Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
É por isso que o psicólogo está sempre perguntando, questionando quais sentimentos estão vindo à tona. Quais as angústias, quais as
ansiedades, o que está deixando nosso paciente para baixo. Até conseguir identificar que sensação é essa que você está sentindo é comum a
pessoa dizer ” eu me sinto muito mal”.Mas que sentimento é este? É angústia, é humilhação, é medo, é o que? Que nome tem esse sentimento.
Esse é o grande caminho para o psicologo atingir a vida mental, o funcionamento cognitivo e assim fazer muita coisa pelo paciente. Quando
descobrimos o que te deixa inseguro, quando descobrimos o porque, por exemplo, você sente que toda vez que está falando com alguém ou
fazendo alguma coisa, sente que está sendo observado e julgado pelos outros, poderemos mudar esses sentimentos e finalmente você irá se
permitir a ser livre dos medos.
Descobrir o que te trava é fundamental para liberar essa trava.
Muitas de nossas crenças internas são armadilhas de nossa alma. As pessoas acreditam em tanta bobagem e depois nem percebem porque que
se tornaram depressivas, ou ansiosas . Sabe porquê? Porque não tiveram oportunidade ou humildade em questionar essas crenças destruidoras.
Por exemplo, um paciente que se considerava esquecido pelas pessoas, tão indesejado que cada moça que sorria, ele já a pedia em casamento.
Por quê? Por causa de sua crença de que jamais alguém iria se interessar por ele. Essas crenças disfuncionais, erradas, vem de situações da
infância desse rapaz (que também são trabalhadas na psicoterapia ).
O importante é perceber que a gente forma algumas idéias muito distorcidas, e isso nos prejudica de uma forma tão silenciosa que ninguém
percebe. É como um cupim que vai comendo a madeira por dentro. Para quem vê de fora está tudo perfeito, tudo lindo! Mas vai lá olhar por
dentro...
É muito interessante como na terapia descobrimos tanta gente que sofria, que se condenava e até se sabotava e não por fatos reais, mas pelo
que acreditava. Por exemplo, você acredita piamente que seu chefe te odeia, mas nunca analisou e percebeu que ele é estressado, vive
correndo, e por isso nunca parou para reconhecer seu trabalho e não porque ele te odeia.
Já tive tantos pacientes que em algum momento da infância ou adolescência se sentiam os verdadeiros patinhos feios. Sabe aquela coisa de
usar aparelho, óculos, bota ortopédica. A criança se sente um ET. Eles crescem com essa auto-imagem negativa, quando se tornam adultos essa
imagem não é mais verdadeira, mas ainda mantém esse visual antigo como referência. Internamente ele ainda se olha como um adolescente
desengonçado, quando que na verdade é um moço ou moça linda!
Uma frase para nos fazer pensar:
“A auto condenação envolve a crença em uma mentira a respeito de nós mesmos”.
Avalie suas auto condenações, procure as mentiras que você vem contando para você mesmo. Você pode pensar “poxa aquela moça na
adolescência foi o patinho feio, mas se ela se olhar no espelho ela não vai perceber que a realidade hoje é outra?” Não. Porque sempre
interpretamos e muitas vezes distorcemos tudo o que acontece com a gente. O que significa que nunca somos realmente objetivos. A moça se
vê no espelho, está linda, mas ela se percebe feia, ela acha defeitos aonde não tem.
É por isso que o trabalho na psicoterapia deve ser profundo. O psicologo não cura insegurança contando para pessoa que ela é bonita,
competente etc. Isso os amigos, os parentes já fizeram. A psicoterapia tem como proposta ir fundo e resgatar essas crenças erradas, distorcidas,
que não tem mais função, mas ainda perturbam muito.
Outro caso muito comum que aparece na clínica de psicologia é o conflito “ Eu sou uma pessoa terrível porque às vezes eu erro...Eu não
admito errar” - relacionado a situações onde ninguém exigia perfeição, só ele mesmo.
Pra você se sentir uma pessoa má, ruim, inferior, isso é sempre comparado com outro alguém, eu só sou inferior perante outro que eu veja
como melhor do que eu. Daí a importância da humildade: Dar importância à outra pessoa. Reconhecer o valor do outro sem se sentir diminuído
é a verdadeira humildade.
Exemplo: Você percebe que outra pessoa fala em público muito melhor do que você. Você tem duas opções: se odiar por isso, ou... ver o que
pode fazer para melhorar. Qual a melhor opção? Você não tem obrigação de ser perfeito. Esta frase parece só uma frase, mas quando você
consegue sentir isso na pele, quando sentir não só saber intelectualmente que “você não tem obrigação de ser perfeito”, você não sabe o alívio
que dá. Eu falo isso para os perfeccionistas que vêem erro onde não existe. Mas se o seu erro foi concreto, se você prejudicou outra pessoa
você deve fazer de tudo para se redimir. Corrija o erro, pois neste caso não se trata de uma culpa psicológica, mas culpa real.
Inconsciente
Falei agora há pouco das crenças que a gente vai introjetando, a medida que passa pela vida vamos acumulando crenças a respeito de nós
mesmos e do mundo. Estas crenças se tornam os nossos princípios. Já perceberam quando alguém faz determinada coisa por “princípio”?
Muitas vezes a tal coisa não tem lógica. Quantas vezes a gente ouve ”pelos meus princípios eu só faço tal coisa”, ”pelos meus princípios não
peço aumento nunca”. Esses princípios agem de uma forma autoritária. Chega um momento que você não questiona mais, não é raciocina
mais, simplesmente sai agindo e reagindo conforme seus princípios. Por tradição.
Tem muita tradição sem lógica.Estes princípios são a base da nossa auto-estima. O quanto você se gosta, se valoriza, as qualidades que você
consegue enxergar em você são baseados nas crenças que você adquiriu sobre você mesmo. O problema é que você vem carregando muita
crença sem utilidade, muita crença que te atrapalha e te deixa depressivo, ansioso, etc.
E como é que essas crenças disfuncionais, inúteis, entram em nossa mente?
Essas crenças são incorporadas nos momentos que estamos mais vulneráveis. Quando acontece algo de muito forte, como por exemplo traumas
psicológicos, a morte de uma pessoa significativa, uma rejeição muito forte, uma separação do casal, etc.
Uma fase muito significativa, quando uma série de crenças se fixam, em nossa mente, é a infância. É o momento em que a pessoa está se
formando e conhecendo o mundo. Tudo é mais significativo nesta fase - por isso que os psicólogos estão sempre encontrando origens dos
problemas na infância.
Exemplo: um rapaz veio para psicoterapia para tratar um medo absurdo de falar com as pessoas. Tinha medo de rejeição. Medo de ser
inadequado. Na terapia foi descoberto que durante a infância ele entrava no escritório do pai e ficava ali quietinho só olhando. O pai, que
estava sempre trabalhando, achava que o filho era muito comportado porque não interrompia seu trabalho. E assim o pai deixava que ele
ficasse ali. Mas na cabeça dessa criança se instalou a seguinte crença: “Se eu não perturbar as pessoas eu não serei rejeitado, elas vão permitir
que eu fique por perto, as pessoas gostam quando eu fico quietinho”. Assim ele cresceu tentando sempre ficar o menos perceptível possível.
Ele “supunha” - tinha uma crença de que se dissesse qualquer coisa o pai o poria para fora. O interessante é que ele nunca se deu o direito de
testar essa suposição. E assim essa crença acabou norteando sua vida por muito tempo, por uma crença totalmente errada.
Como funciona a psicoterapia?
A psicoterapia funciona fornecendo suporte suficiente para de uma vez por todas ele mudar essa crença e perceber que a não ser que ele se
coloque e fale com as pessoas, nunca vai se relacionar bem com elas. Essa é a tomada de consciência tão necessária.
É por isso que as pessoas têm mania de ficar repetindo sempre os mesmos erros. É pura falta de perceber que existem outros caminhos. A
gente continua errando porque sair dessa “zona de conforto” é muito difícil. Toda mudança tem que ser trabalhada. É por isso que eu não
acredito em milagre. Eu acredito em trabalho. Pesquisar e descobrir qual é o nó que está amarrando. Dá trabalho mais vale à pena.
Isso é crescimento. Bom crescimento é perceber bons frutos na sua vida.
Muitas vezes, deixar nossas crenças de lado, mesmo que estejam nos atrapalhando, limitando nossa vida, pode ser um pouco trabalhoso. As
pessoas se apegam às suas crenças. “Tenho que sofrer muito para ser amada”. Essa crença era tão forte para esta pessoa que tudo que ela fazia
era claramente dirigido pela crença. Imagine o sofrimento dessa pessoa.
E quanto mais inconsciente for a crença, mais temos que trabalhar para trazer a tona isso tudo para ai modificar esse pensamento.Tirar do
inconsciente é só 50% do trabalho. Mudar a crença é outro 50%.
Só descobrir quais são suas crenças limitantes, não vai te fazer mudar muito. A partir daí começa a segunda etapa. A mudança. Tem gente que
acha que mudar é muito difícil. Isso é porque as pessoas não se conhecem, e é muito importante conseguir compreender a si mesmo para ai
então perceber qual mudança é necessária.
A verdade é que as pessoas têm a tendência de minimizar seus problemas. Tentam se justificar por tudo. “Meu casamento ta ruim, mas quem
está feliz hoje em dia, né?”. “Eu não sou agressivo, eu sou assertivo”. Isso quem fala é aquele cara que sai no tapa com todo mundo. Haja auto-
enganação, heim?
Um dos problemas menos comum nos consultórios dos terapeutas é a agressividade. Pouquíssimas pessoas reconhecem que estão com
problemas por causa da falta de controle da raiva. Normalmente é outra pessoa que leva o agressivo para o consultório. Ou seja, as pessoas
tendem a achar que sua vida não está sendo limitada, prejudicada pela depressão, ansiedade, pânico, fobias, pelas raivas e etc. É muito comum
a pessoa achar que “se der tempo ao tempo” tudo vai passar.
Então além de ser importante perceber o que deve ser mudado em você, é também importante perceber quando iniciar esse processo. E sabem
qual o melhor momento? É AGORA. Isso mesmo, não foi ontem e nem vai ser amanhã. É agora, na hora “que a ficha caiu”. E sabe pra que
isso? Para parar de viver do passado.
A influencia do passado
Psicólogo não adora perguntar do passado do paciente porque é curioso não! A gente faz isso porque sabe que o passado está te influenciando
hoje, ainda. Entender o passado é importante porque nem sempre ele está morto e enterrado. Muitas vezes ele está” vivinho da silva”, mas
inconsciente. Tem gente que fala assim “ha, eu não fico pensando no passado” e eu digo “você não pensa no passado, você vive nele o tempo
todo”.
O passado deve ser olhado de frente. Mesmo que você tenha vivido algumas coisas que foram muito doloridas. Temos que aprender com o
passado para finalmente a gente se libertar dele. “Aquele que não aprende com o passado vive preso nele”. É outra frase do psicólogo Mark
Baker. É importante lembrar que esse crescimento pessoal é muito mais fácil com ajuda de outra pessoa.
A verdade é que a gente não consegue se conhecer sozinho. Quando as crenças estão inconscientes é preciso que outra pessoa te acompanhe
nessa busca. Outra pessoa é que consegue revelar as coisas que não estão ao nosso alcance, e nesse caso falo do trabalho do psicólogo.
Falando ainda em mudança. Tem gente que diz “eu não quero mudar, eu não quero ser outra pessoa”. Você não vai se tornar outra pessoa.
Você vai crescer! Você vai ser você mesmo, só que gostando do que ver quando olhar no espelho.
É importante ter a ajuda de alguém nesse crescimento porque nossa saúde mental depende da nossa capacidade em estarmos bem com as
outras pessoas. Pare um pouco e pense nisso!
Eu nunca vi, lá na clínica, um caso de alguém com a seguinte queixa “Meu problema não envolve mais ninguém. Estou bem com todas as
pessoas da minha vida. Estou mal só comigo mesmo”. Mentira! Todo conflito psicológico envolve relacionamentos interpessoais. Mais cedo
ou mais tarde a gente acha. Ou é a família, ou amigos, ou namorado, a turma da escola... Sempre, em todo conflito psicológico há dificuldade
em relacionamento interpessoal. E qual seria melhor forma de cura? Com um bom relacionamento com o profissional de saúde chamado
psicólogo. É o início da jornada.
Você deve mudar as crenças que vêm trazendo desde a infância porque isso vai fazer a sua vida melhorar.
Um exemplo: Pessoas que tiveram um pai muito crítico, muito exigente, um pai difícil de satisfazer. É comum crescerem bastante exigentes
consigo mesmo, e ao mesmo tempo com pouca paciência em relação à cobranças. Isso porque ele tem a crença de que só poderá ser feliz se
der o máximo de si em tudo, mas se alguém o cobrar de alguma coisa, ele vai achar que ainda deixou falhas.
Concluindo. O importante mesmo é que você se torne metacognitivo.
O que é ser "Metacognitivo"?
É a capacidade de pensar sobre o pensar. Pensar sobre os seus pensamentos. E não ser mais refém de pensamentos invasivos, negativos. Nossa!
Outro nome esquisito que eu to te apresentando. Pensamento invasivo! É por isso mesmo, sua mente é constantemente invadida por
pensamentos que muitas vezes não são bons e não são verdadeiros.
Quando você se torna, se treina a ser metacognitivo, você passa a ser o dono e senhor da sua mente, dos seus sentimentos. Você não vai mais
se entregar ao negativismo, à depressão, as crises de ansiedade. Não digo que você não vai mais se deparar com problemas, os problemas da
vida estão aí pra todo mundo. Você vai aprender a lidar com eles. A lidar com a rejeição por exemplo.
Quem se entrega à depressão, com certeza também está produzindo muito pouco na sua vida, não está fazendo as coisas que seriam boas para
si mesmo e para sua família. Com certeza a saúde também está debilitada. E tomar remédio também não vai resolver. Não dá para controlar o
humor com remédio para o resto da vida. Há até o risco de dependência química.
Crenças são informações internas que surgem independente de sua vontade. Seu pensamento pode andar por caminhos que você mesmo nem
imagina.
Temos muitos pensamentos que não são bons para nós mesmos, são prejudiciais, e por que ainda assim continuamos pensando essas coisas?
Por que são pensamentos automáticos. Eles vêm do inconsciente. Se não identificarmos estas crenças disfuncionais acabamos funcionando
como que controlados por um controle remoto invisível.
Mas, é possível tomar as rédeas da sua mente e conseqüentemente da sua vida. Como? Vou contar!
Entrevista cedida pela psicóloga Marisa de Abreu para revista Viva! Mais
Segredos das mulheres felizes
- O que a psicologia considera essencial para a felicidade de uma mulher?
Quando vi sua pergunta logo pensei... mas seria diferente a felicidade da mulher e do homem? Analisando bem percebi que sim, a mulher vive
um universo diferente ao lado do homem. A sociedade lhe impõe papeis diferentes, a própria biologia lhe impõe papeis diferentes. A mulher
uma criança em seu corpo, ela tem menos força muscular, seus hormônios são diferentes. Portanto o que faz uma mulher feliz, por mais que
haja muita coisa que faz qualquer ser humano feliz, são coisas bem especiais como por exemplo:
a- A possibilidade de ter uma família ou a capacidade de superar e viver de bem consigo mesma caso não tenha sido possível.
b- Independência de ideias. Conseguir identificar o que gosta, o que não gosta, mesmo que não consiga possuir tudo o que gosta.
c- Aceitar seu próprio corpo e quando mudar algo seja com maquiagem, ginástica ou cirurgia plástica o faça para que ela mesma desfrute da
imagem no espelho.
d- Assertividade. Tranquilidade em dizer “não” quando assim for o caso.
- Quais as queixas que você mais recebe vindas das mulheres, quando as recebe em seu consultório?
As mulheres mais velhas queixam-se da dificuldade em ter independência. Começa pela independência financeira e acaba nas pequenas coisas
como decidir pequenos detalhes em casa ou em sua própria rotina como local de férias, etc.
As mulheres mais jovens queixam-se bastante da dificuldade em encontrar um parceiro que as leve as serio e as respeitem como possibilidade
de uma vida em comum.
- O que uma mulher deve dispensar na busca pela felicidade?
Que alguém lhes diga que uma mulher precisa apenas de ser bonita para ser feliz. A grande bobagem disto está no papel antigo, mas que os
jovens ainda se apegam, de mulher “troféu”. As mulheres que acreditam nisso passam a vida sofrendo por não estarem dentro do estereótipo de
beleza da sociedade e decidem sua roupa, atividades, profissão, de forma a agradar aos outros e não a si mesma.