novas questões postas por novos
pesquisadores. Apenas é preciso ter clareza do que se busca com as perguntas, para que as respostas a elas lhes sejam
verdadeiramente úteis e não um mero amontoado de respostas aleatórias.
Etapa 3 – Realização das entrevistas

A primeira coisa a atentar numa entrevista são os momentos iniciais. Cada pesquisador cria uma técnica diferente para
fazer esse “aporte”. Eu gosto de me conectar ao entrevistado e fazer com que ele sinta que eu estou plenamente aberto a ouvir
toda sorte de devaneio bobo dele. Outros preferem manter um certo distanciamento do entrevistado na esperança que o
entrevistado enxergue aquele processo de entrevista como um procedimento objetivo e frio, sentindo-se mais seguro em dizer
verdades desconfortáveis que não diria a um entrevistador mais parceiro e camarada.

Feito o aporte, você esclarece ao entrevistado a finalidade da pesquisa (o que você está pesquisando) e a quê ela servirá
(quais as possíveis contribuições que essa pesquisa pode deixar). A partir daí você dá início ao seu roteiro de entrevista. A cada
resposta você precisa tentar compreender as lógicas proferidas segundo a luz dos conhecimentos que você absorveu em seu
levantamento bibliográfico. Assim você terá mais insighs e terá dúvidas interessantes a serem sanadas em primeira mão com o
seu entrevistado.

Etapa 4 – Transcrição das entrevistas

É fundamental que você grave o áudio das entrevistas. Uma entrevista produz um oceano de informação que não pode
ser coletado somente com um bloco de notas. De toda forma, é muito importante que você também anote seus insighs e pontos
importantes que quer rememorar mais tarde em um bloco de notas.

É extremamente importante que você transcreva a entrevista pouco tempo depois da realização desta. Num espaço
máximo de 1 semana (máximo mesmo!). Na medida em que você for escutando o áudio você vai reviver algumas emoções e
lembrar de algumas ideias que teve naquele momento da entrevista. Isso ajuda a digerir melhor o material compilado. O próprio
ato de transcrever também ajuda a processar essa informação. Você vai criando mais intimidade com o material que juntou.

Ao final da transcrição dê uma lida no material e comece a refletir sobre de que maneira aquelas respostas contribuem
para lançar luz sobre as hipóteses que criou e quais novas questões podem ser suscitadas. Se você tiver feito as etapas anteriores
comprometidamente essa reflexão será algo bastante natural.

Etapa 5 – Análise das entrevistas

Após conhecer bastante o material que compilou e refletir bastante sobre esse material à luz dos conhecimentos que
angariou com o levantamento bibliográfico você terá processado essa material, terá transformado informação em conhecimento.

A análise consiste neste processo. Você precisa compreender essa informação que obteve a partir de um arcabouço
teórico. É preciso enquadrar essa informação dentro de parâmetros sistematizados, buscando sempre mobilizar os conceitos que
aprendeu durante a fase de levantamento bibliográfico.

O que você estará fazendo é sistematizar no papel um conhecimento difuso que se encontra na sua cabeça. É basicamente
descrever os fatos, padroniza-los e sistematiza-los e então fazer alguma inferência sobre o porque desses fatos se apresentarem
como tal. Após fazer essa descrição analítica você deve fazer algumas inferências sobre quais os desdobramentos desses fatos.
Você poderá, também, fazer alguns apontamentos sobre quais seriam formas melhores de lidar com esses fatos ou seus
desdobramentos.

Etapa 6 – Revisão bibliográfica

Eu acho que vale a pena colocar uma etapa para uma nova incursão na literatura acadêmica. Nesse momento da pesquisa
você será muito mais capaz de realizar uma leitura mais produtiva, estará com a visão mais orientada e com o intelecto mais
consciente das questões relativas ao tema.

Eu recomendo que gaste um tempo breve, porém produtivo, realizando novas leituras de novos artigos. Isso ajudará a
compreender melhor aquilo que analisou na etapa anterior. Isso irá te preparar melhor para a próxima etapa.

Etapa 7 – Construção de questionário para survey

A pesquisa qualitativa não lhe dá condições de generalizar suas descobertas, uma vez que foi feita com um público
bastante reduzido. Porém, a pesquisa qualitativa lhe dá muita condição de aprofundar o conhecimento encontrando diferentes
lógicas até então desconhecidas por você. A fonte do conhecimento estará na sua frente interagindo com você lhe contando fatos
que você não perguntou, assim como você terá insights na hora da entrevista que não teve durante a construção do roteiro. A
pesquisa qualitativa lhe permite isso: obter conhecimento mais específico sobre diversas lógicas possíveis.

Já a pesquisa quantitativa lhe permite falar com convicção sobre o comportamento de fenômenos ocorridos em uma
população inteira. Através de uma amostra calculada para ser representativa desta população, você poderá investigar se as lógicas
que descobriu na etapa qualitativa verdadeiramente se aplicam a toda a população da qual seus entrevistados na fase qualitativa
fazem parte.

De toda forma, a pesquisa quantitativa não serve exclusivamente para testar a validade das informações obtidas na fase
qualitativa. Ela também serve para testar novas hipóteses. Através de um questionário com questões fechadas, obtemos respostas
padronizadas que são transformadas em estatística. Diferentes testes podem ser realizados para averiguar relação causal e grau
de correlação entre diferentes fenômenos observados.

Será que quanto maior a renda do intercambistas, maior o grau de satisfação com o aprendizado da língua nativa? Será
que a escolaridade dos pais não seria um fato mais importante do que a renda familiar? Será que a idade do entrevistado não
impacta mais? Será que aqueles que mais conseguem fazer uso da língua nativa em seu dia-a-dia não são mais exigentes consigo
mesmo e acabam tendo um grau de satisfação com o aprendizado curiosamente menor do que aqueles que mal conseguem
utilizar a língua nativa em seu dia-a-dia? Todas estas questões podem ser respondidas através do survey.

Etapa 8 – Aplicação do survey

A aplicação de um survey é relativamente simples. Necessita, apenas, de muita atenção e zelo. Os questionários serão
encaminhados para um grande número de indivíduos. Por isso, não se pode cometer nenhum equívoco na construção do
questionário. Formulários online gratuitos podem ser utilizados, funcionam otimamente.

Para a preparação dessa etapa é necessário conseguir o contato do seu público-alvo. É preciso desenvolver uma
“propaganda” da sua pesquisa para mobilizar a boa-vontade deste. Esta é uma etapa muito simples e rápida.

Etapa 9 – Limpeza da base de dados

Após receber um número satisfatório de respostas de seu formulário, é preciso organizar essa informação em formato
de base de dados. Planilha de Excel já basta para tal. É necessário organizar os campos em forma de coluna e então iniciar a
limpeza da base de dados. A limpeza consiste basicamente em retirar marcação de respostas equivocadas e fazer ajustes técnicos.
Uma etapa consideravelmente simples também.

Etapa 10 – Análise dos dados

De posse da base de dados já limpa e organizada, inserimos as informações em um programa de análise de dados
quantitativos, tal como o SPSS. Através desse software é possível analisar estatísticas descritivas, realizar testes de correlação e
aplicar métodos inferenciais, tais como regressões lineares ou logísticas binárias. Para quem nunca fez estes procedimentos, só
de ouvir, pode parecer complexo, mas são procedimentos infinitamente mais simples do que a etapa qualitativa.

Etapa 11 – Sistematização da informação

De posse da análise de dados qualitativa e quantitativa, é hora de organizar toda essa informação. Você pode desenvolver
tabelas e gráficos com as informações estatísticas; diagramas e imagens descrevendo as informações qualitativas; assim como
pode desenvolver textos com suas conclusões.

Etapa 12 – Relatoria final

Com a informação já sistematizada, chega o momento final de sistematizar essa informação de uma ordem lógica e
contendo suas conclusões a respeito.

Você pode começar explicando porque partiu de onde partiu, quais eram os seus pré-supostos, como ocorreram as
entrevistas, quais foram as surpresas, quais foram as principais descobertas, quais foram suas conclusões e quais são seus
apontamentos.

Basicamente, você estará explicando a um colega de profissão o conhecimento que você obtinha antes da pesquisa a
respeito do objeto, qual foi o problema que pretendeu abordar, quais métodos decidiu utilizar, quais informações conquistou e
porque concluiu o que concluiu.

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