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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SAO PAULO

ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA
REGISTRADO(A) SOB N°

*02789566*

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de


Apelação n° 994.01.057835-8, da Comarca de Pontal, em
que são apelantes DANTE ALFREDO CANTOLINI e ADALGISA
DA COSTA PINTO CANTOLINI sendo apelados FERDINANDO
CANTOLINI, DANIEL CANTOLINI, MARIA APARECIDA ROSSATO
CANTOLINI e NEUSA BASSI CANTOLINI.

ACORDAM, em 3 a Câmara de Direito Privado do


Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte
decisão: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. V. U.", de
conformidade com o voto do Relator, que integra este
acórdão.

O julgamento teve a participação dos


Desembargadores BERETTA DA SILVEIRA (Presidente) e
DONEGÁ MORANDINI.

São Paulo, 09 de fevereiro de 2010.

JESUS LOFRANO
RELATOR
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Apelação com Revisão n° 218.330-4/5


Apelante: Dante Alfredo Cantolini e outra
Apelados: Ferdinando Cantolini e outros
Comarca de Pontal
Voto n° 10374

Extinção de condomínio - Usucapião entre condôminos - Matéria de defesa - Ad-


missibilidade - Posse inequívoca dos réus - Recurso improvido.

Há possibilidade de usucapião entre condôminos no condomínio tradicional, desde que


seja o condomínio pro diviso', ou haja posse exclusiva de um condômino sobre a totali-
dade da coisa comum.

A prova indica que os réus exercem a posse exclusiva sobre a totalidade do "Sítio São
Ludovico" desde 1975, quando, ao que tudo indica, houve um acordo entre as partes
quanto à divisão dos imóveis, no qual os autores receberam aproximadamente dois
hectares do imóvel denominado "Sítio São Lázaro".

1. Trata-se de apelação interposta por Dante Alfredo


Cantolini contra sentença em que o juiz julgou improcedente ação de extinção
de condomínio ajuizada contra Ferdinando Cantolini e outros.

Alegam os apelantes, em síntese, que não abando-


naram o imóvel a ponto de se reconhecer usucapião em favor dos apelados.

O recurso foi recebido e processado.

2. Os autores, Dante Alfredo Cantolini e outra, pre-


tendem extinguir condomínio relativo a imóvel localizado no município de Pon-
tal, denominado Sítio São Lodovico.

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Apelação com Revisão n° 218.330-4/5
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Em primeira instância, o juiz julgou improcedente o


pedido, reconhecendo a prescrição aquisitiva em relação ao imóvel em favor
dos réus.

Quanto ao usucapião entre condôminos, aponta


Francisco Eduardo Loureiro que o entendimento dos tribunais é do cabimento
da usucapião entre condôminos no condomínio tradicional, desde que seja o
condomínio 'pro diviso', ou haja posse exclusiva de um condômino sobre a to-
talidade da coisa comum. Exige-se, em tal caso, que a posse seja inequívoca,
manifestada claramente aos demais condôminos, durante todo o lapso tempo-
ral exigido em lei. Deve estar evidenciado aos demais comunheiros que o usu-
capiente não reconhece a soberania alheia ou a concorrência de direitos sobre
a coisa comum.1

A prova indica que os réus exercem a posse inequí-


voca sobre a totalidade do "Sítio São Ludovico" desde 1975, quando, ao que
tudo indica, houve um acordo entre as partes quanto à partilha dos imóveis, no
qual os autores receberam aproximadamente dois hectares do imóvel denomi-
nado "Sítio São Lázaro".

Nesse aspecto, como bem apontou o juiz na senten-


ça, Os autores detinham, segundo a matricula imobiliária n° 8.093 do Cartório
do Registro de Imóveis de Sertãozinho (fls. 09), 1/7 do Sitio São Ludovico, de
9.45,70 hectares, ou seja, eram donos de 1,35,10 hectares. Segundo a escritu-
ra de fls. 36/38, eram os autores condôminos também no Sítio São Lázaro, de
6,05 hectares, cabendo, portanto, 1,00.83 hectares a cada um dos seis con-
dôminos. A soma das terras que cabiam aos autores, portanto, era de 2.35.93
hectares. No entanto, coube-lhes, na divisão do Sítio São Lázaro celebrada
pela escritura pública mencionada, 2,05.84 hectares de terras, aos quais foi
dado o nome de "Granja Paineira" (fls 37), mais tarde vendidos à família Sic-
chieri Pedro.

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Apelação com Revisão n° 218.330-4/5
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Em síntese, tudo indica que os réus exerceram a


posse inequívoca sobre o imóvel disputado em razão do "acerto" ocorrido no
passado, no qual os autores ficaram com os dois hectares do "Sítio São Láza-
ro", e os réus ficaram com o remanescente dos dois imóveis.

Assim, preenchidos os requisitos legais, a hipótese é


de acolhimento da alegação de usucapião, como bem decidiu o juiz.

Diante dos exposto, nego provimento ao recurso.

1
Código civil comentado, 2a ecL coord. Ministro Cezar Peluso. Manole, p. 1163.
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Apelação com Revisão n° 218.330-4/5

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