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Surrealismo

Surgiu em Paris no começo da década de 1920

“Sur-réalisme” palavra francesa utilizada pela primeira vez em 1917, mas somente quando os poetas
André Breton e Louis Aragn a adotaram dando significado teórico e prático a época surrealista
passou a existir.

Breton: o propósito da criatividade é liberar o inconsciente já que seria impossível agir


instintivamente na sociedade ocidental “organizada

-Afã de descobrir novos Estados mentais. Realizavam então experiências com hipnose, drogas,
álcool, sessões espíritas. Também contavam seus sonhos enquanto discutiam os escritos de Freud.

1924 -> Breton lança o movimento Surrealista

“Só a imaginação me dá contas do que pode ser. Não é o temor da loucura que vai nos obrigar a içar
a meio pau a bandeira da imaginação. A atitude realista, inspirada no positivismo, parece-me hostil a
todo impulso de liberação intelectual e moral. Tenho-lhe horror, por ser feita de mediocridade, ódio
e insípida presunção. (BRETON, 1924.)”

1925 -> Breton publicou o manifesto “surrealismo e pintura” em que dizia que na época era o único
estilo relevante

Grandes defensores são poetas e literários, eles que fomentam o rompimento da cultura emdefesa
de movimentos modernosq eu não eram bem aceitos na época, como Impressionismo, Cubismo,
Surrealismo, etc.

“A vida só parecia digna de ser vivida quando se dissolvia a fronteira entre o sono e a vigília,
permitindo a passagem em massa de figuras ondulantes, e a linguagem só parecia autêntica quando
som e a imagem, e a imagem e o som, se interpenetravam, com exatidão automática, de forma tão
feliz que não sobrava a mínima fresta para inserir a pequena moeda a que chamamos sentido.
(BENJAMIN, Obras Escolhidas, 1985)”

A união livre – André Breton

Minha mulher com a cabeleira de fogo de lenha


Com pensamentos de relâmpagos de calor
Com a cintura de ampulheta
Minha mulher com a cintura de lontra entre os dentes de tigre
Minha mulher com a boca de emblema e de buquê de estrelas de primeira grandeza
Com dentes de rastros de rato branco sobre a terra branca
Com a língua de âmbar e vidro friccionado
Minha mulher com a língua de hóstia apunhalada
Com a língua de boneca que abre e fecha os olhos
Com a língua de pedra inacreditável
Minha mulher com cílios de lápis de cor para crianças
Com sobrancelhas de borda de ninho de andorinha
Minha mulher com têmporas de ardósia de teto de estufa
E de vapor nos vidros
Minha mulher com ombros de champanhe
E de fonte com cabeças de golfinhos sob o gelo
Minha mulher com pulsos de palitos de fósforo
Minha mulher com dedos de acaso e ás de copas
Com dedos de feno ceifado
Minha mulher com as axilas de marta e faia
De noite de São João
De ligustro e de ninho de carás
Com braços de espuma de mar e de eclusa
E mistura do trigo e do moinho
Minha mulher com pernas de foguete
Com movimentos de relojoaria e desespero
Minha mulher com panturrilhas de polpa de sabugueiro
Minha mulher com pés de iniciais
Com pés de molhos de chaves com pés de calafates que bebem
Minha mulher com pescoço de cevada perolada
Minha mulher com a garganta do Vale do Ouro
De encontro no próprio leito da correnteza
Com os seios de noite
Minha mulher com os seios de toupeira marinha
Minha mulher com os seios de crisol de rubis
Com os seios de espectro da rosa sob o orvalho
Minha mulher com o ventre a desdobrar-se no leque dos dias
Com ventre de garra gigante
Minha mulher com o dorso de pássaro que voa vertical
Com dorso de mercúrio
Com dorso de luz
Com a nuca de pedra rolada e giz molhado
E queda de um copo do qual se acaba de beber
Minha mulher com os quadris de escaler
Com os quadris de lustre e penas de flecha
E de caule de plumas de pavão branco
De balança insensível
Minha mulher com nádegas de arenito e amianto
Minha mulher com nádegas de dorso de cisne
Minha mulher com nádegas de primavera
Com sexo de lírio roxo
Minha mulher com o sexo de jazida de ouro e de ornitorrinco
Minha mulher com o sexo de algas e bombons antigos
Minha mulher com o sexo de espelho
Minha mulher com olhos cheios de lágrimas
Com olhos de panóplia violeta e agulha imantada
Minha mulher com olhos de savana
Minha mulher com olhos d’água para beber na prisão
Minha mulher com olhos de lenha sempre sob o machado
Com olhos de nível d’água de nível do ar de terra e de fogo.

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